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História Criminal Love - As Estrelas nos Olhos de Alguém


Escrita por: PipocaSinger e CrowsUchiha

Notas do Autor


Olá seus lindos (as) *-*
Desta vez quem está aqui é a @Tsuhina-chan (Patty)
A Helo está sem internet e pediu para que eu postasse então aqui estou õ//
O capítulo foi escrito por ela @PipocaSinger (Helo)
Por tanto o capitulo é pela visão da Konan.
Espero que apreciem.

Boa Leitura! ~*

Capítulo 3 - As Estrelas nos Olhos de Alguém


Fanfic / Fanfiction Criminal Love - As Estrelas nos Olhos de Alguém

“Ele tem estrelas nos olhos

E a lua crescente no sorriso

Se eu fosse astronauta no céu

Eu iria ao paraíso.”

 

~~//~~

 

Não sei quem era a antiga secretária de Itachi, mas se soubesse iria até ela apenas para lhe perguntar o que diabos ela fazia durante seu expediente. A minha mesa, que antes era dessa criatura desconhecida e aparentemente estúpida, era um mar de completa desorganização. Perdi a conta de quantos papéis desnecessários eu tirei das gavetas e de quantos documentos tive que desamassar. A agenda de Itachi sequer parecia uma agenda, era um misto de horários confusos rabiscados por uma caligrafia quase que ilegível. 

Se eu pudesse enfiaria cada bolinha de papel que acumulei durante a limpeza goela abaixo dessa imbecil para ver ela entende qual é a função de uma lixeira. Minha intenção era tentar encontrar qualquer informação a respeito da Akatsuki no meio de tanta papelada, mas tudo que consegui encontrar foi lixo e mais lixo. Não suporto tanta desorganização. Eu cresci tentando ser o mais eficiente o possível em tudo o que faço, sempre me cobrei o meu máximo, e, talvez, seja por isso que neste momento estou me auto-desafiando a mostrar para Uchiha Itachi que nunca em sua breve vida ele conseguirá uma secretária que se compare a mim.

Tudo bem que, teoricamente, eu só tenho que superar todas as outras anteriores, uma vez que não pretendo deixá-lo vivo por muito tempo. O que é uma pena, admito, Itachi é, com toda a certeza do mundo, um dos homens mais bonitos que já vi, mas não acho que eu deva realmente ficar pensando nisso. Pensar no quanto seu alvo é sexy certamente não facilita o desempenho da missão.

A reunião do Uchiha demorou tempo suficiente para que eu conseguisse organizar todas as minhas coisas e quando eu finalmente o vi entrando em sua sala soube que estava na hora de começar meu projeto “eficiência máxima”. Corri até a cafeteira e providenciei uma grande xícara de café quente, já estava pronta para sair quando um homem imenso parou a minha frente.

 

- Bom dia. Senhorita, Konan… Estou certo?  -O sorriso dirigido a mim era repleto de segundas intenções, mas ainda assim educado o suficiente para que eu respondesse com cortesia.

- Está. - Respondo também sorrindo - E o senhor é...?

- Zabuza, é um prazer.

- O prazer é meu.

- É seu primeiro dia aqui, não é? Eu teria reparado em uma mulher tão bonita como você andando por esses corredores.

- Obrigada, você só está sendo gentil.

- Estou dizendo a verdade. Posso te acompanhar no café? - Pergunta desviando os olhos para a xícara que eu tinha em mãos.

- Desculpe, mas esse não é para mim. Estou levando para Itachi, sou a nova secretária dele.

- Foi o que fiquei sabendo.

- Bem, já que sabe de tantas coisas, poderia me dizer se ele gosta de café? Estou levando sem nem ao menos ter perguntado.

- Desculpe, mas a única pessoa que sei que conhece Itachi aqui é o Kisame. -Ele me aponta com a cabeça um homem pálido e surpreendentemente forte.

Este é um fato interessante que pode realmente ser útil em algum momento.

