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História Crônicas de Ghost River - Será que ela vai gostar de mim?


Escrita por: _Astronautaa

Notas do Autor


Eu só ia postar na terça, mas me subornaram com lasanha, então eu postei.



Haha

Bjs e espero que estejam gostando ainda. @_Astronauta

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Capítulo 20 - Será que ela vai gostar de mim?


 

 

Capítulo 20 - Será que ela vai gostar de mim?

Antes que eu pudesse chegar ao carro, Nedley me chamou pelo rádio para ir até o centro, pois alguém havia sido assassinado. Quando cheguei lá, parecia que metade da cidade estava ali para confirmar que o último Cryderman estava morto, mas ele não era o último, Waverly estava viva.

Depois que os legistas levaram o corpo para análise, fui encontrar Waverly e dar a notícia, mas não era como se eles fossem muito próximos.

Mattie havia separado várias ervas em potes, também algumas pedras, cristais, líquidos estranhos e grãos. Sem contar os livros, infinitos livros no canto da parede direita e 4 abertos em cima da mesa. Waverly parecia animada mexendo com os cristais e vendo algumas coisas nos livros.

- Acho que a gente já fez o bastante hoje. - Pegou o livro da mão da Waverly e o fechou. Olhou para mim e piscou com um olho, como se estivesse mandando a gente ir embora.

- Obrigada por ter esperado. - Colocou a mão em minha perna. Estava sentada ao seu lado há mais de 2h.

- Tudo bem. - Coloquei minha mão em cima da dela.

- Até amanhã, Mattie. - Disse Waves se levantando.

- Cuidado, ok? Constance pode estar em qualquer lugar. - Tirou alguns potes da mesa e os colocou dentro do armário do lado oposto aos livros.

- Na verdade… - Comentei - O Juan Carlo passou na delegacia e disse que a gente precisava dela ou de algo que ela tinha. O Doc foi atrás dela para tentar descobrir. - Me levantei também e fui caminhando até a entrada.

- Mas o que ela teria que possa ser útil? - Perguntou Waverly para mim e para Mattie.

- Pode ser que seja algo do Clootie, talvez. Talvez ele tenha algo a ver com essa outra maldição. - Respondeu Mattie, parando de guardar as coisas e olhando para gente.

- Mas por que ela estaria com medo? Não faz sentido. - Disse abrindo a porta. - Bom, até amanhã. - Acenou e saiu.

Passamos no mercado para comprar nossa janta e depois fomos para a casa dela. Wynonna aparentemente ia demorar muito para voltar. Estava “trabalhando” em um caso com o Doc. Arrumamos a comida e jantamos. Gus, a esposa do tio dela que morreu, mandou mensagem perguntando se ela estava bem e que tinha voltado de viagem. Waverly a chamou para jantar na noite seguinte, porque tinha que apresentar alguém para ela. Eu podia não ter medo de enfrentar os retornados, mas conhecer a Tia-mãe dela, fazia minhas mãos suarem mais do que eu imaginava que pudesse.

- Se você não quiser ir, tudo bem. Não precisa ficar nervosa. - Provavelmente meu rosto não mentia que eu estava desconfortável com aquilo.

- E se ela não gostar de mim? - Larguei o garfo e me virei para ela.

- Não tem como ela não gostar de você. - Se virou para mim, encostando seu joelho no meu. - Ela vai te achar tão impressionante quanto eu acho. - Me olhou de cima abaixo e parou o olhar em meus lábios.

- Uhnn, então quer dizer que você me acham impressionante? - Estendi a mão para pegar a dela, mas ela se levantou e caminhou até a sala. - Waves? - Franzi a testa, tentando entender porque ela tinha me deixado sozinha.

- Eu fiz uma coisa para você. - Contou, enquanto parava atrás da minha cadeira. - Lembra que a Mattie me deu um colar de ammolite? - Fiz que sim com a cabeça. - A gente usou um pouco do tempo para fazer um para você e outro para Wynonna. - O colocou na minha frente, olhei e então ela o colocou em meu pescoço.

- Obrigada, Waves. - Me levantei para agradecê-la. A segurei pela cintura e a beijei. Logo ouvimos alguém tossir atrás da gente.

- Wynonna? - Disse Waverly, tirando os braços do meu ombro.

- Doc e eu vamos comer tacos, vocês querem? - Perguntou sacudindo a embalagem.

- A gente já jantou, obrigada. - Respondeu a mais nova.

Arrumamos a cozinha e depois ficamos um tempo na sala conversando com os dois. Wynonna até que começou a ser mais simpática comigo, o que foi surpreendente. Waverly contou que Gus tinha voltado e que ia me apresentar na noite seguinte. A mais velha não se opôs. Ela parecia ainda mais protetora com a irmã depois do que Waverly tinha contado e da reunião, não era para menos. Depois de entregar o colar para irmã, fomos para o quarto.

Acordei no meio da noite e custei voltar a dormir, também não podia ficar me mexendo para não acordar a Waverly. Cheguei um pouco mais perto dela e abracei sua cintura por trás. Ela resmungou um pouco, mas não acordou. Logo voltei a dormir. Quando abri os olhos de manhã, ela estava virada para mim, ainda dormindo. Tirei algumas mechas de seu cabelo que cobria o rosto e ela abriu os olhos em seguida. Sorriu, com os lábios e os olhos.

