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História Dangerous Attraction - Woodbury


Escrita por: Cah_mars

Capítulo 20 - Woodbury


Mellanie P.O.V

-Transar no escritório, essa é clássica queridinha, mas você já se perguntou quantas já passaram por lá – Ele é sarcástica e presunçosa. – Quando ele cansar de você vai vir procurar uma mulher de verdade, e eu vou estar aqui. Ele sempre volta Mellanie mais cedo ou mais tarde ele volta para mim. – “Ignora Mellanie” pensei e continuei indo em direção as escadas. – Deve ser humilhante ser você.

-Na verdade é humilhante ser você – Perdi a paciência, essa tem o dom de me tirar do sério –Viver implorando para dar para um cara que não da a mínima para você e mendigar um lugar na casa dele algumas noites, coloca na balança e vê qual situação é pior. – Subo sem olhar para trás com um sorriso vitorioso nos lábios. Tomo um banho quente e demorado e visto uma camiseta e uma calça de moletom larga, decido que vou ficar no quarto já que aquela cobra esta lá em baixo em algum lugar. Começo a assistir um filme e quando estou na metade ouço a porta abrir.

-O que você esta fazendo aqui?

-Você me deve um jantar, lembra? – Ele esta encostado na porta sorrindo divertido.

-Não vou ficar lá em baixo com aquela cobra loira rodando por lá.

-Então a gente fica no meu quarto, vou ir pedir a pizza e quando voltar quero você lá. – Ele sai do quarto me deixando meio boba, vou para o quarto dele e deito naquela cama enorme. Logo ele volta com duas caixas de pizza na mão e passamos o resto da noite assistindo e conversando.

Acordo sentindo novamente um peso em cima de mim, parece que ele resolveu que eu sou um belo apoio para o braço. –Justin acorda. – O sacudo devagar ate que ele abre um dos olhos.

-Volta a dormir Mellanie.

-Eu tenho que voltar para casa, minha mãe deve estar preocupada.

-Não esta – ele resmunga.

-O que?

-Nada, só volta a dormir por favor eu te levo em casa mais tarde. – Deito de novo e começo a pensar em como eu passei duas noites fora de casa e ela nem se deu ao trabalho de ligar e perguntar se estou bem.

Quando finalmente saímos da cama me troco e peço para ele me levar para casa.

-Tem certeza Mell? Você pode ficar se quiser.

-Eu não posso, tenho que ficar perto da minha mãe. – Ele não diz mais nada. O sigo ate o carro e o longo caminho ate minha casa é marcado por um silêncio irritante, porem quando chegamos ele pergunta de novo.

-Quer mesmo ficar ai? Fica comigo lá em casa, tenho certeza que é muito melhor.

-Eu não posso Justin – Não entendo o motivo dessa insistência -  tenho que ir – Saio do carro e caminho em passos largos ate chegar a porta de entrada, mas assim que coloco os pés na sala de estar tenho uma surpresa, a sala esta cheia de malas.

-Vai viajar mãe?

-Uma viajem de negócios, volto em uma semana – Ela diz sem me olhar.

-Eu posso ir com você, te fazer companhia.

-Não é um passeio Mellanie, são negócios e você não entende nada sobre isso, agora sai daqui por favor você esta atrapalhando.

A deixo sozinha e sigo para o quarto, passo o resto do dia deitada encarando o teto, e me perguntando quando ela vai me perdoar e voltar a ser a mesma que sempre foi. Quando desço de novo ela já não esta mais em casa, vou até o antigo escritório do meu pai, não entrei aqui desde que ele se foi mas vai me fazer me sentir mais perto dele. Porem quando abro a porta vejo que ele esta completamente vazio, todos os móveis, livros, arquivos, tudo sumiu é como se nunca tivesse ao menos existido.

-Dalila – Grito tentando me controlar e não surtar. - O que aconteceu aqui? Cadê as coisas do meu pai?

- Senhorita Mellanie... – Ela só me chame assim quando tem alguma bomba prestes a explodir

-Fala logo Dalila, o que esta acontecendo?

-Sua mãe esvaziou a sala depois do enterro do seu pai, no dia em que você sumiu, ela mandou jogar todos os moveis fora.

-Ela ficou maluca? Qual o problema dessa mulher? – Subi correndo ate o quarto deles com ela atrás de mim dizendo que era melhor eu me acalmar. Quando cheguei ao quarto e abri o closet e vi que as roupas do meu pai também não estavam mais lá.

