O vento batia contra meu rosto e alguns pelos se arrepiavam, enquanto eu olhava, da varando do meu quarto, o nascer do sol. Era incrível ver aquela grande bola amarela surgindo do meio do nada.
Bom, meu nome é Lillyan Bread Fancy, mas conhecida como LF e para os mais íntimos apenas Lilly, tenho 18 anos e apesar de morar atualmente em Los Angeles eu não sou daqui, nasci em Buenos Aires, mas o destino ou até mesmo o passado me fizeram parar aqui.
Estava morrendo de sono, já que cheguei da boate não faz nem uma hora, mas não poderia dormir agora. Andei preguiçosamente até banheiro, amarrei o cabelo em um coque frouxo,liguei a torneira da banheira, regulando a água numa temperatura quentinha e colocando alguns sais de banho, para relaxar um pouco, afinal eu mereço. Despi-me e entrei na banheira.
Uma hora depois, sair (contra minha própria vontade), me enrolei na toalha e fui caminhando até o closet, escolhi uma roupa mais confortável, um cropped cinza de magas, uma calça cintura alta preta um pouco rasgada no joelho e um vans cinza. Coloquei uma langerie azul escura e me vesti. Peguei meu celular e vi que tinha varias mensagem da Sam.
[07:35 am 06/18/16] BITCH, vulgo, Sam -era o nome que eu tinha colocado em seu contato-
¨¨Bom dia bela adormecida¨¨
¨¨Não, você está mais para a madrasta má. Lol¨¨
¨¨Não vai responder não sua vadia?¨¨
¨¨ACORDAAAA PORRRAAAA¨¨
¨¨OH sua PUTA, vai para o galpão principal¨¨.
¨¨ACORDA LOGO, preciso falar com vocꨨ.
Essas eram algumas das VINTE mensagens que ela havia me mandado, se ela era exagerada? Sim, mas era uma das melhores pessoas que já conheci. Sam e eu nos conhecemos numa boate há três anos, ela estava brigando com uma garota, e devo dizer que foi uma das melhores brigas de garotas que já presenciei. Quem ganhou? A Sam, claro. Depois eu me lembro de ter ido lá a parabenizar pela briga e desde então somos amigas.
Resolvi não responder, ela iria ficar conversando e eu não estava muito a fim de papo hoje. Guardei o celular no bolso de trás da calça e peguei minha arma na gaveta, verifiquei se estava carregada, coloquei na cintura e peguei um moletom preto caso fizesse frio. Sair do quarto e desci as escadas, fui para a cozinha e encontrei certa mulher, de cabelos ruivos, (só para deixar claro que eu a acho uma das mulheres mais bonitas que já conheci) de costas, cortando algumas verduras.
-Rose-chamei sua atenção de uma forma manhosa e ela se virou para mim
-Bom dia, pequena Lilly- disse abrindo aquele lindo sorriso, que de alguma forma, me confortava e fazia eu me sentir segura, o que eu odiava, porque eu sabia me cuidar perfeitamente sozinha. Sorri de escanteio e lhe dei um beijo na bochecha, já que eu não alcançava sua testa, peguei uma maçã e ela logo começou a reclamar- não vai tomar café da manhã de novo? Já num lhe disse que o café... -a interrompi
-Que o café da manhã é a refeição mais importante do dia- revirei os olhos-Eu já estou atrasada, você sabe o quanto a Sam é chata, prometo almoçar em casa, sua linda- ela sorriu negando com a cabeça e eu lhe dei outro beijona bochecha, me despedindo e caminhando para a parte mais interessante da minha casa, a garagem. Eu amo meus carros, de toda a minha fortuna, o mais importante com certeza são meus bebes-vulgo-carros.
Escolhi o Fisker Karma, era todo branco e com o capô móvel. Entrei no carro, sair da garagem e quando os seguranças me viram saindo, logo abriram os portões e eu sair correndo pelas ruas de Atlanta, liguei o som no máximo e derrapei na primeira curva, entrando na avenida principal, cantarolei a música.
Yes I can see her
(Sim, eu posso vê-la).
Cause every girl in here wanna be her
(Porque cada garota daqui quer ser ela)
Oh, she's a diva.
(Oh, ela é uma diva).
