Ponto de vista Justin:
FLASHBACK
"- Tira a camiseta moleque. - O homem três vezes mais alto que o meu tamanho esbravejou, me empurrando contra a parede.
- Mas ... mas não fui eu que peguei o dinheiro que estava ali. - As lágrimas passaram a escorrer pelo meu rosto.
- Eu não quero saber, tira a roupa e vira de costas.
E essa foi a quarta vez naquele dia que meu corpo ardeu pelas cintadas violentas que eram lançadas contra meu corpo magro e pequeno, de uma criança de sete anos. Tudo que me lembro depois da quarta sessão de cinta é de sentar e chorar. Chorar até dormir sobre o chão frio do banheiro, o palco de todo o show dos horrores."
" - MAS EU ESTOU COM MEDO ... - Eu sussurrava enquanto caminhava e brincava com a faca que estava em minhas mãos.
- PORQUE VOCÊ ESTÁ COM MEDO? ELES BATERAM EM VOCÊ HOJE E NINGUÉM TE AJUDOU, VOCÊ SÓ VAI DEVOLVER ESSA DOR EM OUTRA PESSOA. NÃO SE PREOCUPE, ESTAMOS AQUI COM VOCÊ. NÓS NUNCA TE DEIXAREMOS. - As vozes sintonizavam em minha mente enquanto as folhas secas da mata faziam barulho em minhas botas. Eu podia sentir os fios do meu braço se arrepiarem e o medo pairar sobre o ar. Alguém estava ali na mata e eu podia sentir o cheiro do seu medo."
"- CANSEI DE VOCÊ, CANSEI DESSE MOLEQUE INSUPORTÁVEL QUE VOCÊ TROUXE PRA DENTRO DA MINHA CASA. CANSEI DE TODA ESSA MERDA EM QUE EU ME ENFIEI. - Eu podia ouvir a voz feminina que gritava do outro lado da porta. As lágrimas já escorriam sobre meus olhos enquanto eu abraçava os joelhos e tentava tampar os ouvidos. Mais uma discussão havia começado e ela não teria fim ali.
"- SE SENTE CANSADA? DEVE SER PELAS 3 SERINGAS DE HEROÍNA QUE INJETOU NA VEIA ONTEM. OU VOCÊ ACHA MESMO QUE EU NÃO VI? VOCÊ QUERIA UMA CRIANÇA PARA SALVAR ESSA MERDA DE CASAMENTO, NÃO EU.
- UMA CRIANÇA NOSSA LIONEL, UMA CRIANÇA NOSSA! NÃO UM MENINO QUE VOCÊ ENCONTROU NA RUA. QUER SABER? VAI TUDO A MERDA. EU CANSEI DISSO TUDO."
O barulho da porta sendo fechada ecoou pelos meus ouvidos e logo o carro foi ligado, demonstrando que Anny havia saído, me deixando mais uma vez sozinho com Lionel.
Ouvi seus passos fundos virem em direção ao meu quarto e senti minha respiração se tornar pesada. Ele estava ali novamente e não importava o quanto eu pedisse por ajuda, ninguém me ouviria ou me tiraria daque hábitat natutal onde sociopatas crescem."
FLASHBACK OFF.
Todas aquelas míseras lembranças vinham á tona enquanto eu tentava me desprender dos sedativos que me mantinham presos á cama, sem direito a nenhum movimento.
Eu não podia ouvir a voz de Elisa, não podia abrir os olhos e nem me mover. Eu me sentia sozinho novamente, assim como a quatorze anos atrás.
Tudo aquilo estava sendo dolorido e exaustivo.
Ponto de Vista Elisa:
O aparelho foi ligado e o segundo vídeo foi inserido. Minhas mãos suavam e as cambalhotas estavam presentes em meu organismo. A primeira cena começou e minhas pupilas foram dilatadas quando vi Justin no interior de uma sala branca, com as mãos e a camisa da cor bege repleta de sangue.
O sangue era respingado na parede e aquilo se assimilava perfeitamente a uma cena de um filme de terror. Justin mantinha os olhos fixos na câmera, como se de fato pudesse ver quem assistia ao espetáculo.
