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História Criminal Side - Criminal Side


Escrita por: devilnsaturn

Notas do Autor


Olá meus (minhas) queridos (as) leitores (as)!! Como estão?

Como combinado, a autora vem trazendo o primeiríssimo capítulo de Criminal Side - e fora do horário de postagem, pois alguns probleminhas aconteceram aqui hoje e eu acabei atrasando a postagem, peço mil desculpas!

Vale lembrar que, como eu disse nos avisos do capítulo passado, a cidade em que a fanfic se passa é uma cidade fictícia, ou seja, ela é de minha total autoria. Coloquei-a localizada em uma das províncias da Coréia do Sul, sendo esta Gangwon, mas ela não existe realmente, e sendo assim, todos os lugares citados provém da minha imaginação.

Sem mais delongas, nos vemos nas notas finais.

Uma boa leitura a todos!!

Capítulo 2 - Criminal Side


Fanfic / Fanfiction Criminal Side - Criminal Side

06h09min – Chongsang, dias atuais

Taehyung apertou apressadamente o freio de seu carro quando o sentiu ganhar velocidade demais. A estrada em forma de ladeira que a cidade oferecia era extremamente perigosa, ainda mais no inverno, contudo, era o único meio de chegar até seu destino. Infelizmente, não existiam caminhos alternativos e, vez ou outra, o detetive se perguntava se havia sido uma boa ideia morar em uma região montanhosa.

Ao contrário dos grandes centros, Chongsang era calma, na maior parte do tempo silenciosa. Era bem atrativa, ele assumia, com as belas paisagens e baixo índice de criminalidade. Poderia ser considerado o sonho de qualquer funcionário que trabalhasse em sua área. As casas estavam localizadas muito próximas umas das outras, o que evitava que um assalto ocorresse, já que todos conheciam uns aos outros. Havia somente uma boate e dois bares, então qualquer denúncia de violência de algum bêbado certamente viria de um dos três estabelecimentos. Um sonho.

De início, o Kim pensou que seria como estar de férias. O trabalho era pouco e seu passado havia literalmente ficado para trás. Passaram-se meses antes de a monotonia de viver em uma cidade média-pequena dar as caras, portanto, ele tirou o máximo de proveito que pôde de cada ponto turístico para visitar nas redondezas. Conheceu a montanha Seorak, rezou no templo Woljeong e viajou até Gangneung para passar o final de semana na praia Gyeongpo.

Com tantas novidades, a tristeza e o luto ficaram em segundo plano por algum tempo. Saiu, tirou fotos, conheceu pessoas novas, transou. Fez milhares de coisas que não fazia há anos e, mesmo com a bebida presente em doses exageradas em seu dia a dia, Taehyung se distanciou das memórias de Daegu — ainda que elas permanecessem o assombrando durante a noite e o fizessem chorar constantemente pelos cantos de seu quarto.

Recomeço parecia ser o substantivo que mais se encaixava em seu “novo eu”. Tudo estava indo bem, tudo estava indo tão incrivelmente bem que parecia mentira, ao menos até aquela manhã. Era difícil, se não raro, ser acordado tão cedo por problemas no trabalho. Namjoon, seu parceiro no trabalho, telefonou-o aflito com uma voz pesarosa e embargada pelo sono.

— Nós precisamos estar na estrada principal em vinte minutos — explicou apressado, sem dar muitos detalhes sobre o caso. Taehyung mal conseguiu processar suas palavras. — Você vai ter de ir sozinho. Não vou conseguir te buscar.

— Tudo bem, mas por quê? — questionou, coçando um de seus olhos com as costas das mãos e sentando-se na cama. — Aconteceu alguma coisa séria?

— Séria até demais — respondeu atordoado, calçando os sapatos com dificuldade antes de sair de casa. — Um dos garotos da universidade foi encontrado morto. Ao menos o que sobrou dele.

— O que sobrou? — O detetive arregalou os olhos, odiando sua imaginação fértil por criar inúmeras imagens em sua mente sobre como o corpo do jovem poderia estar. — Ele foi mutilado?

Alguns ruídos no microfone do celular puderam ser escutados pela movimentação por parte do Kim mais velho.

— Pior — Namjoon suspirou, pegando as chaves de seu automóvel e preparando-se para encarar uma cena que sabia que seria semelhante às dos filmes de terror. — Pelo o que eu entendi, o assassino devorou partes do corpo dele. Foi um ato de canibalismo.

