1. Spirit Fanfics >
  2. Curiosidade e Inocência >
  3. Home run

História Curiosidade e Inocência - Home run


Escrita por: AmandaMoDom

Notas do Autor


Vamos para o capítulo 2? ^^

Capítulo 2 - Home run


Fanfic / Fanfiction Curiosidade e Inocência - Home run

“Acho que eu deveria ter aceito o convite do Keigo”, na casa da família Ukitake havia uma mente perturbada por seus pensamentos. Jushiro estava tentando se concentrar em seu jantar, sem conseguir parar de pensar em Kuroiwa, “Acho que no Game Centr seria mais fácil distrair minha mente”.

— O que foi, Ni-san? – Toshiro notou a distração de seu irmão, depois de vê-lo ameaçar levar a comida três vezes à boca, mas não comer nada.

— Hm? – Então Ukitake olhou para o caçula, pensando no que responder. – Estou sem apetite.

Então o garoto se levantou e foi para seu quarto.

“Do nada… tão repentino… eu nunca pensei nela, quer dizer, nunca imaginei em um dia beijar a minha colega representante de classe, e de repente só com um beijo, eu não consigo parar de pensar nela” Ukitake se deitou com os braços atrás da cabeça, enquanto olhava vago para o teto. “O que ela tinha em mente para fazer isso?… O que foi que deu nela?” muito mais perguntas vieram em sua mente. “O que ela ia fazer?” então o garoto levou a mão dentro do cós da calça, lembrando de certos dedos gelados ali, antes do Keigo chegar. “Ele Atrapalhou tudo!”, então ele se deitou de lado fechando os olhos, “Aquilo foi muito bom” em sua mente agora passava a imagem do momento que se entregou ao beijo, enquanto sentia o carinho de Kuroiwa em seu rosto, “Será que ela gosta de mim? Seria possível”.

Ukitake tentou dormir pensando nos momentos bons daquela tarde, mas todas aquelas dúvidas, o tiravam o sono.

—Você está péssimo! – Shunsui foi o primeiro a notar quando o amigo entrou na sala de aula. – Aconteceu alguma coisa?

— Noite estranha. – Ukitake respondeu já sentando em seu lugar. Ele colocou a mochila na carteira, e em seguida deitou seu rosto ali.

Por mais que seu olhar procurasse por Kuroiwa, neste momento Ukitake fechou os olhos, tentando não pensar na aluna que fez seu corpo ter sensações novas, mas foi então que ele ouviu a voz da menina, conversando com Rangiku.

“O que eu faço?” ele trincou os dentes sentindo a voz dela ressoar em sua mente como se fosse um pêndulo muito pesado. “Não é a voz dela, é meu coração” ele concluiu e levantou a cabeça procurando a menina com o olhar.

“O que está acontecendo?” Kuroiwa estava distraída, mas sentiu a vibração do olhar dele, e o olhou de volta “Ukitake…” ela não soube como reagir, mas seu peito falhou uma batida ao lembrar do dia anterior.

— Se alguém souber disso, meu namorado perde o emprego, você sabe né? – Rangiku puxou a atenção de Kuroiwa de volta para si.

— A sua vida é a sua vida, você sabe que não gosto de me intrometer. – Kuroiwa desviou o olhar para o chão.

“Mas que droga!” Ukitake se voltou para frente e deu um fraco soco na mesa, “O que está acontecendo com essa garota?! Num dia ela é comum, me cumprimenta normal e conversa comigo. No outro ela me beija de uma forma louca, fazendo que se torne quase impossível eu dormir, pensando nela, daí no dia seguinte ela nem me olha direito” irritado Ukitake começou a procurar algo para se distrair, então o professor Gin entrou na sala anunciando o começo da aula.

“Desde quando meu coração falha com um olhar de um garoto?” discretamente, a Kuroiwa levou uma mão ao peito.

Ukitake sentava quase de frente com a mesa do professor, e Kuroiwa sentava no fundo ao lado da janela.

Foi um dia bastante silencioso da parte do menino de cabelos platinados, o que não passou despercebido por Shunsui. Seu melhor amigo ficou desconfiado que algo havia acontecido, “Mas conhecendo ele, Ukitake vai ficar quieto, e só me contará quando ele quiser”.