They feel the same and I wanna meet her
(Eu sinto o mesmo e quero conhecê-la)
Passei na frente de uma igreja e amentei ainda mais o som, todas as freiras e seus “fieis” olharam para mim. Eu amo isso. Atenção, só para mim.
Damn, you's a sexy bitch, a sexy bitch
(Maldita, você é uma vadia sexy, uma vadia sexy)
Damn, you's a sexy bitch, damn girl
(Maldita, você é uma vadia sexy, uma vadia sexy)
Damn, you's a sexy bitch, a sexy bitch
(Maldita, você é uma vadia sexy, uma vadia sexy)
Damn, you's a sexy bitch, damn girl
(Maldita, você é uma vadia sexy, uma vadia sexy)
Gargalhei alto e continuei meu caminho até o galpão. Era bem afastado da minha casa e da cidade, claro, ninguém podia saber onde era. 1 hora depois cheguei, estacionei na minha vaga, que tinha ali e sair de dentro do carro, um dos meus seguranças abriu o portão para mim e acenou com a cabeça, eu só retribuir. Passei por onde estavam descarregando algumas cargas da erva e das meninas que acabaram de chegar, o Thomaz-meu empregado, que fica responsável pelas cargas que compro e vendo aqui nesse galpão-já estava anotando e comandando tudo. Subi uma escadinha, que dava para meu escritório e tinha dois seguranças na minha porta os mandei saírem da frente, mas um dos seguranças, idiota, falou comigo.
Velho, na boa, desnecessário.
-Bom dia senhorita LF, como vai seu dia?-perguntou e eu revirei os olhos bufando
-Olha, estava tudo meio bom, agora está tudo meio merda, só porque você falou comigo-dei um sorriso falso e entrei, batendo a porta praticamente na sua cara.
-Ora, ora se não é a pigmeu de jardim?-perguntou Sam e eu a mandei um dedo
-Caiu da cama? Chegou cedo por quê?- ela sempre chegava atrasada e hoje chegou primeiro que eu.
-hahaha engraçadinha-fingiu uma risada e eu dei um sorriso falso indo sentar na minha cadeira acolchoada, branca-tenho um assunto sério para falar com você, então achei melhor resolver logo cedo e também não consegui dormir, já que está tendo reforma lá em casa-ela falou séria, me entregando alguns papeis da rota que fizemos ontem com uma carga de maconha, eu olhei todos aqueles documentos e sorri brincalhona- a carga foi roubada e você está rindo?-perguntou incrédula
-Não foi roubada, sua idiota- fiz cara de paisagem ela fez um sinal com as mãos para eu continuar, revirei os olhos e bufei-às vezes me arrependo de ter escolhido você para ser o meu braço direito sabia?-a Sam revirou os olhos- eu já sabia que a carga iria ser roubada, troquei as rotas e mandei o caminhão para o galpão 02- os meus galpões eram numerados, pois para controlar cada um era bem melhor.
-Espera, você sabia? Mas aqui no relatório está dizendo que o caminhão foi roubado?-entrei no sistema pelo computador e vi que estava tudo sob controle
-Bom, o caminhão foi realmente roubado, mas eu sou esperta o suficiente para mandar trocarem as erva por farinha- dei um sorriso sapeca e uma piscadinha
-Você usou seu informante para saber que iriam roubar, claro- falou concluindo e dando uma risada
-Agora imagina a cara do Bieber, quando ver a farinha-explodi na gargalhada e Sam me acompanhou
-Ok rainha das espertezas, mas agora a gente tem que descer e passar algumas informações para as mais novas vadias- falou debochada e eu rir.
Saímos da sala, o segurança idiota abaixou a cabeça e eu lhe mandei um olhar severo, descemos a escada e fomos para a parte de trás do galpão, que era tipo um porão, pedi para os seguranças darem passagem e entramos. Todas as garotas pararam tudo que estavam fazendo e nos olharam, algumas com desprezo e outras incrédulas.
Essas vadias não tinham com o que reclamar, o “quarto” era bem grande e muito bem arrumado, no teto havia duas luminárias, as beliches eram todas separadas por número já que todas as meninas quando chegavam eram identificadas por números, ao lado dos beliches tinha cômodas onde elas poderiam colocar seus trapos, no fundo havia um “banheiro coletivo”, as paredes eram num tom bege e o piso era de carpete azul, não havia janelas porque se não elas poderiam fugir e eu não burra. Cheguei ao centro do quarto e olhei em volta.