Ele sorriu para a câmera e com as pontas dos dedos sujas da cor cereja, ele passou a escrever nas paredes.
"CADA MALDITA VIDA VAI PAGAR POR TUDO O QUE ME FEZ. MANTENHA AS LUZES ACESAS E AS PORTAS DEVIDAMENTE TRANCADAS. MUDE-SE DE CASA, BAIRRO E DE PAÍS, EU ADORO A BRINCADEIRA DE GATO E RATO. VOCÊ SERÁ O PRÓXIMO, SENHOR DIRETOR."
A tela ficou preta e logo a legenda apareceu.
MASSACRE DA ALA PSIQUIÁTRICA - JUSTIN BIEBER.
A câmera do corredor psiquiátrico filmava a ação normal de mais um dia de trabalho. Médicos e pacientes andavam apressados pelos corredores e em seguida entravam em suas salas. Tudo corria bem, até que algo me chamou atenção.
Uma mulher vestida de branco caminhava pelos corredores enquanto parecia olhar a todo momento para os lados, certificando-se de que ninguém a seguia. Ela entrou em uma sala que continha o nome "medicamentos" em sua placa, e logo a câmera da pequena sala passou a filmar tudo. Ela vasculhava entre as prateleiras enquanto mantinha seu olhar fixo na porta entreaberta. Algumas seringas foram pegas por ela e logo a moça saiu, deixando a porta da sala encostada.
A câmera mudou de ambiente e pude ver uma sala grande, coberta pela cor branca e completamente vazia.
No canto direito da tela vi Justin, sentado sobre o chão e preso por uma camisa de força. Através da câmera eu pude ver seus lábios vermelhos e seu olho esquerdo levemente roxo. Ele olhava fixamente para o chão enquanto parecia não se importar com a presença da doutora ali.
- Hoje você vai contar tudinho pro juíz o que você fez, está me ouvindo? - a doutora disse, enquanto colocava as luvas nas mãos e um líquido amarelado na seringa.
- Eu já disse que eu não vou dizer nada. Eu não matei aquela criança.
- Escuta aqui Justin, eu não estou de brincadeira. - A doutora ajoelhou-se e apertou as duas bochecas de Justin com uma mão, o obrigando a olhar em seus olhos. - Meu filho tem uma vida inteira pela frente e ele não vai responder por isso. Olha pra você, você é um assassino em série, já fez tantas vítimas, é um doente que precisa de tratamento psiquiátrico, isso não vai alterar em nada na sua vida. - A mulher respirou fundo e continuou o discurso. - Se meu filho responder por isso ele vai perder a licença dele Justin, ele vai ser condenado por longos anos e todo o estudo e dedicação de anos não vai ter valido nada. - ela disse a última frase mais calma, tirando as mãos do rosto de Justin e olhando em seus olhos, como se de alguma forma tentasse convencer Justin.
Tentativa instantaneamente falha, já que a gargalhada de Justin ecoou pela pequena sala.
- Os loucos aqui são vocês, não eu. - A doutora acertou um tapa no rosto de Justin, que logo ficou vermelho e enfurecido. - Eu nunca, escute bem sua vadia, eu nunca carregaria o homicídio de uma criança nas costas. Você entendeu?
A doutora enfiou a seringa no pescoço de Justin e em segundos seu corpo começou a ficar amolecido com o efeito do remédio. Justin caiu ao chão e a doutora sorriu. Mais tarde, aquele seria o dia em que Justin seria condenado pelo homicídio de uma criança de quatro anos, já que o loiro não teria condições físicas de se defender em frente à um juíz.
A tela preta voltou e após apresentar o tempo de condenação de Justin pelo homicídio de Holly Yuni - 5 anos - um novo vídeo teve início.
O ambiente era o mesmo. A sala branca era preenchida apenas pelo corpo desnutrido de Justin que estava sobre o chão. A porta é aberta e um homem alto entra. A voz baixa do homem não me permitiu ouvir o que ele disse a Justin, mas percebi que o mesmo balançou a cabeça de forma negativa. O homem saiu e logo a porta foi novamente aberta, dessa vez ele estava acompanhado por uma mulher.
