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História Criminal Love - Nossos Próprios Demônios


Escrita por: PipocaSinger e CrowsUchiha

Notas do Autor


Olá pessoinhas maravilhosas!
Tudo bem com vocês? Espero que sim.

Sei que esse capítulo demorou um pouco para sair, mas tenho meus motivos. Infelizmente, estou com alguns bloqueios mentais e certas dificuldades para conseguir traduzir em palavras as ideias que tenho. Por isso não sei se o capítulo conseguirá agradá-los.
Além disso, peço paciência, também, por que ando atolada em atividades da escola e elas acabam por consumir grande parte do meu tempo.

No mais, queria adiantá-los que esse capítulo, embora talvez não seja lotado de muitos acontecimentos, terá uma pequena continuação já que a Crows e eu concordamos que o melhor seria que o próximo capítulo também fosse escrito por mim.

Espero que gostem e desejo uma boa leitura à todos!

Capítulo 16 - Nossos Próprios Demônios


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - Nossos Próprios Demônios

 

“Já aprendi que o amor nem sempre é sensato. Pode nos levar a grandes loucuras, mas seguimos nosso coração... até onde quer que nos leve.”

-A Tormenta de Espadas (As Crônicas de Gelo e Fogo)

 

Assim que abri a porta e aquele furacão de cabelos negros entrou furioso no apartamento eu soube que problemas haviam chegado com ele. Eu não fazia a menor ideia de quem aquele homem era, nunca havia o visto na minha vida, mas sua semelhança com Itachi denunciava seu parentesco.

Após a confusão de socos que, confesso, me surpreendeu, uma coisa, além das óbvias habilidades de Itachi na luta, me chamou a atenção.

—Não, eu vim aqui apenas dar-lhe um aviso.  Fique longe dela. Ela é minha.

Quem é ela?

Eu devo estar realmente perdendo o juízo para, no meio de toda essa confusão, achar espaço para sentir ciúmes de uma mulher que eu sequer sei quem é.

-Está falando de Sakura? –Itachi riu irônico. –Não que eu lhe deva explicações, irmãozinho, mas a última vez que a vi foi em uma investigação que, por coincidência, ela participou.

-Não se faça de desentendido, Itachi. Não me refiro ao caso de Zabuza, mas ao fato de Sakura de estar na lista de possíveis convocados para sua nova e, certamente, fracassada missão contra a Akatsuki! Ela não vai se meter nisso!

“Já estou farto de suas desculpas sempre envolvendo Pain e seu grupinho armado para justificar os seus erros! Nós dois sabemos quem é o responsável por tudo o de ruim que aconteceu na nossa família e eu não vou deixar que tire Sakura de mim também!”

-Eu não tirei ninguém da sua vida, pirralho! E já lhe disse isso!

-Eu já dei meu aviso, deixe Sakura longe de suas merdas. –A voz do moreno era ameaçadora e, quando ele se virou para mim, tomou um tom de aviso cauteloso. –Se eu fosse você, me afastava dele. Antes que acabe morta também. Itachi é um imã de desgraça para quem se aproxima.

O observei estática enquanto ele saia do prédio deixando um Itachi furioso na sala.

Quando a porta se fechou em um estrondo, me virei para o Uchiha remanescente.

-Quem é ele? –Perguntei em tom baixo enquanto me aproximava.

-Sasuke, ou, como preferir, meu irmão caçula.

-Pode me explicar o que aconteceu aqui?

-É uma longa história.

-Tenho paciência para ouvir.

-Você não vai gostar do que vai escutar.

-Já estou acostumada a ouvir histórias ruins.

Ele suspirou e me guiou até o sofá.

-O problema começa há cinco anos atrás, quando eu ainda morava em Londres.

“Eu fazia parte da ANBU e estava numa missão para acabar com o sistema de operações de uma organização criminosa chamada Akatsuki. Na época esse grupo estava sendo um dos maiores fornecedores de armas na Inglaterra e na França. Os embates entre a ANBU e Akatsuki eram sempre violentos e em um desses encontros o líder da missão acabou sendo assassinado.”

Itachi mal me encarava enquanto narrava sua história e eu estava agradecida por isso, assim ele não via toda a tensão nos meus olhos. Eu me lembrava dessa época. Era eu quem estava coordenando as operações da Akatsuki na França.

-Quando ele morreu eu assumi o controle da missão ao lado de um outro veterano, seu nome era Yahiko.

Gelei. Aquilo não era possível.

-Eu estava frustrado com o fato de todas as nossas tentativas de encurralar a Akatsuki, por mais bem planejadas que fossem, acabassem sempre dando errado. Estava prestes a desistir e aceitar minha incompetência até que Sasuke me perguntou se eu já havia pensando na possibilidade de ter um espião na ANBU. Aquela era a luz que eu precisava para prosseguir na caçada.

