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História Daddy Styles. - Accident - Part 2


Escrita por: ItsViOn

Notas do Autor


Postei e sai correndo.
Beijos de luz!

Capítulo 12 - Accident - Part 2


Fanfic / Fanfiction Daddy Styles. - Accident - Part 2

Autora •Point Of View On

 

Fazia três semanas desde que tudo aconteceu. Anne, Gemma e Robin vieram assim que as estradas foram desbloqueadas, a imprensa havia sido informada sobre o que havia ocorrido e desde então, milhares de fãs rezam todos os dias para que Harry e Vitoria acordassem do coma que haviam entrado. Os garotos não podiam fazer nada, e a única coisa que realmente faziam bem, era brigar. Três semanas de brigas constantes. Nenhum queria sair do hospital, nenhum queria comer ou tomar banho. Eles estavam se auto-destruindo. Anne os mandava tomar banho e comer todos os dias, e os garotos obedeciam, já que ela era a avó e mãe dos pacientes. Eles não queriam ver a mulher ainda mais triste.

 

Mas o que eles realmente sabiam, era que a cola que os uniam estava em um sono profundo. Harry era a bondade e a amizade da banda. Vitoria era a super cola que os unia, com suas risadas e perguntas desapropriadas em horários desapropriados.

 

A garotinha era a que mais preocupava os médicos. Harry não corria o risco de perder a memória ou de morrer. Ele estava estável e em coma induzido. Os médicos iriam retirá-lo do coma hoje. Eles estavam esperando que o cérebro do homem se recuperasse completamente antes de acorda-lo para o mundo real. Vitoria não. Ela estava em coma pelo fato de ser uma criança de quatro anos de idade, que sofreu uma grave lesão no cérebro e que corria o risco de perder a memória para sempre.

 

Todos estavam reunidos na sala de espera. Anne e Gemma estavam quietas ao canto, Robin estava perto dos garotos caso alguma briga se iniciasse e os garotos, nunca estiveram tão quietos.

 

Três médicos surgiram nas visões de todos. O neurocirurgião, o ortopedista e o cardiologista. Os três médicos que cuidaram de Harry estavam ali. Anne foi a primeira que os viu, e abriu um sorriso enquanto caminhava até eles. Ela pressentia que eles tinham boas notícias para dar a ela.

 

-O paciente, Harry, ele acordou do coma. E ele  está chamando por vocês.

 

Todos ali não contiveram o sorriso que surgiu em seus lábios. Quase que imediatamente, todos ali presentes seguiram os médicos e entraram no quarto que Harry estava. Ele tinha um braço engessado, uma perna também engessada elevada e uma faixa branca envolta em sua cabeça. Os médicos não haviam raspado todo o cabelo de Harry, apenas uma pequena parte para conseguirem estancar o sangramento.

 

Harry olhou para todos ali e sorriu. Ele estava tão feliz em ver sua família ali, e sua família estava tão feliz em ver ele ali bem, que esqueceram que uma pequena lutadora se encontrava no andar pediátrico, lutando para sobreviver.

 

Mas a pediatra do caso de Vitoria estava ali, parada na porta, de braços cruzados vendo todos se esquecerem do pequeno ser humano que também sofria quieto.

 

-Está tudo bem, Drª Robins?

 

Um dos residentes parou ao lado da mulher, a despertando para a vida real. Ela descruzou os braços e começou a caminhar para a ala pediátrica, sendo seguida do médico em treinamento.

 

-Eu simplesmente não posso acreditar que eles se esqueceram dela. 

 

-Da Vitoria?

 

-Sim. Eu sei que ambos estão felizes pelo pai ter acordado do coma, mas era um coma induzido e todos sabiam que ele iria acordar. A mãe dele foi de encontro aos médicos sorrindo, pois já sabia que o filho tinha acordado e estava bem. Posso estar sendo egoísta em pensar assim, mas eles nem sequer perguntaram sobre a menina. Faz praticamente um mês que ela está em coma e crianças que passam mais de três semanas em coma, com diagnóstico para perda total da memória, são impossíveis de acordar e se lembrarem do próprio nome. Eles estão desistindo dela, e a nossa pequena lutadora está sentindo isso.

 

Os dois pararam de frente ao quarto que a garotinha estava e viram a mesma ali, deitada, com uma faixa branca enrolada em sua cabeça, com seus cabelos crescendo novamente por conta da cirurgia e tão pálida que até as enfermeiras notaram isso. Ela estava se entregando para a morte.

 

 

(...)

 

 

Harry estava acordado do coma havia uma semana e meia. Todos não poderiam estar mais felizes. A cor havia voltado aos rostos de todos ali e as brigas haviam acabado. Eles estavam realmente bem agora.