-O que ela fez? – Sento no chão do closet olhando para as prateleiras vazias, onde tudo o que eu tinha para me lembrar dele havia sumido. Deixo as lagrimas caírem e fico lá encolhida no chão, por que ela faria isso? Por que tiraria daqui tudo o que lembra meu pai?

Volto para o quarto e deixo que as lagrimas levem a tristeza junto, mas não ajuda muito, quando anoitece as coisas parecem piorar são 20:30 a hora em que geralmente ele chegava.

-Mell – Dalila entra no quarto receosa – Não fica assim, eu não sei o porque de ela ter feito isso mas sabia que você ficaria mal, então guardei isso para você - ela colocou o pacote na cama e saiu do quarto.

Sento na cama e seco o rosto, abro o pacote e consigo sorrir, mesmo depois tudo, era um moletom do New York Knicks bem surrado, era a preferido dele e significava muito para mim.

Não quero ter que ficar aqui, ter que dormir aqui e lembrar do que ela fez, era como se ela quisesse esquecer que um dia ele existiu, desço ate aquela sala vazia e vou ate a única coisa que ainda esta no mesmo lugar de sempre, o quadro na parede lateral da sala e o tiro de lá, o cofre do meu pai era algo que só ele podia mexer e além dele eu era a única pessoa que sabia a senha e espero continuar sendo. Abro o cofre e ainda esta tudo lá, coloco tudo em uma mochila e ligo pedindo um taxi.

O taxi para em frente ao prédio onde Ryan mora e subo direto para o apartamento. Mas quem abre não é o ele e sim o Justin.

-Mellanie... O que você esta fazendo aqui?

-O que você esta fazendo aqui? Achei que estava na sua casa – falo dando ênfase no “sua”

-Mell – Ryan aparece atrás dele me olhando surpreso – O que você esta fazendo aqui?

- Eu posso entrar ou tenho que falar da porta?

- Entra, eu só não esperava te ver por aqui. – Entro e conto para eles o que houve, que não é o fim do mundo mas não queria passar a noite lá.

-Você não vai ficar aqui – Justin levanta e paga minha mochila do chão

-Justin não precisa, o Ryan não se incomoda, não é?

-Ela pode ficar Justin.

-Ela vai comigo. Agora – Diz firme.

-É melhor eu ir, obrigada Ryan – Dou um abraço nele e saio junto com Justin. Quando entramos no carro ele pergunta sem me olhar.

-Por que você foi para casa dele?

-Justin é só uma noite, ele é meu amigo.... seu amigo qual o problema?

-O problema é que você podia ter ido para minha casa e preferiu ir para o Ryan, esse é o problema.

- Isso é ciúme? – Pergunto rindo.

-Claro que não.

-Então não vai se importar se eu voltar lá para cima. – abro a porta do carro e ele segura meu braço.

-Se você sair desse carro eu juro que mato você.

-Você fica lindo com ciúme – ele finge que não escuta e sai com o carro, quando chegamos na mansão fui direto para o quarto dele e tomei um banho, e fiquei apenas de calcinha e o moletom do meu pai. Voltei para o quarto passando a tolha nos cabelos quando vi ele sentado na cama com as coisas da minha mochila espalhadas pelo colchão.

-Mellanie de onde você tirou isso?

-Por que você esta mexendo nas minhas coisas?

-Mellanie tem mais de quinhentos mil dólares, relógios e joias na sua mochila, você quer me explicar de onde tirou isso.

-Do cofre do meu pai, e isso não é da sua conta. – Junto todo o dinheiro e coloco de volta na mochila.

-O que você pretende fazer com isso?

-Nada, são do meu pais eu só não quero deixar com a minha mãe, vai ficar me tratando como criança agora?

-Esquece, vamos dormir. - Deito ainda com raiva dele mas acabo dormindo rápido.

3 Dias Depois

Faz três dias que estou com o Justin, ele vem sendo ótimo e por um milagre ainda não brigamos. Deve ser porque ele só fica em casa a noite, fomos jantar fora umas duas vezes essa semana, acho que estamos ficando bem próximos. A parte ruim é passar o dia sozinha e sem nada para fazer, muito provavelmente minha mãe chegue amanhã e eu vou embora.

Hoje quando acordei Maria disse que ele ainda estava em casa, fui ate o escritório mas ele não me deu muita atenção então comecei a mexer em todos os livros da estante do escritório e apesar de amar ler nada ali me interessava, havia duas gavetas uma de cada lado da estante. Abro a primeira e só encontro papeis então pulo para a segunda, nela há uma caixa. Tiro a caixa da gaveta e vou ate o sofá com ela nas mãos.

