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História Dark Hut - Admita para si mesma


Escrita por: Aninha86

Notas do Autor


Oi meus amoreees! Como vocês estão? Depois de quase uma semaninha sem postar nada trago um capítulo só pra deixar as amantes de Shawn Mendes felizes e despertar aquela pulguinha atrás da orelha hahaha . Sem mais delongas, mais um capitulo pra vocês e aguardem, cenas de tortura prevista para os próximos capítulos hahaha (: beijos e até o próximo! ❤

Capítulo 12 - Admita para si mesma


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - Admita para si mesma

Ponto de Vista Elisa:

Em um instante senti como se nada mais fosse importante. A escola, o banho, o descanso, as garotas - foda-se tudo, eu só preciso saber o que aconteceu com Shawn.

- Pai? - entro no quarto e chamo meu pai com voz firme, tentando mostrar a mim mesma que sou forte.

- Hm?

- Aconteceu algo com Shawn, eu preciso ir até o hospital.

Ao dizer isso foi como se toda a força que eu acreditasse ter, tivesse se extraviada e eu voltasse a ser a mesma garota que odeia Shawn, mas sente um pavor imenso em saber que pode perde-lo a qualquer momento.

- Oh, meu deus. - meu pai disse se levantando da cama e encarando meu semblante desesperado. - Eu te levo.

Ele disse em meio à um abraço que trouxe todo o conforto do mundo direto para os meus braços.

- Vamos meu amor. - ele segurou em meus braços, e seguimos em direção ao hospital.

[...]

- Shawn... - eu sussurrei quando vi a porta do elevador se abrir diante de meus olhos e olhei fixamente para a última porta do corredor, onde Shawn estava internado.

Corri até a porta, mas fui impedida por um dos seguranças que atravessou em minha frente e colocou as mãos sobre meus ombros, me interrompendo de continuar.

- Que diabos pensa que está fazendo garota? Você não pode entrar aqui.

O segurança que me olhava por baixo esbravejou contra mim.

- Essa sala está interditada. - ele desviou o olhar para o enorme corredor, me ignorando, como se me intimidasse a sair dali.

 Revirei os olhos e dei as costas para ele, vendo Mayla correr em minha direção.

- Liz... - ela me abraçou e um silêncio perturbador se instalou ao nosso redor.

- Como ele está?

E por alguns segundos tive medo da resposta.

- Eu ainda não sei. - Mayla me olhou com os olhos marejados. - Algo aconteceu e os aparelhos de Shawn foram desligados, parece que uma enfermeira viu quando um homem saiu correndo do quarto de Shawn, e ao verificar ela notou que os aparelhos que mantinham ele respirando tinham sido quebrados. Shawn foi levado às pressas para a sala de emergência,  onde ele está recebendo choque.

As palavras de Mayla repercutiam dentro da minha cabeça e era como se minha mente não conseguisse acreditar em tudo que Mayla havia falado.

Vi quando o doutor apressou os passos e veio até nós.

- Vocês são acompanhantes do paciente Mendes?

Ele nos olhou.

Apenas eu e Mayla estávamos na sala de acompanhantes, já que os pais de Shawn estavam sendo medicados pelo enorme estresse que passaram.

- Sim, somos nós.

E em um ato inesperado o doutor nos lançou um lindo sorriso.

Como assim? Tenho um amigo á beira da morte e o doutor está rindo para nós?

Uma expressão de desentendimento de formou em nossos rostos.

- Acho que alguém realmente gosta dele.

Ele riu e apontou para cima.

- O que isso quer dizer?

- Shawn está bem, acredito que se a enfermeira não tivesse chegado exatamente naquele momento o garoto não havia resistido. Não podemos descartar que essa foi uma situação de risco pro garoto e estamos fazendo vários exames para constatar que a interrupção da ventilação mecânica realmente não causou nenhum problema para os pulmões e para os rins de Shawn. Ele está em uma situação delicada e isso não pode ser descartado.

Mayla me olhou como se não acreditasse no que havia acabado de ouvir, e mais uma vez Shawn não havia sido levado de nós.

- Ele é forte!

Eu a abracei e nós duas entramos na sala para ver como ele estava.

Ponto de Vista Justin:

Era manhã de terça feira e o sol brilhava radiante do lado de fora da velha janela empoeirada da cabana.

