História Damas da noite - Depois do parto

-Levy! - Gajeel a Chamou, mas a azulada estava muito cansada para abrir seus olhos, então ela o ignorou e caiu em um sono profundo.

-Senhor se acalme, os batimentos cardíacos de sua mulher ainda estão estáveis, ela só está dormindo. - Uma das enfermeiras que via o desespero de Gajeel foi tranquiliza-lo. O moreno respirou fundo e se permitiu relaxar. -Mas agora você não pode mais ficar aqui, vamos terminar a cirurgia, por favor precisa se retirar.

Gajeel só concordou com a mulher e saiu da sala, foi correndo para a ala da maternidade. Viu outra enfermeira colocando seus dois filhos em incubadoras.

-Como são pequenos e frágeis. -Disse a si mesmo. -eles tem cara de Jake e Annie. -O moreno esperava mesmo que ele pudesse dar esse nomes para seus filhos. Mas lembrou-se que em uma de suas conversas com a azulada ela disse claramente Ban e Elizabeth. -Ban? Que tipo de nome é esse. -Ele bufou.

-Sabia que é estranho falar sozinho? -Lucy chegou perto do moreno olhando através do grande vidro, tentando localizar algum bebê que se parecesse com Levy ou Gajeel.

-Sabia que chegar do nada assusta as pessoas? -Lucy ficou encarando o moreno com uma gota, mas logo se desfez de toda sua expressão, se derretendo toda quando viu um bebê de pequenos cabelos azuis.

-Meu Kami, são aqueles bebês? -Ela apontou para as incubadoras a direita e esperou Gajeel confirmar.

-Não!

-Como não, ele é o único bebê de cabelos azuis. -A loira já estava sacudindo Gajeel como se aquilo fosse obvio demais.

-Ok ok! É aquela sim.

-Eu sabia. -A loira então mostrou a língua em sinal de vitória.

-da pra ver que as gravidas ficam feito crianças as vezes. - o moreno resmungou baixinho, mas a loira pode escutar perfeitamente.

-Quem é criança aqui em? -o moreno só fitou o chão e pediu desculpas.

Natsu se esgueirou pelos corredores até encontrar a loira.

-Lucy?

-Sim! -A loira quase não dava a mínima para o rosado, ela só queria olhar para os bebês. Tão pequenos e tão lindos, pareciam anjos.

A barriga de Lucy não estava muito diferente, afinal três messes não eram muito para mudar a loira, sendo que a mesma estava seguindo sua dieta rigorosamente.

"-Lucy agora com o bebê você vai ter que seguir uma dieta, só coisas saldáveis -Disse a médica para Lucy.

-Dieta? Vai ser fácil, afinal faço isso a vida toda -A loira então se sentiu mais segura afinal a quantidade de comida havia aumentado e diminuído o tempo de que ficaria sem comer, mas o que ela não espera eram os desejos insaciáveis pelas porcarias, como Chocolate, Chiclete, Pizza, Bolos e etc."

Vendo que Lucy não estava prestando atenção em nada do que Natsu dizia, o rosado a abraçou por trás e desistiu de fala qualquer coisa. Gajeel que estava perto se afastou um pouco e logo se retirou.

-Mas que coisa, será que posso ver Levy? -O moreno pensou. Quando viu a enfermeira que havia ajudado no parto ele correu até ela e perguntou, mas a mesma disse que ainda não. Gajeel suspirou, mas logo o médico veio chama-lo.

-Senhor Redfox, sua esposa acordou e está disposta a vê-lo -Gajeel animou-se e Lucy também que segui o moreno até o médico. Natsu que não queria ficar para trás seguiu Lucy, mas o médico os parou bruscamente -Espera ai! No máximo duas pessoas -Natsu então bufou voltando para o vidro que mostrava os pequenos bebês.

Quando o doutro indicou a porta para Gajeel ele logo se animou, foi andando rapidamente, mas Lucy pegou em seu braço, ele então andou mais devagar.

-Gajeel não fique enchendo-a com perguntas, ok? - o moreno concordou com Lucy e seguiu para dentro do quarto, Lucy ficou esperando um tempo do lado de fora, dando um pouco de privacidade para o casal, ou nem tanto. A loira começou a observar os dois pelo vidro da porta, viu Gajeel beijar o topo da cabeça de Levy e passou a se imaginar no lugar da amiga.

Lucy olhou para o fundo do corredor e viu Natsu, ele olhava os bebês pelo vidro, Lucy sabia que havia feito a escolha certa e se sentia bem com isso, mas ao mesmo tempo vazia, ela percebeu que nos últimos dois meses havia deixado o rosado de lado, que sempre andava estressada e exigindo muito do marido. Ela ficou observando ele por mais um tempo e pensando em como seria os próximos meses de gravidez.

-Talvez eu devesse ter me cuidado melhor e ter deixado você para mais tarde - Ela olhou mais uma vez para o rosado e depois entrou no quarto de Levy.

-Lucy! -A baixinha disse deitada, sua tentativa de passar entusiasmo não havia convencido Lucy, mas a loira não ia comentar nada.

