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História D. de Demônio - Capítulo XI - A razão de suas asas.


Escrita por: KimonohiTsuki

Notas do Autor


Capítulo referente ao dia de hoje.

Capítulo 11 - Capítulo XI - A razão de suas asas.


Fanfic / Fanfiction D. de Demônio - Capítulo XI - A razão de suas asas.

Uma mulher esbelta de cabelos rosa raspado dos lados mexia tranquilamente num caldeirão enquanto lia o que parecia ser uma receita em um livro.

- Nojiko, por favor, você poderia me passar algumas laranjas do jardim?

Uma jovem, de aparência mais nova e cabelos azuis fechou o livro que desenhava símbolos estranhos, se levantando.

- Claro mãe, quantas você precisa? - Se encaminhou em direção à porta da minúscula e simples cabana.

- Quatro, quatro são o suficiente.

- Tudo bem - Ela deu mais três passos e assim que abriu a porta.

-BELLEEEEMEEEEREEEEE!

Um vulto negro, que parecia coberto de penas entrou correndo, tropeçou no degrau da porta, rolou pelo piso de madeira, bateu contra o caldeirão, derrubando-o, e caiu sobre a lenha pegando fogo no processo.

- AAAAAAH!

A mulher chamada Bellemere suspirou cansada, fechando seu livro e fazendo um movimento com as mãos para que o caldeirão se levantasse, em seguida, estralando os dedos, criando assim uma nuvem de chuva para apagar o fogo sobre o homem que já começava a rolar pelo chão, derrubando vidros e outros utensílios, tentando apagar o incêndio. Nojiko apenas ria da cena

- Bom dia Rosi. O que te traz tãaaao sutilmente à minha casa tão cedo pela noite?

- ...Obrigado Bell... - O homem sentou-se no chão, revelando seus cabelos loiros curtos.

- Ainda precisa das laranjas? - Nojiko perguntou parada no batente da porta.

A mãe observou o desastre de sua receita queimando no chão.

- Me desculpe! Eu destruí sua poção! Deixa que eu-Aiiii! - E se queimou tentando recolher o líquido com uma colher que estava próxima a lenha em brasa.

- Você é realmente muito inocente pra tocar na poção de uma bruxa com as mãos nuas. - O homem parou olhando preocupado para suas mãos - Mas esse era apenas o nosso jantar.

Com mais alguns estalares de dedos o líquido voltou ao caldeirão e todos os utensílios de volta aos seus lugares. O loiro levantou-se do solo, observando tudo impressionado. Em seguida Bellemere fez um gesto com o pulso aproximando duas cadeiras de uma mesa do outro lado da pequena cabana, e assim fez sinal para que o convidado a seguisse e sentasse com ela. Um sentou-se na frente do outro.

- Isso nunca deixa de me impressionar.

- Por ser um mestiço, magia não deveria ser tão impressionante para você Rosinante - Ela se voltou para a filha - Nojiko, ao invés das laranjas, poderia fazer um chá para nós?

-Claro - A jovem fechou a porta e se encaminhou à um barril não muito longe de onde seu jantar havia caído.

-...Eu não tenho qualquer aptidão para essas coisas. E sobre o chá, não precisa...Eu não quero atrapalhar...

- É mais para que você se acalme, parece que viu todo o Hyakki Yako passando na sua frente.

O homem apertou o punho sobre suas pernas.

-...Muito...Muito pior do que isso...Law...Meu pequeno Law, desapareceu!

Bellemere encarou o outro por alguns segundos antes de começar a gargalhar.

- Estou falando sério, Bell!

- Oh poooor favor Rosi! O rapaz já é um homem feito para você o chamar de "pequeno Law", com certeza ele deve estar bem, talvez tenha se encantado por alguma mulher dos vilarejos próximos - Ela fez um movimento com as mãos e dois cachimbos acessos voaram para cada um deles.

-...Obrigado - Ele aceitou e levou aos lábios.

- Você deveria estar feliz, com um pouco de sorte você pode ser avô!

Imediatamente o homem engasgou com o fumo, ao tempo que Nojiko se aproximava com o chá, parando para bater em suas costas.

- Eu achei que o senhor Rosinante fosse só um humano - Comentou a jovem impressionada.