 

Arizona, a médica pediatra que operou Vitoria com a ajuda do neurocirurgião, do cardiologista, do ortopedista e do chefe do hospital estava ali, de braços cruzados, olhando a todos com uma cara nada boa.

 

-Drº, quando meu filho terá alta?

 

O cirurgião geral checou os dados de Harry e deu um sorriso alegre.

 

-Se continuarmos como está indo, em alguns dias Harry já pode voltar para casa.

 

E vendo todos comemorando, Arizona entrou na sala e chamou a atenção de todos para si. De todos os médicos ali presentes, de Harry e de sua família e companheiros de banda.

 

-Prazer, sou Arizona Robins. Sou a pediatra que operou a filha, neta, sobrinha de vocês. Sei que vocês não estão nem um pouco interessados em saber como a garotinha está, mas eu realmente preciso falar agora. Já fez um mês e alguns dias desde que Vitoria está em coma. Faz mais de três semanas que ninguém se quer visita o quarto dela. E dando minha opinião pessoal, é isso que está a matando. Por que caso não perceberam, ela teve duas paradas cardíacas nos últimos três dias, seu coração parou de bater duas vezes. Ela não está respondendo a nenhum dos estímulos que lhe fazemos. E pelo diagnóstico da provável perda de memória, eu tenho a total certeza de que a essa altura, ela não se lembrará do próprio nome quando acordar. Isso é, se ela acordar.

 

Todos ali olharam chocados para a mulher loira, que tinha em seu encalço dois residentes. Os médicos atendentes a olharam com os olhos arregalados e o chefe com uma cara nada boa. A família e companheiros de banda, olharam pra ela sem saber noque dizer e Harry tinha os olhos arregalados em surpresa. Nem mesmo Arizona poderia prever isso.

 

-Minha filha não está bem? Eles estavam me dizendo que ela havia acordado do coma e se lembrava de tudo. Que ela estava bem. Que já havia até me visitado com a ajuda de uma cadeira de rodas, mas eu estava dormindo e não havia visto. –Harry olhou para todos ali e começou a negar freneticamente- Eu não acredito que vocês mentiram para mim. Eu não acredito que vocês mentiram sobre algo assim!

 

-Nós queríamos te proteger, Harry.

 

Anne, falou e tentou pegar a mão do filho, que a tirou antes da mulher alcançar. Ele se sentou na cama e se apoiou tentando se levantar.

 

-Vocês estavam mentindo sobre a vida da minha única razão de estar vivo. Eu estou vivo por ela, sobrevivi para cuidar dela e agora, recebo a noticia que ela pode morrer, que a razão por mim estar vivo pode morrer a qualquer momento, porque vocês não a visitaram como me visitaram! Vocês são a família dela também! Que diabos passou dentro desses cérebros sem conteúdo? Acho que o neuro não deveria fazer exames em meu cérebro e sim no de vocês! –Falou em um fôlego só e com os olhos marejados, desviando o olhar enquanto falava para todos ali presentes.- Arizona, me leva para ver minha filha? Por favor?

 

Arizona assentiu e apontou para a cadeira de rodas ao lado da cama, e um residente foi ajudá-lo a se levantar e sentar-se na cadeira.

Harry foi até o quarto em que sua filha estava e viu o estado em que a mesma estava. Aquilo lhe partiu o coração. Como doeu ver seu pequeno raio de sol ali, apagado.

Ele se levantou com dificuldades, porém seguiu até sua filha, onde parou ao lado da cama e pegou a pequena mão fria e pálida da mesma.

Ele ainda estava tentando entender o motivo de todos terem mentido para ele. Ele iria descobrir a qualquer momento que sua filha estava por um fio.

Arizona estava parada, e sentiu um alívio em saber que Harry não sabia o que estava havendo, já que para ela, ele parecia ser um bom pai. E a imagem de um pai que não se importa com a filha, não combina com ele.

-Eu estou aqui, meu anjo. E eu prometo que nunca mais vou sair do seu lado. Promessa de dedinho.

E então a máquina que marcava os batimentos cardíacos da garotinha começou a fazer um barulho horrível. Harry arregalou os olhos e apertou a mão da filha ainda mais forte. Arizona entrou correndo no quarto e começou a fazer massagem cardíaca em Vitoria. Uns dos residentes tiraram Harry de dentro do quarto, deixando-o ainda mais aflito.

O coração de sua filha havia parado. Ele estava a perdendo e não havia nada para ele fazer que pudesse ajudá-la. Ele apenas podia ficar olhando e rezando para que ela voltasse. Para que ela voltasse a vida.



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