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História Crossed Destinies - Moment of truth


Escrita por: XXVIIXIV

Notas do Autor


Boa Leitura

Capítulo 10 - Moment of truth


Fanfic / Fanfiction Crossed Destinies - Moment of truth

P.O.Vs Lucy

Tiros; Viaturas.

Mulheres; Vadias.

Explosão; Fraqueza.

Escuro; Silencio.

Minha cabeça lateja, ainda não sei aonde estou, pisquei os olhos algumas vezes, para finalmente os abrir, hospital. Tentei mover o meu braço direito, e finalmente notei a faixa, eu havia o quebrado?! Merda. Levei a outra mão a testa e pude notar um curativo, massageio as minhas têmporas, eu precisava pensar.

Eu tinha pistas (?) tinha algumas coincidências, mas eu não sei ao certo, nunca fui em acreditar em coincidências, tem alguma coisa a mais nessas "coincidências" e eu vou descobrir, mesmo já tendo uma noção do que seja, e por conta dessa suposição, não estou afim de juntar os cacos, mas era o meu trabalho, era preciso.

 - Toc toc - Luke é um idiota.

 - Entre - sorri pra ele que mostrou a minha jaqueta, Vero me deu ela numa viagem a Itália, há Itália, lugar encantador.

- Estou esperando o meu beijo, afinal salvei a jaqueta de ser rasgada - disse divertido, ri, idiota.

- Terá seu beijo assim que essas pessoas estiverem atrás das grades.- o fitei e ele suspirou - Perdemos mais policiais? - questiono.

- Alguns feridos e outros mais graves, estão todos bem Lu, mas e você? Sente dores?- me olhou realmente preocupado.

- Eu sinto ódio, raiva, e....medo - disse a última palavra baixo, quase que inaudível.

- Medo? - franziu a testa me fitando - Do que? De quem?

- De nada, nem ninguém, é apenas medo, de algo até então, desconhecido - suspiro.

 Ele movimenta a cabeça em um gesto de concordância, e então nós ficamos em silêncio, divagando. O fato é que as únicas pistas que eu tenho são muito diretas, e essas coincidências, que talvez não sejam só coincidências, estão me matando, me deixando com medo, pois de um jeito ou de outro, eu tenho que fazer o meu trabalho.

 * * *

 Saindo do Hospital, fui mandada direto pra casa, não reclamei afinal as coisas do caso, minhas pesquisas estavam tudo lá mesmo. Estava focada nas fichas, juntando as pistas com as coincidências de hoje, e bom, eu estava com raiva, ódio delas, cacete.

LV, libélula, tatuagem de libélula, letra igual a da Michelle, voz conhecida, Lauren e Verônica trabalham juntas (?) uh, que ódio, eu não quero juntar os fatos, pra falar a verdade, eu já juntei, eu não quero apenas acreditar, não pode ser possível, eu, elas.

Por que?

P.O.Vs Lauren

Ontem foi um dia bastante pesado – a maioria é, mas perdemos homens e a Vcitoria se feriu, tirando a calça que perdi com o tiro. Agora estou na porta do apartamento da Lucy, Vero cismou que ela é policial e não uma policial qualquer, mas sim a que nós caça há anos. Por que não procuramos sabe dessa policial antes?

Simples, ela nunca chegou perto não tínhamos com que se preocupar então deixamos passar. Mas por que a Lucy seria da policia e não contaria para nós? 

Vero pode esta totalmente enganada afinal ela só viu uma jaqueta que se parece com a que ela deu a Lucy, só que Vero nunca repara em roupas seu foco é o semblante da pessoa pouco se importa seu vestuário se ela diz que a jaqueta é da Lucy é porque foi algo importante que ela não pode esquecer. Subi sem avisar, logo parando em frente a sua porta. E se ela for a policial o que vai ser quando eu sair daqui?

Se eu sair.

 - Lauren? – ela parece surpresa ao me ver, mas a surpresa é seu braço enfaixado, droga – O que aconteceu com sua perna? – a forma que mordeu os lábios ao terminar a pergunta mostrou que ela sabe o porquê estou aqui, eu a conheço muito bem.

 - Fui assaltada e me conhece bem não iria deixar levarem meu belo carro – entro sem permissão e ela fecha a porta, rapidamente vai colocar os papéis que estão jogados na mesa enfrente ao sofá dentro do notebook o fechando – E com seu braço? – ela termina fazendo tudo com o braço esquerdo.

- Cai da escada sabe como sou desastrada – e começou o jogo – Que beber alguma coisa?

