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História Daddy's kitten - Dias de saudade


Escrita por: proliiixa e Prolyxa

Notas do Autor


Depois de muita demora, cá estou com uma atualização. Nem preciso dizer que há em mim uma vergonha tremenda, mas sigo em frente. E o penúltimo capítulo! O próximo eu vou postar depois da minha semana de provas, então só volto aqui no final do mês, ou antes, quem sabe - dedos cruzados.

De qualquer modo, eu agradeço aos favoritos e aos comentários! Espero que gostem do capítulo!


boa leitura~~

Capítulo 5 - Dias de saudade


 

Sehun acreditava que não havia nada melhor do que um dia de chuva para matar a saudade de quem se gosta

 

Desde que Kim Minseok havia arranjado um emprego melhor e se mudado para o mesmo prédio de Sehun, no apartamento no andar de baixo, que ficava bem mais próximo do novo trabalho no colégio, trazendo consigo um híbrido de gato muito tímido chamado Jongin, com as orelhas em dois tons – caramelo e marrom – e olhos escuros adoráveis que pareciam sumir quando seu humano lhe fazia carinho, Baekhyun mal ficava em casa, tornando-se um sumido de raras aparições.

Sehun achou isso maravilhoso no início. Baekhyun não era do tipo que gostava de se misturar e fazer amizades, vivia solitário, enrolado pelos cantos do apartamento, às vezes dormindo ou se divertindo sozinho, esperando seu humano chegar para ganhar atenção, mas ultimamente Sehun andava muito ocupado com o trabalho na clínica veterinária e o deixava só além da conta, então era bom que tivesse uma companhia de orelhas em dois tons. Era bom que Baekhyun estivesse querendo ter alguém além de Sehun para passar um tempo junto. No início foi legal. No início, quando não se sente saudade dos dias lado a lado.

Baekhyun acabava ficando mais na casa de Minseok na companhia de Jongin do que na própria casa. Às vezes ia até pedir a Sehun para que o deixasse dormir lá, junto de Jongin em suas cobertas de astronauta. Nos dias que Sehun tinha folga e queria se enrolar com seu gatinho no sofá ou dormir a tarde toda juntinhos debaixo das cobertas nem podia, Baekhyun pegava o caminho ao apartamento de Minseok e por ali ficava horas a fio. Jongin também vinha ao apartamento de vez em vez. Ficava mais tímido do que o costume e não conseguia olhar Sehun diretamente nos olhos, as orelhas coloridas baixas em constrangimento de estar na presença do humano de Baekhyun que sentia um pequeno ciúmes instigando seus miolos a cada dia na falta de seu companheiro com quem dividia metade da cama.

– Você gosta do Baekhyun? – Sehun perguntou certa vez, quando Baekhyun terminava de tomar banho e Jongin se encontrava encolhido no sofá da sala, meio com medo de respirar perto do humano que o olhava interessado. Jongin chacoalhou a cabeça em resposta, efusivamente, assistindo um sorriso se embotar na boca do humano de Baekhyun. – Eu também gosto. Muito.

– Ele também gosta de você – Jongin soltou em um resmungo quase inaudível, os olhos bem presos nos próprios pés. – Muito.

Embora já soubesse daquilo, Sehun ficou feliz em ouvir de outro alguém e tentou não se sentir tão idiota quando Jongin pegava Baekhyun pela mão e iam os dois passear pelo prédio fazendo traquinagens, ou se enfiar no quarto fazer sabe-se lá o quê, ou se enroscar no sofá perto um do outro para jogar videogame ou assistir televisão, caindo no sono por longas horas como gatinhos dorminhocos.

Naquela manhã de teto nublado, onde o céu reclamava que podia chorar por nada durante o dia todo, deixando cair as gotas doces de seu humor sensível para molhar a terra vermelha e baixar a poeira que fazia as tias de casa reclamarem do quintal sujo, Sehun não foi trabalhar. Ficou por ali mesmo, preso na cama, de olhos atentos. Fazia bastante tempo que não parava um pouco para notar o quanto Baekhyun tinha mudado. Ele, dormindo manso no canto da cama, os dedos meio que tímidos buscando um pedaço do pijama de Sehun como certeza de que o humano ainda estava ali, ressonava em um charme novo no qual Sehun nunca tinha percebido em manhãs assim, já que sempre saía corrido, vestia os sapatos e voava para as obrigações que o tiravam da sensação gostosa de acordar ao lado de alguém.

