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História Dark Hut - A trilha


Escrita por: Aninha86

Notas do Autor


Oi Brigadeiros! Como vocês estão? Genteeee! Enfim chegamos aos 200 Favoritos! Obrigado a cada um de vocês por me darem essa chance e por acreditarem nessa história! Vocês são fodas!
* Não se esqueçam de olhar minha outra Fanfic (:
Espero que gostem e me contem o que acharam, ok? Beijinho Beijinho 💝😊

Capítulo 24 - A trilha


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - A trilha

Ponto de Vista Elisa:

As pernas dormentes denunciavam que eu estava naquela posição a horas.

O suor que caía no canto da testa indicava que estava calor e uma fresta de luz preconizava ser uma tarde quente, assim como as que papai e meus irmãos passávamos no lago próximo de casa.

Abri lentamente os olhos, sentindo o peso do mundo cair sobre minhas pálpebras e movimentei minha cabeça para os lados, vendo meus punhos amarrados à uma madeira rústica. Levantei o pescoço em um ângulo que era possível ver meus calcanhares presos aos pés de uma cama e minhas roupas haviam sido rasgadas em algumas partes.

Os dedos das mãos já estavam rígidos pelo tempo que estavam sem nenhum tipo de movimento e eu os movimentei, fazendo com que a mínima circulação de sangue passasse entre eles.

Analisei cada canto do quarto e por alguns minutos tentei decifrar como eu estava ali e o porquê me mantinham naquela mísera situação.

Não consigo me lembrar ao certo como cheguei aqui. Me lembro claramente de estar em meu armário, segurando fortemente uma faca e escutando uma voz sombria me chamar, depois disso tudo que me lembro é da escuridão e da inconsciência me tomar.

Um quarto em total ordem era admirável aos meus olhos, móveis rústicos enfeitavam o quarto e uma lareira estava arquitetada ao lado da porta de entrada. As cortinas se mantinham fechadas mas era notável que uma floresta ou algo relacionado a árvores formava uma linda paisagem do lado de fora.

Ouvi um barulho de água e senti minha boca salivar por aquilo, eu estava à horas sem ingerir nada e a sede já estava me consumindo.

Ouvi as trancas da porta serem abertas e fechei os olhos, como se a inconsciência ainda estivesse sobre mim. Ouvi passos ao meu lado e engoli a saliva espontaneamente, senti uma respiração quente próxima à minha testa e instintivamente abri os olhos.

Aqueles olhos sombrios e escuros repousavam sobre os meus e me olhavam fixamente, um sorriso maldoso se formou em seus lábios e ele se levantou novamente, já que havia se curvado para ter certeza de que eu permanecia desmaiada.

- Então você finalmente acordou? - Eu olhei em seus olhos. - Eu já estava ficando com saudades, eu vim aqui te acordar. - Ele sorriu malicioso. - Tenho certeza de que adoraria o jeito como  isso seria feito.

- O que está acontecendo? Quem é  você? - O homem negro não me respondeu, apenas caminhou até um frigobar que estava instalado no quarto e pegou uma cerveja nas mãos.

- Que tipo de brincadeira é essa?

- Isso não é uma brincadeira, meu amor. - Ele abriu a tampa com o polegar e tomou um gole da bebida com os olhos em mim.

- Eu preciso ir pra casa, faz quantos dias que estou aqui? Minha família deve estar preocupada  comigo e... - Ele interrompeu minha fala e soltou uma gargalhada extensa.

- Seu pai? Docinho, seu pai tem outras preocupações agora, devo dizer que muitas outras. Quem sabe até mesmo seus dois irmãos tenham alguma correlação com isso. - Um sorriso diabólico se formou em seus lábios.

- O que você quer dizer com isso? - A angústia e o desespero novamente me encurralaram e as lágrimas denunciaram o meu medo.

Ele só podia estar blefando, ele tinha que estar blefando!

- Porque você está chorando? Se você soubesse o quanto eu amo ver mulheres chorando talvez não continuasse com isso. - Ele sorriu malicioso e despejou um pouco da cerveja que ocupava suas mãos  sobre meu rosto, fazendo com que  meu nariz e minha boca fossem tampados pelo líquido e eu me engasgasse. - Cansei de ver sua cara. - Ele me lançou um olhar desprezível e se virou, caminhando calmamente até a porta e em seguida trancando-a.

Minha língua se movimentava para fora de minha boca e eu tentava capturar cada gota de cerveja que estava escorrida sobre minhas bochechas. Minha garganta implorava por algo líquido e eu sabia que naquele momento aquilo era escasso. Senti uma fraqueza se alastrar aos poucos por dentro de meu corpo. Eunsenti o efeito da fome me causando dores extremas na região da barriga, senti mais uma vez o peso sobre as pálpebras e a inconsciência me levou, fazendo com que eu deixasse de sentir por algumas horas a dor de estar naquele lugar.

Abri lentamente os olhos e pela lua cheia que era visível do lado de fora constatei que havia dormido por algumas horas, eu ainda podia sentir o gosto amargo da cerveja em minha boca e a mesma continuava seca, implorando por água.

