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História Criminal Love - New Life


Escrita por: PipocaSinger e CrowsUchiha

Notas do Autor


Olá pessoas! Como estão?
PipocaSinger aqui de novo ><
Antes de tudo, gostaria de me desculpar pela demora em atualizar a fic ><.

A Patty e eu conversamos há algum tempo e decidimos que este capítulo seria meu de novo e só depois é que viria o dela. Como estive muito ocupada, porém, eu não tinha conseguido escrever nada até quinta-feira e só agora é que estou conseguindo postar.

Maaas, apesar de todos os problemas, cá estou rs

Antes que eu me esqueça, obrigada a todos pelos comentários do capítulo anterior <3

Sem mais enrolação, boa leitura!

Capítulo 27 - New Life


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - New Life

“Como um animal selvagem, a verdade é poderosa demais para ser mantida.”

-Do Manifesto da Franqueza (Divergente)

 

 

-Natalie?

-Sim? –Respondo na segunda vez que ouço meu novo nome. Já se fazia pouco mais de um ano desde que eu havia saído do Japão e, ainda assim, as vezes me esqueço da identidade que assumi.

-Recebemos uma nova missão. –O ruivo me entrega uma pasta com alguns papeis que folheio rapidamente.

-Parece interessante. –Comento sentido o peso do olhar de Nagato sobre mim e o fito. –Algum problema?

-Leia os últimos parágrafos.

Assenti abrindo a última folha da pasta.

Quando cheguei à França descobri que, como pena pelos crimes que cometi, eu deveria entrar na força tarefa especial francesa, já que minhas “habilidades” poderiam ser úteis para a polícia. De imediato fui colocada para trabalhar com Nagato, um oficial brilhante mas sem nenhuma experiência de campo, um novato.

Desde então passamos grande parte do tempo juntos e hoje já somos capazes de compreender até as mais sutis mudanças faciais no outro. Dessa forma, eu logo soube que algo estava errado. Os olhos de Nagato não eram capazes de esconder nada de mim.

Com atenção passei a ler os últimos três parágrafos da requisição de nossa nova missão.

Suspirei quando finalmente terminei minha leitura.

-Pensei que já tivéssemos passado dessa fase. –Comentei jogando a pasta em cima da mesa.

-Confesso que eu também. Não é possível que não tenha entrado ninguém novo por aqui para eles encherem o saco!

-Você sabe que não é por isso que eles nos mandam para essas missões... Desculpe por isso. Você acaba correndo perigo por minha causa.

-Não é sua culpa, Natalie.

-É claro que é.

Nagato sabia parte do meu passado, apenas o básico. Era a única pessoa em que pude confiar, mesmo que minimamente. Por isso ele sabia que antes de entrar nas Forças Especiais eu era uma criminosa, por isso ele sabia que o fato de sermos mandados frequentemente para missões suicidas estava diretamente relacionado a vida que tive que deixar pra trás.  

-Não. –Ele me repreendeu. –Você já provou várias vezes que está do nosso lado, completou missões praticamente impossíveis com as condições que eles nos dão e em algum lugar naqueles escritórios cheios de oficiais corruptos existe alguém que pensa que mandar você para missões desse porte vale a pena. Você é uma das nossas melhores agentes de campo e ninguém assume isso! Já passou da hora de pararem de te mandar pro matadouro sempre que pensam que você não vai voltar viva.

-Mas eu vou voltar. Sempre volto. Você sabe que tenho meus motivos para não desistir, e eles são mais fortes do que a determinação de qualquer um que pensa que estou aqui pra ser sacrificada.

-Não aceite a missão. É perigosa demais, não vale a pena.

-Eu não tenho essa opção. Recusar uma missão dessas é como entregar para eles de bandeja mais um motivo para suspeitarem de mim e isso é tudo que eles querem. Um mínimo indicio de que não estou disposta a cooperar para que me mandem embora. E eu não posso sair daqui. –Suspirei.

-Merde! –Ele esbravejou. –Posso pelo menos fazer alguma coisa para ajudar?

