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História Curvas do amor - Desprezo


Escrita por: Gessikk

Notas do Autor


Hey, lindinhos! Sim...mais uma fic.
Vou falar rápido sobre ela: Só é nova para vocês, mas já vai fazer uns três anos que está guardada no word kkkkk
Sim, estava com essa fic escondida por bastante tempo... Por que nunca postei? Porque travei bem no finalzinho da história e estava esperando inspiração para isso, mas hoje decidi corrigir e postar, pois na maioria das vezes tenho mais ideia depois de ler os comentários de vocês.
E falta pouquinho mesmo...
Se tudo sair conforme planejado, vão ser quatro capítulos!
Minha inspiração veio de uma postagem no facebook, em que tinha a foto de um garoto gordinha e uma garota bem magrinha, loira, junto com um texto em que dizia que ele a chamou para o baile de formatura por causa de uma aposta que uns garotos fizeram para o humilhar, mas que a menina popular aceitou o convite.
Então..tive ideia e como sempre, escrevi o que pensei.
Espero que gostem dessa versão bem diferente de Stydia na série!
Boa leitura.

Capítulo 1 - Desprezo


Lydia Martin

Você consegue, Lydia. Ele nem vai perceber a sua presença! Continua andando.

— Ruiva!

Droga, droga, droga! Como ele sempre me vê? Acelerei o passo, quase correndo. Só precisava chegar na biblioteca, só isso! Eu tinha que conseguir chegar até lá sem que ele me seguisse!

A escola era enorme e mesmo assim, parecia que em todos os corredores que eu passava, Stiles Stilinski se materializava, notava a minha presença e gritava “ruiva” tão alto que todos os alunos olhavam para mim.

Percebi que estava sendo seguida quando escutei o barulho do all star preto que tanto conhecia, arrastando no chão com um chiado irritante. Será que ele não conseguia nem andar direito?

Em questão de segundos ele estava ao meu lado, exibindo um sorriso torto que era característico dele. Mostrava parcialmente os dentes, esticando os lábios de forma provocadora e de alguma forma, sexy.

Stiles era o típico popular que conseguia qualquer garota. Afinal, quem ia resistir ao garoto esbelto, de cabelo bagunçado, pele clara e centenas de pintinhas adornando a pele? Tudo nele era ridiculamente perfeito.

— Estou começando a achar que você fica tentando me evitar. — Foi o primeiro comentário estúpido do dia.

Apertei a bolsa com força contra o corpo e tentei manter a língua presa na boca. Sabia que quando se tratava de Stiles era melhor ficar calada, pois quanto mais eu falava, quanto mais me irritava, mais ele me provocava e se animava.

Porém, acabei olhando para ele e isso tornava impossível não o responder. Stiles sempre tinha uma expressão sacana no rosto, como se a cada segundo estivesse prestes a fazer algo tremendamente pervertido e isso me afetava tanto, que eu acabava falando.

— Você acha, Stilinski? — Deixei o deboche transbordar da minha fala.

— Oh, céus! É tão sexy escutar você me chamando pelo sobrenome! Quando eu te levar para cama, vou querer você gemendo Stilinski o tempo todo, ruiva.

E lá estava mais uma fala inconivente de Stiles. Ele se aproximou de mim por poucos minutos e já tinha falado algo sugestivo. Sempre, em qualquer ocasião, ele arrumava um jeito de falar sobre sexo. Seja explicitamente ou em piadas de duplo sentido.

— Você...v-você... — Minha voz falhou miseravelmente. Não consegui criar uma resposta para aquela provocação.

— Já percebeu que toda vez que você tenta falar comigo, fica nervosa? — Mordi a língua e me xinguei internamente por gaguejar perto dele. — Você fica gaguejando, se enrola e nem consegue completar uma frase sem a voz falhar. Eu deixo você nervosa!

— É claro que deixa! Você me tira do sério! — Deixei a voz o mais grave o possível, gesticulando com as mãos. Parei de andar em uma tentativa falha de destacar minha expressão assassina.

— Não é desse nervosismo que eu estou falando, Lydia, apesar de que você fica uma gracinha com raiva de mim. — Ele teve a ousadia de piscar o olho direito! — Mas estou falando do nervosismo que você tem por se sentir atraída por mim, ruiva.

— Eu não...