- Bom dia! - Falei, chegando mais perto de seu rosto.

- Bom dia! - Encostou os lábios nos meus depois apoiou a cabeça embaixo do meu queixo.

Deixei Waverly na casa da Mattie e depois fui para delegacia. Dolls imediatamente me chamou para ajudá-lo no caso, mas eu disse que não poderia ir. Doc estava ocupado negociando algo com alguém, Waverly estava treinando com a tataravó e a Wynonna eu não via desde o dia anterior. Dolls viu que o Nedley ia passar por ele e o impediu.

- Eu preciso da Oficial Haught hoje. - Disse Dolls, fazendo sinal para eu ir com ele.

- Não, estou com pouco pessoal hoje. Ela não pode ir. - Nedley disse e tentou passar de novo, Dolls não deixou.

- Não foi um pedido. Ela vai vir comigo. - Cruzou os braços e elevou o queixo.

- Ela é minha funcionária e ela precisa ficar no posto dela. - Encostou o braço no balcão, encarando o Agente Dolls.

- Mas meu cargo é superior ao seu, se eu disse que ela vem comigo, ela vem comigo.

- Se ela sair, a delegacia vai ficar vazia.

- Isso não é problema meu. Arrume mais gente. - Deu espaço para o xerife passar.

- Daqui ela só sai para fazer a patrulha. - Disse e saiu. Fiquei olhando a situação e achando extremamente engraçada, dois homens brigando sobre meu futuro sem me perguntar o que eu queria. Balancei a cabeça negativamente e peguei alguns papeis para por na impressora.

- Você sabe que ele não pode fazer isso, né? - Disse Dolls tentando se defender.

- Eu sei que seu cargo é maior que o dele, mas ainda assim ELE é meu chefe. - Caminhei até a impressora e abri a gaveta para as folhas. O agente saiu do local.

W: Ei, Baby. Antes de você vir me buscar, pode comprar alguma coisa para a gente beber no jantar?

N: Com certeza. Mais alguma coisa?

W: Estou com saudade.

N: Acho que a Sybil também está, será que você pode dormir lá em casa hoje?

W: A Sybil?

N: Sim, morrendo de saudade.

W: Vou pensar no caso dela. Até mais tarde.

Passei no mercado e comprei cerveja, tequila e Whisky, também uma sobremesa. Eu estava tão nervosa com aquele jantar, que tinha esquecido totalmente de trazer alguma roupa para trocar. Será que ia ser estranho jantar com o uniforme?

N: Waves, você já terminou o que estava fazendo com a Mattie? Porque eu preciso passar em casa antes.

W: A Gus já me mandou três mensagens perguntando se eu já estava chegando.

N: Eu estou de uniforme.

W: Sua bunda fica ótima nessa calça cáqui.

N: Waves. Haha

W: E outra, a Mattie está de mau humor. Vem logo me tirar daqui.

N: Okay, estou saindo do mercado.

Estacionei o carro em frente a casa da Gus, o frio estava começando a ceder, mas mesmo assim ainda estava bastante gelado o tempo. Sentia arduamente em minha barriga o quão nervosa eu estava para aquele jantar.

- O que aconteceu entre você e a Mattie hoje? - Desliguei o motor e me virei para ela.

- Ela só ficou chateada que eu consegui fazer uma coisa que só a Constance consegue fazer. - Ela riu.

- O que você fez?

- Prefiro não falar sobre isso. Não quero te assustar. - Abriu a porta, mas não saiu. Eu a olhei um pouco decepcionada, ela percebeu. - Olha, eu não quero te excluir de nada, só não quero que você fique com medo de mim.

- Waves, você nem é totalmente humana. Se isso não me fez fugir, porque você acha que alguma coisa fará? - Ela tirou a mão da porta e se virou para mim.

- Não sei, é que você reagiu tão bem no outro dia quando eu te contei, que pensei que você fosse pirar depois. - Tentei falar algo, mas ela me interrompeu. - Eu não quero perder o que a gente tem, mas eu não estou acostumada com pessoas que “ficam” apesar de tudo.

- Bom, então é melhor você se acostumar, porque eu não vou a lugar nenhum. Não sem você. - Ouvimos a porta da frente se abrindo e olhamos. Gus estava na varanda, esperando a gente entrar. Waverly saiu do carro primeiro.

- Eu fico fora por algumas semanas e você já precisa de escolta? - Sorriu e foi abraçá-la.

- Na verdade. - Fez sinal para eu sair do carro. - A “escolta” é quem eu vim te apresentar. - Gus fez uma cara pensativa, tentando entender o que ela realmente queria dizer com aquilo. Peguei as bebidas e a sobremesa e sai do carro. - Gus, essa é a Nicole Haught. - Eu pensei em estender a mão, mas elas estavam ocupadas. Gus me deu um beijo no rosto e sorriu, ainda tentando entender. - Nicole e eu… estamos namorando.

