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História Daddy's kitten - Dia dos Namorados


Escrita por: proliiixa e Prolyxa

Notas do Autor


Eu não deveria estar postando essa história, disse que ia dar um tempo, até porque nem terminei o 30dw, mas eu estou nessa vibe de hybrid!au e não tive colaboração do otp para isso. Pelo lado bom, é uma história de poucos capítulos também, e sempre curtinhos, drabbles, contando a respeito do cotidiano, sobre algumas partes de Sehun cuidando de Baekhyun e, anos mais à frente, de Baekhyun já grande.

Não coloquei shotacon ali nas tags porque não tem nada disso aqui na fanfic, Sehun apenas cuida de Baekhyun quando menor, algo desprovido de desejos sexuais e essas coisas. Aí, quando Baekhyun crescer falamos outra língua.

Nada a falar da capa, apenas eu e minha habilidade imensa com a edição. Acho que isso é tudo e agradeço desde já a quem vier ler ou favoritar!

boa leitura~~

Capítulo 1 - Dia dos Namorados


 

 Enquanto algumas pessoas têm namorado, Sehun tem Baekhyun.

Uma veterana de Sehun no curso de veterinária tinha lhe chamado para sair no Dia dos Namorados. Disse sim sem pensar, sentindo-se um pouco chocado em perceber que justamente ela estava demonstrando interesse em sair com ele em uma época tão importante daquelas, quando todos os universitários tinham um par ou uma pessoa em especial para uma noite romântica. Não se conheciam pessoalmente, apenas de vista, um oi aqui, tchau acolá, sorrisos de cumprimento, a boa educação de cada dia, nada tão sério e profundo, nem gostava dela, por que, então, disse sim?

Arrependeu-se de aceitar logo em seguida, lembrando que tinha prometido a Baekhyun que iriam ao mercado mais tarde fazer compras, já que Kyungsoo, seu superior no hospital veterinário em que trabalhava meio-período, tinha enchido a cabeça do híbrido sobre o Dia dos Namorados, falando a respeito dos chocolates caseiros. Ia fazer o que agora? Não tinha muita coragem em ir até à garota e cancelar e não conseguia encarar o pequeno Baekhyun para lhe dizer que os chocolates não iam rolar daquela vez. Ficou pensando um par de tempo, colocando prós e contras em sua mente para que tomasse uma decisão.

Pensou em Baekhyun primeiro. Ele era seu híbrido afinal, o menininho que tinham encontrado à beira da floresta todo sujo, descuidado, desnutrido e raivoso. As orelhas estavam machucadas, a pequena cauda também, havia cortes na pele e feridas de muito tempo. As unhas grandes eram a arma para machucar quem quer que tentasse se aproximar e seus olhos pretos de felino gritavam para que o deixassem em paz. Continuaria como um perdido se um colega de Kyungsoo não estivesse nas redondezas, ficando em uma pousada, e avistado o pequeno híbrido naquelas condições.

Fora uma luta para convencê-lo que de ninguém lhe faria mal, mais uma para que ele deixasse alguém se aproximar para dar uma olhada em seus machucados, e mais outras tantas em levá-lo a um lugar quente, seguro, junto de um chuveiro e comida. Kyungsoo fazia a parte da conversação, tentando dissuadir o garoto, e Sehun, como assalariado sofredor em processo de estudo, ficava com a tarefa de colocar em prática o resto. Ficou com arranhões e mordidas que contaram história por bastante tempo.

Iam mandá-lo a um centro de adoção especial a híbridos após o tratamento que precisava receber, mas Kyungsoo soube que ele já estivera ali antes, quando fora encontrado nas ruas, o obrigando a ser enviado ao centro, lugar de onde fugiu na primeira oportunidade. Não era um lugar bom, percebiam. Muitos dos ferimentos do garoto, cujo nome era Baekhyun, eram possivelmente causados por alguém de lá. O híbrido, no entanto, tinha de voltar um dia caso ninguém o adotasse e saber disso o deixava assustado.