— Por que é tão difícil confessar que tem vontade de sair comigo?

Eu estava longe de me adequar a um padrão de beleza. Desde pequena estou acima do meu peso ideal e as únicas pessoas capazes de me chamar fofa assim, são os meus pais corujas.

Todos naquela maldita escola implicavam comigo por causa disso, porém, nenhuma ofensa era pior do que o que Stiles fazia comigo. Eu o conhecia desde a quinta série. Nós sempre estudamos nas mesmas turmas, nossos horários de aulas sempre coincidiram.

A forma como ele brinca com a minha aparência é extremamente cruel. Ele me chama para encontros, fala cantadas na frente dos amigos, solta piadas de conteúdo sexual e em todos os anos, me convida para o baile da escola.

Stiles é assustadoramente lindo e por isso, sabia que só fazia essas coisas para implicar comigo. Ele queria me humilhar diante das pessoas, queria mostrar como a gorda do colégio acreditava que ele tinha interesse por ela.

Nunca permiti que ele fizesse isso! Nem por um segundo acreditei nas suas paqueras!

Não sou obesa e meu peso não afeta de nenhuma forma na minha saúde, no entanto, tenho perfeita consciência que minha barriga proeminente é o suficiente para garotos como Stiles jamais olharem para mim se não for na intenção de me ridicularizar de alguma forma.

Meus quilos a mais tornavam minhas pernas mais grossas do que eu gostaria, o quadril largo demais, o rosto redondo. Isso fazia com que eu odiasse ver as pessoas olhando para meu corpo, porque sabia que logo veriam minhas celulites, estrias e excesso de gordura.

— Quando você vai desistir disso? Já disse várias vezes que nunca vou acreditar em você! — Soltei derrotada, ansiando o dia em que ele pararia de tentar me enganar, dizendo que queria sair comigo.

Stiles bufou alto e sem minha permissão, puxou a bolsa pesada que eu carregava. Tentei protestar, erguendo os braços para recuperar a bolsa, porém, logo percebi que essa atitude foi um erro.

Ele aproveitou a oportunidade para agarrar meu braço direito, entrelaçando com o dele e me puxando em sua direção. Somente quando meu quadril chegou a roçar nele, que Stiles pareceu ficar satisfeito.

— Você sempre vem com esse discurso, Lydia! Por que é tão difícil acreditar que eu quero sair com você?

— Porque você é um galinha que fica com mais da metade da escola.

— Ruiva, eu gosto se sexo, simples assim. Vai me julgar só por eu gostar de transar? Duvido que você não goste!

Fiz uma expressão imparcial para não dar nenhum indício de que na verdade, era virgem. Com a minha falta de resposta, ele revirou os olhos teatralmente e apertou meu braço contra seu peito.

Não tentei lutar, sabia que não adiantava de nada. Stiles tinha o mau hábito de carregar minha bolsa e manter algum contato físico, me acompanhando até o lugar que eu estivesse indo. Ele já até mesmo, conseguiu me convencer a me dar uma carona no seu Jeep, quando meu carro quebrou e eu estava indo a pé para casa.

— Eu não sou um idiota que saí magoando as garotas, Lydia. Você pode perguntar para qualquer uma que eu já fiquei que vão dizer a mesma coisa: eu sou legal, muito bom de beijo e principalmente, bom de cama. — Fiz uma careta e voltei a andar com ele ao meu lado, espremendo meu braço. — Quando eu entrei na escola, não ficava com ninguém e vivia insistindo para você sair comigo. Só comecei a ficar com as garotas depois de passar dois anos com você dizendo não para mim!

Ele encolheu os ombros e eu bufei. A forma como falava era tão natural, que parecia verdade. Se alguém passasse por perto e ouvisse o que ele dizia provavelmente ia acreditar.

Eu, no entanto, sabia que alguém popular e lindo como ele, nunca iria querer sair com a apelidada de “gorda estranha” do colégio. Ainda mais quando estava sempre cercado por garotas que mantinham uma relação de sexo casual contínuo com ele.

— Coitadinho do Stiles — Ironizei baixo.

— Só para você saber, quando comecei a gostar de você, eu ainda era virgem. — Ele deu uma pausa dramática, fazendo uma expressão que mesmo contra minha vontade, fazia eu querer rir. Nas aulas, Stiles era o palhaço da classe que com sua desinibição, fazia todos gargalharem. — Isso mesmo, Martin, você perdeu a oportunidade de tirar minha a virgindade!