-Estão todas aqui?-falei alto o bastante para que todas escutassem e algumas assentiram e outras me olhavam com ar de superioridade-ótimo, quero que cada uma escute bem o que eu vou falar, pois eu só vou falar uma vez, porq... -fui interrompida
Argh, eu odeio que me interrompam quando estou falando.
-Quem você pensa que é para vim aqui fazer essa pose de chefona e querer já ir mandando, minha filha?- falou uma garota ruiva, com uma roupa curtíssima, e uma maquiagem extravagante.
-Já que ela insiste saber tanto - falei sarcástica- poderia nos apresentar Samantha?-disse para a Sam sem retirar os olhos da garota a minha frente
-Claro como ela já disse me chamo Samantha, mas para voces senhora... -outra garota, que parecia fazer parte do grupinho: putas em conjunto, a interrompeu e vi a Sam ranger os dentes.
-Senhora?-ela deu uma risadinha escandalosa e as outras garotas a acompanharam-querida, no máximo a gente vai deixar voces dormirem nas camas perto do banheiro-todas que estavam ali gargalharam e eu me irritei pegando minha arma nas costas e atirando no teto duas vezes, todas olharam para mim assustadas e algumas soltaram aquele típico gritinho de puta.
-ESCUTEM AQUI SUAS PUTAS, EU MANDO NESSA PORRA TODA E QUERO TODAS EM FILEIRAS, AGORA- elas olhavam para mim com os olhos arregalados, paradas-EU MANDEI AGORA, OU VOCES ESTÃO SURDAS?-todas correram e fizeram cinco fileiras, respirei fundo e olhei para Sam para que ela prosseguisse.
-Como eu estava falando, quero que voces me chamem de senhora Grace, eu sou o braço direito da LF e exijo respeito-disse Sam entre dentes-não sei se voces já perceberam ou não, mas eu vou falar mesmo assim, essa é nada mais nada menos do que a própria LF-todas olharam para mim de olhos arregalados e eu dei um sorrisinho fraco.
-Espera, você está dizendo que essa anã é a LF? Uma das pessoas mais temidas da Califórnia inteira?-a ruiva falou debochada e começou a rir, mas todas as outras ficaram caladas, a olhei e caminhei para perto dela, ela era bem mais alta do que eu (mas me da um desconto vai, ela estava de salto e eu de tênis) olhei bem fundo dos seus olhos e ela ficou tensa, mas ainda assim me olhando com ar de superioridade, dei três passos para trás.
-Como é seu nome, flor?-perguntei irônica
-Kelly Clark- falou confiante achando que ganharia a discussão, dei um sorriso anasalado.
-Kelly Clark, típico de puta ter esses nomes, você poderia fazer um favor para mim?-perguntei sem tirar os olhos dela
-Não - falou nervosa, alternando seus olhos entre meu rosto e minha arma
-Manda um alô para o capeta por mim-ignorei totalmente sua resposta e ela me olhou sem entender, pude ouvir risadinha da Sam atrás de mim, apontei minha arma pra ela e vi-a arregalar os olhos antes de eu apertar o gatilho e atira no meio da sua testa, ela caiu já sem vida no chão.
Rolei os olhos em volta do “quarto”e vi todas as meninas me olhando com os olhos arregalados e com muito medo, algumas choravam por causa da “amiguinha” morta e outras com a mão na boca, demostrando todo o seu espanto, arqueei uma das sobrancelhas séria e parei meus olhos numa garota de cabelos loiros, alta, olhos claros e um sorrisinho maligno no rosto. Dois seguranças entraram, pegaram o corpo e antes de saírem mandei chamarem outro segurança para vir aqui. Percebi que a Sam olhava a garota loira, com o cenho franzido, ela olhou para mim e deu um sorriso sem mostrar os dentes, assentindo. Olhei novamente para a garota a chamei com as mãos, ela veio até mim e eu mandei o segurança a levar para minha sala. Todo aquele silêncio já estava entediante, então resolvi dizer logo as regras.