- O-o-obrigado - Ele respirou fundo agradecendo-a - Não é realmente grande coisa, minha mãe era um anjo, mas eu só herdei a capacidade de ver a verdadeira índole das pessoas, não sou capaz de fazer coisas como magia, sequer posso voar mais.

E então virou-se para Bellmere, com uma expressão entre choque e vergonha.

- E isso é impossível! Meu menino nunca sumiria assim sem me avisar por causa de uma mulher! E....! - O choque foi diminuindo para uma felicidade constrangida - ...E...Eu nem sou o pai dele...Quero dizer, ele me chama de Cora às vezes...Mas... Não, ele deve me ver apenas como irmão mais velho ...Ele tinha um bom pai, eu não quero que ele pense que eu quero tomar seu lugar...

Bellemere, ignorando a negação do homem, se voltou para sua filha que observava o mestiço como se tentasse encontrar algo.

-Ele está sendo modesto, tenho certeza que a mãe dele era simplesmente linda, seu pai foi um homem de sorte! - Ela apoiou o cotovelo sobre a mesa, tragando seu fumo - Dizem que as anjo são mulheres realmente muito sensu-

- BELLEMERE!!!

A mulher voltou a gargalhar acompanhada de sua filha.

- Eu estou falando sério, Bell! - Exclamou batendo na mesa, fazendo com que parte do chá recém colocado caísse e queimasse sua mão - D-droga!...

-Então por que você não me explica exatamente o que aconteceu? - Assumiu uma postura seria.

-... Eu não queria que ele tivesse saído de casa, não numa data perigosa como essa, mas Law queria encontrar algumas ervas para uma nova medicina...Era para ser algo rápido...Mas então... Eu soube que meu irmão estava na cidade...

- Rosi, eu sei que seu irmão pode ser difícil...De lidar - Ela serviu chá para si mesma ao tempo que Nojiko servia mais para ele - Mas acusá-lo de sumir com Law? O que um caçador de demônios como ele iria querer com um médico huma- Então seus olhos se estreitaram -... Você não está querendo me dizer que na verdade ele não é humano?

Nojiko ampliou o olhar surpresa tomando assento com os outros dois, só tinha visto Trafalgar uma vez e foi muito brevemente, porém ele parecia completamente humano para ela, da mesma forma que Rosinante.

O loiro fechou os olhos, com uma expressão de culpa.

-... Eu...Não sei o que Law é na verdade... Há 13 anos tudo que eu vi foi um bando de caçadores sujos de sangue após terem matado uma família e uma criança inconsciente no chão. Eu não me importei com a aura estranha que o menino tinha, nem em sujar minhas mãos de sangue e assim perder para sempre as minhas asas, tudo que eu vi foi uma criança que precisava da minha ajuda - Abriu os olhos devagar - Eu jurei que cuidaria dele a partir de então. Essa briga de raças, as leis do céu ou do inferno não me importam, a única lei que seguirei na minha vida é esse menino!

Bellmere sorriu satisfeita e até com certo carinho.

- Você consegue entender isso, não é...?

- É claro que sim - Ela soltou uma baforada de seu fumo, lançando um sorriso à sua filha e depois para as laranjeiras visíveis do outro lado da janela. - E eu não quero nem imaginar o número de regras que você quebrou ou que poção usou para fazer o rapaz passar tão bem por humano...

-... Depois disso eu saí a procura de Law, sabia que algo estava errado...Procurei por todos os lugares....E tudo que achei foi isso - De dentro de seu casaco de penas negras ele tirou uma pluma, porém, esta era uma pluma branca.

O olhar das duas mulheres abriu em choque ao ver o objeto.

- Para um observador mediano, ela pode parecer a pluma de um anjo -Seguiu relatando Rosinante - E eu posso garantir que se parece muito...Mas a aura que ela emite é diferente de tudo que eu já vi em minha vida!

- Rosinante. - Ele voltou o olhar para Bellmere que apontava para sua porta, onde uma pluma exatamente igual estava fincada - ...Eu acredito que sei onde seu filho está. No mesmo lugar que minha outra filha, com o dono dessa pluma, o único demônio que eu conheço que possuí asas tão puras quanto suas intenções. Parece que seu menino também acabou se envolvendo com a família real.

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