Ao final do dia, o sinal anunciou o fim da aula.

“Meu Deus porque eu estou com tanta raiva?!” Ukitake levou as duas mãos ao rosto, esfregando. “Eu não consigo parar de pensar nela… é só eu fechar o olho um minuto, que o calor da boca dela invade a minha, e parece que eu vou me afogar”.

Quando o menino parou de esfregar o rosto, o menino abriu os olhos, e viu a garota que atormentava seus pensamentos, passar ao lado de sua carteira.

— Kuroiwa. – Instintivamente e sem pensar Ukitake segurou o punho dela, assustando a menina.

— O que é? – Ela tentou se soltar, mas dessa vez ele quem foi mais forte.

— Vem comigo. – Ainda haviam alguns alunos na sala, então Ukitake decidiu sair da sala.

— Ukitake, o que está acontecendo? – Kuroiwa conseguiu se soltar no meio de um corredor vazio.

— O que está acontecendo? Eu que pergunto, o que está acontecendo? – Ukitake falou o mais calmo que conseguiu, mas não era possível esconder o nervosismo.

— Ah Sim. Eu imaginei mesmo que talvez fosse ficar bravo por ontem, mas eu não sabia como pedir desculpas…

— Desculpas? – Um gelo percorreu o corpo de Ukitake, “Essa eu não esperava”.

— É. Está bravo comigo, não está? – Kuroiwa desviou o olhar.

— Não… quer dizer, não entendo. – Então as coisas começaram a perder o sentido na mente de Ukitake.

— Como assim? – A menina balançou a cabeça rapidamente em negatividade. – Você está com a uma expressão fechada o dia todo… é porque ontem eu agi daquela forma, e você ficou ofendido, não foi?

— Não…

— Então é o que?

Ukitake respirou fundo, e seu olhar entrou profundamente nos de Kuroiwa.

— Kuroiwa, porque fez aquilo?

“Que olhar é esse?” a garota deu um passo para trás, notando certa tristeza no olhar do platinado.

— Porque eu estava com vontade…. – Kuroiwa foi sincera, mas Ukitake não entendeu bem. – Quer dizer, eu tenho esse tipo de vontade com garotos, tanto que ás vezes essa vontade acaba quase explodindo meu corpo, e eu perco o controle, como ontem.

— Então…. – Kuroiwa pôde ver a decepção no olhar do garoto. – Era isso? Vontade?

— É, vontade. Não que eu já tenha agarrado alguém assim, essa foi a primeira vez… hmmm me desculpe a falta de controle.

— Isso quer dizer que você não me beijou porque gosta de mim? – O olhar de Ukitake ficou ainda mais tristonho, mesmo assim, Kuroiwa queria ser sincera.

— Gostar de você? – A menina deu passo atrás. – Não, não é isso. Acontece que eu queria ter esse tipo de experiência, alguma vez na minha vida, e você apareceu numa hora e lugar bem propício pra mim, e eu só fiz o que senti muita vontade.

— Fez o que queria…. – O olhar de Ukitake estava fazendo Kuroiwa querer sair correndo dali.

— Será que eu posso ir? Eu comecei a trabalhar num emprego de meio período, e não quero me atrasar. – Ela disse já se virando para voltar à sala. – Até mais. – Então acenou, mas se manteve Ukitake paralisado.

— Queria ter esse tipo de experiência? – Ainda em choque, o menino começou a falar sozinho no corredor.