O quarto estava escuro e não havia sequer uma fresta de luz, o frio arrepiava os pêlos do meu corpo e a sensação de medo agora havia sido substituída pela vontade excessiva de sobreviver.

Forcei um dos punhos para cima e percebi que as cordas não haviam se afrouxado, meus pés permaneciam amarrados e desesperadamente eu comecei a puxa-los para cima.

Revirei meus pulsos na tentativa falha de soltar as cordas e senti o lugar ficar vermelho pela força da raspagem com a corda. Me debati freneticamente contra o colchão  de casal e esse me ajudou a afrouxar uma das cordas que estavam agarradas as minhas pernas. Continuei com o movimento e alguns minutos depois, uma de minhas pernas estava livre. Continuei revirando os pulsos e os mesmos continuavam vermelhos e queimavam intensamente.

Eu tentei por algum momento ignorar a dor e fechei os olhos para não ver os mesmos, senti um líquido quente escorrer até o anti braço e ao abrir vi o sangue rubro que saia de um dos pulsos, pela força com que eu tentava me soltar. Fechei mais uma vez os olhos e continuei a me revirar, meus gemidos de dor eram abafados pela mordida forte no lábio inferior e em alguns minutos senti a corda sendo afrouxada.

Ajeitei os punhos de forma que passassem pela pequena abertura no laço da corda e soltei um dos punhos, sentindo o mesmo adormecer pelo tempo que havia ficado imóvel. Com a ajuda da mão que estava solta, afrouxei o laço da outra corda e consegui que meus dois braços fossem soltos, sentindo a tensão e o formigamento tomar conta de ambos.

Ainda com a ajuda das mãos desatei o nó das cordas dos pés e pude ver que finalmente estava livre. Coloquei as pernas para fora da cama e senti minhas pernas fraquejarem e levarem todo meu corpo ao chão.

Eu estava fraca, desidratada e desnutrida.

Me arrastei até o frigobar que estava no quarto e o abri com ferocidade, colocando em minha boca todos os líquidos que haviam presentes ali. Suco, água, chá e até  mesmo uma das latas de cerveja.

Abri uma das portas do guarda roupas que estava ao meu lado e vi diversas embalagens de biscoitos, salgadinhos e chocolates.

Ah! Como eu agradeci aos céus por aquilo! 

 Abri todos de uma única vez e como uma criança coloquei tudo o que cabia em minha boca.

Eu estava faminta, meu estômago doia e eu só queria algo que me desse forças para correr o mais rápido para longe daquele lugar. Continuei revirando as portas e gavetas do guarda roupa enquanto colocava tudo o que conseguia na boca, avistei uma mochila e algumas roupas masculinas. Era tudo o que eu precisava.

Coloquei todos os pacotes de doces e biscoitos dentro da mochila, assim como as latas de suco e as garrafas de água. As roupas masculinas também foram inseridas e eu confesso que eu não me importei em vesti-las. Eu só queria sair dali sem estar praticamente nua.

Coloquei um shorte jeans na altura dos joelhos e uma camisa larga por cima, coloquei mais algumas roupas dentro da mochila e fechei o compartimento, olhei mais uma  vez ao redor para me certificar de que nada havia sido deixado para trás. Coloquei a mochila nos ombros e segui até a varanda. Estava no segundo andar de uma casa enorme e não era algo tão alto, mas não havia sequer uma escada de emergência ou algo localizado ali. Eu olhei em volta, observando com cautela o perímetro. Uma casa enorme perdida no meio de uma floresta, uma grande e densa floresta.

Me pus na ponta dos pés para tentar observar o perímetro mas não encontrei nada, apenas mais árvores e alguns sons emitidos pelos pássaros. Um penhasco estava a minha frente e não havia nenhum tipo de apoio para que eu pudesse descer da varanda e novamente senti o desespero me alcançar. Fexei os olhos e respirei três vezes, imaginando uma válvula de escape.

Me lembrei das roupas da mochila e com cautela amarrei cinco camisetas umas as outras, formando uma grande corda de camisetas. Senti meus lábios sorrirem por impulso ao ver que o tamanho era exato para que meus pés alcançassem o chão. Amarrei as camisetas na pequena varanda e dei dois pequenos puxões, certificando-me que continuava firme.

Apoiei dois pés no piso superior e com cautela passei a descer agarrada à corda feita de panos. Olhei para baixo e senti meus olhos desfocarem, era realmente mais alto do que eu imaginava e o pânico por altura veio à tona.

Sem pensar em muitas coisas fechei os olhos e deixei com que meu corpo fosse lançado ao chão, sentindo o impacto forte do chão sobre minha pele.

A noite era escura e eu não conseguia ver rastro de estrelas, a brisa gélida indicava ser madrugada e eu observei a minha volta, vendo que estava no meio de uma mata assustadoramente escura.

Corri até faltar ar nos meus pulmões e pude ver a varanda da casa ser deixada a cerca de cem metros para trás.

