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História Dark Hut - Caminhos cruzados


Escrita por: Aninha86

Notas do Autor


Oi brigadeiros ! Primeiramente muito obrigado pelos 144 favoritos e todos os comentários maravilindos que vocês estão deixando para fazer meu coração saltitar de alegria.
Espero que curtam esse capítulo e fiquem querendo me esganar para postar o próximo.
Boa leitura Brigadeiros, até o próximo! ❤🍫

Capítulo 20 - Caminhos cruzados


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - Caminhos cruzados

 Ponto de Vista Elisa:

- Não é mesmo Elisa?

Cada pessoa presente na mesa me olhava, como se ansiassem para uma pequena resposta. Eu realmente não sabia do que falavam e não estava interessada em descobrir. Eu sabia que não era um boa idéia comparecer a esse jantar de negócios maluco do meu pai, mas por alguma razão fui permanentemente obrigada a estar aqui.

Bloqueei a tela do IPhone que se mantinha acesa em cima de uma de minhas pernas, denunciando que eu me mantinha entretida com algo que não fosse o jantar entediante.

- Hm? - Indaguei para o homem de cabelos grisalhos que mantinha seus olhos azuis vidrados nos meu.

Senti o olhar de reprovação do meu pai repousar sobre mim e lancei um sorriso para o homem que ainda esperava minha resposta.

- Ah, sim, claro! - Exclamei sem ao menos tem discernimento do que se tratava.

- E qual faculdade pretende cursar?

- Talvez Ohio ou Michigan. - Eu sorri, almejando para que a conversa terminasse logo e eu pudesse voltar a me afogar em meu celular.

- Uma ótima alternativa! Thomaz está ancioso para ir logo para a faculdade também, é um caminho duro, mas muito compensador... - O homem grisalho responsável por algumas ações da empresa continuou, enquanto senti uma vibração em minha perna e fingindo estar prestando atenção na conversa o desbloqueei e uma curiosidade me dominou quando vi que era um número desconhecido.

"Oi Rapunzel, quanto tempo, não? Mandei mensagem para dizer que estou com saudades, não tive tempo para despedidas e como vão as aulas de literatura sem mim?"

Eu sorri com a mensagem que supostamente foi enviada por Justin, apenas ele seria capaz de me dar um apelido e prolonga-lo por meses. As aulas de literatura? Sim, eram as melhores da semana, geralmente os professores juntavam as turmas e estudavamos os livros em duplas, por algum motivo, Bieber era sempre o primeiro a se sentar comigo.

- Literatura... - suspirei alto, mas me arrependi ao perceber que fui ouvida por mais pessoas.

- Ah então Elisa vai cursar literatura? - Uma mulher loira com a aparência de meia idade sorriu para mim.

- Talvez sim. - Eu sorri para ela, vendo que Justin mesmo longe, estava me embaralhando ao longo da conversa.

O tedioso jantar de negócios de meu pai finalmente terminou, eu estava cansada e agoniada para poder conversar mais tempo com Justin, que cerca de dez minutos depois do início da conversa parou de me responder.

O caminho até em casa foi silencioso e eu me perguntava onde ele estaria agora, talvez, só talvez, quem sabe eu poderia fazer uma faculdade em Michigan e reecontra-lo, já que o diretor afirmou que Justin voltou a morar na pequena cidade. Justin foi um ótimo amigo pra mim durante os meses que nos aproximamos, ainda hoje consigo me lembrar claramente do dia em que estávamos em uma floresta e aquele beijo aconteceu.

Ponto de Vista Justin:

- Eu não acredito que você ta mandando mensagem pra essa garota. - Ryan gargalhou saindo de trás do grande sofá de couro e pegando meu celular de meus dedos. - Como o Justin é viadinho,  já esta atrás da putinha ruiva dele. - Ele ironizou lançando uma gargalhada. 

- Ah qual é cara, não enche. Eu só não quero que a garota esqueça de mim durante o tempo que eu vou passar aqui no Arizona.

