História Criminal Love - White Day!

“Alguém me falou há muito tempo
Há calmaria antes da tempestade, eu sei
Faz algum tempo que ela está vindo”

Have You Ever Seen The Rain? — Rod Steward ( ♫ )

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Ao longe vejo uma linha alaranjada se formar no horizonte enquanto estou sentado na areia da praia apenas observando o nascer do sol, era uma daquelas raras manhãs onde a cidade encontrava-se calma o suficiente para que pudesse-se ouvir até mesmo o quebrar das ondas ou o zunir do vento, no entanto toda essa calmaria me deixava em um estado de alerta porque afinal antes da tempestade sempre vem a calmaria.

Me permiti observar o nascer do sol por completo e ele nasceu radiante seria um típico dia de primavera com a temperatura amena ótimo para se aproveitar as belezas que somente está época do ano oferece.

As árvores estavam florescendo lindamente alegrando a cidade que parecia se preparava para algo, no entanto eu sequer me lembrava o que era e também não me importava até porque eu provavelmente teria que trabalhar no dia do suposto evento.

Suspirei fundo, olhando uma última vez aquela calmaria, o mar, esse seria o meu único e último período de paz durante este dia, pois hoje as coisas seriam realmente corridas eu teria compromissos para o dia todo que poderiam acabar se prolongando até a madrugada.

E isso quer dizer que infelizmente eu não teria tempo para vê-la e isso me frustrava, pois eu sentia como se estivesse fazendo com ela o que eu jurei que não faria que era ficar um dia e sumir no outro, então no caminho de volta pra casa tive a ideia de compensar esse dia longe no dia seguinte com um jantar, mas quando peguei o telefone para ligar para ela, ele tocou e para minha infelicidade não era a pessoa que eu queria ver era apenas Danzõ meu advogado, então suspirei pesadamente antes de atender.

Tivemos uma breve conversa, ele me ligou apenas para me lembrar da reunião sobre o meu divórcio que para variar estava marcada para hoje daqui a exatamente 45 minutos, ou seja, mais compromisso e esse provavelmente atrasaria todos os outros porque afinal eu conheço Akane ela nunca está disposta a aceitar qualquer tipo de acordo, mas eu não posso prolongar isto por mais tempo então talvez eu ceda a alguma das exigências, afinal preciso terminar logo com isso, agora mais do que nunca.

Confirmei a minha presença e disse convictamente a Danzõ que de hoje não passaria que hoje iríamos acertar de uma vez isso e ele pareceu satisfeito, afinal assim como eu ele já estava cansado dessa demora para realizar algo tão simples.

Assim que eu desliguei o telefone ele tocou novamente e desta vez eu sorri abertamente ao ver o nome no display era ela. Tivemos uma conversa breve e eu fiz o convite que queria, que claro foi aceito e pelo tom de voz dela percebi que ela sorria do outro lado da linha assim como eu, nos despedimos e eu adentrei a minha casa.

O dia mal havia começado eu meu celular já estava me enlouquecendo, pois Kisame já estava me bombardeando de mensagens para tratarmos alguns assuntos de trabalho, no entanto eu não teria tempo eu tenho um compromisso daqui 35 minutos.

Pois é nem notei o tempo passar, me apressei para me arrumar e respondi Kisame, enquanto ainda me arrumava dizendo para ele que adiantasse o que desse e que me encontrasse no restaurante para almoçarmos e depois veriamos como prosseguiremos, porém quando ele me contou o que realmente queria eu senti como se meu sangue fervesse nas minhas veias. A Akatsuki havia agido mais uma vez e mais uma vez eles conseguiu levar mais um dos meus homens.

— Droga! Aqueles filhos da puta — praguejo irritado.

— Eu sinto muito cara — diz Kisame com pesar.

— Não tudo bem — digo respirando fundo e recuperando a compostura — Eles não sabem o que os aguarda, deixa estar. Tudo ao seu tempo.

— Certo, amigo temos que nos manter calmos e concentrados, amanhã pode ser a nossa chance.

— Exato — confirmo — Faça o que eu lhe pedi e me encontre no restaurante eu tenho que ir agora — digo desligando o telefone em seguida.

Tomei um banho rápido vesti uma camisa vinho de botões e uma calça jeans e sai apressado rumo ao fórum.

○ ○ ○

Bem como esperado Akane não facilitou nenhum pouco as coisas, nada para ela estava bom, maldita hora em que eu fui me casar. Começamos por discutir as necessidades um do outro, tentando assim entrar em um consenso, no entanto todo acordo imposto por mim era insatisfatório para ela.

    Ela o recusava antes mesmo que Danzõ terminasse de empolo e aquilo me irritava profundamente, pois toda vez que isso acontecia ela me olhava e sorria de forma provocativa, ela realmente gostava de me provocar de me tirar do sério.