-Bom, espero que não haja mais nenhuma interrupção enquanto dito as regras, fui clara?-todas assentiram ainda assustadas-ok, voces irão ser divididas para as minhas boates em Los Angeles, cada boate tem uma gerente, elas vão ajudar voces no que for realmente necessário e tudo, eu disse tudo, será repassado para mim. Essas são algumas informações, vou ditar as minhas regras agora -todas me olhavam atentamente, então eu continuei- Primeira regra: não quero saber de briguinhas entre voces, não estou vendo nenhuma criança de cinco anos aqui-falei ríspida andando em volta do quarto- Segunda regra:Tudo que voces consumirem na boate vai ser descontado de seus salários, sim voces irão receber. Terceira regra: Quero os quartos sempre limpos. Quarta regra: nas boates existem mais de 100 seguranças, então não tentem dar uma de espertinhas e a Quinta e última regra, também a mais importante: Voces irão fazer exatamente tudo que os clientes quiserem que façam, se os clientes reclamarem ou alguma de voces descumprirem alguma das regras que citei vão para o “quartinho mágico”-algumas meninas me olharam incrédulas e outras engoliam a seco, por saber do que o “quartinho mágico” se tratava, dei um sorrisinho de canto- Só para deixar claro, voces não estão sendo levadas para qualquer cabarezinho que voces frequentavam antes, isso aqui é bem mais, então eu quero que seja tudo perfeito estamos intendidas?-todas assentiram- agora vão, quero que todas arrumem suas trouxinhas e vão lá para fora, o Thomaz vai separar voces. Adorei conversar com voces garotas- dei um sorriso falso e sair dali.
Fui para meu escritório e a Sam logo atrás de mim, a garota estava sentada no sofá e dois seguranças em pé. Mandei eles se retirarem e me sentei na minha cadeira, a Sam sentou toda despojada na cadeira afrente a mesa de vidro, de costas para mim e de frente para a garota, que nos olhou sem expressão alguma no rosto. Arqueei uma sobrancelha e respirei fundo, logo a garota quebrou o silêncio.
-Para que voces me mandaram pra cá?-soltei uma risada anasalada
-Você tem família?-perguntou Sam e ela negou abaixando a cabeça
-Sinto que você vai ser bastante útil para mim-sorri marota e ela me olhou calculosamente
-Útil em que?-falou desconfiada
-Você vai trabalhar para mim, mas antes eu preciso confiar totalmente em você-falei séria.
-Então me diz o que é pra fazer-falou confiante, olhei para Sam e ela concordou com a cabeça.
-Você já matou alguém?-perguntei naturalmente, ela rapidamente desviou o olhar e se mexeu no sofá desconfortável com a pergunta.
Hm, isso está começando a ficar interessante.
[...]
Depois de conversar com a Nicole-esse era seu nome-e de ela ter dito que havia matado seu padrasto após descobri que ele tinha assassinado sua mãe, contei meu plano para ela e a mesma aceitou trabalhar para mim, eu tomei a decisão de levar ela para morar comigo, queria ela bem perto de mim, porém achei melhor ela ir semana que vem, para eu poder avisar a Rose e aos meus seguranças. Por enquanto ela ficaria no quarto do galpão.
Fechei alguns contratose pedi para Sam ir às boates fazer os pagamentos das vadias, já que hoje eu não estava muito disposta. Fui para casa, almocei com a Rose, depois capotei na cama e tudo que fiz foi contar arminhas.
Abri os olhos vagarosamente e procurei pelo meu celular com a mão no criado mudo ao lado da minha cama, o peguei e abrir meu e-mail para ver se tinha chegado alguma mensagem importante. Vi que havia um convite para uma festa, nesse convite havia escrito que Brian- um dos maiores traficantes de armas- queria apresentar seu sobrinho, que havia chegado da Europa há alguns dias, para os outros traficantes. Seria a noite as 8:00pm e o tema de gala. Bloqueei o celular e levantei, andei até o banheiro tomei banho, escovei os dentes e coloquei um roupão. Fui ao closet, escolhi uma roupa e tênis para caminhar, já que fazia sol e era sábado.
Peguei meu fone de ouvido e meu celular, quando estava descendo a escada para sair escuto a voz da Sam mandando em alguém, para variar.