- Tudo bem então, acho que vou arriscar. Obrigada pela conversa.

- Nos vemos por aqui, então?

- Não acredito que haja um meio de evitar.

Me retiro antes que essa conversa se prolongue por mais tempo que o necessário, vou até a sala de Itachi e, vendo a porta aberta, entro sem cerimônia.

- Itachi-sama?

Talvez minha voz tenha soado baixa demais, ou ele realmente estava extremamente concentrado no que lia, uma vez que tive que chamá-lo de novo para que ele, enfim, erguesse a cabeça e me encarasse.

- Desculpe-me, Konan. Eu não vi você aí.

Seu tom de voz permanecia sério, firme e não nego, atraente, mas seus olhos demonstravam certo cansaço que só agora eu pude notar.

Os olhos.

Algo naquela escuridão noturna que eram seus orbes me fascinava de uma forma que até agora eu não sei explicar e, pela segunda vez no dia, me vi incapaz de desviar minha atenção daquele ponto fixo em seus rosto.

- Sem problemas. Eu trouxe café. - Ergo um pouco a xícara. - Achei que fosse lhe fazer bem, supondo que você goste de café. Talvez eu tenha pulado a parte onde eu perguntava se você gosta ou não.

Um sorriso mínimo surge em seu rosto.

- Mesmo se eu não gostasse, o que não é o caso, eu tomaria essa xícara agora porque estou mesmo precisando de uma.

Um ponto para mim.

Não evito um sorriso antes de lhe entregar o café.

- Que horas é mesmo meu almoço com… Com quem mesmo?

- Com o Capitão da Divisão Pacificadora, Nara Shikaku. E é às 11 AM.

- Ah, certo. Então ainda tenho pouco menos de uma hora.

O suspiro que ele deu em seguida me fez notar seu cansaço além do visível em seus olhos, mas também nas olheiras cada vez mais profundas e escuras, no franzir automático da testa, nos ombros levemente reclinados como se trouxessem um peso invisível e na lentidão com que suas pálpebras começavam a se mover toda vez que ele deixava os olhos fechados por alguns milésimos de segundo a mais. 

Deus! Por que estou sendo tão detalhista assim? Já sei, são os ossos do ofício, apenas isso. Quando sua profissão exige que você seja cuidadosa e atenta demais, você acaba fazendo isso o tempo todo, é claro que esse é o único motivo para eu ter reparado
tanto.

- Se me permite, eu sugiro que use esse tempo para melhorar um pouco essa aparência. Você está destruído. - Digo sem pensar.

- Como?

Ops.

- Desculpe, não foi o que eu quis dizer. Quer dizer, não exatamente assim.

- Explique-se.

- Bem é que… Você é um homem novo, mas maduro e tem um cargo e um trabalho importantes, só que parece que isso tem exigido muito de você e seu cansaço é visível. Sua aparência no momento não inspira tanto respeito quanto deveria porque as pessoas percebem o quanto você tem se matado de trabalhar e mesmo que isso seja admirável, gera mais pena do que respeito.

- Está dizendo para eu trabalhar menos?

- Estou dizendo para se cuidar um pouco mais. Pelo que conheço de policiais sei que gostam de ser respeitados e trabalhando em uma instituição como essa - olho ao redor - você não vai poder ficar sozinho o tempo todo… E para comandar uma operação repleta de homens que querem ser respeitados, você precisa inspirar ainda mais respeito.

- Eu agradeço seu conselho, Konan, mas não acho que vou conseguir me transformar em um homem especialmente bonito e descansado em meia hora.

- Você não precisa se transformar em um homem bonito porque, me desculpe por isso, é um elogio estritamente profissional, você já é bonito. Por favor, não veja isso como um assédio.

O que eu tô falando?

- Obrigado, Konan. - Ele responde e eu percebo que está se divertindo com minha confusão - E o que você sugere que eu faça agora?

- Maquiagem.

- Desculpe, mas da última vez que eu chequei não tinha um estojo de maquiagem sobrando por aqui.