As únicas pessoas que Baekhyun autorizava se aproximar eram Kyungsoo e Sehun, às vezes Chanyeol, e nada além disso. Passava a maior parte do tempo em profundo silêncio, quieto na sua, olhando para todos os lados à procura dos rostos conhecidos, certificando-se de que não o deixariam sozinho de novo ou que o mandariam embora. Era só uma criaturinha com medo.

Sehun notara que, talvez por ter sido o saco de pancadas do híbrido nos primeiros dias, ele preferia sua presença às outras. Era habitual que, no tempo em que Baekhyun passara no hospital veterinário que Kyungsoo era médico responsável, ele estivesse seguindo Sehun a torto e direito pelos corredores, sempre dois passos de distância do maior. Fosse para alimentar os cavalos do estábulo, ou olhar pacientes com fome, o pequeno estava atrás de Sehun do seu jeito quieto, o olhando por baixo daquela cabeleira escura e fazendo um coração já mole se derreter um pouquinho mais. Tornara-se óbvio que alguém sofreria quando chegasse o momento de voltar ao centro de adoções. E não seria o híbrido.

No dia em que Baekhyun deveria partir, Kyungsoo precisou usar sua lábia doce novamente, ajoelhando-se em frente do pequeno híbrido.

– Você quer uma família, não quer? – o híbrido pensou profundamente, concordando hesitante, olhando de soslaio para Sehun. – Então precisa voltar, carinha. 

Ele franziu o cenho, negando por um minuto. Depois, como se algo brilhante tivesse passado por sua cabeça, arregalou os olhos, apontando para Sehun.

– Ele vem comigo? – falou baixo, meio tímido, dando conhecimento a todos ali na sala de que ele sabia falar.

Kyungsoo sorriu compreensivo, balançando a cabeça.

– Sehun não pode ir com você – disse calmo, assistindo os olhos de Baekhyun tornarem-se marejados com o fato. – A não ser que... – deixou a voz morrer de propósito, atiçando a curiosidade infantil do menino.

– O quê? – ele questionou baixinho. – Eu posso ficar, então? – continuou perguntando, dessa vez com os olhos presos em um Sehun ao canto, que parecia mais próximo do choro que qualquer outra pessoa. Largando Kyungsoo para trás e indo às pernas de Sehun, Baekhyun fitou o maior com aqueles seus olhos escuros e manhosos, fazendo com que o rapaz se abaixasse. – Você não vem comigo – disse choroso. – Mas eu não posso ficar com você?

Sehun se colocou a remexer os cabelos pretos de Baekhyun, suspirando em derrota.

– Você não quer uma família?

O híbrido negou, pensando que se ter uma família significava que Sehun não vinha como brinde, não queria.

– E o que você quer?

– Ficar – resmungou. – Com você – e completando a fala, apontou para o peito de Sehun.

A partir disso, Baekhyun se tornou oficialmente o híbrido de Sehun. Ele não tinha coragem de abandonar aquela criatura que o olhava como se fosse alguém importante. Nunca ninguém tinha preferido Sehun como Baekhyun fizera. Sentiu-se meio orgulhoso e temeroso em pensar que outra pessoa pudesse lhe adotar, até mesmo lhe tratar mal como faziam antes. Adotou o híbrido, obtendo a guarda dele em seu nome.

Um ponto para Baekhyun naquele Dia dos Namorados.

Quando pensava na veterana bonita, nada lhe vinha nos miolos. Não se conheciam, não sentia nada por ela, seria bobo sair com alguém sem ao menos ter um respaldo de conhecimento ou algo que os tornasse próximos. Tomou coragem para falar com a garota e cancelar o encontro, dizendo que já tinha um compromisso marcado para aquele dia. Prometeu, se ela quisesse, levá-la para jantar outra vez.

Depois, indo buscar Baekhyun no hospital veterinário – o lugar em que ele ficava na companhia de Kyungsoo ou Chanyeol no período em que Sehun estudava –, pegou o híbrido e fez caminho direto ao supermercado, prometendo que fariam chocolates gostosos mais tarde, sem se importar com o fato de que enquanto algumas pessoas tinham namorados, ele tinha Baekhyun.

 

 


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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