-Mellanie, guarda isso onde você achou. – Mas a curiosidade não deixa, abro a caixa e encontro diversas fotos. Algumas do Justin com duas crianças uma menina e um menino eles sorriem juntos como se alguém tivesse acabado de contar uma piada, outras dele com uma mulher linda de olhos claros e cabelos castanho e no fundo da caixa varias fotos dele com ela. Ele e a Candice se beijando, abraçados então foi por isso que ele me tratou daquela maneira quando viu ela.

-Você e ela... – Quando ele vê a foto em minha mão levanta de sua cadeira e fecha a caixa com força fazendo com que uma pequena nuvem de poeira se levante então eu começo a tossir mas não consigo parar e sinto minha garganta se fechando aos poucos. – Jus...Justin a bombinha na bolsa – ele sai do escritório e vai ate o quarto procurar na mochila, quando volta diz que não tinha nada lá. O ar vai fugindo dos meus pulmões deixando minha vista embasada e logo tudo fica escuro.

Acordo em um quarto estranho não é o meu nem o do Justin, um barulho me faz perceber onde estou, o bip do monitor cardíaco droga estou em um hospital. Não consigo enxergar muito bem já que quando volto dessas crises meu corpo todo demora para realmente acordar mas vejo uma mulher ao meu lado, ela tira da bolsa algumas seringas e sorri para mim.

-Mellanie filhinha, você foi uma garota má e usou drogas demais sabia? Seu pai ficaria muito decepcionado com você mas não se preocupe a mamãe vai cuidar para que seu tratamento seja intensivo assim você nunca mais vai chegar perto de uma seringa de novo meu anjo.

-O que? Do que você esta falando? – Então sinto uma picada em meu braço direito, depois outra e mais uma consegui contar três mas não pararão por ai me senti fraca, anestesiada então percebi o que era aquilo, morfina.

-Justin...-Minha voz quase não sai, e são pouca as partes do meu corpo que ainda respondem a meu cérebro.

-Seu bandido não vai vir te salvar Mellanie, eu pensei que ele daria um fim em você e assim finalmente eu ficaria livre de você e do seu pai, mas não ele é tão idiota que te deixou viva, te deixou voltar – ela grita enquanto esfrega toda as seringas em minhas mãos uma por uma. – Você é igualzinha a sua mãe, se faz de sonsa, de boa moça e consegue tudo o que quer. Você tirou seu pai de mim desgraçada –Ela me sacode e grita eu fico desesperada para pelo menos me defender mas meu corpo esta mole e não responde. – Desde que você entrou naquela casa tudo se resumia a “Mell” “”O que a Mell fez hoje?” “Como ela esta?” Você tirou ele de mim e tirou a minha herança também, o meu dinheiro. Você achou mesmo que ia ficar com tudo Mellanie? Eu não vou permitir.

Depois de passar cada uma das seringas em minhas mão as colocou em meu colo, foi ate a porta do quarto e começou a gritar. –Socorro, por favor alguém me ajuda - vi quando o médico entrou na sala e ela enquanto chorava disse – Ela esta usando drogas de novo doutor, ela me prometeu que iria parar. - Não consegui manter os olhos abertos e logo nada mais existia ao meu redor.

 

Acordo com uma mulher mexendo em alguns fios grudados em meus braços, não faço idéia de onde estou por que aqui não é mais o hospital em que estava, o quarto é diferente, é amarelo em um tom pastel, só tem uma cama, uma cômoda e um criado mudo.

-Onde estou? – A voz esta falha e sinto um cansaço enorme.

-Centro Woodbury para dependentes químicos e doentes mentais.

- O que? Porque eu estou aqui? – Então flashs da minha mãe me drogando e depois chamando o médico voltam a minha mente – Eu não fiz isso, eu nunca usei nada, tem que me tirar daqui.

-A patricinha viciada acha que é fácil assim – ela diz debochada – Aqui você não é ninguém mocinha, é incrível como você ricos estragam a vida por nada, você tem sorte da sua mãe cuidar de você me sigilo, assim ninguém nunca vai saber que você é uma drogada.

-Em sigilo como?

-Ninguém sabe que você esta aqui, ninguém pode te visitar e durante os quatro primeiros meses nem a sua mãe.

-Mas eu não fiz isso, eu nunca fiz isso – O desespero toma conta e de mim eu não posso ficar aqui, não sou viciada – Alguém tem que me tirar daqui, me tira daqui por favor, socorro – Grito tanto que minha garganta dói então dois enfermeiros entram no quarto enquanto um me segura ela e o outro injetam algo no soro que estava no meu braço e apago de novo.



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