 Bebi um suco que estava dentro da mochila e continuei pela trilha de poeira, rezando para que a estrada estivesse próxima e eu encontrasse alguém que fosse capaz de me ajudar.

Ponto de Vista Justin:

O dia amanheceu radiante do lado de fora do quarto. Minha felicidade era notória pelo largo sorriso nos lábios e meus olhos brilhavam de alegria. Levantei da cama ainda um pouco turvo e lavei o rosto na água gelada da pia. Escovei os dentes e desci para tomar um café rápido.

Ontem pela tarde Cameron me avisou que os sedativos que ele injetou em Elisa finalmente surtiram efeito e depois de Bruce - o novo contratado por Ryan - constatar que ela estava bem, eu poderia finalmente vê-la. Não sei explicar o que sinto no exato momento em que desço as escadas e imagino como será minha noite ao seu lado. Inúmeros foram os esforços para me aproximar dela e eu mal posso acreditar que tudo vai finalmente valer a pena.

Ao entrar na cozinha vi Junnie - uma das empregadas - arrumarem a mesa, seu olhar era alegre, como o de todas as manhãs.

- Bom dia, Junnie. - Eu sorri para ela e ela murmurou algo como "Bom dia, senhor".

Vi no canto da cozinha Cameron, Bruce e outros dois homens com os semblantes fechados e com os braços cruzados em frente ao corpo.

Uma estranha movimentação foi feita ao me avistarem e percebi que Cameron cutucou a costela de Bruce, com o cotovelo. Bruce olhou  para Cameron com um olhar confuso e em seguida para mim.

- Sinto muito Senhor, mas Elisa conseguiu fugir.

- Fugir? Como assim fugir? Vocês ficaram loucos? - A ira dominou todos os meus pensamentos e me senti incapaz de raciocinar. - Vocês são um bando de incompetentes, eu só mandei prender ela na droga de um quarto e vocês deixam ela escapar? Presta atenção... - Eu segurei o colarinho do homem negro que estava à minha frente e o mesmo continuou a me olhar, seus olhos denunciavam o medo e àquela altura eu só queria socar sua cara. - Eu vou te dar um dia para achar a minha garota e se isso não acontecer eu juro que te mato, da mesma forma que matarei ela e acredite ou não, isso não seria nada bom! Então levanta esse rabo daí e começa a procurar ela, antes que eu estoure os miolos que ainda tem restam. - O homem apenas assentiu com a cabeça e pegou uma das armas que repousavam sobre a mesa, seguindo no encalço de Elisa. 

 Meus olhos queimavam, meu corpo estava em chamas e minhas vozes mais uma vez me atormentavam e me causavam alucinações.

Liguei um dos Jeep's posicionados no lado de fora da casa e o liguei, levando comigo duas armas e suas munições, uma mochila com mantimentos e uma faca, para precaução.

Eu teria que encontrar Elisa hoje, ou seria o fim de tudo.

Ponto de Vista Elisa:

O dia estava amanhecendo e a insanidade já me rondava, meu corpo dava sinais claros de que eu precisava parar de seguir a trilha e descansar.

As bolhas nos pés me impediam de continuar em um ritmo avançado e minhas pernas pareciam carregar toneladas, eu estava realmente cansada e não aguentaria mais seguir em frente. Olhei a minha volta e já não fui mais capaz de identificar a direção em que eu caminhava, por vezes parecia Leste, por vezes parecia Sul, mas não havia como ter a total certeza.

Repousei meu corpo em meio à algumas folhas e vi uma pequena nascente de água. Caminhei até lá e me sentei, lavando o rosto e os pés, que queimavam pela extensa caminhada.

 Deitei meu corpo no chão, apoiando a cabeça em cima da mochila e sentindo a inconsiencia aos poucos me levar, eu sabia que dormir em meio à uma floresta não era uma boa idéia, mas meu corpo cansado não respondia mais aos meus sentidos.

Três horas. Esse não foi nem a metade do tempo que consegui dormir. Um barulho estrondoso me acordou, algo parecido com tiros me fez despertar e pude ver os pássaros voarem para longe das árvores. Me levantei e ouvi mais uma vez o barulho dos tiros, dessa vez mais perto e seguido dele, um grito.

Meu corpo entrou em estado de choque, uma voz masculina ainda gritava alto suplicando por socorro e os ecos de tiros foram permanentemente silenciados. Corri no limite do que minhas pernas suportavam e vi um corpo de um homem estirado ao chão, dois tiros haviam sido desferidos contra sua perna e um corte fundo estava em sua barriga.

 Meu corpo paralisou e tudo o que estava em minha volta, também. O homem deitado ao chão agonizava e a frente dele, em pé, Justin Bieber mirava um pistola em sua cabeça, assim que notou minha presença ali Justin virou-se, olhando fixamente em meus olhos. Seus lábios abriram um sorriso maldoso e seu dedo apertou o gatilho, acertando o crânio do homem e acabando com qualquer vestígio de vida que ainda houvesse ali.


Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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