Estreitei os olhos, me perguntando se aquela afirmação era verdadeira. Simplesmente não conseguia imaginar uma época em que Stiles fosse virgem ou não tentasse fazer de tudo para ter o primeiro sexo.

— Mas isso não é problema, agora que sou bom de cama, consigo te dar uma transa bem gostosa. — Não queria corar e dar esse gostinho a ele, entretanto, foi inevitável. — Eu juro que se você sair comigo e continuar me achando chato, no mínimo vou saber recompensar durante a transa. Aposto que seria o melhor sexo que você já fez!

E novamente ele insinuava que eu tinha alguma experiência sexual. Para mim, estava escrito bem grande na minha testa “V-I-R-G-E-M”, por isso tinha quase certeza de que ele só falava aquelas coisas para me constranger.

Quando, finalmente, chegamos no corredor da biblioteca, Stiles largou meu braço por uma fração de segundos, segurando a minha mão em troca. Ele cruzou nossos dedos como um casal, apertando suavemente. O movimento era tão familiar, eu estava tão habitual com ele segurando minha mão, que não impedi aquela atitude, deixei que seu toque quente me envolvesse.

Sua mão era enorme, os dedos muito longos e magros, assim, a minha mão pequena e gordinha ficava completamente escondida em seu aperto.

— Preciso ir para a biblioteca, Stiles. Vai me largar agora? — Perguntei impaciente.

— Posso ir com você! Vai estudar? Amo ver você estudando!

O mais estranho da minha relação com Stiles, se é que eu posso chamar isso de relação, é que ele é o mais próximo de amigo que tenho.

Não culpo a timidez como a causadora da minha falta de amizade, mas sim o meu lado introvertido que prefere ficar sozinha e pela minha aparência, já que as pessoas não querem ser vistas com uma gorda.

Com a insistência de Stiles de me chamar para sair, perguntar se eu estou afim de transar com ele e pedir para me dar um beijo, ele era a única pessoa daquela escola que me fazia companhia em quase tudo. Na maioria das vezes, sentava comigo no refeitório, fazia trabalhos de duplas comigo, ficava horas na biblioteca em silêncio me observando estudar e até mesmo, em três aulas diferentes, sentava todos os dias ao meu lado.

— Por que você não me deixa em paz, Stiles?

Fiz aquela pergunta porque sempre fui péssima mentirosa, então não poderia dizer que não queria ele na biblioteca comigo. Por mais que me irritasse, Stiles sabia ser uma companhia silenciosa e agradável. Além de que todos os dias, me oferecia balas ou chocolate que eu não conseguia recusar. Será que ele queria que eu engordasse mais?

Tinha quase certeza de que era por causa desses momentos agradáveis que Stiles conseguia virar amigo de todas as garotas que levava para cama. Como ele mesmo disse, jamais vi uma garota magoada ou triste por causa dele, pelo contrário, todas com quem ele dormia, acabavam virando amigas dele durante anos.

O problema disso? Era que de alguma forma, ele era tão sedutor, que transava constantemente com essas amigas e isso não era segredo para ninguém. Toda a escola sabia e ainda assim, elas não pareciam se importar.

— Assim você me magoa, ruivinha! Eu sei que você é durona, mas nós somos amigos, não somos?

— Se eu fosse sua amiga, iria constantemente para a cama com você. — Murmurei rabugenta, tentando pegar a minha bolsa de seu braço.

Ele não só impediu que eu pegasse a bolsa, como apertou mais nossas mãos entrelaçadas e me puxou para perto, fazendo com que eu ficasse de frente para ele.

— E mais uma vez você está me criticando por gostar de sexo. Elas só são minhas amigas porque não sou um babaca, ruiva! O que tem de errado de amigos se divertirem na cama? — Mais uma vez, minhas bochechas coraram por causa das falas dele. — Você nunca viu elas com ciúmes uma das outras, não é? Até porque nós já fizemos vários ménages maravilhosos.

— O quê?!

— Nunca fez sexo a três? É uma delícia! Tem prazer e tesão dobrados! — Será que ele não tinha nenhum pudor? Falava tudo com uma expressão safada e um sorriso desconcertante. — Você fica linda com vergonha, Lydia! Mas sério, devia tentar uma transa assim, é bem excitante.