Ontem Elisa e os garotos do time não compareceram às aulas e à essas horas devem estar choramingando pelo cadáver do jogador.

Levantei da cama e segui em direção ao banheiro, indo tomar um rápido banho. Provavelmente hoje os comentários do funeral irão rondar a escola e não posso perder os semblantes tristonhos das menininhas apaixonadas por Shawn.

Ri com meus pensamentos e sai do banheiro, colocando a roupa do uniforme e seguindo o trajeto a pé até o enorme colégio.

O dia hoje passava-se com grande movimentação. Mais uma vez não vi Elisa e os garotos do time, então a única alternativa foi colocar os grandes fones de ouvido e tentar fazer com que essa droga de aula passe mais rápido.

Senti o olhar de algumas garotas sobre mim e apenas lancei um sorriso malicioso para elas, vendo elas se cutucarem e cochicharem entre si.

Garotas.

Revirei os olhos e aumentei a música, tentando imaginar onde minha ruiva estaria a essa hora.

[...]

Finalmente os sinos tocaram indicando o final das aulas, já era sexta-feira e as aulas de hoje pareciam que nunca teriam fim.

Não, Elisa não havia comparecido a nenhum dia dessa semana na aula.

Por algum motivo isso já estava me destruindo por dentro. Eu não sabia onde Elisa estava, como estava e nem o motivo de não comparecer as aulas durante uma semana. Alguns garotos do time vieram durante dois ou três dias, mas nunca cheguei perto deles o suficiente para ouvir do que realmente conversavam.

Saí apressado de dentro do colégio e segui sem rumo pela rua,   a ruiva havia tomado todos os meus pensamentos e eu precisava de algo que me fizesse esquecer dela por um momento. Uma droga. Uma diversão. Uma dose. Uma garota. Qualquer coisa que tirasse Elisa dos meus pensamentos.

[...]

Ponto de Vista Elisa:

- Mas pai, eu não tenho culpa! - aquela já era a décima vez que eu repetia aquela frase mas parece que um bloqueio auditivo não permitia que meu pai me escutasse.

- Segunda-feira as aulas voltam normalmente e eu não quero mais discussões. - ele disse a última frase e saiu do meu quarto, batendo a porta fortemente.

Mas que saco!

Desde o dia em que Shawn sofreu o acidente eu não tenho ido ao colégio e amanhã completa uma semana.

Shawn teve uma piora no domingo, um dia após ser internado e desde então eu, Mayla, Alexis e os garotos do time temos nos empenhado em o acompanhar todos os dias no hospital, alternando os horários.

Tem sido difícil conciliar os horários do hospital com os horários do colégio e por conta disso eu não fui durante a semana inteira. Resultado? Uma carta de recuperação.

Meu pai é rígido demais para compreender isso, então segunda-feira vou ser obrigada a voltar às aulas normais.

Shawn tem se recuperado lentamente, mas tem se recuperado.

Algumas medicações tem sido dadas em dosagens maiores e tudo indica que daqui a algumas semanas os rins de Shawn sejam capazes de trabalharem sozinhos, sem depender da máquina de respiração.

A rotina do hospital tem sido densa e acredito que voltar a frequentar o colégio vai ser um inferno, pela péssima sensação de abandonar Shawn.

Isso é um exagero, já que a galera vai continuar alternado os horários de acompanhamentos e talvez Shawn não sinta tanto quanto eu.

Deito na cama e tento dormir, amanhã é sábado e uma turma da escola vai se reunir para fazer uma festinha para Shawn.

Os médicos disseram que Shawn tem se esforçado muito e como prêmio, segunda-feira começa uma nova etapa, a fisioterapia.

[...]

- Ei dondoca, vai acordar não?

Senti um corpo pesado pular em cima de mim e sem abrir os olhos me odiei por ter deixado a porta do meu quarto destrancada.

- Não tem jeito pior de acordar alguém não, Vincent?

Eu o fuzilei com os olhos, e ele logo caiu em uma gargalhada vendo minha feição.

 - Para de mal humor, garota chata.

Ele mal conseguia falar em meio aos risos.

- Levanta, todos já estamos prontos para ir ver Shawn. - ele disse saindo de cima de mim e estendendo a mão para me ajudar a levantar.

- Me espera lá embaixo,  estou pronta em quinze minutos.

