História Dangerous love - Camren - Twelve

Pov Lauren

Encontrar razões para deixar de ser quem eu costumava ser tem sido um dos maiores desafios pra mim. A minha sede por matar as vezes se torna incontrolável, eu tenho nojo das pessoas, observo elas de longe e vejo o quanto vivem um teatrinho medíocre, tentando mostrar a todos que estão em uma vida feliz, eles mascaram uma falsa realidade, outro dia eu observei um casal, na frente das pessoas o cara tratava a mulher como rainha, mas era só passar da porta de madeira da casa que ela conhecia a força de seu braço, batia nela, e eu vi tudo pela janela, tive que sair pra controlar o que me impulsionava a tortura-lo até seu último suspiro.

Eu havia deixado Camila em sua casa, e estar longe dela pra mim é como viver com insuficiência respiratória, meus pulmões não trabalham direito, e meu coração volta a ser deserto como antes, é como se ela fosse a minha única cura, minha luz no fim do túnel, a única parte boa em mim. Ela me fez compreender que nem todos os seres humanos são odiaveis, porque ela é diferente, ela me fez se sentir completa a cada segundo que tocou minha pele e me levou ao paraíso, ela é a única poção do paraíso que eu terei. Apenas no final do dia eu resolvi invadir o quarto de Camila novamente, queria vê-la. A latina estava saindo do banho, seus cabelos molhados e gotículas de água escorrendo por seus ombros.

— Lauren

— eu tinha que te ver, como foi a conversa com a sua mãe?

— ela não gostou de saber que estou me envolvendo com uma garota

— você contou?

Ela afastou os cabelos para trás e mostrou uma marca roxa no lado direito de seu pescoço.

— eu não havia notado, mas ela reparou, e como eu nunca dormi fora e na noite em que dormi volto com essa marca, ela apenas juntou as peças. disse que éramos abomináveis e imundas

— eu não quis provocar tal delito a você, não percebi que estava te machucando

— eu

Se aproximou de mim e me envolveu com seus braços deixando a toalha cair, fechei meus olhos sentindo o corpo dela contra o meu, um abraço que parecia lar, e na verdade era.

— você não me machucou, nunca me senti tão bem como na noite passada, foi incrível, essa marca aqui é apenas um lembrete. Ela disse que o que fizemos foi abominação, então acho que já estou condenada, porque sinto o desejo de fazer tudo de novo

Suas mãos se apossaram das minhas e colocaram-nas em seus seios, medianos e firmes, e eu conduzi minhas mãos neles, acariciando e sentindo a pele quente.

— você gostou do que fizemos?

— sim, não me senti violada, como eu me sentia quando Michael tentava me tocar, quando ele me perseguia como um lunático

— ele se foi, está morto e nunca mais vai te tocar

— não te assusta eu ter matado ele?

Ela negou com a cabeça e acariciou meu rosto.

— você viu luz em mim quando eu só conseguia ver trevas. a maior parte da minha vida eu me senti sozinha, depois que Taylor e Clara se foram, ai eu conheci você e as coisas mudaram

— me sinto feliz em ser sua luz

— quando completei 15 anos, Michael comprou um bolo enorme, eu acordei sentindo as mãos dele em minhas coxas e fiquei apavorada, ele disse que não era nada, que só estava tentando me acordar, mas eu já tinha noção de que as coisas que ele fazia não eram na inocência, eu tinha pesadelos a noite e o meu transtorno me deixava ainda mais frágil, então na hora de cantar os parabéns a minha mãe disse pra mim fazer um pedido, eu desejei morrer e todos eles aplaudiram sem saber, então eu soprei as velinhas, mas agora Camz, eu não desejo mais morrer, eu quero viver, pra ficar com você

— eu também quero ficar com você

Ela me beijou e meus pulmões voltaram a funcionar como antes, o ar passava sem dificuldade, os lábios de Camila se prendiam aos meus de forma desesperada e intensa e fomos conduzidas a cama. Ela deitou e eu entrelacei nossas mãos sem desconectar nossas bocas. A textura da boca macia se arrastava em minha pele, fazendo tudo em mim se arrepiar. A pele recém banhada com um cheiro doce de sabonete e hidratante, as gotículas de água ainda escorrendo em algumas partes e minhas mãos envolvendo seus seios enquanto os apertava e mordia o pescoço devagar. 