-Oi garota, o que te traz aqui a essa hora da manhã?-perguntei entrando na sala
-Oi bitch, primeiramente, você já viu a hora? É tarde e não manhã-mandou uma piscada e eu sorri encostando-me no corrimão da escada- e segundo,vou passar uns dias ou até meses, não sei -falou em dúvida - a reforma lá em casa parece que não acaba nunca e não me deixa dormir, então resolvi que vou ficar aqui por um tempo e como estou morrendo de sono vou dormir, beijoo-me deu um beijo na bochecha e subiu para algum quarto de hospede
-Claro Sam, você pode ficar, não há incomodo algum- falei irônica, só para mim, já que ela não havia escutado
Mandei um dos meus seguranças levar as malas da Sam para o quarto que ela estava, fui até a cozinha peguei meu copo com Shake já pronto, avisei a Rose que a Sam ficaria aqui por alguns meses e que Nicole iria morar conosco, pedi para que ela ligasse para o Peter Dungas para mandar seus melhores vestidos de gala, para mim e para Sam, logo depois saí para caminhar em volta do condomínio.
Cheguei por volta das 5:00pm, cansada e soada. Subi para meu quarto, tomei um bom banho, com direito a esfoliação de pele e hidratação no cabelo. Sair do banho me enxuguei, coloquei uma langerie branca e pus meu lindo roupão por cima, sequei o cabelo e vi que os vestidos estavam em cima da minha cama, fui no quarto que a Sam estava e chamei ela para vim escolher o vestido e fazer maquiagem, cabelo.
-Estou em grande dúvida entre esses dois, o que você acha?-perguntou ela com uma careta que me fez rir
-Acho que o vestido branco com detalhes azul e esse decotão, vai ficar melhor nas suas curvas e combina com seus lindos olhos azul de vadia- falei debochada, ela fez cara de anjo e ficou piscando os olhos, igual uma retardada e eu rir.
Olhei todos aqueles lindos vestidos e não achei nenhum que combinasse comigo, quando eu levantei um dos vestidos, achei um conjunto, cropped e saia longa, ambos bege, de tirinhas com brilho, que realçaria meus seios e bunda. Fiz a maquiagem, marcando meus olhos em preto e bege, batom nude, blush cor de pele, coloquei um brinco de diamante não muito grande e bracelete de ouro, escovei o cabelo e o deixei ondulado nas pontas, com a franja alinhada. Já na maquiagem da Sam ela marcou mais os lábios com a cor vermelha e nos olhos só um brilho permanente com delineador, ela preferiu colocar só um brinco de ouro com detalhes em esmeralda, secou o cabelo e fez uma trança raiz. Fui com um salto alto preto de veludo e detalhes dourados e a Sam foi com um salto Branco. Quando terminamos de nos arrumar eram exatas 7:45pm, como Sam iria volta comigo depois da festa, decidimos ir com meu carro, um Aston Martin One-77. Entramos no carro e saí cantando pneus, logo sendo seguida por mais cinco carros da minha segurança fazendo escolta.
-Lilly, você acha que esse tal sobrinho do Brian é gato?-perguntou Sam retocando o batom no espelho
-Olha se é gato eu não sei, mas que a família do Brian tem uma genética boa, isso é fato-dei uma risada e acelerei mais quando entrei na rodovia.
-Verdade, aquele John, o filho dele, meu Deus- falou se abanando e caímos na gargalhada- Aposta quanto que se o sobrinho do Brian for gato, vou transar com ele hoje mesmo?-me olhou com um olhar de sugestão
Eu e Sam temos mania de apostar qualquer coisa, desde pegar caras até quem come mais rápido um hambúrguer.
-Aposto 100 mil, que você não vai conseguir levar o garoto pra cama hoje- disse desafiadora
-Apostado-disse ela apertando minha mão
Fomos conversando besteira até a mansão do Brian que estava toda iluminada e cheia de carros de marca, na frente, todos organizados por nomes em suas devidas vagas, coloquei meu baby na minha vaga e saímos do carro, em direção à entrada. Quando pisamos na entrada o cara que estava anunciando a chegada das pessoas com o microfone, nos cumprimentou com um beijo na mão e eu só lhe mandei um sorriso falso. Entramos na entrada principal para o jardim enquanto o cara anunciava que a senhorita LF e a senhorita Samantha Grace haviam chegado, andamos em cima de um tapete vermelho (estilo do tapete vermelho do Oscar), todos os magnatas, traficantes e putas, que estavam ali só como acompanhante, olharam em nossa direção. Alguns caras com desejo, outros com inveja do meu poder, as putas e esposas dos magnatas cheia de bijuterias baratas, nos olhava com nojo, mas por dentro sabemos que é só inveja. Segui reto, séria, com Sam ao meu lado e quatro seguranças atrás de nós.