- Eu tenho um. - Dou de ombros. - Se você quiser é claro.

- Acha mesmo que eu estou tão mal assim?

- Talvez não… Mas com certeza pode ficar melhor.

- Eu não acredito que vou fazer isso.

- Então isso é um “eu aceito sua proposta totalmente profissional e não assediante”? -Pergunto sorrindo.

- Sim, mas faça isso com a porta fechada, por favor.

- Eu vou buscar minhas coisas.

Vou até a minha mesa e confiro se tenho tudo na bolsa, no caminho de volta penso no que estou fazendo. Isso era parte da missão? Acho que não. Mas que jeito melhor de fazê-lo confiar em mim? Ele precisa saber que sou eficiente em tudo o que faço. 

Quando entro na sala de Itachi percebo a caneca já vazia, deixada em um canto separado da mesa. Fecho a porta e paro em frente a ele.

- Está pronto?

- Para o meu dia de princesa? Esperei por isso a minha vida toda.

Rio.

- Não vai ser tão mal assim.

- Estou confiando em você.

É essa a intenção.

- Acredite, pode confiar.

Dou a volta na mesa e paro ao lado dele, imediatamente ele gira na cadeira e se vira para mim.

- Comece sua mágica.

E é o que faço. Enquanto trabalho na “restauração” do Uchiha, tenho a oportunidade de vê-lo melhor e descubro novos detalhes em seu rosto, como seus silhos grossos e longos (do tipo que causa inveja em qualquer mulher), em como sua íris parece sumir em contato com a pupila tão escura quanto, ou como seus olhos parecem refletir uma estrela absurdamente brilhante, na noite mais sombria, quando qualquer raio de luz choca-se com os olhos ônix.

Ele era fascinante.

E quando finalmente termino meu trabalho, quase me arrependo de tê-lo feito. Não por ter errado em alguma coisa, mas porque ganho a certeza de nunca ter visto um homem como ele.

- Está pronto?

Ele me pergunta e então percebo que talvez tenha ficado tempo demais admirando o resultado da minha obra.

- Prontíssimo.

Lhe entrego um espelho e ele passa alguns segundo conferindo sua própria aparência.

- Estou mesmo parecendo um ser humano normal. -Comenta com um sorriso que imagino ser de satisfação.

- Eu disse para confiar em mim.

- Obrigado.

- Mas não se acostuma, você precisa mesmo descansar.

- Quando eu receber minha folga. -Ele parece pensar por alguns segundo. - Não, acho que tenho um divórcio para assinar na minha folga.

- Você para em algum momento?

- Quando durmo. -Da de ombros.

- Com que frequência você dorme?

- Uma relativamente baixa, admito. Não tenho tido muito tempo ultimamente, estou trabalhando em um caso complicado e tem sido difícil relaxar.

- Posso ajudar em alguma coisa?

- Conhece uma fórmula mágica para relaxamento?

- Sim, chama-se massagem.

Dou a volta na cadeira e pego em seus ombros.

- Eu não acho que isso seja… - Começo a massageá-lo.

- Que isso seja…? -O estimulo a continuar.

- Esquece. Isso é muito bom.

Vejo-o o fechar os olhos, relaxando. Eu poderia matá-lo agora mesmo, seria tão fácil… Ninguém ouviria quando eu quebrasse seu pescoço.

- Você estava falando sobre uma missão complicada… É o que tem te deixado tão ocupado assim?

Vamos, Itachi… Me fale sobre a Akatsuki e acabamos logo com isso.

- Sim. Estou investigando uma organização… Talvez você já tenha ouvido falar nela.

- Qual?

Subo as mãos até seu pescoço, massageando-lhe ali.

- A… -O telefone toca. Merda. - Merda. Akane.

Eu já odeio essa mulher.

- Não vai atender? -Pergunto começando a me incomodar com o barulho insistente do aparelho.

- Não. Definitivamente não quero falar com ela hoje.