-Você é um gênio. Pense em algum de jeito de fazer sair viva disso. –Me levanto da cadeira onde estava. –Mas agora nosso expediente já acabou, então pode fazer isso depois.

Pego minha bolsa e coloco a pasta da missão dentro dela.

-Não quer sair para beber?

-Hoje não. Prometi para Louise que chegaria mais cedo em casa para ela poder sair.

-Entendo. Dê um beijo Haruko por mim.

-Darei vários. –Sorrio e me despeço dele com um beijo em sua testa. –Não se preocupe, vai dar tudo certo.

 

 

Saiba que eu não deixarei a chama azul morrer

Ainda não podemos perder a esperança ♫

-Surefire (John Legend)

 

 

Louise havia saído há alguns minutos e a casa se encontrava no mais puro silêncio. Com calma me dirigi ao primeiro cômodo onde sempre ia na casa. A luz estava apagada, mas a lua iluminava o quarto pela janela.

Me escoro no batente da porta e ponho-me a observar a respiração tranquila do ser que dormia em minha cama. Sorrio. É impossível não sorrir.

E então eu suspiro.

Desde que cheguei na França sou enviada para missões de alto risco, para diminuir a chance de se perder um oficial francês eu sempre sou mandada para operações quase suicidas. Perder a vida de uma ex-criminosa não é tão ruim assim.

No início eu não me importava e aceitava tudo com facilidade. Apenas voltava viva por milagre ou por sorte, mas agora eu tinha um motivo para me importar. Para querer voltar para casa depois de um dia cansativo no trabalho. E o motivo dormia serenamente diante de meus olhos.

Se eu fechar os olhos consigo me lembrar perfeitamente bem do dia em que saí do hospital com os exames que asseguravam minha gravidez. Passei a noite inteira chorando, sentindo-me perdida, sem saber o que fazer. Assumo que eu não queria aquilo, eu não queria estar grávida naquele momento. Parecia impossível dar qualquer segurança para um bebê quando eu estava a quilômetros de distância de seu pai, o homem que eu amava, e que, mesmo assim jamais poderia saber de sua existência.

Parecia impossível dar à luz a uma criança quando estava tão sozinha, quando todos os dias era enviada como sacrifício para tentar capturar algum mafioso ou terrorista.

Mas então Haruko nasceu e minha vida ganhou um sentido novamente.

Seus olhos eram tão negros quanto os de Itachi, não tinha como negar a raiz Uchiha que se manifestava em seus mais modestos detalhes. Mesmo tão pequena ela já se parecia com ele, de alguma forma, seu olhar infantil me lembrava a determinação dos olhos de Itachi.

É claro que ela também tinha um pouco de mim, mas eu não me cansava, e não me canso, de procura-lo nela. Haruko é um lembrete de que tudo que vivi foi real, de que meu amor por Itachi rendeu frutos que não permaneceram apenas em meu coração. Haruko era, acima de tudo, tudo o que valia a pena para mim.

Me aproximei dela na cama e sentei-me ao seu lado, acariciando levemente seus cabelos negros.

-Se quiserem me mandar para guerra, que mandem. –Murmurei. –Eu sempre vou voltar para proteger você.  

 

 

Eu posso não saber muitas coisas, mas

Eu sei que somos infalíveis ♫

-Surefire (John Legend)

 

 

Me olhei no espelho pela última vez enquanto ajeitava o coque no alto da minha cabeça. Eu ainda achava engraçado a forma como mudei nesse último ano.

Deixar meu cabelo voltar a sua cor natural, o preto, foi a parte mais difícil. Eu já tinha me acostumado, há muito tempo, com os fios roxos. Deixá-lo crescer também foi uma experiência diferente, eu sempre mantive meu cabelo curto e ainda estou aprendendo a lidar com a série de coisas que posso fazer com ele longo.

Desde o nascimento de Haruko meu busto e meu quadril estão mais proeminentes. A maquiagem escura me deixa com a aparência mais séria, embora o corte do vestido longo de festa ainda seja jovial.

Onde mesmo eu estava com a cabeça quando aceitei o convite de Nagato?

-Senhora Natalie. –Louise, a babá, me chamou fazendo-me desviar a atenção do espelho. –Haruko está pronta.