Eu fiz sinal para ele descer e caminhei lentamente para o banheiro, como se meu corpo clamasse por mais cinco minutos na cama.

Me aprontei rapidamente e desci as escadas e vendo Vincent sentado no sofá. Ele abriu um sorriso largo ao me ver e eu correspondi.

- Tudo isso é pro Shawn? Fiu fiu hein.

- Cala boca, Vincent.

Ele sorriu e nós seguimos em direção ao hospital.

Uma grande tumulto havia se formado na sala de Shawn.

Pessoas falavam ao mesmo tempo, outras riam e cantavam ao lado de Shawn. Seus pais conversavam sobre a recuperação e outras se serviam das inúmeras guloseimas que aquele lugar proporcionava. Shawn tinha um sorriso nos lábios e parecia se alegrar com aquele momento.

Ele tem sido forte, e continuar tendo ele aqui tem sido algo maravilhoso.

Algumas horas depois da grande festa terminar e os convidados irem embora, vi quando o único garoto que estava conversando com Shawn se ausentou e eu o olhei, como se pedisse permissão para me aproximar, sendo respondida com aquele típico lindo sorriso ele tinha.

- Senti sua falta hoje. - Shawn sorriu pra mim.

- Não sentiu não, eu tava bem aqui o dia todo. - eu sorri pra ele e me sentei ao seu lado.

- Eu sei, mas não estava perto o suficiente.

- Tinha muita gente aqui pra te ver. Você foi muito disputado hoje.

- Agora não tem mais. Acho que posso ser todinho seu agora. - Shawn sorriu.

- Ah, é? Todinho? - eu cheguei perto dele e lhe dei um beijo.

Shawn abriu lentamente a boca e nossas línguas se encontraram. Era um beijo calmo e leve. Finalizei o beijo com dois selinhos.

- Segunda-feira preciso voltar pra escola.

Eu abaixei a cabeça e logo voltei a olhar nos lindos olhos cor de mel de Shawn.

- Mas sempre que possível, eu prometo vir.

Shawn apertou minhas mãos e sorriu.

- Tudo bem. Vou estar sempre te esperando.

Shawn tem se adaptado muito bem às novas mudanças, aos novos medicamentos,  aos novos tratamentos e acredito que ele vai ficar bem durante a semana.

[...]

Já eram sete horas da manhã quando o relógio despertou e eu nem poderia acreditar que hoje já era segunda-feira. Entre algumas visitas e outras ao hospital meu final de semana passou-se rapidamente.

Minha semana começaria agitada e eu já conseguia presumir isso.

Como sempre, meu pai me gritava do andar de baixo e eu desisti dos travesseiros que coloquei em meus ouvidos para não poder mais ouvi-lo.

- Tô descendo. - gritei o mais alto que pude e me dirigi ao banheiro, tomando uma ducha gelada para me despertar para o dia de hoje.

[...]

- Primeira e segunda aula biologia, terceira aula robótica... - eu disse para mim mesma, lendo todo o cronograma de atividades do dia de hoje.

Seria um dia cansativo, e como prêmio duas aulas extras de reforço depois do colegio.

- Mas que ótimo.

Disse pegando meu material dentro do armário e o fechando, mas logo pude sentir um fôlego quente atrás de mim e me virei rapidamente, sendo surpreendida pelo lindo louro que agora encarava meus olhos.

- Ai Justin, que susto. - eu desviei o olhar de Justin e o direcionei para os livros que agora enchiam minhas mãos.

- Te assustei? - ele sorriu, com um sorriso angelical. - Fiquei sabendo que vai ser minha companheira de DP?

Ele sorriu e se virou, caminhando em direção ao enorme corredor.

- Boa sorte! - ele se virou novamente e pronunciou um pouco mais alto, me lançando aquele lindo sorriso.

É, talvez a recuperação não seja tão ruim assim no final.

Eu me virei e segui em direção ao segundo andar.

As aulas já haviam se passado e confesso que não compreendi nada do que foi mencionado, sem Mayla por perto e com Alexis se esfregando em Milan o tempo todo a única coisa proveitosa foi o sono que tirei durante toda a aula.

O sinal já havia tocado e a maioria dos alunos já tinham ido embora, a não ser pela pequena parte dos alunos que estavam de DP junto comigo.

As salas foram abertas e cada um se dirigiu a sua, como estava indicado no cronograma semanal.