Meu rosto ardia como se o sol encostasse em minhas bochechas. Desejava criar forçar para soltar a mão de Stiles e ir para a biblioteca, sozinha. No entanto, permaneci parada ao lado dele.

— Se um dia você quiser dois homens, posso tentar participar, apesar de que seria uma tortura ver alguém tocando no seu corpo. — A maneira como os olhos castanhos percorrem meu corpo, causou um tipo diferente de chamas em mim. — Mas juro que se você quiser, vou me comportar e suportar transar com outro homem olhando. Além de fazer de tudo para você ter uma transa bem gostosa.

— Meu Deus! Você tem que parar de dizer essas coisas!

— Por que você fica tão tímida quando eu falo sobre sexo? — Ele soltou uma risada sem vergonha e me puxou em direção a biblioteca, ainda segurando minha mão e a bolsa. — Você fica assim durante a transa? Juro que se você disser que sim, vou acabar tendo uma ereção só de imaginar!

Ele falava incidências com uma facilidade tão grande, que não consegui responder, só permitir ser puxada por ele até a biblioteca. Stiles abriu as portas com um empurrão nada silencioso e sem interromper a risada.

— Você precisa soltar a minha mão. — Resmunguei em um sussurro, respeitando o silêncio necessário na biblioteca. — Preciso mesmo estudar.

Com um suspiro demasiado alto, Stiles me surpreendeu ao levar minha mão até sua boca e depositar um beijo ali, me libertando depois. Logo em seguida, ergueu a bolsa de volta para mim.

— Um dia você ainda vai ficar comigo, Lydia. Nem que só queira transar uma vez. — Andei em direção as prateleiras e ele me seguiu. — Você me acha atraente, não acha? Tem algum interesse de me usar por uma noite? Eu faço o que você quiser na cama!

— Nós estamos na biblioteca, Stiles! É tão difícil fazer silêncio? — Não me preocupei em responder suas sugestões maldosas, brigando com ele em voz baixa.

— Emily deixa eu fazer o que eu quero.

Automaticamente, olhei para Emily, que era a responsável de cuidar da biblioteca. Era poucos anos mais velha que a gente e tinha uma beleza estonteante.

Rígida com as regras e não deixava ninguém fazer barulho. Sempre que eu vinha estudar, ela estava com uma expressão séria brigando com algum aluno. No entanto, de sua mesa, ela olhava para Stiles com um sorriso enorme. Ele acenou em sua direção.

— Por quê? — Tive a necessidade de perguntar e como o esperado, ele me olhou de um jeito sacana.

— Porque a gente transa muito aqui na escola! Ela tem essa cara de santa, mas gosta de um sexo bem selvagem. Já transamos até atrás de uma estante com a biblioteca lotada! — Uma nova gargalhada preencheu sua boca. — Volta e meia ela me manda uma mensagem pedindo para eu sair da aula porque está afim de dar para mim.

Tentei não demonstrar a surpresa em meu rosto enquanto pegava o livro de matemática e levava até uma das mesas da biblioteca. Stiles me seguiu.

Como se fosse para comprovar suas palavras, Emily, de longe, ergueu o celular e apontou para o aparelho, olhando sugestivamente para Stiles. Ele sorriu e tirou o próprio celular do bolso da calça.

Sentei em uma das cadeiras disponíveis e abri o livro em cima da grande mesa de madeira. Ele sentou ao meu lado olhando para o celular e soltou uma risadinha.

— Ela quer transar agora. — Anunciou e por algum motivo, me incomodei com isso. — Já que não vai ser hoje que você vai aceitar sair comigo, vou lá rapidinho e já volto para perturbar!

Stiles levantou, beijou o topo da minha cabeça e andou arrastando o all star no piso. Não pude deixar de virar a cabeça para trás, vendo o seu andar confiante com uma postura impecável e nenhum tipo de timidez, apesar de atrair o olhar de diversas pessoas enquanto ia em direção ao banheiro dos funcionários sem nem tentar disfarçar.

Poucos minutos depois de Stiles entrar no banheiro, Emily levantou, subindo a saía preta até exibir a maior parte das pernas magras. Ela tinha cabelo escuro, olhos estreitos e um corpo perfeito, bem desenhando. Aquele era o tipo de mulher que o Stilinski se relacionava, magra e linda.

