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História Dark Hut - Help Me, Justin.


Escrita por: Aninha86

Notas do Autor


Oooi amores! Quanto tempo, não? Já estava com saudades de escrever.
Bom, não vou me prolongar aqui, sei que vocês nem irão ler, então, ATÉ AS NOTAS FINAIS ❤

Capítulo 33 - Help Me, Justin.


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - Help Me, Justin.

Ponto de Vista Elisa:

 A gastura no estômago ainda estava presente.

A escuridão tomava conta da pequena sala empoeirada e eu rezava para que as vozes de Justin não arranhassem a porta mais uma vez. Eu podia ouvir sua respiração descompensada, podia imaginar o quanto seu coração estava acelerado agora.

Seu corpo estava esgotado e elas sabiam disso.

A voz rouca de Justin exalava pequenos gemidos enquanto raspava novamente uma lâmina na porta de madeira. Meus olhos estavam cobertos por lágrimas, mas minhas mãos que tampavam minha boca encobertavam qualquer tipo de som que meu desespero fizesse. Elas sabiam que eu estava ali, elas sentiam isso.

- Pode correr, mas não pode se esconder. Pode gritar, mas não pode se salvar.

A voz de Justin sussurrava a cantiga enquanto seus punhos cerrados davam batidas contra a porta.

No lado de fora do hotel eu podia ver que o sol já estava a se pôr, logo a noite chegaria e elas ficariam ainda mais eufóricas. Meu estômago doe, a fome já me alcançou a horas atrás mas eu não posso sair daqui, prometi a Justin que não sairia até reconhecer sua voz e eu não vou descumprir a lei da minha sobrevivência.

- Abra a porta doce menina. - Ouvi a voz de Justin ganhar um tom mais grave que o normal.

Eu podia sentir cada pêlo se arrepiar em meu corpo, podia sentir o calafrio que se formava em meu organismo. Eu estava em pânico e o choro veio à tona quando ouvi um empurrão forte que veio do lado de fora.

Eles iriam conseguir abrir a porta.

Uma tentativa. Outra tentativa.

A porta chacoalhava bruscamente cada instante que o corpo de Justin era lançado contra ela. Eu podia ver os trincos serem remexidos e ouvia os gemidos de frustação que saia dos lábios do loiro cada momento que a maçaneta não era arrombada.

O barulho cessou. Por alguns instantes não fui capaz de ouvir mais nada. Talvez o barulho da porta prestes a ser arrombada seria melhor do que o que viria a seguir.

Eu ouvi barulhos fortes, dessa vez contra a parede. Uma vez, duas vezes, três vezes. Eu ouvi gemidos,  gemidos altos de dor e logo, uma pequena quantidade de sangue passou a escorrer em baixo da porta.

- Você não vai mesmo abrir?  -eu ouvi uma voz grave, não era semelhante ao timbre de voz de Justin.

Eram seus demônios conversando diretamente comigo.

O barulho contra a parede foi ouvido mais uma vez e assim sucessivamente, até tudo o que me restava ver era o sangue de Justin que escorria entre a porta.

Eles estavam machucando Justin, estavam batendo sua cabeça na parede para me forçar a abrir a maçaneta e tudo o que eu conseguia fazer era chorar. Chorar como uma criança em pânico esperando por algum sinal de salvação, algum pequeno ponto de  esperança.

- Justin volta! Acorda! Elas vão matar você! - eu gritei como em um instinto, rezando para que onde quer que Justin estivesse, ele fosse capaz de me ouvir. -eu sei que você está aí, então volta, por favor.

Eu não obtive respostas, tudo o que ouvi foi a cabeça de Justin ser prensada contra a parede mais algumas vezes.

O choro molhava toda a minha roupa, meu corpo estava congelado pelos sete graus que faziam do lado de fora, eu sentia o gosto do sangue que ainda escorria do meu nariz e misturava-se com as lágrimas. Eu estava em estado de pânico e Justin tinha que retornar o quanto antes.

Foram diversas as vezes que olhei para o sangue e por um momento cogitei  abrir a maçaneta, mas eu sabia que elas matariam a nós dois caso eu fizesse isso.