- Desencana Jus, eu te trago pra um hotel cinco estrelas, no meio do Arizona, cercado de vadias loucas atrás de um sexo gostoso e sua mente ainda está na ruiva? Diz aí, desde que saiu da Califórnia com quantas garotas transou? Uma? Duas?

- E o que isso importa Ryan? São prazeres completamente diferentes. E não, contando a recepcionista gostosa do último hotel foram umas oito. - Ryan se jogou ao meu lado do sofá e gargalhou, colocando um cigarro apagado entre os lábios e fazendo sinal para que eu o entregasse o esqueiro que estava no meu bolso.

- Daqui a uma hora... - Ryan disse com o cigarro entre os lábios e logo o acendeu, tragando uma enorme quantidade de fumaça e soltando pelo nariz e pela boca enquanto continuava a falar. - Daqui a uma hora Chris e Chaz vão chegar para um reunião e eu quero que você faça parte e conheça os caras. Amanhã vai ficar encarregado de uma pequena missão, já está na hora de você começar a aprender a agenciar algumas coisinhas.

[...]

- Quero que fique encarregado disso Bieber. - Chaz apontou o dedo indicador para uma espécie de mapa e eu prestei atenção em cada detalhe. - Ouvi falar que é bom com fugas, aliás, foi assim que você e Ryan saíram daquele orfanato não é mesmo? - Ele nos olhou e Ryan e eu sorrimos de canto. - Certo, Você vai entrar em San Diego entre sete e  oito horas da noite, nada mais que isso. Nesse horário ocorre a troca de turno dos agentes policiais e por isso as ruas são bem menos movimentadas e pouquíssimas viaturas são vistas a essa hora. A cidade não conta com câmeras de monitoramento e fica cerca de vinte e cinco minutos de onde sua velha cabana se encontra jogada às traças. Você vai pegar o pacote de armas aqui... - Ele bateu o dedo indicador na cidade de San Diego. - E vai trazê-la até aqui... - Percorreu os dedos sem tirá-los do pedaço de papel até o Arizona. - Depois que entrar no Arizona dois carros estarão te esperando e eu vou te passar toda a descrição dos compradores, a carga de armas vai ser descarregada lá e você pode vir direto pra cá. Vou mandar um cara com você, caso queira ajuda com a viagem...

 - Eu trabalho sozinho. - fitei os olhos nos de Ryan quando ele ia me apresentar um novo parceiro de viagem. - Preciso mesmo relaxar minha mente, não esquenta, eu vou sozinho.

Ponto de Vista Elisa:

- Que horas te pego aí? - Mayla perguntou mais uma vez e eu ri pelo nariz.

- Ma, eu já disse que eu não quero ir a essa festa. - Eu disse chorosa, esperando que Mayla se acostumasse com a idéia de que eu não sairia de casa essa noite.

- Liz, faz dias que está me prometendo ir a essa boate comigo. Não vai ser nada demais, precisamos sair um pouco, a última semana e os acontecimentos recentes estão me enlouquecendo. Vai Liz, só hoje! - Mayla pediu mais uma vez.

- Só hoje Mayla, e chega de boates, vou inventar qualquer asneira para o meu pai e te espero em frente de casa as oito horas. - Eu desliguei o celular e me joguei na cama, me odiando por estar fazendo aquilo.

Era plena noite de sábado e na minha idade, as únicas coisas que as garotas adoram fazer é sair, se embebedar e aproveitar cada segundo da juventude, ao contrário de mim, que queria enfiar a cabeça em um travesseiro e tentar esquecer todo o mundo paralelo que corria eufórico do lado de fora da janela do meu quarto.

Ponto de Vista Justin:

- Vai voltar pro Arizona amanhã? - Ryan perguntou colocando uma mala grande de dinheiro dentro do carro.

- Acho que não. - Eu entrei no veículo e me sentei, fechando a porta e dando partida no mesmo. - Vou pegar o pacote e já volto, caso aconteça algo ou eu mude de idéia eu aviso.

- Se cuida dude. - Ryan acenou para mim e eu assenti com a cabeça,  dando ré no carro e seguindo caminho até San Diego.

