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História Dama da Noite - Capítulo 1


Escrita por: _LadyJeh

Capítulo 2 - Capítulo 1


Mas foi quando ela sorriu e se virou que ele pode ter certeza que mesmo que vivesse mil anos não estaria preparada para ver Hermione Granger em um justo vestido vermelho, com saltos altos, completamente loira e com um copo de whisky na mão, sorrindo e destruindo os homens ao seu redor.

        Ela o viu e por alguns décimos de segundo pareceu ter visto um fantasma, mas logo sua expressão mudou e ela caminhou, caminhou não seria a melhor palavra para descrever a sequencia de movimentos que ela realizou para chegar até ali. Ela flutuava, sim flutuava como uma deusa pagã pronta para fazê-lo admitir qualquer pecado que tivesse cometido.

- Professor Snape! – disse se aproximando ao máximo e lhe sorrindo. O cheiro ele percebeu mudara, não era mais aquele aroma doce e puro, ela instigante e sensual. O tipo de cheiro que desperta os sentimentos mais primitivos em qualquer homem. – Quanto tempo!

Ele ainda estava atônito, não só com a presença dela, mas também com o fato de lhe ter dirigido a palavra, ainda mais de forma tão sensual e sedutora.

- Srta Granger?

- É bom ver que ainda se lembra de mim! – disse lançando mais um de seus sorrisos fabulosos. – Então, o que o temido professor de poções faz em um pub trouxa a essa hora da noite?

- Estava me fazendo essa mesma pergunta agora a pouco! E por favor não me chame de professor, me faz parecer muito mais velho do que realmente sou.

- Tudo bem então, Snape.

- Severus, pode me chamar de Severus, srta Granger.

- Ok, mas só se me chamar de Hermione.

- Tudo bem, Hermione! – disse testando a palavra em seus lábios.

- Quer beber alguma coisa? – perguntou e ele percebeu que seu rosto estava mais vermelho e por fim percebeu o aroma de álcool que provinha de seu hálito.

Pensou seriamente em recusar, mas e se ela fosse embora após a recusa? Poderia ficar anos novamente sem vê-la e além disso tinha perguntas que ela precisava lhe responder.

- Claro! Mas deixe por minha conta! O que está bebendo?

- Ficaria feliz com um Bloody Mary, por favor!

Ele buscou as bebidas enquanto ela se sentava a mesa. E quando voltou, não deixou de perceber que ela colocara a mão sobre a sua numa espécie de carinho de agradecimento. Iniciaram uma conversação tranquila e até mesmo animada. Contudo sempre que o assunto começava a se aproximar da vida dela atual ou do que havia acontecido para que ela desaparecesse, ela ficava séria e mudava de assunto.

A todo momento ela lhe sorria e lhe jogava um charme único e que apesar de no início pensar que poderia estar entendendo as coisas erradas, por fim ele se convenceu de que ela estava mesmo dando em cima dele, o que o assustou bastante.

Beberam. E beberam. E mesmo depois de se reprimir internamente beberam mais um pouco.

Lá pela metade da madrugada, o pub dava sinais de que finalmente fecharia e eles perceberam então que a enxurrada de pretendentes que passaram a noite lhe enviando bebidas e bilhetes havia partido e apenas haviam restado os dois.

- Bom, acho que finalmente devemos ir.

- Sim. Há um bom tempo tenho desejado sair por aquela porta Severus.

Ele pensou que sua companhia deveria ter sido extremamente ruim a ponto de que ela pudesse ter liberado tal comentário. E começara já a fazer uma carranca e lhe devolver de forma ácida quando ela se aproximou de seu ouvido e após uma mordida no lóbulo, que o deixou atordoado, disse as seguintes palavras.

- Onde pretende me levar professor?

Ele engoliu seco. Ela não podia estar insinuando o que ele estava pensando. Ou será que estaria? Engoliu em seco mais uma vez tentando recuperar sua voz, que parecia tê-lo abandonado. Não devia ter bebido tanto. Começava a imaginar coisas.

Olhou para ela e viu seus olhos brilhando e um sorriso travesso. Não, ela era jovem demais, bonita demais. Inúmeros homens haviam feito de tudo para ter a atenção dela naquela noite, e mesmo assim, ela permanecera ao lado dele. Conversando com ele, sorrindo para ele. E como se não bastasse ela acabara de colar a mão sobre sua perna e começar pequenos movimentos circulares.

Precisou usar todo o seu controle dos tempos como espião para não lançar um olhar surpreso ou não gemer pelo contato da mão que emanava tanto calor.

Se ainda restava alguma dúvida acabara naquele momento. Ele segurou a mão dela e se levantou, a atraindo para o seu lado. Ela olhou no fundo de seus olhos e parecia que podia ver a alma dele. Seus lábios se aproximaram, e antes mesmo que percebesse já não estava mais naquele bar barulhento.