Olho para o bebê em seu colo usando um vestido rosa brilhante e sorrio.

-Obrigada, Lou. Você é um anjo. –Agradeço pegando a pequena criança que já estendia os braços em minha direção.

-Por nada. A propósito, está muito linda.

-Acha mesmo? Faz muito tempo desde que não uso um desses.

-Tenho certeza de que vai chamar mais atenção do que a noiva. –Sorriu gentil.   

-Espero que não, minha intenção é passar despercebida.

-Duvido que consiga isso. –Rimos e paramos ao ouvir a campainha tocando.

-Deve ser Nagato. Está mesmo na hora. –Digo saindo do quarto e sendo seguida pela loira. –Mais uma vez obrigada. Feche a casa quando sair, certo?

-Pode deixar.

Ela diz e vou até a porta. Deparo-me com Nagato em um terno preto, ajeitando a gravata.

-Uau. Se me permite dizer, está deslumbrante.

-Você também não está nada mau. –Comento. –Podemos ir?

-Claro. Vamos.

Nagato abre e fecha a porta do carro para mim e vamos conversando pelo caminho.

-Tem certeza de que não tem problema eu ir?

-Relaxe Natalie. Estamos apenas indo para o casamento de uma amiga.

-Sua amiga. Eu sequer a conheço.

-Mas vai conhecer. Ela estudou comigo quando fiz meu curso para detetive forense. Quando recebi o convite ela me disse que poderia levar uma acompanhante e eu escolhi você.

-Por que não convidou Camille? Eu percebi o jeito que olha para ela durante o expediente.

-Porque, infelizmente, ela está saindo com outro cara que, também infelizmente, vai estar na festa.

-Isso é uma merda. –Digo.

-Sim. Mas não fale essas palavras na frente de Haruko.

-Tem razão. –Sorrio e fico observando as ruas pela janela enquanto não chegamos.

 

 

Mas as pessoas mudam, as pessoas mudam

Fique bem aí e converse comigo ♫

-People Change (Joel & Luke)

 

 

A cerimônia de casamento estava linda, a ornamentação da festa deixava tudo com o aspecto de um sonho e as coisas estariam perfeitas se não fosse por um detalhe: Quando chegamos na imensa propriedade onde ocorreria a cerimônia descubro que, ao contrário do que pensava, eu conhecia a noiva tanto quanto conhecia o noivo.

Sakura e Sasuke sorriam animadamente para cada novo convidado que chegava em sua festa.

Quando Nagato me fez cumprimentar os noivos senti minhas pernas tremendo de medo de que Sasuke me reconhecesse, mas nosso pouco tempo juntos não pareceu suficiente para que ele decorasse meu rosto, ainda mais agora que eu havia passado por algumas pequenas mas significantes mudanças.  

Nervosa como estava, fui me refugiar perto das bebidas enquanto Nagato aproveitava breves minutos com Haruko, os dois se davam bem e eu sabia o quão grande era o afeto dele por ela.

Eu me concentrava em minha segunda taça de champanhe quando uma voz ao meu lado se faz ouvir:

-Eles podiam servir algo mais forte, não acha?

O homem ao meu lado se concentrava em encher sua taça e sequer olhava para mim. Agradeci a Deus por isso.

Estava tão nervosa com a possibilidade de Sasuke me reconhecer que não pensei na possibilidade de Itachi estar no casamento do próprio irmão. Ouvir sua voz ali, tão inesperadamente, me fez querer correr. Eu só não sabia se queria correr dali ou se queria correr para ele. 

Tive vontade de fugir tanto quanto tive vontade agarrá-lo. Ele estava lindo naquele terno. Ele era lindo, essa era a verdade.

Eu estava imóvel pensando no quanto aquela situação era inimaginável para mim, mesmo tendo sonhado em revê-lo durante todo esse tempo. Percebo então que ele começava a se virar, talvez para entender porque eu não havia o respondido.

Meu corpo entra em sinal de alerta.

-Talvez sirvam algum whisky mais tarde. –Respondi sem pensar e, com medo do que poderia acontecer, saí dali antes que ele tivesse a chance de ver meu rosto.