A senhora de meia idade tinha um semblante abatido e logo ela entrou na sala, ainda amedrontada pelo olhar de ódio de Justin sobre ela.
- Sai daqui. - Justin disse baixo, enquanto mantinha seu rosto virado para a parede. - Sai daqui agora! - ele gritou enquanto se levantava para encarar melhor seus olhos.
- Eu não vou sair. Você vai me ouvir! - Ela disse enquanto limpava as lágrimas que corriam por seu rosto. - Você destruiu tudo, você acabou com tudo o que eu mais amava. O inferno é muito pouco pra você, você deve sofrer tudo de mais ruim e podre que esse mundo pode oferecer. Você é sombrio Justin, você é manchado pela ruindade, pelo ódio e pela maldade. Você destruiu meu casamento, minha família, minha casa. Você levou com você tudo o que eu mais amava. Você arrancou de mim toda a chance que eu tinha de ser feliz. Eu espero que você não saia vivo daqui, mas se você sair, desejo que morra da pior maneira.
Ela cuspiu as palavras em Justin enquanto ele mantinha seu sorriso sarcástico e rancoroso no rosto.
- Eu já morri da pior maneira, quando você e seu marido arrancaram a minha infância. Eu morri quando me batiam, quando me torturavam, quando me afogavam, quando apagavam cigarros em mim. Eu morri quando vocês me transformaram em um saco de almofadas onde vocês descontavam todas as frustações em mim. Eu morri quando eu tinha cinco anos de idade. Minha esperança morreu, minha alma morreu, a inocência que eu tinha morreu, vocês fizeram questão de matar cada parte daquela criança. Vocês me mataram ano após ano, surra após surra. Eu não precisei tirar sua família de você, você fez isso sozinha quando se prostituia em troca de uma dose de pinga no cortiço. Quando injetava heroína na veia, ou quando passava dias sem dormir para cheirar sua cocaína. Você e o merda do seu marido destruíram tudo o que tinha de bom em mim, vocês sepultaram todas as minhas chances junto com a minha infância. Eu vou passar a eternidade no inferno, mas vou passar ao lado de vocês porque todas as mortes que eu carrego nas mãos, vocês carregam junto comigo. Eu devo tudo isso a vocês. Obrigado "mamãe". - Justin sorriu e antes da mulher responder ele retirou um pequeno canivete do bolso e fincou no pescoço da mulher. O sangue passou a escorrer até o cós da camiseta florida que a mulher usava e ao ver o sangue, Justin não parou. Duas facadas foram lançadas contra o estômago da mulher, um corte profundo foi aberto na região do estômago e Justin começou a puxar os órgãos internos para fora, pisando em cada um deles e em seguida os jogando em cima do corpo da mulher.
A porta foi brutalmente aberta e dois seguranças invadiram a sala, lançando armas de choque sobre o corpo de Justin, que logo estava no chão se contorcendo pela corrente elétrica que percorria seu corpo. Os médicos entraram em seguida na sala, mas o corpo desfalecido da mulher já estava sem vida. O vídeo é acelerado e alguns minutos depois a doutora entra com outro segurança, a fim de retirar de Bieber o canivete que estava em seu bolso.
A situação de Justin havia ficado estável e ele mantinha seu sorriso sarcástico no rosto enquanto o segurança revistava seus bolsos traseiros.
"A próxima será você, doutora."
Ele sorriu e a mulher rapidamente saiu da sala, com um tom de pele pálido. Justin permaneceu sorrindo, enquanto encarava a sujeira que havia ficado em sua ala.
O tom preto voltou à tela e o terceiro vídeo teve início. Nele, um senhor de idade aparecia olhando fixamente para a câmera, enquanto lia alguns papéis. Aquilo se assemelhava muito à uma entrevista e quando a pergunta de uma voz masculina ecoou do lado esquerdo da pequena sala, eu constatei que sim, aquilo era uma entrevista.
