1. Spirit Fanfics >
  2. Crush on you >
  3. Way out

História Crush on you - Way out


Escrita por: gabrwela

Notas do Autor


OPA GENTE BONITA TUDO BACANA?

Capítulo 2 - Way out


Fanfic / Fanfiction Crush on you - Way out

“Você já se sentiu

Como um papel bem fino

Como um castelo de cartas

Um sopro de desmoronar? ” - Firework, Katy Perry

Mary

Eu já não aguentava mais o quebra quebra de coisa lá em baixo que não me permitia de forma alguma voltar a dormir. Revirei os olhos e apertei o travesseiro contra o rosto gritando de raiva, mal tinha dormido a noite passada, já que fiquei de babá de Hanna e posso garantir que não é tão fácil quanto parece. Pense numa garota que quando fica bêbada fica mais chata do que a tiazinha da secretaria. Para conseguir coloca-la no banheiro deve ter se passado umas duas horas, imagine para vesti-la.  Peguei meu telefone e olhei a hora, 9:40 da manhã, choraminguei bloqueando o celular novamente, faziam apenas 4 horas que eu havia me deitado. Meu corpo estava dolorido e meu cabelo deve estar cheio de nos pela noite mal dormida.

Quando se estar de férias é normal ficar em casa, assistir um filme ou pedir uma pizza, esse era o que eu pensava até conhecer Hanna, para ela as poucas semanas que nos restam de férias devem ser basear em: Festas, bebida e beijar garotos.

Hanna é uma típica garota americana, alta, loira e linda, sempre rodeada de seguidores que fazem tudo o que ela quer. Uma patricinha nata, rainha na escola e a malvadeza em pessoa quando o assunto não era do seu agrado, pelo menos longe de mim. Comigo, ela não era "a patricinha rica e perfeita", comigo ela era minha meia-irmã idiota, que me faz companhia e rir de vez em quando. Daqui a um mês entrarei na mesma escola que Hanna, só não sei se fico ansiosa ou não por isso.

Mesmo morando com ela a três meses ainda não me acostumei com seu jeito meio pirado de ser. Somos completamente opostas, ela é do tipo agitada e louca e eu sou mais tímida e quieta. Enquanto ela prefere baladas e shows e sou do tipo antissocial. Mas posso garantir que ela é um dos poucos motivos que me fazem aguentar morar nessa casa.

Creio que morar com o pai e a nova madrasta pode parecer normal para alguns, bom, não para mim. Minha relação com o meu pai não nuca foi das melhores, nos falávamos, mas na maioria das vezes me tratava como se nem soubesse meu nome.

Quando meus pais ainda eram casados eu me sentia sozinha, apenas com Jade para me proteger do monstro que gritava com minha mamãe todas as noites. Era horrível, as palavras, os gritos, os barulhos, tudo me assustava muito, afinal eu ainda era nova.  

Aos meus 12 anos eles se separaram, e foi ainda pior, eu descobri coisas sobre meu pai, que nenhuma filha deve saber, coisas que destroem sonhos e esperanças. Sabe aquela ilusão que toda a menina tem quando mais nova? De que o seu pai é um super-herói que sempre vai te proteger e te amar, essa ilusão já não existia mais para mim. Com o passar do tempo a convivência tem melhorado, mas nada que eu possa me orgulhar, ainda tenho muita terra para andar e muita coisa para tentar perdoar. Ele de um lado e eu do outro, cada um com sua vida, sem interferir na do outro.

Atualmente como nós vivemos em uma sociedade dividida em estereótipos é de se esperar que uma garota aos 15 anos com namorado lindo e simpático morrendo de amores por ela e vice-versa, bem, comigo não é bem assim.

Sempre fui uma romântica nata, sim, acredito em amor verdadeiro, príncipe encantado e nessas coisas mais. Sendo assim me envolvi com pouquíssimos garotos e na maioria das vezes mesmo que eles quisessem eu sempre recusava, não queria que meu primeiro beijo fosse lembrado com um garoto qualquer numa festa qualquer tomando uma cerveja qualquer. Quero que seja especial, algo que eu me lembre pelo resto da minha vida.

No entanto para minha infelicidade meu primeiro beijo foi um lixo para ser sincera, foi antes da morte de mamãe e Jade; com o Travis MCalley, o garoto mais bonito e inteligente do último ano. Ele sempre me tratava bem, com um sorriso encantador e beijos carinhosos na cabeça, me deixando achar que de alguma maneira eu era especial. Porém como era de se esperar depois que nos beijamos em uma festa, ele nunca mais trocou uma palavra comigo.  Travis espalhou para todos os meus colegas que havia me beijado, mentindo ao extremo nos detalhes e assim as fofocas começara. Chegaram ao ponto de dizerem que havíamos transado no banheiro da escola. Aquele ano foi de mal a pior, como se as risadas, as piadinhas e as cantadas não fossem o bastante houve o incêndio.

O incêndio que minha mãe e irmã morreram e apenas eu sobrevivi.

Às vezes eu sinto que nunca conseguiria superar, uma parte de mim ainda acreditava que elas estavam vivas, me esperando em casa com um filme novo e um balde de pipoca caramelada. Mas elas não voltariam, elas haviam ido embora, havia partido. Então o que me restava além de me isolar do mundo a fora, era encher a minha cabeça de livros e mais livros, tentando de alguma maneira, encontrar uma saída.

E no meu caso morar com meu pai era a minha única saída; quando ele soube o ocorrido logo ligou para mim oferecendo humildemente um local em sua casa. Então sai de Londres com o coração na mão engoli meu orgulho fui para Los Angeles. Mas eu tinha um plano, iria apenas ficar com ele tempo suficiente até eu acabasse a escola e que tivesse dinheiro para comprar um apartamento e conseguir me manter. Isso é apenas temporário, vou para o segundo ano do ensino médio, depois disso só mais um ano. Eu vou reconstruir minha vida sem depender do dinheiro do meu pai e de mais ninguém. Isso é uma promessa.

Deixe o tempo te ensinar que os tombos te fortalecem, que os ventos te levam e que a vida te molda da maneira que quer. Não tente entender apenas viva.


Notas Finais


Continua ou não?
Esse capítulo foi mais para vocês conhecerem mais sobre a Mary e a sua história. Mas ja garanto que é o próximo capitulo promete hehehe


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...