“Então eu fui um objeto para uma experiência dela?” muito chateado, Ukitake foi até o banheiro e se trancou num Box. “Eu fui rejeitado sem nem ao menos me declarar… eu nem gosto dela, porque estou tão chateado?” não havia como evitar pensar sobre a experiência frustrante. “Eu fui o primeiro?” ao lembrar o que Kuroiwa disse, um leve palpitar no peito fez o menino levar a mão ao coração. “Foi o primeiro beijo dela também?”.

~~~

Cerca de três dias mais tarde, a gincana na escola estava chegando ao fim, e os alunos estavam em arquibancadas no campo, olhando os times de suas salas se aquecerem. Haviam duas salas da segunda classe da escola, se posicionando para uma partida de Baseball.

Chado era o melhor arremessador de sua sala, mas Ichigo era o melhor rebatedor dos alunos da escola, inclusive melhor que os alunos do terceiro ano. Coisa que ele gostava abafar, não mostrava muito sua habilidade.

Nesse momento, Ichigo estava em posição arremessando algumas bolas para Ukitake, que fazia o mesmo, enquanto o jogo não começava.

— Vocês perderam feio ano passado. – Rukia caminhou vagarosa até Ichigo, com os braços cruzados, e olhos fechados.

— É. – Ichigo estava tentando bastante sério se concentrando na bola.

“O que está acontecendo com ele?” Ichigo pegou uma bola que Ukitake jogou, e chegou a doer sua mão. “Ele está estranho há dias”.

— Chado sabe enganar bem com a bola fora. – Rukia abriu os olhos encarando Ichigo, que mantinha seu olhar no amigo platinado.

— Eu sei. – Ichigo jogou a bola de volta, passando seu olhar sério agora para Chado que estava se alongando no meio do campo.

— Vê se esse ano não perde. – Então a pequena voltou a fechar os olhos, voltando para a arquibancada.

— Cuidado! Rukia! – O grito de Ukitake chamou a atenção de todos presente no campo.

“O que?!” Rukia mal teve tempo de pensar voltando sua frente de volta para o campo. Tudo o que viu foi um vulto branco em direção ao seu rosto, seguido de uma sombra escura. Ela pôde sentir um vento em seu rosto enquanto ouvia um “Uuuhh” dos outros ao redor. “O que é isso?!” paralisada, Rukia só entendeu o que aconteceu quando Ichigo afastou sua mão que quase tocava a ponta de seu nariz.

— Sabe Rukia, se eu ganhar esse jogo, o que você vai me dar? – Calmamente, mantendo seu olhar no campo, Ichigo tirou a mão da frente do rosto dela, e só então ela notou a bola arremessada por Ukitake, na mão do alaranjado.

— Quê? – Ela ainda não conseguia pensar direito.

“Ele me salvou da bola? Foi isso?” a menina ainda estava confusa.

— Eu quero um prêmio. – Finalmente Ichigo se virou para ela, e sorriu, enquanto batia a bola na outra mão.

— Prêmio?

— O que eu vou ganhar de você se eu ganhar esse jogo? – Certamente o sorriso de Ichigo intimou Rukia.

— Eu… eu… eu…. – Foi impossível não gaguejar, mas logo ela encolheu os ombros, fechando os punhos. – Eu vou pensar em algo legal, seu idiota! – Ficar irritada foi a única forma que ela achou de escapar da gagueira.

— Eu vou cobrar. – Ichigo falou bem baixinho, voltando a olhar para o campo, depois que ela voltou a se afastar.

“O que está acontecendo comigo?” Ukitake esfregou o rosto com uma mão.

— Vamos dar início ao jogo. – O professor Tetsuzaemon era o juiz, e anunciou o início da partida.

“Vamos ver o que você pode fazer, idiota” Rukia se sentou ao lado de Hisana, com os braços cruzados.

Chado se colocou em sua posição de arremessador, e Ichigo ergueu seu taco, bastante concentrado.

Nesse momento Chado pôde sentir os músculos do braço, se movendo lentamente, mexendo os dedos da mão, concentrado, e soltou uma rápida bola dentro.

Ichigo sorriu com o canto da boca.

— UM HOME RUN! – Esse foi grito de alguém na arquibancada, que fez Rukia arregalar os olhos, e se levantar, surpresa.

Logo todos ficaram em pé aplaudindo, vendo a bola ir embora, fora de vista.

“Seu idiota” Rukia sorriu cruzando os braços novamente, e abaixando a cabeça, com os olhos fechados.

"Já que era ela quem estava pedindo pra eu não perder, é melhor eu não perder" Ichigo caminhava tranquilo entre as bases.

“Um perfeito idiota” Rukia revirou os olhos, e em seguida desviou o olhar um pouco irritada ao vê-lo olhar pra ela, sorrindo.


Notas Finais


Aquele momento IchiRuki que não é o foco da fic, mas até que acaba ficando legal Hahaha!
Bom, pelo menos eu achei, o que você achou?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...