Taehyung jogou suas pernas para fora da cama, mas não teve forças o suficiente para se levantar. Apertou o celular entre os dedos longos, fechando os olhos para processar a informação. Gatilho. Aquilo havia sido um gatilho, um maldito gatilho para que uma avalanche de recordações sobre Daegu retornasse como um soco em sua cara.

— Taehyung? — o parceiro chamou do outro lado da linha, tirando-o de seu transe temporário. — Eu estou indo. Não se atrase.

Silêncio. A ligação se encerrou, deixando o castanho sozinho com um turbilhão de pensamentos. Por ser um detetive sargento, estava tomando conta da parte motivacional do trabalho e realizando diversas tarefas simples desde que foi transferido, o que definitivamente era bem mais cômodo do que uma investigação, que levava tempo, paciência e estabilidade emocional, coisas que Taehyung acreditava não ter desde a morte de sua filha. Mas que escolha tinha?

Impulsionou-se para fora do colchão macio e pegou uma muda de roupa que deixava dobrada em cima da cômoda para situações de emergência. Era um costume chato que trouxe de Daegu e que não conseguiu deixar de lado. Os chamados repentinos na cidade grande eram constantes. Vestiu-se rapidamente, passando as mãos pelos cabelos para domar os fios rebeldes. Cinco minutos depois já estava dentro do carro e, em outros cinco, já estava na metade do caminho para a cena do crime.

Por mais que não morasse perto, o caminho foi relativamente curto, e soube que estava próximo ao ouvir o som das sirenes das viaturas estacionadas no perímetro. Um aglomerado de moradores das proximidades se formava em volta do episódio, alguns deles cochichando entre si, outros somente com as mãos no rosto, espantados demais para fazer um comentário. Para Taehyung poderia ser normal, mas para os habitantes de Chongsang era uma surpresa. Nada de perigoso acontecia naquela cidade, e um assassinato era algo e tanto.

Estacionou um pouco afastado das faixas amarelas de “não ultrapasse”, evitando incômodos futuros para sair dali. Desligou o motor e abriu a porta ao seu lado, sentindo o vento gelado bater em suas bochechas, fazendo-as queimar. Posteriormente a acionar a trava de segurança, afundou o rosto no cachecol grosso que fez questão de enrolar no pescoço. O clima nas montanhas castigava bem mais com o frio.

Direcionou-se para o amontoado de pessoas, esgueirando-se entre elas para chegar ao limite de espaço que as havia sido imposto. Aqueles curiosos de plantão sempre atrasavam seu trabalho.

— Por favor, fiquem calmos! — um policial gritou, tentando controlar os que se espichavam para espiar a cena. — Em breve, informações sobre o caso serão divulgadas!

— Como espera que fiquemos calmos, meu filho? — um homem, que deveria ter em torno de seus sessenta anos, indagou em um tom acusatório típico dos intrometidos. — Um garoto foi morto, estamos todos em pânico!

— É só que... — O policial franziu as sobrancelhas, inseguro. — Um tumulto não vai ajudar agora, então, por favor...

— Nos conte logo o que está acontecendo! — o idoso voltou a pedir, levantando um de seus punhos no ar e sendo seguido por um casal mais jovem que estava ao seu lado. O que eles estavam querendo? Uma rebelião?

Taehyung os encarou de relance, avizinhando-se do policial e mostrando seu distintivo, recebendo passagem imediatamente ao fazê-lo. Do outro lado da faixa havia policiais por todos os cantos. A “equipe forense”, composta por três policiais de sua equipe que haviam cursado ciência forense em um nível tecnólogo, estava averiguando as provas que foram encontradas do lado de fora, colocando pequenas placas numeradas e fotografando as evidências deixadas na neve.

Olhou ao redor e avistou Namjoon mais a frente, com o tenente responsável pela divisão. A tensão nos ombros de ambos homens era visível e o Kim soube de imediato que talvez as coisas estivessem piores do que imaginou. Caminhou em passos curtos até as figuras que conversavam baixo entre si.

— Ah, Taehyung! — seu parceiro exclamou ao perceber sua presença, parecendo aliviado ao vê-lo ali. — Finalmente você chegou!

— Você disse vinte minutos, não foi? — Deu os ombros, não entendendo o motivo para tal alarde. Fitou o outro sujeito, sendo este seu superior, e se curvou brevemente em sinal de respeito. — Yeong Kyung-Hee.

— Deixe de bobagem, Taehyung. — O homem bateu em seu ombro e sorriu pequeno.