A estrada era longa e cansativa, o rádio velho do carro marcava quatro horas da tarde e ainda restavam três horas para o destino final. Liguei o som do rádio na única estação que funcionava e dirigi calmamente com um cigarro nos lábios e uma batucada leve no volante, acompanhando a melodia que exalava pelas caixinhas de som. Seria um caminho um pouco longo, tempo suficiente para poder pensar nos últimos acontecimentos da minha vida.

Cheguei em San Diego exatamente às sete e treze, a estrada aos poucos ia encobrindo os últimos raios de sol e a noite já se aproximava, San Diego era uma cidade extremamente grande e que, mesmo estando anoitecendo pude notar que era composta por inúmeras praias e grandes rios. Olhei mais uma vez o papel com o endereço e me certifiquei de que estava na rua certa.

Um homem alto com os cabelos grisalhos me esperava em frente à casa indicada a algumas horas atrás por Ryan.

 - Bieber? - Ele me encarou.

- Vim buscar a encomenda de Ryan. - Eu disse saindo de dentro do carro e pegando uma maleta com inúmeras notas de dólares e o entregando.

- Aqui está.  - Ele apontou para enormes três sacos repletos de armas. - Vou colocar no porta-malas.

Com ajuda de mais dois garotos, o homem colocou os pacotes dentro do porta-malas e eu segui caminho, até a saída da cidade. Olhei o visor do celular que marcava sete horas e vinte minutos, eu estava adiantado e a longa viagem tinha me causado uma tremenda dor de cabeça. A viagem de volta duraria cerca de  mais oito horas e caso eu não parasse para descansar, seria invadido por câimbras abdominais fortíssimas.

Mas onde? Onde eu poderia descansar para continuar seguindo viagem? Lembrei-me imediatamente de uma casa que Ryan tinha, bem perto da Califórnia, ficava cerca de cinco minutos da cabana e eu poderia descansar até me sentir disposto para continuar.

"Vou parar na casa de campo para descansar. Pela madrugada continuo viagem."

 Mandei a mensagem para Ryan e segui em rumo à grande casa de campo.

Eu nem acreditava que estava em uma casa, meus pés latejavam e a dor de cabeça me consumia a cada instante, tomei um banho quente sentindo o leve aroma do sabonete subir e levar com ele todas as minhas dores e meu cansaço, me enrolei em uma toalha de seda macia que encontei no guarda-roupa de Ryan e vesti uma de suas roupas que estavam no guarda-roupas.

Eu  estava com fome e a essa altura o cansaço já havia  sido levado de mim, eu estava entediado e até pensei em voltar para o Arizona e entregar a carga, mas algo me dizia que eu deveria ficar aqui. Sentei-me na cama encarando o teto e me lembrei de uma boate que ficava cerca de cinco minutos daqui, era muito próximo do vilarejo onde eu estava hospedado na cabana mas mesmo assim não vi problema algum, Ryan disse que em San Diego não haviam câmeras de monitoramento então porque na pacata cidadezinha haveria? Peguei o carro indo em direção à boate, e algo me dizia que a noite seria intensa.

Ponto de Vista Elisa:

- Anda, vamos logo, vai se arrumar para seu casamento? - Alexis e Mayla gritavam no andar de baixo, enquanto eu dava o último retoque na maquiagem. Me olhei no espelho e arrumei pela última vez o vestido vermelho rodado, o arrumei na altura dos seios e passei a mão mais uma vez nos fios alaranjados que estavam soltos na altura das costas. Estava pronta.

A boate ficava perto de casa e fui praticamente obrigada a vir.
Na entrada da enorma casa noturna eu jurava a meu subconciente que duas doses de algo alcoólico seriam o suficiente e nenhum tipo de drogas entraria  em contato com o meu corpo. Tarde de mais. Quando olhei em meus dedos vi Alexis depositar algo em meu copo.

A música estava alta e uma grande quantidade de fumaça era exalada ao redor de toda a pista de dança, uma enorme quantidade de pessoas dançavam segurando seus copos repletos de álcool e dançavam agitados ao som da música alta.