 - Não, estou evitando problemas com os policiais – falo olhando para ela – Estou dirigindo sabe.

- Claro, responsável como sempre – ela sabe que pouco me importo com isso.

Lucy é minha família não contei a ela para proteger sua vida, mas por qual motivo ela escondeu ser policial? Não vejo nada de ruim nisso.

 - Já pensou em fazer uma tatuagem Lo? – sinto em seu tom um pouco de frieza, ela viu a tatoo que tenho na nuca.

 - Já pensei sim – falo no mesmo tom – Alguma sugestão?

- Ah pode ser uma borboleta, libélula... – sorrio negando com a cabeça.

Todas tem a libélula tatuada, abordei isso há alguns meses, Déb tatuou a sua no braço, Vic no calcanhar e eu e Vero tentamos esconder o máximo, ela fez na barriga, mas sempre que vem ver a Lucy ela esconde com uma maquiagem própria, vem dando certo. Mas ela já sabe, porém pensa que estou apenas envolvida e não que sou a principal responsável por tudo, chegou a hora de colocar o papo em dia.

 - Acho que vou aceitar a bebida, pois a conversa vai ser bem longa – pego uma cadeira e me sento, ela esta com raiva seu semblante mostra claramente sua raiva, talvez ódio.

- Você tem que sair! – deixo um meio sorriso escapar – A Vero também esta metida nisso não é?! Porra Michelle o que você tem na cabeça? – ela se aproxima – Eles matam pessoas inocentes a sangue frio, drogas Lauren eles contrabandeiam drogas...Céus você esta usando essas porras? – eu sabia que a partir desse momento ela ficará muito magoada comigo, mas não posso mais mentir, esta na hora da verdade.

 Não é como esconder que é da policia, fiquei chateada por ela não ter me contado, mas eu vou mostrar a ela uma Lauren nunca vista, uma que mata e contrabandeia drogas e coisas piores que ela jamais pensaria de mim. E isso não envolve apenas eu e sim a Vero que faz parte, Lucy jamais imagina isso dela, bom eu acho que não pensaria.

 - Lembra de quando sumi por seis meses mais nova? – ela acena e fica confusa – Tudo começou com um cara na festa na qual fui vista por ultimo naquele dia...

Sabe que costumava ir a festas escondida, só que está foi de um padrão totalmente diferente – as pessoas eram bem mais velhas e usam coisas pesadas tanto nas bebidas como nas drogas. Mas Nina estava fazendo valer o risco de uma garota de treze anos esta num lugar como esse. Ela disse que é sua casa e que seus pais viajaram, então resolveu da uma festinha, a casa tem dois andares é enorme e tem um jardim belíssimo.

 - Eu vou falar com as meninas que já estão indo – me da um selinho e sai do meu colo.

Nina é quatro anos mais velha – não que eu me importe, só que suas intenções são bem diferentes, ainda não fizemos nada demais.

 - Você não é muito nova para estar em uma festa como essa? – olho para o lado e vejo um homem forte com um sorriso safado no rosto.

- E o que o senhor vai fazer? – dou ênfase no “Senhor” – Ligar para a policia e mandar chamarem meus pais...Não estou nem ai – seu sorriso some dando lugar a uma expressão indecifrável.

 - Deixe-me adivinhar – se aproxima para que eu possa ouvir melhor por conta da musica alta – Deve ter 14 a 16 anos e é filha de pai rico só que não tem liberdade de expressar suas reais vontades...Vivem no seu pé lhe dizendo o tempo todo como agir ai você foge de casa por uma garota – olha para Nina que esta falando com suas amigas e volta a me olhar – E aposto que se seus pais sobrem da sua opção sexual surtariam e causariam a terceira guerra mundial.

 - Isso acontece com muitos - ele esta certo, mas não deixarei que saiba o quanto assustada fiquei – E tenho 13 anos.

- Gostei da atitude – não entendo e ele prossegue – Você pode ser útil, esta faltando uma mesmo – agora eu demonstrei medo pela forma fria que falou – Diga-me o seu nome.

 - Minha mãe ensinou a não falar com estranhos – me levanto, porém ele segura firme no meu braço.

- Então deveria escutar mais a sua mãe – ele olha ao redor e se inclina próximo ao meu ouvido – A partir de hoje você vai ter a vida que quiser.

 - Me solta – ela obedece, estranho – Quem disse que não gosto da minha vida?! – deveria sair, mas ele me deixou curiosa.

- Esta na sua carinha de anjo – sorri – Quer dar orgulho a seus pais? Mostra que você é capaz de fazer uma coisa que não seja do gosto deles?