Não sei o porquê, mas Justin havia caído na minha sala e nesse exato momento estava na cadeira atrás de  mim.

- Recuperação de biologia também? 

Ele sorriu.

- Eu não aguento mais isso aqui.

Sinto como se a todo momento Justin me observasse e isso me incomoda. Eu só quero sair daqui para ir ver o Shawn.

Em meio aos meus devaneios senti um ar quente em meu pescoço, que me fez arrepiar por completa. Justin passou suas pernas entre as minhas e senti uma sensação estranha entrar em contato com meu corpo.

Justin pare com isso agora!

Passei um papel com a escrita por cima de meus ombros e deixei que caísse na mesa de Justin. Sendo surpreendida pela resposta segundos depois.

Por que? Está gostando de sentir meu fôlego quente em seu pescoço?

Justin jogou o pequeno papel amassado em minha mesa, me fazendo enraivecer por dentro. Me levantei rapidamente da carteira pedindo licença ao professor e sai da sala, indo em direção ao banheiro e me perguntando o porque desse garoto ainda permanecer colado em mim.

Lavei meu rosto e saí do banheiro, vendo o loiro encostado em frente a porta e quando passei Justin segurou minhas mãos, fixando seu olhar no meu.

- Por que você está sempre fugindo de mim? - ele perguntou olhando em meus olhos.

- Não estou sempre fugindo de você Justin.

Eu me soltei de uma aproximação que Justin formou entre nós.

- Você só precisa entender que nem tudo e da forma como você quer. As coisas não funcionam assim. - eu disse me virando para retornar a sala.

- As coisas funcionaram com Shawn?

- Eu não sei do que você tá falando, Justin.

- Você sabe sim. Você diz que não, mas todo mundo vê a forma como você olha pra ele.

Justin arqueou as sobrancelhas.

- Você sente uma coisa diferente quando olha pra ele. Seus olhos brilham. Você sente conexão quando tá perto dele. Você se sente viva.

Eu neguei com a cabeça, mas era como se Justin me conhecesse muito mais do que a maioria das pessoas.

- Você diz pra todo mundo que odeia ele, mas quando acorda a primeira coisa que pensa é se ele está bem e conta as horas pra ver ele. Eu sei disso. Eu sinto isso quando eu te olho. Existe amor aí dentro e você é a única que não consegue ver. Você não deixa eu me aproximar por causa dele. Admita isso pra si mesma, Elisa. Para de tentar se enganar.

 Justin pronunciou essas palavras e no mesmo instante meu corpo paralisou, e eu me virei para ele.

- Eu não tenho nada com o Shawn. -Respondi como um instinto e sai de perto de Justin o mais rápido que pude.

Eu não sei o porque as palavras de Justin mexeram comigo e não sei se eu deveria estar pensando sobre isso.

Tenho dedicado todo meu tempo a Shawn na última semana e talvez seja apenas isso, o fato de eu ter dado um beijo em Shawn antes do acidente talvez seja um dos fatores que me façam querer ficar sempre ao lado dele, como em um ato de proteção.

De certa forma, Justin tem razão,  mesmo sabendo que não deveria, por vezes já me peguei pensando nele, e em como passar uma noite ao seu lado. Eu nunca pensei em gostar de Shawn e não acho que isso seja possível. Às vezes sinto que Justin  me conhece muito bem,  talvez mais do que muitas pessoas próximas à mim e também muitas vezes mais do que a mim mesma.

Voltei a sala de aula e esperei ansiosamente para que as próximas duas horas se passassem rápido.

As duas aulas se passaram lentamente. Desde o encontro na porta do banheiro eu e Justin não conversamos mais e nem sequer trocamos mais olhares.

Os sinos anunciaram o fim das aulas de reforço e eu segui apressadamente até o hospital para ver como Shawn havia passado. Peguei duas rosas em um pequeno jardim a caminho do hospital e as levei para Shawn, para fazer uma surpresa. Eu havia dito que só o visitaria na próxima semana devido ao colégio, então acredito que Shawn ficará surpreso com a visita.

Segurei a rosa em uma das mãos  e com a outra empurrei a porta do quarto de Shawn vagarosamente, a fim de o surpreender. Quando abri um pequeno vão na porta vi Mayla em um beijo quente e calmo com Shawn, senti a rosa deslizar de meus dedos e um aperto forte se alastrou em meu peito.




Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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