“Passei a analisar meticulosamente todos os membros da equipe e depois de longos meses investigando e aramando testes, eu finalmente descobri o traidor. Yahiko não só era um espião como, também, era o líder da Akatsuki.”

“Quando eu descobri perdi a cabeça porque ele havia me feito acreditar que éramos amigos. Eu havia me sentido um idiota e, sem pensar, fui atrás dele. Discutimos, brigamos, e quase nos matamos. Pain, como ele é conhecido, não foi muito justo na luta e, sabendo que eu estava desarmado, me venceu depois de me atacar com uma faca.”

“Ele podia ter me matado, mas me deixou viver e, por um breve momento, pensei que ele tivesse alguma humanidade. Eu nunca estive tão enganado. Quando eu voltei para casa, depois de sair do hospital, as coisas haviam se tranquilizado e até a Akatsuki estava cessando suas operações, pensei que, de certa forma, as coisas acabaram por se resolver de alguma maneira.”

“Mas essa pequena paz foi embora quando encontraram os corpos dos meus pais e todos os indícios dos assassinatos caíram sobre mim. Pain havia armado um circo inteiro para me culpar e me condenar e confesso que as provas foram tão bem plantadas que cheguei a me perguntar se havia surtado e sem que percebesse tivesse cometido o crime. Mas não, eu não havia perdido minha sanidade.”

“Recebi um aviso, quando ainda estava na cadeia, através de um de seus homens, aviso no qual ele dizia para nunca mais me envolver com os negócios dele. Depois de muita barganha a polícia concordou em me libertar e me devolver meu cargo para que eu tivesse a chance de provar minha inocência e, como consequência, acabar com a Akatsuki. Seria bom para ambos os lados, afinal.”

“Hoje todas as minhas missões são voltadas para conseguir minha liberdade total e provar para todo mundo, incluindo Sasuke, que eu não matei a nossa família. Nos últimos dias eu descobri que eles pretendem se encontrar com alguns clientes e planejei uma emboscada, Sakura deve ter acabado entrando na lista de possíveis agentes para apoio e meu irmão, como você viu, não gostou nada de saber que sua mulher pode ser convocada para participar de uma missão liderada por mim.”

“É essa a minha história. Como você percebeu pelo ódio do meu irmão, as provas contra mim são realmente bem coerentes e eu não te culparia se não quiser se envolver comigo.”

Não havia palavras para descrever o turbilhão de coisas que passavam pela minha cabeça e eu certamente precisaria de tempo para processar tudo, não por causa de Itachi, mas por minha causa. Eu não tinha dúvidas de sua inocência, mas não sabia até onde eu poderia ter tido participação nisso.

O quão cruel eu estava sendo com ele? Que tipo de monstro eu seria se fizesse com ele o mesmo que Pain fez?

A cada novo momento em que me sinto feliz ao seu lado outros vários surgem me lembrando de que não há saída para nós, de que não há nada que eu possa fazer para nos salvar.

Um sempre vai empurrar o outro para o precipício, mesmo que não queira.

Naquele momento, já estava mais do que claro para mim de que no final desse jogo, um de nós teria que ser sacrificado. Restava, agora, saber qual de nós seria.

-Pela sua cara, acho que não há mais nada que eu possa fazer. –Os olhos negros eram pura tristeza e decepção enquanto falava.

-Itachi... –Murmurei pegando sua mão.

-Já sei o que vai dizer. –Respondeu tentando puxar a mão de volta, mas não o deixei, segurando-a firme.

-Não, você não sabe.

“Eu não sou uma criança, Itachi, e mesmo quando eu era uma já sabia que na vida as coisas nunca são fáceis. Todos nós passamos por infinitos problemas todos os dias e é por isso que eu sei que todos nós temos nossos próprios demônios.”

“Para ser sincera, no meu caso, acho que já tenho o inferno inteiro.”

“Mas, se tratando de você, eu não acredito que seja capaz de ferir alguém que seja inocente, muito menos sua família. Provavelmente você já fez algo ruim, todos fazemos, mas certamente não fez o que está sendo acusado de ter feito.”

“Eu acredito em você. Se quer provar sua inocência, já tem alguém que confia plenamente nela.”

“Eu quero ficar contigo e, mais do que isso, quero que ao final de toda essa história você consiga ficar bem. Se pra isso acontecer eu tiver que mover céus e infernos, eu o farei, se tiver que levar todos os seus demônios para o meu inferno pessoal e assim, ter que enfrenta-los, saiba que só vou parar quando estiverem todos mortos.”

-Konan...

Vê-lo murmurando meu nome tão carinhosamente, com os olhos surpresos e, ainda assim, agradecidos, me deu a certeza de que valeria a pena tudo que eu começasse a fazer a partir dali.

Enquanto ele me agradecia com um beijo delicado eu permitia-me sentir todo aquele carinho que, em breve, não sentiria mais.