    Vi ali que ela estava apenas fazendo como todas as outras vezes me provocando, ganhando e ocupando meu tempo com seus joguinhos irritantes, como eu odiava isso, como eu odiava esse jogo idiota dela, porque não ser direto e resolver logo as coisas?

    Porque ficar agindo de forma imatura e ocupando meu tempo?

    — Eu não tenho tempo para os seus joguinhos Akane, eu tenho coisas para fazer. — brado de forma agressiva.

    — Tá vendo Sr. Juiz — ela diz manhosa fitando a excelência em questão, no caso o juiz — Acha mesmo que há alguma possibilidade de articular ou concordar com uma pessoa deste temperamento?

    — Controle o seu cliente Sr. Shimura — bradou o juiz com firmeza fitando Danzõ que por sua vez me fuzilou com o olhar e eu apenas dei de ombros, levando uma das mãos ao rosto.

    A conversa se seguiu por horas e eu não sei o que mais me irritava se era estar preso naquela sala com milhares de coisas a minha espera ou se era a voz e as provocações de Akane, eu estava realmente muito próximo do meu limite.

    Quando enfim em um momento súbito eu concordo com as exigências infligidas de Akane.

    Danzõ e Akane me olharam assustados e confusos, afinal nenhum deles esperava que eu abrisse mão de mais da metade dos meus bens.

    — O que você está fazendo? — questionou Danzõ apreensivo.

    — Eu não tenho mais tempo para perder aqui Danzõ eu tenho coisas muito mais importante para fazer do que ficar aqui discutindo futilidades com a Akane. — digo firmemente fitando-o.

— Certo então temos um acordo? — questionou o Juiz com firmeza fitando-me.

— Temos — confirmo novamente convictamente.

— Òtimo — ele diz aliviado — Então vamos assinar os papéis e eu declaro sessão encerrada.

Com brusquidão puxo a pasta a onde continha os papéis do acordo de Akane assinando-o de uma vez. Já estava de saco cheio e queria sair o quanto antes daquele inferno e após mais alguns minutos tudo estava de acordo com a lei eu estava finalmente livre daquele encosto.

Me dirigi até a saída com rapidez já era 13:30Hrs Kisame já devia estar me esperando enfurecido.

— Itachi — chamou Akane e Danzõ.

— O que? — digo fitando-os.

— Precisamos conversar — disseram em uníssono.

— Eu não tenho mais nada a conversar com você — digo com firmeza enquanto fitava Akane — E quanto a você — meus olhos rolaram para Danzõ — Tratamos de seus honorários mais tarde, aliás, minha secretaria entrara em contato com você e acertara as coisas. Eu tenho realmente que ir agora, estou atrasado. Obrigado por seus serviços — digo estendendo-lhe a mão que é aceita e nos despedimos com apenas um acenar de cabeça.

○ ○ ○

Cheguei ao restaurante era 14:30Hrs e Kisame encontrava-se inquieto.

— Aonde você estava? — questionou Kisame nervoso — Estou te esperando há horas.

— Desculpe — digo me sentando à sua frente — Eu estava em uma audiência do meu divórcio e você sabe como a Akane é — digo revirando os olhos.

— Aquela mulher é uma pedra no sapato Itachi já está na hora de você se livrar dela — ele diz irritado.

— Eu sei, eu já fiz isso — digo sorrindo e fazendo sinal para o garçom.

— Você já fez? — ele me questiona surpreso.

— Já — digo dando de ombros — Aliás, você já almoçou? — o questiono mudando de assunto, porque afinal eu estava morrendo de fome.

— Não eu estava te esperando… Rapunzel — ele diz provocativo.

— Ah, que cavalheiro — digo debochado e então fazemos os pedidos.

Almoçamos e tratamos todos os assuntos que precisávamos tratar, deixei Kisame responsável por passar o plano de ação para Sasuke e Sakura enquanto eu iria a galeria de tiro testar as armas que seriam utilizadas na missão para ver se elas tinham algum problema.

O almoço foi rápido e agradável como sempre eu e Kisame sempre trocava-mos alguns insultos e a risada era sempre frequente em nossos “encontros”.

— È bom finalmente poder estar rindo — digo enquanto nos direcionamos juntos para fora do restaurante.

— Ah, é, é sim, mas me diz ai — ele diz dando-me uma cotovelada — Qual o motivo de toda essa felicidade?

— Aaah, o que mais poderia ser? Eu sou uma pessoa Livre agora meu caro. — digo aliviado.

— Aaaah — ele diz abrindo um sorriso largo e afiado — Conseguiu finalmente se livrar daquela jararaca?

— Sim — digo assentindo.

— Então agora o garanhão está solteiro? — ele diz malicioso enquanto caminhávamos, no entanto algo chamou a minha atenção nas prateleiras das lojas que encontravam-se todas enfeitadas com doces e claro que eu não resisti e acabei entrando em uma delas e comprando alguns Dangos.   