Minhas mãos foram até meus ouvidos, fazendo com que eu não pudesse ouvir mais nada. Meus olhos foram fechados e eu me sentei no chão frio, chorando baixinho e esperando que ao amanhecer do outro dia, tudo voltasse ao normal.

Meus olhos estavam inchados e minha cabeça parecia que explodiria a qualquer instante. Eu estava com frio, estava com fome e cansada. Meus soluços ecoavam da pequena sala no subsolo do hotel, mas eu sabia que ninguém ali me ouviria. O ser demoníaco permanecia do lado de fora e eu podia notar pelos seus murmúrios graves e roucos. Eu não fazia a questão de ouvir o que eles me falavam, eu só procurava algo que não me permitisse morrer congelada naquela madrugada. [...]

Um barulho estrondoso ecoou dos extensos corredores e eu me assustei, vendo a poça de saliva que se formou no meu braço, onde adormeci em cima por algumas horas. Ainda era madrugada e o sol não dava sinais de que estava prestes a sair. Um frio percorreu o caminho do meu estômago e eu esperei atenta pelo próximo barulho.

"Tim, tim, tim, tim" eu ouvi o barulho do cano de metal soar, quando Justin bateu com força contra ele.

O barulho ecoava do final do corredor, mas eu podia sentir ele se aproximando.

Justin dava pequenos passos e a cada passo, ele batia mais uma vez contra o cano de metal que ficava localizado no teto do subsolo. Ele estava se aproximando e o barulho do cano de metal também.

"Tim, tim, tim, tim". Ele se aproximava mais.

Eu podia sentir meu coração pular para fora do peito e voltar a cada passo que ele dava e seu objeto de metal se aproximava junto. Suas botas se aproximaram da porta e de repente, BUUM! Elas tentaram a arrombar mais uma vez.

A maçaneta era girada freneticamente enquanto eu procurava com os olhos um lugar para me esconder. Se Justin realmente conseguisse abrir aquela porta, nenhum canto daquele cubículo seria seguro.

A pouca luz que entrava pela janela me permitiu analisar os objetos que estavam todos abandonados em uma caixa de papelão, na parte baixa de uma estante. Nada dali era realmente útil para ferir alguém, mas teria que servir naquele momento.

Revirei a pequena caixa até encontrar uma barra de ferro e a segurei forte com o punho da mão direita. Me pus em pé em frente a porta e esperei que Justin viesse.

- Abre a porra dessa porta sua maldita. - Ouvi uma voz carregada de ódio gritar contra mim e logo ouvi sua risada demoníaca.

Eu me calei, não tinha palavras que me ajudassem a expressar o que eu estava sentindo. A maçaneta foi mais uma vez girada e ouvi o barulho do corpo de Justin que se chocou contra a porta.

Eu estava em pleno estado de horror e rezava baixinho pedindo para que Deus não deixasse que elas entrassem.

Foi tudo em vão.

Justin cravou o machado que estava em suas mãos no vão da porta e despedaçou cada pequena parte da madeira velha. Seus olhos vermelhos transmitiam o puro ódio e tudo o que consegui fazer foi chorar, chorar até que meu desespero me fizesse gritar, implorando pela vida.

Justin veio rapidamente até mim e em instantes seus braços fortes estavam me prensando contra a parede. Eu podia ver cada maldito demônio perambular no interior de suas iris.

A coragem me abandonou ao olhar para o ferro que  estava em meu punho, eu não conseguiria feri-lo.

Justin estava ali em algum lugar, eu sabia que ele estava.

Senti um soco ser desferido contra meu rosto e quando me dei conta eu já estava no chão, com o nariz coberto pelo sangue acerejado mais uma vez.

- Você pensa mesmo que vai tirar ele de nós? - Senti um chute forte acertar meu estômago. - Depois de tudo o que nós fizemos a ele você acha que vai simplesmente chegar e levar ele daqui? Mostrar a ele o caminho da luz e nos afastar dele? Estamos enraizados em cada maldito centímetro de pele que cobre o corpo dele. Nós estamos instalados em sua mente, em sua pele, em seu sistema nervoso, central e emocional. Estamos em todos os lugares que cercam Justin Bieber. Nunca houve como se salvar e acredite, isso não mudará hoje. - o timbre de voz não era mais o de Justin, era como se algo muito mais sombrio tivesse tomado conta de suas cordas vocais.