Diferente daquele Baekhyun pequeno todo selvagem, irritadiço e que tremia de medo quando tentavam se aproximar, ou que se agarrava em dias de frio ao corpo magrelo do seu humano, ou que soltava negociações sem parar nos dias de banho e ficava de olhos arregalados ao ouvir que não dormiria mais com Sehun se não ficasse limpo, agora havia um rosto crescido, mais velho, bonito de uma maneira clichê que Sehun não sabia definir com sua vasta área de conhecimentos desconhecidos em se apegar tanto em alguém.

Havia aquele cabelo bagunçado de Baekhyun, os fios negros que poderiam assustar alguém em sua confusão de pontas em norte, sul, leste e oeste, as orelhas do mesmo tom perdidas no mar de revolta sobre o travesseiro. A boca fina de Baekhyun, ligeiramente rosada, que costumava dizer seus pensamentos presos lá no fundo, fossem felizes, fossem divertidos ou de ciúmes bobo do seu humano ao chegar tarde depois de um encontro com aquela fêmea que conheceu outra vez – ciúmes que desaparecia ao ver que Sehun trazia sobremesa e deixava um beijinho estalado em sua bochecha. Havia a pele macia, cheirando a sabonete de bebê e toda quente, que parecia gostar de quando os dedos de Sehun faziam um caminho de carinhos doces, tentando trazer do mundo dos sonhos o dono dos olhos acastanhados.

E Sehun apertava Baekhyun em um laço dentro do seu abraço enquanto a chuva lá fora caía fria, batendo na janela do apartamento num aviso de que não seria divertido sair debaixo das cobertas logo tão cedo. Sehun apenas aproveitava, matando a saudade que sentia do seu híbrido que não cabia dentro de uma palavra e muito menos dentro de si. Apertava mais o abraço, vendo Baekhyun resmungar entre um suspiro e outro que iria arranhar sua cara se não o deixasse dormir um pouquinho mais. Sorria estúpido como qualquer humano estúpido na companhia de seu híbrido de longa data, acabando por fazer cafuné nas orelhas acostumadas, e também com saudade, daqueles carinhos singelos.

 – Vai brincar com Jongin hoje? – Sehun murmurou curioso, alisando o rosto de Baekhyun com os dedos. – Ou vai ficar aqui comigo, juntinhos na cama o dia todo?

Baekhyun abriu os olhos ligeiramente, as orelhas bem atentas à chuva que escorregava do céu lá fora, e fitou com lentidão o rosto amanhecido de Sehun; os fechou de novo com sua preguiça costumeira.

– Dormindo? – perguntou baixo, enfiando o rosto na curvatura do pescoço de Sehun, roçando a boca naquela área sensível de seu humano. Ouviu um suspiro gostoso se chocando em seu ouvido e sorriu satisfeito.

– Também – sussurrou de volta, sentindo os dedos de Baekhyun passeando em suas costas, as unhas arranhando o lugar bem devagar, por baixo do pijama.

Ainda de olhos fechados, Baekhyun abriu um pequeno sorriso que logo foi desmanchado pelo beijo delicado que Sehun deixou cair em sua boca, surpreendo-o; quem sempre tomava a iniciativa era Baekhyun, que teimava sempre por mais um só. Ficou feliz com aquilo.

Então, se espremendo mais e mais, até que estivessem coladinhos daquele jeito bom que só duas pessoas conseguem entender, ao ponto de ouvir o coração um do outro batendo profundo nas costelas, fecharam os olhos para aproveitar daquele momento e matar a saudade sob o som calmamente da chuva que assistia da janela os dois juntos, debaixo da coberta quente se sentindo com ternura.


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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