Suspiros era a única coisa que podia ser ouvida, eu decorei e mapeei cada parte do corpo dela, desde seus olhos castanhos penetrantes até a cintura fina, a barriga lisinha e as coxas sinuosas onde meus lábios repousam, onde minha língua se arrasta na pele bronzeada fazendo tudo estremecer. Afasto as pernas dela e busco contato com seu ponto mais sensível, Camila estava molhada, eu podia ver e sentir sua excitação quando meus dedos exploraram os lábios menores e maiores, passando pelo nervo pulsantes, e descendo até a fenda, ela respirava de forma descompassada, eu beijei a parte interna da coxa e subi para a barriga, fazia linhas imaginárias com meus lábios. E quando arrastei minha língua bem devagar onde estava concentrado a sua excitação, ela gemeu manhosa e segurou meus cabelos com força, pressionando minha boca em sua boceta, me fazendo mergulhar em seu prazer, chupar, lamber, e penetra-la com meus dedos continuamente, mais gemidos arrastados e manhosos, com minha mão livre tapei sua boca, a gente não podia fazer barulho, ela beijou a ponta de meus dedos e os enxarcou com sua saliva, e eu os usei para estimula-la em seu clitóris, pressionando e movendo de forma circula.

— Uhm...

Gemido abafado. Minha boca cálida envolveu seu clitóris antes de suga-lo.

— Aah!

Ela me fazia sentir uma espécie de frenesi toda vez que puxava meus cabelos e pressionava minha boca em sua boceta. Minhas mãos não largavam seus quadris, e eu não parei de chupa-la até sorver tudo que ela me deu, seu líquido quente se derramou em meus lábios quando ela gemeu de forma arrastada outra vez e chegou ao ápice. Minhas unhas se arrastavam devagar em suas pernas, foram para a barriga, tocavam os biquinhos de seus seios para então eu acariciar a face.

— você tem cigarros?

— na gaveta do criado mudo, pega dois

Selei nossos lábios e peguei o isqueiro e apenas um cigarro.

— a gente divide um

Acendi dei o primeiro trago e levei até os lábios dela.

— não queria ter que ficar entrando por sua janela, nem ter que me despedir

— eu sei, também não queria, mas eu vou dar um jeito, conversei com meu pai e ele quer ter a consulta amanhã, seja gentil, se ele gostar de você pode ficar do nosso lado

— não sei se estou preparada pra me abrir com ele

— o quanto mais antes melhor lolo, quero que você melhore, 100%. Eu te amo assim ta? não pense o contrário nunca, mas viver assim vai te afastar de mim, não quero que a Polícia te prenda ou que te interne

— que horas a consulta?

— às 16:00

— eu vou estar aqui, por nós

— obrigada

Terminamos o cigarro e nos beijamos. Ela se cobriu e colocou uma roupa, mas eu gostava de admirar seu corpo nu.

— você precisa ir, disse pra minha mãe que desceria pra jantar, ela acha que estou no banho

— tudo bem

Me aproximei e beijei sua testa

— quando estou longe de você tudo é tão gélido

— logo não iremos precisar nos distanciar

Assento com a cabeça e me aproximei da janela.

— tome cuidado e se alimente

Pegou um dinheiro e me entregou.

— não precisa

— precisa sim, compre algo para comer, precisa se alimentar

— obrigada

Beijei ela de novo antes de descer com cuidado da mesma forma que entrei. Acenamos uma para a outra e eu então voltei para meu casulo,a cara solitária e nostálgica. Mas pensar que agora tenho Camila afasta os demônios de minha mente, e isso tem me tranquilizado.