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História Dark Hut - Eu quero voltar


Escrita por: Aninha86

Notas do Autor


boa leitura, meninxs! 🤍

Capítulo 26 - Eu quero voltar


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - Eu quero voltar

Ponto de Vista Justin:

Minhas narinas foram perfeitamente capazes de sentir o cheiro do seu medo.

Sua respiração ofegante e o modo como ela mexia os dedos das mãos denúnciavam o quanto apavorada sua mente estava agora.

Ela estava trêmula e tenho certeza de que foram várias as vezes que ela cogitou a hipótese de apenas correr, fugir daqui. Mas seu corpo não foi capaz e ela continuou estática, parada a minha frente.

Meu sorriso continuava instalado nos lábios e logo vi Cameron descer as escadas e nos olhar com o olhar cabisbaixo. Elisa espantou-se, seus lábios foram abertos e um perfeito "O" e ela nada pronunciou, estava surpresa o bastante para isso.

Um sequência de socos foram desferidos contra mim quando ordenei que Cameron a levasse para dentro do recinto, onde mais tarde conseguiríamos nos divertir um pouco mais.

- Pra onde está me levando? Me solta!

Seu rosto estava vermelho e seus olhos transbordavam ódio, ela tentou de todas as formas se livrar  dos braços de Cameron, mas foi falha.

O garoto agora a arrastava pelas mãos e Elisa se debatia com os punhos cerrados, seus gritos estridentes poderiam ser  ouvidos talvez a quilômetros, mas nada e nem ninguém poderia a ajudar naquele momento.

-Eu já disse pra me soltar! Me solta! - Elisa esbravejava.

Um sedativo foi aplicado no braço da garota ruiva quando a mesma agrediu o rosto de um dos homens que a amarrou novamente na cama, no lado de dentro da cabana.

 Eu estava satisfeo, uma felicidade estava dominando meus pensamentos e aquele era, sem dúvidas um dos dias mais prazeirosos da minha vida.

Depois de passar o dia na mata meu corpo sentia-se cansado, e logo depois de Elisa desmaiar pelo efeito do remédio eu senti que seria minha hora também.

Deitei em um dos sofás que ocupavam o escritório de Ryan e adormeci, sendo capturado por um pesadelo que me tirou o fôlego.

Eu ouvia vozes, sons de animais e  gritos. Gritos estridentes assim como os de Elisa. Eu estava em uma floresta, completamente escura e ao olhar para as árvores pude ver vultos se mecherem entre elas. Eles emitiam sons de gemidos e de dor e perambulavam rapidamente entre a floresta escura. Eu sentia meu corpo se debater, mas eu não tinha forças para despertar do sono profundo, eu queria sair, mas o sonho era tão intenso, tão real.

Acordei com um dos capangas de Ryan mexendo em mim, o olhei com um ar de reprovação e ele continuou.

- Senhor, Elisa acordou e não para de chamar pelo seu nome.

Me levantei da cama e procurei pelo casaco preto, a noite já havia caído e o relógio marcava onze horas.

 Desci as escadas da cabana de Ryan e abri a porta do quarto onde a ruiva estava, deitada na cama e com os olhos vermelhos pelo ódio.

Ao adentrar o quarto Elisa me olhou, mediu-me por ínteiro e engoliu a saliva que se formava em seus lábios.

- Eu mal posso acreditar que você está aqui... - eu passei a mão em seus cabelos. - Te esperei por tanto tempo, Liz.

- Você é doente, Justin. - Elisa me olhou com desprezo. - Eu tenho nojo de você.

- Você só está cansada, teve um dia cheio.

- Porque eu? - Elisa me encarou, e pela primeira vez eu não consegui respondê-la. - Fala? Porque eu, Justin?

- Eu não sei.

- Ah, claro, você não sabe… Você me sequestrou, me perseguiu, tirou tudo o que eu tinha, pra simplesmente dizer que não sabe? - ela me olhava incrédula. - Faz ideia do quão grave tudo isso é? Eu não sou um bicho, Justin. Pretende fazer o que agora? Vai me deixar amarrada até alguém me achar aqui nesse fim de mundo?

- Eu não sei, Elisa! Já disse que não sei! - eu gritei, fazendo a garota ruiva fazer silêncio. - Que droga, Elisa! Cala a boca e me deixa pensar por um momento.

- Na cadeia você vai ter bastante tempo pra isso.

- Eu não vou ser preso pelo que fiz com você. Se eu cair, não vai ser por você.

Um minuto de silêncio pairou sobre nós.

- Você já fez muitas coisas, né? - ela me encarou. - Responde!

- Se eu cair, eu não vou cair por você. 