O beijo dela ainda era doce como se lembrava, mas agora tinha uma leve mistura de álcool que o inebriava ainda mais. Aspirando um pouco mais do cheiro dela pode notar que a essência dela ainda estava ali, apesar de estar encoberta por toda aquela tentação. As curvas haviam aumentado, ele sabia... ela já não era mais a garotinha que havia roubado o beijo tímido e inexperiente do seu professor. Não aquela era uma mulher, que o beijava com urgência, que sabia exatamente o que tinha que fazer para levar um homem a completa loucura. E ele tinha certeza que ela também não sairia correndo, ou pelo menos assim ele esperava.

E então, tudo que ele pode memorizar eram beijos, toques... mordidas e chupões. No corpo dela, e em seu próprio corpo. Não fazia ideia de onde estava, apesar de ter certeza que havia aparatado com ela e que não havia voltado para casa. Lembrava-se do sussurrar de palavras em seu ouvido, de instruções lhe sendo dadas. De uma localização sendo plantada em sua cabeça. Seria a casa dela?

Sentiu que era jogado sobre algo macio que identificou ser uma cama logo após ela ter aberto sua camisa sem qualquer uso de mágica. Ela o olhava esboçando uma confiança típica de uma Grifinória, a mesma confiança que ela mostrava em suas aulas sempre pronta para responder qualquer pergunta que ele fizesse. Mas essa era outra Hermione, aquilo acontecera ao que parecia em uma outra vida.

A mulher a sua frente começou a se despir de uma forma completamente sensual. O vestido vermelho colado ao corpo desceu vagarosamente pelo corpo dela assim que ela abria o fecho em sua lateral. Expondo um corpo que ele jamais conseguiria imaginar nem em seus sonhos mais selvagens. Sua lingerie era preta, que contrastava com sua macia pele tão clara. O fazendo se perguntar se por algum acaso aquilo tinha sido planejado por ela.

Os lábios dela ainda cobertos por um batom tão vermelho e provocante quanto o vestido que já jazia no chão. Severus suspirou quando ela desabotoou sua calça, a descendo com uma calma que quase o fez praguejar.

Ajoelhou-se na borda da cama. Retirou seus sapatos e suas meias. Terminou de remover sua calça e olhando novamente nos olhos deles de uma forma que faria até mesmo um santo sair de seu pedestal e lhe implorar por alívio, ela levou as mãos a ereção que era perfeitamente visível dentro de sua cueca.

Os instantes seguintes são um borrão na cabeça de Severus. Só conseguia lembra-se das mãos suaves delas segurando seu membro e no momento em que ela o levou até os lábios seu cérebro pareceu se derreter. Ele só passou a ter noção do que estava acontecendo depois se derramou na boca dela, e por céus o que fora aquilo. Um misto de dor, mas não uma dor comum, o tipo de dor que faz com que se queira mais a angústia que atinge o corpo quando se está tão próximo de um alívio. Lembrava-se de ouvir uma espécie de rugido, que ele suspeitava seriamente ter vindo dele.

Quando voltou a abrir os olhos ela o olhava triunfante. Aquela não poderia ser Hermione, não aquela jamais poderia ser aquela garotinha. Ela lhe sorriu e se aproximou dele.

- Espero que esteja preparado para o segundo round professor! – ela sussurrou contra sua orelha.

Oh então ela queria provoca-lo! Bom, vamos ver se ela está preparada para o que está por vir.

 Com um movimento um tanto rude a girou e deitou-se sobre ela. Seus lábios beijando, mordendo e chupando cada pedaço de pele que estava a mercê dele. Seus olhos captaram alguns locais onde haviam algumas marcas. Bom isso poderia explicar a ‘experiência’ dela. Mas o que a princesinha da Grifinória havia se tornado? E porque se importava tanto se ela estava com outros homens?! Dispensou esse pensamento e voltou a beija-la e adora-la, afinal aquele corpo merceia ser adorado. Liberou o corpo dela de seu sutiã e atacou um de seus seios, a fazendo gemer e se contorcer. Isso, a faria pagar na mesma moeda.

Encontrou uma e outra marca (algumas estavam em um tom arroxeado), mas tentou ignorar o pensamento que lhe veio a cabeça. Chegou onde desejava. Ela estava completamente molhada, e pensou por um instante em apenas se arremeter para dentro dela e alcançar apenas o próprio prazer, provavelmente ela estaria acostumada com isso, considerando as marcas. Mas não, sua mente gritou consigo. Jamais conseguiria fazer isso, talvez com outra mulher em outra situação, mas não com ela. Sonhara tantas vezes nos últimos cinco anos com variações da cena que estava acontecendo ali que se recusava a não mostrar a ela o quanto a desejava. Talvez essa fosse a sua chance, talvez sua única chance. Talvez o destino estivesse disposto a dar-lhe um pouco mais do que merecia, e quem seria ele para recusar?