- Posso atender se quiser, inventar uma desculpa.

- Fique a vontade. Talvez assim ela pare de me perturbar pelo resto do dia. 

Ele me estende o celular.

- Com licença. -Digo antes de pegar.

Atendo.

- Itachi? - Uma voz estridente chama do outro lado da linha.

- Bom dia. - Digo educada. -Sou a Konan, a nova secretária do Sr. Uchiha.

- Secretária que atende até o celular?

- Digamos que eu goste de ser eficiente.

- Eficiente do tipo que faz o serviço completo, imagino. -Percebo todas as insinuações contidas na frase.

- Desculpe-me, mas eu conheço a senhora? Acredito que não, então tenha a decência de manter a educação ao se referir a mim.

- É esse o tipo de secretária que Itachi está arrumando agora? O nível decaiu muito.

- Se o objeto de comparação for você, acredito que qualquer pessoa que esteja com ele seja melhor. Afinal, que tipo de pessoa seria pior do que aquela que distribui ignorância gratuita?

Vejo o olhar curioso de Itachi sobre mim, provavelmente querendo entender o que se passa na conversa.

- Passe o telefone para o meu marido. Agora!

Reviro os olhos diante daquela ordem.

- Impossível. - Respondo apenas.

- Do que está falando.

- Mesmo que eu quisesse obedecer a senhora, não seria possível passar a ligação para o Sr. Uchiha.

- E por que não?

- A senhora não ficou sabendo?

- Sabendo do quê?

- Itachi-sama entrou para o exército e está servindo na guerra contra a Síria. Ele disse que lá teria problemas muito mais fáceis de resolver do que aqui, onde era perseguido por um certo tipo de pessoa muito inconveniente, se é que você me entende. Ele volta no ano que vem, quer deixar recado? - Pergunto com voz inocente e vejo Itachi se segurando para não rir.

- Você está brincando comigo, não é? - A voz dela era furiosa. -Pode deixar que eu ligo para a casa dele mais tarde.

- Avisarei que a senhora desejou boa sorte na guerra. Até ano que vem.

Digo e assim que desligo ouço uma gargalhada ao meu lado. Ao me virar para Itachi o vejo rindo despreocupadamente, noto as linhas em suas bochechas se aprofundando ainda mais e os dentes perfeitamente brancos e alinhados expostos.

- Servindo na Síria por um ano?

Dou de ombros.

- Vai que ela acredita.

- Seria bom passar um ano sem ter que aguentá-la.

- Como você casou com aquilo? É uma grossa.

- Ela já foi legal, mas ficou possessiva… Como se precisasse. - Diz se levantando.

- Eu já não sou mais um adolescente capaz de seduzir as mulheres com facilidade. Estou destruído, como você já disse.

- E eu também disse que você é bonito, só precisa de descanso.

- Certo, mas ainda assim… Não sei mais como… Flertar.

- Quer uma dica? Comece sendo um homem legalmente divorciado.

- Vou anotar isso, suas dicas têm sido muito boas nas últimas horas. Mas acho que tenho que ir. - Confere o relógio - Até mais.

- Até. A propósito, posso sair pro meu almoço também?

- Claro. Quer companhia até lá fora?

- Eu passo, tenho que arrumar minhas coisas.

- Tudo bem.

Ele diz e sai colocando o terno automaticamente.

Vou até a minha mesa e organizo mais alguns papéis antes de sair, assim que desço as escadas para a acalçada ouço o celular tocando.
Pain;.

- Oi?

- Já conseguiu alguma coisa?

- Ainda não.

- Ande rápido, Konan. Precisamos de você mais do que nunca.

- Eu sei.

Ele desliga sem dizer mais nenhuma palavra e eu solto um suspiro longo. Falar é mais fácil do que fazer, afinal.


Notas Finais


Bom é isso espero que tenham gostado
E perdoem-nos os erros.
Obrigado a todos que leem e comentam.
2BJOS! ~*


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