Ele era como um anjo para mim.

Eu, por outro lado, já estava coberta por meus pecados.

Portanto, se um de nós tiver que cair, que seja o que não merece ficar de pé.

A partir de agora minha missão é outra: garantir que, independentemente do que acontecer comigo, Itachi possa sobreviver a isso, da forma que ele merece.

 

 

Loving can hurt

Loving can hurt sometimes

But it's the only thing that I know

And when it gets hard

You know it can get hard sometimes

It is the only thing that makes us feel alive ♫

 

Amar pode doer

Amar pode doer às vezes

Mas é a única coisa que eu sei

Quando fica difícil

Você sabe que pode ficar difícil às vezes

É a única coisa que nos mantém vivos ♫

 

-Photograph (Ed Sheeran)

 

 

 

Nunca havia sido fácil para mim.

Nunca havia sido fácil para que um “nós” existisse entre mim e Itachi. Nesse momento, porém, tudo parecia ser ainda mais impossível.

Sim, amar pode doer, mas dói ainda mais não poder amar. Dói saber que, de qualquer forma, eu não ficarei com ele ao final, porém, ameniza a dor saber que tenho a chance de fazer a coisa certa. Por ele.

De todo jeito, porém, sozinha no meu apartamento após Itachi ter te me deixado aqui, eu já sentia a tristeza e melancolia de toda aquela situação. As dúvidas rondavam minha cabeça todo o tempo... Itachi seria capaz de me perdoar um dia? Me perdoar pelo que estou fazendo e por estar envolvida com a organização que destruiu a sua vida?

Me perdoaria por já ter me envolvido com o culpado do assassinato de seus pais? Me perdoaria por mentir para ele e por ter fingido tanto e por tanto tempo?

Eu não o merecia, isso estava claro. Mas, além disso, a única outra coisa clara era o fato de que eu o amava.

Chorei.

Chorei como não fazia há muito tempo. Finalmente havia encontrado o amor e dentre tudo que poderia acontecer, antes de realmente conseguir aproveitá-lo, eu me sacrificaria para não vê-lo ser sacrificado.

 

 

I had a one way ticket to a place where all the demons go

Where the wind don't change

And nothing in the ground can ever grow

No hope, just lies

And you're taught to cry into your pillow

But I survived ♫

 

Eu tinha uma passagem só de ida para um lugar onde todos os demônios vão

Aonde o vento não mudava

E nada no chão jamais iria crescer

Sem esperança, apenas mentiras

E você é ensinada a chorar no travesseiro

Mas eu sobrevivi ♫

 

-Alive (Sia)

 

 

 

Respirei.

Precisava de um plano.

Itachi faria uma emboscada, mas mesmo se capturasse Pain jamais teria uma confissão, eu o conhecia. Pain sabia ser teimoso e, mesmo se o torturassem, jamais falaria nada sobre a Akatsuki.

Portanto, se ele for pego antes de se confessar Itachi não pode ter sua inocência provada.

-Droga. –Murmurei. –Preciso descobrir mais sobre isso.

E, pensando no demônio, o Satã aparece.

-Pois não? –Atendo.

-Onde esteve o dia todo?

-Na casa de Itachi.

-Fazendo?

-Meu trabalho. –Dou de ombros. –O que foi?

-Estamos ficando sem tempo, Konan. Seu trabalho não tem tido muitos resultados e estou ficando impaciente.

Pain? Impaciente? Que novidade...

-Estou tentando dar meu jeito. Teria sido mais fácil se eu já soubesse de cara que ele é um ex-ANBU. Você sabe como eles são bem treinados e sequer me avisou! Se eu fosse descuidada já estaria morta uma hora dessas.

-Eu não sabia desse detalhe.

Ele disse forjando um tom de desculpas.

-Tudo bem. Mas agora tenha paciência, estou conseguindo mais acesso aos documentos dele e suspeito de alguns possíveis movimentos da polícia. Eu aviso assim que souber de alguma coisa.

-Tudo bem. –Respondeu a contragosto. –Mantenha-me informado.

-Pode deixar. Estou indo aí atrás de uma nova arma, aproveito para conversarmos.   

-Estarei esperando.

Desligamos e suspirei logo em seguida.

Havia trabalho a ser feito e eu já sabia por onde começar. 


Notas Finais


Então é isso ^^

Como consideração final, gostaria de compartilhar com vocês o fato de que não resisti ao uso de Photograph nesse capítulo, uma vez que ela finalmente aceita estar amando e lembrando que tudo começou com uma foto dele, achei que nenhuma música se encaixaria melhor ^^

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar os comentários com as opiniões de vocês aí em baixo <3

Mais uma vez, desculpem-me pela demora ^^

Tentarei fazer melhor no próximo ><

Um beijo e até mais!


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