 - Do que esta falando? – ele estendeu sua mão na minha direção.

 - Venha que lhe mostrarei.

“Qual é Lauren vai cair no papo de um cara que você nunca viu? Claro que não. Só que não custa nada, meu pai vai querer que eu trabalhe com ele, eu não quero...” divago em pensamentos.

 Ela esta sentada e seu olhar esta perdido em algum lugar do passado.

- Você foi forçada? – sua voz sai como um sussurro.

 -Não, eu o seguir – levanto e vou ate a janela e olho a movimentada cidade de Miami. – Ele disse que só iria me mostrar um lado mais fácil da vida, que meus pais sentiriam tanto orgulho que não forçariam a me fazer mais nada e eu como a menina boba que era entrei na sua van, lá dentro tinha mais duas meninas, três meninos, eles pareciam felizes até chegar num lugar onde você apanhava só por não querer comer ou por chorar – viro e lhe olho – Eu fiz parte de uma agência os meses que fiquei desaparecida, matei a primeira pessoa e depois não parei mais – suspiro.

 - Não isso...

- Lucy eu faço isso há anos, mato pessoas importantes e pessoas que ninguém nem sequer sabiam dá existência – ela não diz nada – A agência fechou há dois anos e eu formei minha própria equipe.

- Eu...eu não posso acreditar Lauren, quem é você? – sua voz já esta falhada, ela esta perdendo o choro.

- Nem eu sei te responder Lucy – me aproximo e ela não recua – Eu não fingi em nenhum momento com você, eu te amo e você sabe disso – seguro seu rosto com carinho – Eu só tenho esse lado ruim e não posso muda isso.

- Não, eu não posso aceita isso você é a pessoa mais humana que conheço.

 - Eu mato pessoas por dinheiro Lu onde isso é bom?

- Por quê? Você tem uma ótima condição financeira, não precisa disso.

 - É o que sou – ela me afasta com sua mão livre.

 - Então eu não te conheço – ela vira de costas – Sai daqui Lauren – meu coração se aperta.

 - Lucy eu...

- Você o que? – vira e seus olhos estão brilhando por conta das lágrimas – Vai me matar?

- Eu jamais te machucaria...É diferente

 - Eu sou uma pessoa normal qual a diferença é só puxa o gatilho não é?! – ela esta mais do que magoada é um choque de realidade, mas eu não posso perde-la.

- Eu entendo que esteja magoada e por isso não lhe contei antes... Mas eu não sou a única a mentir aqui não é policial Vives?

 - Qual é Lauren você quer comparar minha mentira com a sua! – fala irônica – Eu salvo vidas e você as tira, você é o meu maior inimigo, eu prendo pessoas como você.

- Lucy...

- SAI DAQUI – ela grita e eu respiro fundo, sei que dói ainda mais ver que ela tende escolher a profissão, do que a mim – Some da minha vida – nesse momento o resto do meu coração se quebrou.

 Eu digo para mim mesma que não tenho coração, mas sou um ser humano, tenho sentimentos, dói ver a única pessoa que sempre esteve ao seu lado, que você ama lhe dizer essas palavras. Não a culpo ela esta magoada e eu não posso fazer nada no momento, mas não vou a deixar ela ir, perdi gente de mais e não suportaria não ter Lucy na minha vida.

 - Desculpa – saiu tão baixo que nem sei se ela ouviu, abre a porta ando lentamente ate a saída e a olho, seu olhar cheio de brilho não esta mais ali e a culpa é minha.

P.O.Vs Lucy

Lauren veio aqui, Lauren? Não aquela não era à Lauren.

Como que alguém, realmente caridoso, alguém completamente incrível, que chega ser indescritível de tão magnífico, tão branco, quase como se fosse um anjo, pode por livre e espontânea vontade, escolher se tornar algo sujo, nojento, frio, cruel, cinza? - Branco dando como equilíbrio perfeito, Cinza dado como depressão, hostilidade, mal.

 As lágrimas caíam pelo meu rosto, sentada de costas pra porta, eu simplesmente não consigo acreditar nisso, um soluço estridente, de rasgar o peito sai por entre a minha boca. Aquilo não é ela, eu sei que a verdadeira Lauren, a que todos querem por perto, simpática, gentil, carismática, ainda habita ali, lutando pra sair, mas sabem aquele ditado dos lobos? Então, ela está a alimentar o ser hostil e cruel, fazendo assim com que o ser magnífico, adoeça e pare de lutar, por estar fraco demais.

 Eu não a odeio, só não a conheço.

Não as conheço.


Notas Finais


Comentem...

Beijinhos e até a mais.


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