Afundou seu rosto na intimidade dela a fazendo arquear as costas para aumentar o contato. Sorriu consigo mesmo e continuou decidido a leva-la aos céus como ela fizera. E ao contrário do que pensou não foi preciso muito, logo ela era um conjunto de espasmos e gemidos.

Não resistindo a tentação foi ao encontro dos lábios dela onde após um beijo urgente disse com a calma que não possuía no momento.

- E a srta? Pronta para o próximo?

Ela não respondeu, mas seu sorriso não deixou dúvidas. E ele mais que rapidamente se colocou entre suas pernas. Ambos prenderam a respiração quando ele a preencheu.

O suor descia pelo corpo de ambos e a respiração ofegante carregada de gemidos ressoavam como a trilha sonora daquele encontro. Ela se entregava a ele carregada de luxúria, paixão e algo que ele não compreendia.

Com movimentos contínuos e ritmados levou os dois novamente ao estupor e caiu sobre o corpo dela que ainda se esforçava para regular sua respiração.

Deitou-se ao lado dela com as mãos acariciando o cabelo loiro que um dia fora tão castanho quanto seus olhos e tão indomável. O silencio os consumiu por alguns minutos até que ela soltou um suspiro.

- Algum problema? – perguntou temendo que ela dissesse que se arrependera.

- Não. Quer beber alguma coisa? – disse levantando-se ainda nua e se dirigindo a um pequeno frigobar que ele não notara antes. Agora analisando o lugar começou a se perguntar se seria o quarto dela.

- Água, por favor. – conseguiu dizer notando que sua garganta estava completamente seca.

Hermione pegou duas águas e entregou uma a ele, abrindo a outra em seguida e deixando que o líquido frio escorresse garganta a baixo. Virou-se de costas enquanto ele começava a fazer o mesmo, mas parou no mesmo instante completamente hipnotizado com a visão a sua frente.

Ela sorriu e ele a olhou interrogativo.

- Pode parar de babar professor.

- Eu não... eu ...- começou tentando se defender.  Quando foi que ele começara a balbuciar como um adolescente? E quando ela se tornou tão petulante? Ela riu ainda mais, mas não estava zombando dele. Não, era mais um sorriso de quem sabe o poder que tem e estava pronto para usa-lo novamente.

E novamente caminhando até ele mostrou tudo que era capaz, e os dois ficaram se consumindo no resto de noite que lhes restava. Uma, duas, três, até que a conta se perdeu e Severus se viu tão cansado a ponto que não conseguia nem mesmo raciocinar o que estava acontecendo e muito menos assimilar se aquilo tudo não era um sonho.

- Hermione – ele conseguiu dizer ainda com a voz embargada pelo sono e cansaço – Acho que essa foi a melhor noite da minha vida. – disse não se importando por falar com ela tão abertamente.

- A minha também Sev... A minha também. – ela disse, mas sua voz tinha um tom de pesar, que ele queria discutir, mas não encontrou forças.

Ele adormeceu, sua última lembrança foi se acomodar com Hermione em seus braços e olhar pela janela vendo o céu iniciar a mudança de cor, anunciando que um novo dia chegara. Um dia que esperava ele, mudaria tudo em sua vida.

Aquele novo dia traria o que faltava para sua vida. Acordaria ao lado de Hermione, e então poderiam repetir um pouco mais da noite. Tomar um banho juntos, tomar café da manhã juntos. Conversar, ah sim seria muito bom conversar com ela.

Abriu seus olhos com a claridade gritante em seu rosto. Por quanto tempo dormira? E por que se esquecera de fechar as cortinas antes de se deitar. Demorou uma fração de segundos até perceber que não estava em sua casa em Hogsmeade, e as lembranças da noite anterior se fizeram presentes. Apalpou a cama procurando pelo contato humano, mas não encontrara. Abriu mais os olhos para perceber que estava completamente sozinho na cama. E olhando mais atentamente, viu que estava sozinho no quarto. Talvez ela esteja no banheiro.

Ao se levantar enrolado no lençol notou que as roupas dela e suas coisas haviam desaparecido. Será que ele havia delirado tudo aquilo? – perguntou se jogando novamente na cama – Não. O cheiro dela ainda estava ali provando que aquilo fora real. E quando se levantou e olhou para o espelho, notou que seu corpo estava coberto de algumas marcas. Agora sim parecia realmente um adolescente. Usou a varinha para esconder as marcas e se vestir o mais rápido possível. Precisava sair dali para respirar, precisava pensar em tudo aquilo.

Será que ela se arrependera? Não, claro que não, ela mesma admitira que fora uma das melhores noites que já tivera. Mas por que ela saiu sem dizer nada a ele? 



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