Eu estava destruída por dentro, de certa forma muitos acontecimentos tem mexido com minha mente e talvez uma noite com muito álcool seja a melhor decisão acertada. Ou não. Virei sem escrúpulos a mistura de vodka que estava em minhas mãos e senti uma queimação corroer minha garganta.

- Quanto tempo eu não faço isso! - Gritei em meio a música alta para Mayla, que sorria descaradamente.

- Você não viu nem o começo! - Ela gargalhou puxando um cara que estava próximo e o abraçando.

Essa noite quero me divertir e tirar dos meus pensamentos todos os sentimentos ruins que tem me consumido a tanto tempo.

- Você precisa tomar isso! - Alexis me deu um copo de uma bebida incolor e sem ao menos sentir seu odor eu virei nos lábios, sentindo dessa vez, uma queimação forte, mas logo em seguida um sabor maravilhoso.

- Isso é muito bom! - Eu gritei para Alexis que sorriu, e logo senti minha mão ser puxada por um negro alto que tinha os braços fortes e um sorriso ligeiramente lindo se instalava em seus lábios.

- Quer dançar? - Ele sorriu.

- Acho que sim - Eu me senti tonta ao dar dois passos para a frente e sorri para ele. - Acho que estou ficando tonta.

- Isso é normal. - Ele segurou em minha cintura e sorriu. - É o efeito da fumaça e da música alta. - Ele sorriu. - Você quer? - Ele tirou uma espécie de cigarro enrolado em uma seda branca. - Garanto que é melhor que cigarro. - Ele colocou o cigarro de maconha em meio aos lábios carnudos e o acendeu, puxando uma grande quantidade de fumaça para os pulmões e soltando em meu rosto.

- Vou buscar algo pra beber. - Eu sorri para ele e fui atrás de algo que aliviasse minha garganta, a secura já machucava meu céu da boca e eu me sentei em frente ao barman.

 - Uma tequila.

- Boa pedida. - O barman sorriu e me lançou uma piscada.

Dois garotos ao meu lado fumavam algum tipo de droga e sorriam alegremente, como se não estivessem lúcidos. Pude sentir minhas narinas inalar uma pequena parte da fumaça e após virar o copo de tequila que o barman colocou sobre o balcão eu me senti extremamente tonta.

Olhei em minha volta e pessoas completamente alucindas dançavam descontroladamente no som da música eletrônica e no canto esquerdo da casa noturna duas stripers se esfregavam com os poli dance, a fumaça se misturava com todos os tipos de drogas que estavam sendo consumidos naquele lugar. Minha mente por um momento se ausentou de mim e eu sentia que poderia cair a qualquer instante.

 - Mais uma. - Bati os punhos na mesa e ordenei que o louro viesse novamente até mim, me trazendo outra dose de bebida.

A sensação de estar completamente louca era incrível e eu não sabia o porque eu nunca tinha feito aquilo.

Ponto de Vista Justin:

Cheguei na boate e do lado de fora vi uma grande movimentação.  Entrei, vendo uma grande quantidade de pessoas que dançavam loucamente ao som da música, vi quando uma morena veio até mim com um vestido colado ao corpo e senti seu corpo encostar no meu, sorri de canto e continuei andando, tudo o que eu queria naquele momento era uma dose de alguma coisa e depois, quem sabe uma garota iria comigo para a velha cabana, que não ficava muito longe dali.

Me sentei no balcão esperando o barman terminar de atender uma garota que pelos gestos das mãos que eu podia ver não estava muito bem. Outros dois homens estavam ao meu lado e tampavam meu campo de visão sobre a garota.

Vi quando ela balançou as mechas ruivas do cabelo e meu coração entrou em colapso. Não poderia ser quem eu estava imaginando, não nesse estado.

Inclinei a cabeça para a frente e vi quando Elisa virou uma dose nos lábios,  fazendo uma expressão de desaprovamento e logo voltando a sorrir para o barman, que a  olhava com desejo.

Me levantei indo até ela e encostei em suas costas, suspirando em seu ouvido.

- Você aqui? Ah Liz ... Eu sabia que nós nos encontrariamos de novo. Eu te disse que você cruzou o meu caminho.


Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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