— Mas é uma formiguinha mesmo — diz Kisame divertidamente entrando na loja depois de mim.

— Hmm — murmuro enquanto comia um dos dangos — Você sabe que eu não resisto a doces e as lojas estão expondo os de forma muito exagerada, então não reclama — digo pagando a conta.

— Ah, não, não estou reclamando — ele diz se direcionando até uma das prateleiras de chocolates — Aliás, eu tenho que te agradecer — ele diz pegando uma das caixas de chocolate.

— Me agradecer porque? — questiono fitando-o.

— Por me lembrar que eu tenho que comprar chocolates para presente. — ele diz sorrindo malicioso.

— Presente? — questiono confuso, arqueando uma sobrancelha — Presente pra quem cabeça de bagre?

— Para a Konan, ué — ele diz comparando uma caixa de chocolate branca a uma outra de cor vermelha — Aliás, qual você acha que ela vai gostar mais? — ele diz virando-as caixas para mim.

— Tsc… De nenhuma das duas — digo enciumado — Aliás, porque você vai dar chocolates a ela? — questiono curioso.

— White Day, Itachi — ele diz sorrindo — Amanhã é White Day, vai dizer que você não sabia? — ele diz se direcionando para o caixa.

E claro que eu não me lembrava desta data então apenas fiquei em silêncio o acompanhando, porém quando meus olhos focaram o nome Honmei choco.

— Você está maluco por acaso? — digo pegando a caixa de sua mão e batendo-a na sua cabeça.

— Ei, porque fez isso? — ele me olha confuso.

— Que história é essa de dar Honmei choco para minha namorada? — digo o fuzilando com o olhar voltando a caixa para a prateleira — Se você quiser dar algo, dê este — digo jogando uma caixa de Tomo choco para ele.

— Como assim sua namorada? — ele me questiona enquanto pega a caixa que joguei, pagando-a.

— Nós estamos juntos — digo dando de ombros.

— Como assim juntos? Não era você quem estava… Livre?

— Exato… Livre para ficar com quem eu quiser de agora em diante — digo sorrindo de canto.

— Quando isso aconteceu? — ele questiona curioso.

— Ontem! — digo dando de ombros enquanto saiamos da loja.

— Aaaah, finalmente — ele diz sorrindo maliciosamente.

— Me respeita — digo fitando-o.

— Ah, qual é Itachi. Não vai me contar?

— Não, não vou o que acontece entre mim e ela fica entre mim e ela e só — digo com firmeza.

— Ah, qual é? — ele diz desanimado — Você não confia em mim? Sou eu Kisame. Seu amigão, irmãozão e pans.

— Muito pelo contrário Kisame justamente por confiar em você que eu estou te contando que estamos juntos, afinal você será o único da delegacia a saber sobre eu ela.

— Porque? — ele me questiona confuso.

— Como eu já te disse uma vez eu ter algo com ela é antiético e eu não estou afim de arrumar problemas dentro da delegacia então nós seremos discretos enquanto estivermos dentro da delegacia.

— Então quer dizer que dentro da delegacia eu posso cantá-la e cortejá-la? — ele diz provocativo — Sendo assim eu poderia comprar o Honmei Choco.

— Não me provoca — digo olhando de canto de olho — Ela é minha.

— Você está ficando igual ao seu irmão sabia? — ele diz ainda provocativo.

— È, é, aliás, você não tinha que ir encontrar ele? — digo o fitando e arqueando uma sobrancelha.

— Putz é mesmo — ele diz batendo uma das mãos na testa e olhando o relógio no pulso — Estou atrasado, nos vemos depois — ele diz saindo e eu apenas o acompanho com o olhar.

○ ○ ○

Parei em frente a uma das lojas olhando os doces e pensando no que fazer. Eu tinha muito o que fazer ainda, no entanto não poderia deixar esta data passar em branco, porém eu não queria dar chocolates, chocolates todo mundo da seria irrelevante e muito óbvio.

Então tive uma ideia e segui para a joalheria, demorei até encontrar o que eu queria, no entanto a busca valeu a pena, pois mesmo sendo algo simples era bonito e simbolizaria o início do nosso relacionamento. Paguei a jóia com um imenso sorriso nos lábios ao ver o nossos nomes gravados nela.

Troquei o anel que eu usava pela aliança ali mesmo na loja e guardei a caixinha a onde tinha a aliança dela junto de um colar que tinha o formato de uma algema, típico né?

Algemas, policia, com certeza ela entenderia a referência que de agora em diante ela estaria algemada a mim.

Sai da joalheria rumo a galeria de tiro, guardando a jóia no porta luvas do carro, pois já estava muito atrasado para os meus demais compromissos.

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• Escrita por: @CrowsUchiha