Ela entrou no banheiro e eu me obriguei a desviar o olhar, sem querer imaginar o que eles fariam.

Voltei a atenção para o livro, tirei meu caderno da bolsa e me concentrei em estudar para a última prova que faria no ano. Faltava só mais algumas semanas, um baile idiota e então, ganharia oficialmente minha liberdade. Sim, o colégio ia acabar e eu nunca mais precisaria olhar para Stiles.

Consegui focar no estudo, fazendo as anotações no caderno, porém fui cutucada no ombro. Estremeci, reconhecendo quem era pelo perfume forte e atrativo. Virei a cabeça com receio e o encarei.

— Quando você sair daqui, vai encontrar uma surpresa nos corredores.

Derek Hale era lindo. Quase dois metros de altura, musculoso, olhos verdes e traços perfeitos, mas acima de tudo, era cruel. Não se aproximava de mim como Stiles, que parecia só se divertir com a possibilidade de eu acreditar que ele queria algo comigo.

O Hale era direto e maldoso, me ofendendo de todas as formas possíveis.

Daquela vez, só proferiu aquela frase com um sorriso debochado. Tremi quando ele largou meu ombro, me encolhendo no lugar e fechando os olhos com força. Tinha medo de sair da biblioteca e entender o significado de suas palavras.

Fiquei tempo demais paralisada na cadeira. Abracei meu corpo horrível e desejei desaparecer daquele lugar. Eram as últimas semanas de aula, por que tinha que acontecer algo ruim logo agora, quando estava prestes a acabar a escola?!

— Lydia, você está bem? — Dessa vez a voz era de Stiles.

Ele estava com as bochechas rosadas pelo esforço físico, a blusa amassada. Observei o suor que pingava de sua testa e como respirava com dificuldade graças ao sexo com Emily.

— Sai daqui!

Para a minha surpresa, ele se ajoelhou ao meu lado e segurou minhas mãos. Fiz força para me soltar, porém ele impediu. Os olhos castanhos analisavam o meu rosto.

— Alguém falou alguma coisa para você? — Sussurrou com preocupação no rosto. — Fala o que aconteceu, Lydia. Se alguém tiver a magoado, juro que dou um jeito nisso!

Por um momento, quase acreditei em suas palavras. Tive vontade de chorar e falar que tinha medo de descobrir o que Derek fez, no entanto, o grito da minha consciência me impediu.

Não seja burra, Lydia! Ele é como todos os outros! Ninguém se importa com os sentimentos da gorda da escola!

— Vai embora, Stiles! Me deixa em paz! — Minha voz aumentou consideravelmente, ao ponto de outros alunos me olharem de cara feia.

Ele pareceu se assustar com a minha atitude. Segurei as lágrimas e o observei concordar com o rosto e soltar minhas mãos, saindo logo da biblioteca.

Respirei fundo, guardei o material de estudo dentro da bolsa e demorei longos minutos para ter coragem de levantar. Minhas pernas tremiam de pavor, meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas presas, eu sabia que encontraria algo horrendo do lado de fora.

Saí da biblioteca encarando o chão, o rosto vermelho ao pensar nas possibilidades vergonhosas que eu poderia encontrar.

O som de risadas a minha volta foi o primeiro sinal de que meus temores estavam certos.

Levantei a cabeça e notei que tinha diversos papeis colados nos armários dos alunos. Cobriam o corredor inteiro e eu tinha certeza de que encontraria os mesmos papeis pelo resto da escola.

Cambaleei até um dos armários, curiosa, confusa. Arregalei os olhos e senti minha cor sumir quando percebi que as folhas eram na verdade, fotografias impressas.

Na foto impressa com diversas copias espalhadas, eu estava em frente ao espelho do meu quarto somente de lingerie. Meu corpo horrível estava a mostra. A escola toda podia me ver nas fotografias.


Notas Finais


Então... o que acharam?!
Sim, Stiles é bem pervertido (bem mais do que em todas as minhas fics), a Lydia é gordinha (dificil imaginar a Holland assim, eu sei) e bem insegura e o Derek é malvado!
Espero que tenham gostado dessa perceptiva diferente. Lembro que na época em que escrevi, gostei de fazer os personagens tão distintos de como são na série.
Até o próximo capítulo!


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