Kyung-Hee era um indivíduo baixo, com um corpo roliço e dentes amarelados. Seus cabelos escuros estavam sempre penteados para trás com algum tipo de gel perfumado da loja de conveniência do centro, todavia, apesar de sua aparência nada atrativa, era um bom homem. Tratava todos no departamento com muita simpatia e tinha um senso de humor espetacular. Foi o melhor superior que o Kim teve em sua longa carreira na polícia.

Endireitou sua postura e olhou por cima da cabeça de seu superior. No fundo, um pouco antes das árvores altas que formavam um extenso bosque, havia o que se assemelhava a um posto de gasolina abandonado e onde estava concentrada a maior parte da equipe da delegacia. Uma sensação ruim surgiu no castanho.

— Um caminhoneiro estava passando por aqui quando viu o posto — Kyung-Hee elucidou, virando-se para trás para olhar na mesma direção em que Taehyung. — Ele pensou que poderia estar aberto, mas está abandonado há anos. O garoto foi encontrado nos fundos. Havia um casal de amigos da vítima que estavam escondidos, mas eles estavam machucados e já foram levados para o hospital. Prováveis testemunhas. Namjoon, leve-o até lá.

Com um meneio, o loiro assentiu. Não precisou chamar pelo detetive, que já havia começado a rumar para o local da ocorrência. A neve espessa sobre os pés do mais novo dificultava a caminhada, mas Taehyung esforçou-se ao máximo para não demorar-se. Ansiava por entender o que aconteceu e como se sucedeu.

— Vai ser bom te ter na investigação — seu parceiro confessou, seguindo-o com um pouco mais de lentidão. — Esses casos não acontecem muito por aqui. A ajuda de um cara da cidade grande será bem-vinda.

— Não se anime muito com isso — Taehyung avisou, sabendo todo o procedimento pelo qual teriam de passar. — Provavelmente, teremos de reportar o assassinato para a polícia da província de Gangwon e logo aqui vai estar cheio de homens especializados na área.

— Eu sei. — Namjoon rodou os olhos, seu hálito produzindo uma pequena nuvem de fumaça com o ar gélido. — Mas o caso continua sendo nosso.

— A princípio sim — O castanho abaixou seu cachecol para poder aumentar a voz. Ventava forte e havia começado a nevar novamente. — Vamos ver quando eles ficarem sabendo.

Sob seu ombro, Taehyung pôde ver o descontentamento se fazendo presente na expressão de Namjoon. Ele não tinha culpa, provavelmente passou a vida como policial procurando cachorros sumidos e apartando brigas de casais na vizinhança. Crescer em Chongsang não deve ter sido muito emocionante.

Alcançando o posto, o detetive parou. Um rastro de sangue estendia-se até a parte traseira da instalação envelhecida, formando uma figura meio oval em uma tonalidade carmim. Com cuidado, seguiu o desenho, fazendo uma nota mental de que deveria voltar à loja conjunta aos equipamentos para encher tanques e investigar cada centímetro. Assassinos geralmente deixavam pistas em lugares que nem eles mesmos acreditavam que poderiam deixar.

Seus tornozelos foram espetados pelos flocos de gelo que se amontoavam no chão. Namjoon o acompanhava como uma sombra, calado, em suas costas, acompanhando seus métodos. Por mais que Taehyung fosse anos mais novo, era ele quem tinha a ensinar. Ademais, a equipe de homicídios do departamento de Chongsang jamais havia tido um assassinato para trabalhar, portanto, o Kim era o único a já ter visto e lidado com situações como aquela antes.

Conforme continuava com suas passadas, atentava-se ao rastro aumentando. O líquido engrossava e espalhava-se. Misturava-se com a neve como se fosse algo natural. Uma mão foi vista deixada solitária, longe do braço ao qual deveria estar acoplada.  A pele estava pálida e rasgada, com o osso do pulso exposto e o dedo indicador faltando. Uma poça vermelha estava formada ao seu redor.

— Por que ainda não coletaram isso? — Taehyung demandou a Namjoon, puxando as calças grossas para se agachar perto ao membro decepado. Aquilo deve ter doído bastante.

— Devem estar esperando o legista ou sei lá. — Seu parceiro se agachou ao seu lado, tentando compreender o que o castanho conseguiria descobrir apenas com os olhos. Não eram profissionais daquela área.

— Não precisa, está bem claro que não foi intencional. — Apontou para o corte feito no ato de mutilação. — O assassino fez um corte em diagonal, o que significa que provavelmente eles estavam lutando ou foi feito às pressas. Ele não é descuidado a esse ponto, teve o trabalho de arrastar a vítima até os fundos, então queria esconder ou deixar o crime menos evidente.