-Como está? -Levy disse um breve "bem" e Lucy continuou -Fico feliz que tudo tenha dado certo. -A loira suspirou, queria conversar com Levy as sós, mas não ia mandar Gajeel embora, afinal ele que acima de tudo queria estar ali.

-Levy eu já volto, vou comer algo. -O moreno percebeu o clima tenso palpável, Lucy estava tensa e ele decidiu se retirar.

-Pode me contar, agora eu dou conselhos como mãe. -Levy riu.

-Menos -Lucy acompanhou a baixinha na risada, mas logo parou -Levy, eu sinto que Natsu está sofrendo com essa gravidez.

-Como assim?

-Bem, desde que nós casamos eu não venho sendo a melhor esposa e bem esse filho, não vai nos deixar curtir a fase, "Marido e mulher"  -Lucy fez aspas com a mão indicando que aquilo era uma bobagem - Mas não é só isso, sabe ele nunca havia me falado que realmente queria um filho , eu sei que ele parece estar feliz com a noticia, mas e se na verdade não, e se ele tinha planos para daqui um tempo?

-Lucy, pare de ser besta, está parecendo uma adolescente, Natsu quer sim esse filho, afinal filho é coisa séria, ele não diria isso se não fosse mesmo verdade e quer saber mais, nem você esperava, ele não te culpa por algo que nem você sabia, eu tenho certeza que ele está feliz, claro que grávidas dão muito trabalho. -Levy respirou fundo -Eu e Gajeel, tivemos muitas brigas e ele sempre me dizia que estava cansado, mas sabe... Ele acabou de me falar, " eu estou muito feliz, um deles é a minha cara". Fique tranquila Lucy.

A  loira se sentou na poltrona ao lado da cama da azulada, fitou todos fios de soro no braço da pequena, olhou sua barriga que estava com pouca diferença.

-Sabe, quando nós duas nos conhecemos, com uma vida toda torta, eu não imaginava um dia casarmos e termos filhos. -Lucy sorriu -Mas essa vida é muito melhor.

-É, até parece que era ontem que nós dividíamos uma apartamento, obrigada Lucy!

-Pelo que?

-Por sempre ser minha amiga, por sempre estar ao meu lado, eu te amo. -Lucy já sentia algumas lágrimas molharem seu rosto -Não chora não. -As duas riram, elas se sentiam confortáveis com a companhia uma da outra.

-É daqui uns meses sou eu -Lucy se levantou da poltrona e foi andando até a porta do quarto -Preciso ir Levy, espero que esteja logo em casa.

-Tchau Lu. -Levy se aconchegou na cama e viu Gajeel entrar no quarto novamente, ele estava bonito e radiante, a baixinha abriu um grande sorriso ao ver que seu marido estava tão feliz. Levy viu o sorriso de Gajeel se estender ainda mais quando duas enfermeiras trouxeram seus bebês.

-Já fizemos os exames necessários com eles e depois vamos entregar a carteirinha deles - A primeira enfermeira disse colocando o bebê de cabelos azuis no colo de Levy -Agora nós vamos te ensinar com amamentar, como você teve dois bebês pode acabar faltando leite, mas ai você tem que fazer pedido no banco de leite do hospital, tudo bem? -Levy concordou com a mulher, demonstrando que estava entendendo -Agora você pega o bebê e o coloque perto do seu seio. -Gajeel se aproximou do leito de Levy e ficou observando, a segunda enfermeira começou a demonstrar o que era preciso fazer.

Gajeel percebeu que as mulheres faziam tudo muito rápido e sem delicadeza alguma, logo viu a segunda enfermeira remexer seu filho no colo e entrou em estado de desespero.

-Vai quebrar! -O moreno disse alto, nenhuma das três mulheres entendeu até ele finalizar sua frase -Mais cuidado com meu filho.

-Gajeel que ridículo, eles não vão quebrar, eles acabaram de nascer, mas não são feitos de vidro e elas tem experiência.- Levy achava ridículo e fofo a preocupação de seu marido e acabou por cair na risada quando ele pediu para que a mulher lhe entregasse seu filho, alegando que o mesmo era frágil e que a enfermeira era muito bruta.

Lucy avistou Natsu, sentado ao lado no chão, sorriu calorosamente para ele e lhe estendeu a mão, Lucy olhou para os bebês mais uma vez e viu que os filhos de Levy não estavam mais nas incubadoras.

-Vamos almoçar? -Natsu disse descontraindo.

-Mas é claro, eu e ela estamos morrendo de fome! -Natsu olhou torto para a loira.

-Ela?

-Sim! Eu sinto que vai ser ela -Natsu então pegou a mão da loira, torcendo para ser ele, mas não falaria nada.

Já no carro Lucy segurou forte a mão do rosado e tomou coragem para comentar seu medo.

-Natsu, você está feliz com esse filho?  Quer dizer você não queria ter esperado mais? Ou sei lá, não ter tido ele? Afinal não te perguntei nada antes.

-Lucy.... Olha, eu...