 

 

Não consigo manter a cama aquecida no lado esquerdo

Quando algo é tão frio quanto uma despedida

Por que você não se vira?

Ignore toda aquela merda lá de fora

O mundo é um pesadelo

Acorde e fique aqui

Deixe-me estar ao seu lado

Faremos disso o nosso reino

Um lugar onde o amor bom conquista

E não separa ♫

-Surefire (John Legend)

 

 

Meu coração estava acelerado e minha respiração ofegante como se eu tivesse acabado de sair da maratona. E eu apenas tinha o visto. Já tinha pelo menos meia hora desde que tudo aconteceu e eu ainda circulava pela multidão buscando refúgio, procurando algum lugar para me esconder de meus próprios impulsos.

-Que bom que achei você. –Ouço alguém dizer atrás de mim e gelo ao sentir uma mão envolver meu braço.

Viro-me assustada e suspiro quando vejo que era Nagato.

-Ah... Oi.

-Que cara de quem viu um fantasma é essa? Está passando mal?

Penso um pouco naquilo.

-Na verdade não estou me sentindo muito bem, você se importaria se fôssemos embora?

-Não, tudo bem. –Ele diz preocupado e sinto por estar mentindo.

-Onde está Haruko? –Pergunto vendo que ela não estava com ele.

-Logo ali, brincando com um dos padrinhos. –Ele aponta para um lugar atrás dele, alguns metros de onde estávamos.

Mais uma vez, sinto minhas pernas fraquejarem.

Itachi e Haruko brincavam juntos sentados na grama, ambos sorriam um pro outro e então eu vi que eles se pareciam ainda mais do que pensava. Senti meus olhos arderem em lágrimas de tristeza por não poder ir até lá e abraçar a ambos, mas de certa forma estava contente por ter tido a chance de vê-los juntos ao menos uma vez.

-Nagato, vá busca-la. –Digo após alguns minutos o observando. –Por favor.

Ele me fitou curioso, provavelmente sem entender o porquê de eu estar naquele estado, mas logo fez o que lhe pedi.

Observei-o se aproximar de Itachi e de nossa filha, após alguns segundos de conversa ele a pegou pelas duas mãos, mantendo-a de pé como se ela estivesse andando em sua frente.

Ao se virarem percebi Haruko olhando para Itachi em uma despedida triste, como se não quisesse sair dali. Me doía ter que tirá-la de lá.

Então aconteceu o inesperado. Com determinação ela soltou as mãos de Nagato e deu passos vacilantes em direção ao moreno que já se levantava.

Itachi a encarava surpreso, percebendo que, de alguma forma, aqueles eram os primeiros passos da criança que ele sequer suspeitava ser sua filha. Deixei as lágrimas caírem enquanto ele estendia as mãos para oferecer suporte a ela antes que ela caísse.

Sorrindo ele a levantou no colo em seguida, comemorando aquela primeira conquista. Era, sem dúvida, um dos sorrisos mais bonitos que já vi. Depois de alguns instantes comemorando ele a entregou para Nagato, ao fazer isso seus olhos passaram por além dele e se encontraram com os meus, chorosos e lacrimejantes.

Vi sua expressão confusa, me analisando sem ter certeza de que era mesmo eu, eu não o culpava. Estávamos longe demais para que ele me reconhecesse de imediato. Inseguro ele deu um passo para frente, como se decidisse se viria ou não investigar meu rosto, percebendo o que aconteceria se ele decidisse andar apenas mais um pouco eu fugi novamente e me dispersei junto com os corpos dos outros convidados que se misturavam em danças dessincronizadas pelo lugar. 

 

 

Somos destinados ao coração um do outro

frios, rasgados, e separados

este amor é como um incêndio

E a minha palavra agora, eu serei sincero

eu não posso parar esta fuga

Este amor é como um incêndio

como um incêndio ♫

-Wildfire (Seafret)

 


Notas Finais


E é isso!
Espero que tenham gostado ><

Obrigada a quem leu até aqui!

Bjos Pipocantes e até o próximo!


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