— O que te faz pensar que o assassino é um homem? — Namjoon atentou-se ao detalhe principal, mas sem deixar de se mostrar impressionado com as suposições do castanho. Realmente incrível.

— Mulheres são metódicas — o Kim mais novo refletiu, lembrando-se dos assassinatos que investigou em que figuras femininas eram as criminosas. — Elas são mais inteligentes, planejam o homicídio nos mínimos detalhes e geralmente os cometem por razões específicas, excluindo as que sofrem de alguma doença mental. Esse cara parecia saber exatamente o que fazer. Ninguém nasce sabendo cortar uma mão.

— Pode ser uma pessoa da área da saúde ou que trabalhou em um açougue — o loiro tentou contravir, percebendo o quão idiota soou seu argumento. Nem existiam açougues em Chongsang.

— É, talvez. — Taehyung pôs-se de pé e estendeu a mão para Namjoon, oferecendo-o suporte. — Eu posso estar errado. Não vamos descartar nenhuma possibilidade.

O parceiro aceitou, apoiando seu peso na palma do Kim mais novo e levantando-se.

Com um e outro de pé e dando o assunto por encerrado, o detetive voltou à sua ação anterior, avançando pela trilha de sangue. Não gostava daquele suspense, era muito desconfortável criar expectativas sobre como deveria estar o cadáver. O ideal seria que o rosto da vítima não estivesse desfigurado e que não houvesse muito mais partes faltando, pois a temperatura poderia comprometer alguma evidência, no entanto, devido à brutalidade, não poderia esperar muitos resultados positivos.

Ao atingir o fim, encontrou o tão mencionado corpo do garoto sendo vigiado por dois policiais. De início, já percebeu o quão deplorável estava, com sua mão remanescente estava sobre o peito, curvada, com os dedos tortos e congelados, como se houvesse tentado empurrar alguém de cima. Seu tórax estava aberto do começo ao fim, com as tripas pulando para fora e em uma mistura nada agradável. Algumas das partes das mesmas aparentavam terem sido arrancadas por dentes.

O rosto do sucumbido não estava muito diferente. Sua cabeça sofreu um grande impacto de algum objeto cortante. A parte onde deveria estar seus olhos estava cortada até a metade da profundidade que possuía, com o fluido rubro já seco e escuro. A boca tinha os dentes expostos pela falta do lábio inferior. Que estrago o canibal fez. Mas espere... O lábio inferior faltava?

— Eu já vi isso antes... — o castanho sussurrou para si mesmo, espantado com a possibilidade que lhe veio à mente. Curvou-se para olhar melhor e ter certeza de que não estava imaginando coisas.

— Que horror. — Namjoon encarou o corpo em choque, percebendo que os dois policiais que tomavam conta do defunto concordaram de leve consigo.

— Ninguém conseguiu identificar quem é o garoto até agora — um dos policiais declarou, mal sendo capaz de encarar o cadáver por mais de dez segundos.

Aquele detalhe que, certamente, deveria ter passado despercebido a todos os que viram o corpo foi o que mais chamou a atenção de Taehyung. Céus. Faltava a porra do lábio inferior da vítima, exatamente com as que haviam visto anteriormente em seu último caso em Daegu. Era a marca registrada daquele psicopata. Mas não poderia ser. Era loucura. Não poderia ser o mesmo assassino. O detetive estava delirando.

“O que mais ele fazia com os corpos? Pense, Taehyung, pense!”, ordenou a si mesmo mentalmente. Analisou a vítima mais uma vez com o coração disparado dentro do peito, suas veias latejando pela adrenalina que era depositada em cada uma delas, fruto de seu medo e de seu ódio. Em Daegu, era comum o assassino deformar suas vítimas, arrancar seu lábio inferior, devorar parte delas e... E o que mais?

— Taehyung? — Namjoon chamou, tocando seu ombro. Parecia estar preocupado com seu estado exageradamente reflexivo, mas o castanho não respondeu. Não tinha tempo para ser empático.

Buscou, no fundo de seu consciente, por mais detalhes. Eram sempre duas vítimas, um homem e uma mulher. Geralmente eram próximos e tinham um relacionamento conturbado. O homem, por instinto, tentava proteger a mulher, o que consequentemente, tornava-o sempre o primeiro a ser morto. O assassino deixava a mulher inconsciente para facilitar seu trabalho e somente depois a assassinava. E o que mais? Kyung-Hee o disse que um casal de amigos foi levado para o hospital, no entanto, se eles não haviam sido mortos, somente saíram machucados, então...