Eu me contorcia de dor, senti mais um chute no estômago e senti meus olhos revirarem com a dor que aquilo me rendeu.

Senti meu corpo ser levantado pela gola do pijama e novamente me vi em pé, com a mão segurando minha barriga e tentando inultimente suspender toda aquela dor.

- Ele foi um fraco, mas nós estamos aqui por ele. - Eu tentei me desviar de seus punhos cerrados, mas fui acertada por um soco que atingiu a região dos meus ouvidos, me rendendo uma longa e persistente dor. - Você não vai tirar meu menino de mim, você entendeu sua vadia burra?

Meu ouvido se ensurdeceu por alguns segundos e tudo o que pude ver em meio àquele silêncio foi o sorriso doentio de Justin e todo o sangue que cobria sua testa.

Céus, eu não havia reparado em seu rosto nem por um minuto sequer, mas Justin estava completamente machucado. Sua testa estava repleta por sangue e mesmo desnorteada pelo soco, eu pude ver o quanto era fundo o corte em sua cabeça. Ele estava tão ferido e destruído quanto eu e eu tenho certeza que no fundo, seu psicológico estava fodido da mesma forma.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas ao olhar o estado em que deixaram o corpo de Justin. Se saissemos vivos dessa, eu tenho certeza de que essa noite traria um série de cicatrizes psicológicas, tanto pra mim, como para Justin. Eles estavam abusando de seu estado físico, de seu estado emocional. Estavam fazendo tudo o que Justin me prometeu que nunca mais permitiria que me fizessem. Eu estou sangrando, estou fraca e sem forças para continuar lutando contra algo que não posso ver. É o corpo de Justin que está me fazendo sangrar, que está deformando meu corpo, que está me fazendo perder o sentindo com os socos, mas não é Justin que está fazendo isso. Não é ele quem está no controle de toda essa merda, não é ele quem está aqui para me ajudar e dizer que está tudo bem,  como havia me prometido.

Eu estou sozinha, que droga!

Eu estou novamente sozinha,  apavorada e com medo de morrer nesse maldito subsolo de hotel. Como alguém achará meu corpo? Como meu pai receberá meu corpo para poder me prestigiar com um funeral decente? Isso não vai acontecer porque se eu não sair viva essa noite, ninguém vai me tirar daqui.

Se Justin me matar aqui eu vou apodrecer e meu corpo vai se decompor nessa sala abandonada e empoeirada. Eu vou ser devorada por vermes e eu não terei direito de dizer nenhum adeus a nenhuma das pessoas que compartilharam comigo a minha vida toda. Não vou poder dar adeus nem sequer ao verdadeiro Justin, que passou o último ano da minha vida comigo, pois seus demônios estarão ocupando seu corpo rindo e debochando de mim e do meu sangue que vai estar escorrendo entre seus dedos.

Me desprendi dos meus pensamentos e antes que eu pudesse me mover, senti suas mãos levantar meu corpo do chão, que estava prensado contra a parede.

O ar faltava em meus pulmões e eu tentava a todo custo me livrar de suas mãos, que apertavam com força o redor do meu pescoço.

Eu estava cansada, estava machucada e naquele instante tudo o que eu quis fazer foi desistir.

 Justin acordaria algumas horas depois e me veria naquele estado, morta ao seu lado. Eu lutei pela vida e eu sei disso, eu lutei por cada maldito segundo em que tentei me esquivar de seus golpes, mas foi tudo em vão.

Justin sorriu e seu sorriso continha sangue, o mesmo sangue que escorria da sua testa e percorria por cada centímetro do seu rosto pálido.

O loiro colocou meu corpo no chão e tudo o que fiz foi puxar todo o oxigênio que meu pulmão tanto ansiava. Abaixei o olhar tentando normalizar a respiração, mas falhei quando vi Justin levantar o machado em minha frente e seu sorriso demoníaco e ensaguentado novamente apareceu.

- Acabou vadia.

- Ju-Justin, Justin eu sei que você está ai, me ajuda.

O nó se formou em minha garganta e eu me forcei a continuar, antes do grande machado acertar meu crânio. Eu sussurrei e pedi aos céus para que onde ele estivesse, ele me ouvisse. 

- Justin me ajuda, me ajuda por favor…


Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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