- Que susto, achei que ela fosse sua oficial da condicional. - Pegou uma das sacolas que estava em minha mão.

- Gus! - Waverly chamou atenção da tia, rindo.

- É brincadeira. - Riu e fez sinal para que a gente entrasse com ela.

- É um prazer conhecer a pessoa que criou a Waverly. Ela é realmente uma pessoa muito especial. - Disse, quando a gente chegou na cozinha. Waverly sorriu para mim com a segunda frase e deu alguns passos para ficar ao meu lado.

- O prazer é meu em conhecer alguém que finalmente não seja um babaca. - Comentou Gus, provavelmente se referindo ao Champs. Waverly torceu a boca rindo do comentário.

Gus tinha um humor ácido e uma postura firme sobre as coisas, parecia um pouco com a Wynonna, só que muito mais madura. Ela também tinha criado ou tentado criar Wynonna, mas como ela passava mais tempo nos reformatórios e clínicas, Gus passava muito mais tempo com a Waverly. O carinho que uma tinha pela outra era muito evidente. Com certeza era como um relacionamento de mãe e filha, claro que era muito diferente do meu com minha mãe, mas ainda sim era como se fosse.

Waverly estava ao meu lado e Gus de frente para nós. Me contaram o motivo real da morte do “Tio” Curtis e Waverly tentou explicar o que tinha descoberto, desde que não era filha do Ward, até quando abraçou a Mattie, porém ignorou totalmente o fato de existir uma segunda maldição. Gus não precisava dessa preocupação, ela ainda estava de luto, não seria justo.

- Há quanto tempo vocês estão namorando? - Perguntou enquanto recolhia os pratos. Olhei para Waverly esperando ela responder.

- Acho que por volta de um mês, mas meu coração já era dela um pouco antes disso. - Segurou minha mão, apoiada na perna dela. - Ela quase me matou do coração. Ficou internada por vários dias, eu fui lá em todos eles, mas sempre tinha uma garota lá como acompanhante. A Olívia. - Revirou os olhos quando disse o nome dela. Eu não sabia disso. Gus foi até a cozinha buscar as garrafas de bebida.

- Por que você nunca me contou? Se você tivesse aparecido, Olivia teria ido embora, ela só ficou porque minha mãe não tinha como dormir lá naquela cadeira desconfortável.

- Eu estava com medo dela ser sua namorada, preferi ficar com o benefício da dúvida.

- Nunca houve outra pessoa a não ser você. - Ela respirou fundo, como se estivesse aliviada em ouvir aquilo, depois sorriu, chegando um pouco mais perto para me beijar. Nossos lábios se tocaram suavemente e logo se soltaram. A gente se olhava bem de perto e sua mão ainda estava em minha nuca quando Gus voltou com a garrafa de tequila e um pacote.

- Trouxe para você da Itália. - Entregou o presente para Waverly. - Se eu soubesse que vocês estavam juntas teria te trazido algo, mas como quando eu fui para lá ela ainda estava com o Hardy, me recusei a trazer algo para ele.

- Tudo bem, não se incomode com isso. - Waverly estava fazendo muito barulho para abrir a embalagem que tomou todo o resto da nossa atenção, quando ela finalmente abriu, descobrimos um Top florido escrito Itália. Era a cara dela, embora fosse inverno, ela realmente ia usar aquilo em algum momento. Waverly se levantou para agradecer e depois voltou a se sentar ao meu lado.

- Gus, você sabe como o tio conheceu a Mattie?

- Eu não sei muita coisa, mas sei que ele salvou ela de uma briga com a Constance Clootie e depois dessa briga ela disse que ia ficar devendo um favor para ele. Eu nunca soube se ele pediu algo a ela.

- Você sabe por quê elas brigavam?

- Não, mas Constance sempre foi muito mais forte que ela, pelo que Curtis disse.

- Tudo bem, depois eu converso com ela. Tipo, depois, bem depois. - Disse Waverly abrindo a garrafa de tequila e distribuindo o líquido nos copinhos.

- Waves, você se importa de ser só esse? Estou cansada. - Eu realmente estava me divertindo, mas estava exausta. Precisava mesmo me deitar por alguns minutos, pelo menos.

- Ow, - Me olhou como se tivesse esquecido que a gente trabalhou o dia todo. - Claro, com certeza. - Sal, limão, contamos até três e viramos os copos.

Ficamos por mais alguns minutos para planejar um próximo encontro e ficou combinado para o final de semana da semana seguinte na casa das Earps.

- Minha avó vai vir nesse final de semana, tudo bem se ela for?

- Vai me apresentar para sua avó? - Perguntou.

- E para quem mais eu quiser ou você quiser. - Gus sorriu aprovando minha resposta.

- A gente precisa colocar as duas para jogar pôquer. Você disse que a sua avó ganhou do Nedley, não é? A Gus não perde para ninguém.

- Vai ser um jogo épico. Façam suas apostas. - Afirmei rindo. Nos levantamos e nos despedimos. Entramos no carro, Gus ficou na porta nos olhando partir. 

 


Notas Finais


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Não esqueçam de comentar o que estão achando. @_Astronautaa


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