— Tem outra vítima — o castanho firmou nervoso, quase certo de que poderia, sim, estar lidando com o mesmo assassino de dois anos atrás.

— Outra vítima? Do que você está falando? — O Kim mais velho pareceu espantado com a afirmação do parceiro, encarando-o como se fosse um louco.

— Supondo que eu esteja certo, sei exatamente com quem estamos lidando — contou, nem um pouco feliz de estar anunciando que o assassino que destruiu sua vida em Daegu possivelmente estava de volta à cena. — Ele está usando os mesmos métodos.

— Não pode ser uma coincidência? — Namjoon sugeriu, desconfiado das teorias de Taehyung. Sabia do passado do parceiro, sua história passou em noticiários e saíram diversas matérias sobre o caso em revistas.

— Impossível. — Balançou a cabeça negativamente. — Nós precisamos procurar. Eu tenho certeza de que é uma menina e deve estar em algum lugar nas proximidades. Ele nunca deixa o casal tão separado.

— Taehyung, você está me assustando de verdade — o loiro revelou um pouco mais alto do que gostaria, ganhando a atenção dos sujeitos fardados ao redor.

Sem dar ouvidos ao parceiro, o detetive saiu em disparada, refazendo o rastro de sangue. Ele pulava, tentando ganhar velocidade na neve. O palco do homicídio havia sido em uma área pobre, havia nada mais do que neve, árvores, um posto de gasolina e uma loja de conveniência sem nada dentro, a mesma a qual se dirigiu e arrombou a porta, dando-se conta de que realmente não havia nada lá dentro além de poeira. Faltavam elementos.

Onde estava o corpo?

— Taehyung! — Namjoon adentrou o recinto vazio e escuro, posicionando-se em sua frente com um semblante banhado em irritação. — Pare de falar loucuras! Você deveria focar na vítima que está nos fundos do posto!

— Eu preciso achar o outro corpo — repetiu impaciente com a insistência do parceiro sobre ele estar tresvariando. Estava certo de que sabia quem era o assassino e não desistiria até que alguém o provasse o contrário.

— Você... — o loiro retomou, preparado para dar um fim às hipóteses de Taehyung, porém, interrompeu-se ao notar um policial que chegou apressado à porta da loja abandonada, parecendo ter corrido alguns bons metros por sua respiração ofegante.

— O chefe está os chamando — anunciou entre seu forte respirar. Parecia estar realmente cansado. — Encontraram um depósito ao leste do posto e tem uma garota completamente machucada lá dentro. Ela está inconsciente, mas ainda está viva.

Namjoon arregalou os olhos, espantado pela notícia. Taehyung, por outro lado, sentiu-se aliviado por a segunda vítima permanecer com vida, mas amedrontado pela ideia de que o ciclo viciante de mortes mórbidas poderia se repetir em Chongsang. Lá estava ele, novamente envolvido com aquele assassino mórbido que tirou a vida de sua filha, só que dessa vez iria pegá-lo. O detetive teria sua vingança, e o canibal, seu fim.

— Me leve até o depósito — o Kim mais novo solicitou sem rodeios e seguiu o policial até o lado de fora, deixando o parceiro para trás. Estava mais do que pronto para voltar a montar seu quadro de vítimas e estudar o velho modus operandi do criminoso.


Notas Finais


"Mas como assim agora tem DUAS vítimas??". Sim meus anjinhos, agora o caso está bem mais complexo do que na versão anterior, ou seja, muitas surpresas estão por vir!

O que acharam? A opinião, crítica, elogio, teorias ou qualquer feedback de vocês é de extrema importância para autora! Não se esqueçam de deixar aí embaixo nos comentários se estão gostando e se já tiverem uma pista de quem é o assassino! Podem ser comentários longos ou curtos, ficarei imensamente feliz de receber qualquer um de vocês!

Aliás, gostaria de agradecer aos antigos leitores pela paciência e por continuarem comigo. Aos novos leitores, espero muito que vocês gostem da história, pois sou muito apaixonada pelo enredo da mesma e espero que vocês possam se sentir assim também.

Nosso próximo encontro para desvendar esse crime vai ser dia 01/02, entre o horário de 15:00 e 20:00 (caso não ocorra nenhum imprevisto haha). Espero vocês nos próximos capítulos, e até lá, muitos beijinhos nas bochechas de vocês. Até logo!


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