Entrei na mansão e devo dizer que a sala era bem sofisticada, os sofás em tom de branco, as paredes em tom de cinza com branco, vários quadros com belas obras de arte, o piso era todo liso na cor marrom e no teto um grande lustre com vários diamantes com detalhes a ouro e prata. Cumprimentei vários baba ovos e alguns conhecidos, a Sam olhava tudo com tédio e vez ou outra flertava com alguns traficantes gatinhos. Um garçom passou com uísque e eu peguei um copo, quando virei para perguntar a Sam se ela queria um pouco a achei abraçando Beth, esposa de Brian, e o próprio ao seu lado, andei até eles e os cumprimentei.
-Fico feliz que tenham vindo conhecer meu sobrinho-disse Brian
-Nós é que agradecemos o convite-agradeci- mas me tire uma dúvida, se você está o apresentando para nós, traficantes em geral, ele será mais uma ameaça, devo me preocupar com seu sobrinho Brian?-perguntei séria com uma das sobrancelhas arqueadas, ele deu um sorriso anasalado e abaixou a cabeça.
-Você é esperta e sincera garota - deu uma risada e eu continuei séria, enquanto Sam e Beth conversavam um pouco afastadas-ele pode se tornar uma ameaça para quem tentar derruba-lo, mas conhecendo bem você, eu diria que não se preocuparia tanto com ele, que está só no início por aqui-então quer dizer que ele tem poder em outros estados?- enquanto a senhorita está no total poder e se quiser pode até ajuda-lo nos negócios-deu um sorriso sem mostrar os dentes
-Paam-imitei a campainha quando alguém erra a resposta- errado, você não me conhece, não sabe quem eu sou, nem da onde vim muito menos o que aprendi e sabe o que eu aprendi? Que nesse ramo todos somos inimigos e que você está falando isso tudo para mim,porque quer que eu não seja inimiga do seu sobrinho e me alie a ele, para que ele possa junto com você, me passar à perna, mas eu não sou idiota-falei a ultima frase em seu ouvido e o vi se arrepiar, dei um sorriso e lhe mandei uma piscada, ele não sabia se ria para aliviara a tensão ou me dava um tiro por descobrir seu planinho besta. Dei-lhe as costas e fui andar pelo jardim, logo Sam se juntou a mim e foi perguntando o que eu e Brian tínhamos conversado e eu, claro, contei tudo.
-Agora está explicado o porquê da mudança de humor dele-rimos e fomos até o quiosque pegar alguma bebida
-Estou começando a achar que vou ganhar a aposta em Sam-falei zoando ela e sentando no banquinho
-Claro que não, por que está falando isso?-perguntou ela pegando sua caipirinha
-Porque o garoto está demorando tanto a aparecer, que eu estou começando a achar que ele está com muita vergonha de mostrar sua cara feia-falei rindo e ela me acompanhou.
-Sabe o que isso aqui está parecendo?-fez uma pergunta retorica-aqueles comerciais de Tv que a família está toda fudida, mas ta todo mundo sorrindo-começamos a rir-serio porra, todo mundo fingindo uma possível felicidade em conhecer o garoto que todos sabem que é mais um novo inimigo, e olha essa música, ela é do tempo que minha avó era virgem- não aguentei e comecei a rir alto
-Palhaça-fui sessando a risada-pra completar essa noite ridícula sabe o que faltava?-olhei para Sam, ela fechou a cara e fez um sinal pra eu olhar para trás, quando me virei, quase meu queixo vai ao chão, eu disse quase.
Lá estava ele, chegando com seus amigos fiéis, com um terno preto com detalhes de ouro, seus lindos olhos castanhos escondidos atrás de um óculos escuro (o que faz eu me perguntar o porquê, já que está a noite)e seu impecável topete. As mulheres todas babavam e já iam se jogando pra cima dele, putas. Virei-me de volta para Sam e ela revirou os olhos.
-Acho que a noite acabou de ficar ainda mais ridícula-disse Sam depois de tomar um gole de sua bebida e eu revirei os olhos concordando com a cabeça, bebendo meu coquetel de morango com vodca.
Depois de um tempo só observando as pessoas daquela festa, eu me permiti olhar para Justin, ele conversava com alguns magnatas puxa saco e de vez em quando revirava os olhos, mostrando tedio, cada vadia que passava ele dava uma boa olhada em suas bundas.