- Claro que não. - Elisa riu, com tom de deboche. - Não vai cair por mim porque você é um maldito psicopata que já deve ter feito fodido a vida de muita gente. É por isso que esse lugar no meio do mato tem seguranças até as tampas. É por isso que você tava sempre sozinho, por isso tá sempre acompanhado… Você faz muita merda. - Elisa me encarava com fúria, esperando uma resposta. Eu apenas a olhei. - Meu deus, como fui acreditar em alguém como você? Caralho, Justin, eu tenho uma família! Eu tenho um irmão de três anos, um pai, amigos que me ligam todos os dias só pra saber se eu cheguei em casa! Eu tenho pessoas que gostam de mim e se importam comigo! Eu tenho mil trabalhos da escola pra fazer porque eu sonho em fazer uma faculdade, sair da cidade, morar fora. Eu tenho sonhos! Tenho uma vida inteira lá fora! Eu não posso ficar aqui porque você acordou um dia e sentiu uma obsessão por mim. Justin, não é assim que funciona.

- Eu vou preparar alguma coisa pra você comer. - eu dei de ombros e me levantei. Elisa estava visivelmente alterada e agora gritava contra mim.

- Essa porra só pode ser brincadeira! Eu não quero comer nada, eu quero ir pra casa! Eu quero voltar a velha rotina chata e cansativa, eu quero voltar pra minha vida, Justin! - Elisa gritou com os punhos cerrados cama.

- Eu já disse que você não vai a lugar nenhum. 

Elisa perdeu toda a postura que tinha tentado manter e agora está de pé sobre a cama, completamente descontrolada e enraivecida.

- Seu doente de merda! - ela gritava alto. - Você não vai me deixar aqui! Eu não vou apodrecer nesse lugar!

Eu podia ver o rastro de lágrimas que escorria dos seus olhos.

- Daqui você não sai.

Sem olhar pra trás eu me virei, deixando Elisa totalmente descontrolada atrás de mim. 

Tranquei as fechaduras e saí, escutando seus gritos ecoarem atrás da porta.

Ponto de Vista Elisa:

 Eu estava suja. Minha voz já estava rouca e minha cabeça latejava.

Deitei a cabeça sobre o colchão e tentei adormecer. O sono não veio e eu me perdi em alguns devaneios. Eu rezava ao céus para adormecer e acordar em outro lugar.

As luzes do corredor acenderam-se depois de algum tempo e vi a sombra de alguém destrancar os trincos.

Justin entrou e seu perfume se alastrou pelo quarto.

Ele estava com os cabelos molhados e uma toalha jogada sobre o ombro. Seu abdômen estava exposto e ele usava apenas um shorte e um par de chinelos. Justin entrou e percorreu os olhos sobre o quarto, até pousa-los sobre mim.

Ele se aproximou e sentou-se na beirada da cama, involuntariamente meu corpo deu espasmos e eu agarrei os joelhos, ficando em posição fetal por alguns segundos.

Justin passou a mão sobre meus fios alaranjados que permaneciam desajeitados e eu senti meu corpo congelar. O simples toque dele me causava pânico e tudo que havia nele me amedrontava.

O loiro levantou-se, sem dirigir a palavra a mim.

Com a ponta dos dedos abriu uma porta que havia dentro do quarto e acendeu uma luz. Eu estava tão desesperada para sair dali que nem se quer por um momento notei que ali havia um banheiro.

Meus ouvidos captaram o som da água que caía e depois de alguns minutos ela foi cessada.

Bieber voltou, tentando retirar a única peça de pano que cobria meus seios.

- Não encosta em mim! - eu rosnei contra ele.

- Você tá fedendo, preciso te dar um banho. - Justin disse calmo, enquanto tentava se aproximar.

- Eu não quero que você chegue perto!

- Quanto mais você me afasta, pior é. Acho que já tá na hora de se acostumar.

Seu olhar tinha doçura. Aquilo me assustava.

- Eu nunca vou me acostumar a ser sua prisioneira, Justin. - disse baixinho.

- Sinto muito, mas você não tem que querer, eu já tô  me enjoando do seu cheiro.

Sem escrúpulos Justin segurou-me e me pôs em seus braços. Já estava cansada para lutar fisicamente contra ele.

O garoto me levou até o banheiro e me colocou no chão assim que pus os olhos dentro do  box de vidro.

Uma banheira repleta de água e alguns sais estavam prontos, apenas esperando para que eu adentrasse naquela água cristalina.

Ao pisar os pés na água vi que estava deliciosamente perfeita e nem acreditei que finalmente eu tomaria um banho, para aliviar toda a tensão que me acompanhou na última semana.

- Ohhh, que delícia. - gemi baixinho, sentindo a água preencher todo meu corpo á medida que meus pés tocavam o fundo da banheira.

- Eu vou te deixar só, não tente nenhuma gracinha, você sabe que a casa está toda cercada. Dessa vez eu te busco até no inferno.

Justin saiu, me deixando com meus próprios pensamentos e me fazendo meditar na última frase que disse antes de sair pela porta.


Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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