Homens
Ele passou os olhos em volta do local, deu algumas flertadas, bebericou a sua bebida e parou seus olhos em mim, o mandei um sorriso vencedor, me virei e pedir outra bebida ao barman, que alias era muito gostoso, Sam avisou que iria ao banheiro, dois seguranças foram com ela e pedi aos outros dois para irem dar uma analisada pelo local, tinha mais uns 15 seguranças pelo local disfarçados. Pouco minutos depois senti a presença de alguém atrás de mim, já que eu estava de costas para todos.
-Olha só, se não é a senhorita tenho um informante no meio da equipe do Bieber-falou aquela voz tão conhecida e odiada por mim.
Virei-me e o encarei ainda sentada, sua expressão era de sarcasmo, mas eu sabia que ele estava com muita raiva, por não ter conseguido roubar minha carga.
-Justin Bieber, achava que você era mais esperto, mas acho que me enganei-falei irônica.
-Pois fique sabendo que eu já descobri quem era seu informantezinho de merda, como era o nome dele mesmo? Ah sim, lembrei Maicon não é? Ele deve está agora conversando com o capeta-falou ele serio
-Poxa, que pena, Maicon era um cara tão bom de cama-fiz bico e cara de coitada.
-Escuta aqui vadia-puxou meu braço com força, fazendo eu me levantar e ficar cara a cara com ele-acho bom você não ficar brincando comigo, porque a minha paciência com você já acabou.
-Escuta aqui você Bieber-puxei meu braço com raiva-EU é que não tenho mais paciência para suas gracinhas, então se você tentar roubar mais alguma carga minha, o negocio vai ficar feio para o teu lado-apontei o dedo na sua cara, ele bateu na minha mão e soltou uma risadinha.
-Você pensa que eu tenho medo de você garota? Nem a metade da minha altura você tem-ele riu e ajeitou o terno
-Justin, Justin-soltei uma risada irônica- você me encara de cabeça baixa e eu te encaro de cabeça erguida, você acha mesmo que EU vou ter medo de você?-ele desmanchou o sorriso e dei um sorriso vitorioso, quando ele ia abrir a boca pra falar alguma coisa quando a Sam e os seguranças chegaram.
-Bieber sem os seus discípulos? É isso mesmo produção? Olha, por essa eu não esperava em-disse Sam, a rainha dos sarcasmos.
-Samantha Grace, a pau mandado da “Sra. LF”-falou debochado.
-Não Bieber, diferente dos seus amiguinhos idiotas, a Sam também da ideias e comanda algumas coisas no meu império.
-É Bieber, aprende a comandar um império sem ter que roubar as cargas dos outros, depois você vem falar comigo, queridinho-disse irônica
-Vão se foder-disse Bieber estressado saindo, eu e Sam rimos e eu bati em sua mão.
-Você perdeu a cara dele, quando ele disse:Pois fique sabendo que eu já descobri quem era seu informantezinho de merda, como era o nome dele mesmo? A sim lembrei Maicon não é?-imitei com uma voz grossa e a Sam começou rir
-E você? Falou o que?-falou ela sentando no banco e pedindo dois Martini para nós duas
-Eu disse que pena, porque o Maicon era tão bom de cama-ela começou a rir e eu a acompanhei.
-Você nunca transou com ele né?-perguntou rindo ainda mais
-Não, eu mereço muito mais do que um informantisinho de merda - falei obvia
Ficamos um tempo só conversando besteira até que Brian começou a falar, nos chamando a atenção. Levantamos e fomos para mais perto, ele começou a falar do seu sobrinho, da família, do seu irmão que tinha morrido, comecei a ficar entediada e já pretendia ir embora, quando ele apontou para a entrada da casa e ele estava lá. Não podia ser ele, devia ser só alguma coincidência, mas não podia ser.
-Caralho, que gato-falou Sam de boca aberta
-Não pode ser-deixei escapar meio baixo, mas alto o bastante para Sam escutar
-Não pode ser o que?-perguntou incrédula
-É ele Sam-falei sem tirar os olhos daquele filho da puta
-Ele quem? Ai meu Deus, você está bêbada?-perguntou ainda sem entender, então eu olhei para ela levemente com os olhos arregalados e ela me olhou com uma as sobrancelhas arqueadas
-Henry Jordan
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