- Então, senhor diretor, o que tem a dizer sobre o seu mais novo paciente, Justin Bieber? - o apresentador perguntou, assim que a câmera focou em seu rosto. Tão angelical e extremamente calmo.
- Ahn, como posso dizer? Justin é um caso difícil. - O senhor de cabelos grisalhos deu um sorriso amarelo e voltou sua atenção aos dedos das mãos, que se remexiam de forma frenética. - Certo, vamos lá. - Ele olhou diretamente para a lente da câmera, enquanto arrumava a compostura. - Justin Bieber é um dos casos mais enigmáticos que essa clínica psiquiátrica já conheceu. Seu transtorno de personalidade foi confirmado a alguns anos, depois de matar o pai adotivo e incendiar a casa. Além disso, Justin possui transtorno de bipolaridade e ansiedade, sociopatia e há indícios claros - porém não confirmados - de esquizofrenia.
- Diretor Steve, Justin Bieber é um paciente capaz de qualquer ação? - O entrevistador olhou fixamente para o diretor, fazendo uma cena dramática. - Pode nos contar mais sobre o caso da menina Holly?
- Sim, Justin é um Serial Killer em potencial e a pedido da clínica ele ficaria aqui por toda a sua vida, infelizmente o judiciário não nos concedeu a liminar. Quanto ao caso da menina Holly... - Ele suspirou ao dizer. - Holly foi uma menina de quatro anos que Justin sequestrou e a assassinou, com overdose por sedativos. Ainda foram encontrados rastros de violência sexual no corpo da menina. Justin foi condenado a cinco anos no regime fechado e não recorreu, já que no dia apresentou-se sedado por seu histórico de violência e ansiedade.
- Certo. A entrevista fica por aqui, muito obrigado a você que assistiu, te esperamos na próxima semana com o quadro Centro Psiquiátrico - histórias de assassinos. Até mais!
A entrevista foi cortada e o vídeo também. O vídeo foi cessado e a maldita tela preta voltou.
A quarta cena teve início e confesso que foi difícil reconhecer Justin de imediato.
A cena se passava em um amplo corredor mal iluminado. Haviam dezenas de homens que caminhavam em uma espécie de fila indiana, um atrás do outro.
Seus semblantes medonhos e abatidos davam um ar de loucura, era o que eles eram, loucos. As mãos dos pacientes permaneciam amarradas nas costas enquanto eles davam passos significantemente lentos. Á frente da turma, uma mulher loira caminhava lentamente com as mãos nos bolsos do jaleco branco.
No meio de tantos homens pude ver Justin, com seus fios desalinhados e o olhar baixo, como se olhasse fixamente para o chão. Suas mãos amarradas sobre as costas passaram a mover-se agilmente e logo vi que ele estava conseguindo se soltar. O filho da puta era realmente muito bom.
Justin desamarrou as mãos enquanto caminhava mais depressa que os outros, ficando muito próximo à doutora que puxava a fila á frente de todos.
A doutora parou bruscamente á frente dos pacientes e assim todos eles pararam junto à ela, assim como Justin. Ela virou-se lentamente e analisou a cada um deles.
Algumas indicações foram dadas pela sua voz suave e logo todos os pacientes passaram a dirigir-se às suas alas.
As alas psiquiátricas dos pacientes foram fechadas e cada um deles foi trancafiado como um animal em sua jaula. Um único paciente transitava pelo corredor e pela cor de seu cabelo pude ver que era Justin.
O que ele vai fazer dessa vez?
A permissão de ir ao banheiro foi concedida pela doutora que se dirigiu até o fim do corredor enquanto Justin caminhava em sentido a outra porta. Justin sumiu do campo de visão da primeira câmera, mas logo foi identificado pela Câmera do banheiro.
Justin estava estranho, sua expressão estava confusa e da câmera do sanitário eu podia acompanhar tudo. Justin trancou a porta e retirou uma tinta vemelha do bolso. Rapidamente o loiro levantou a manga da camisa e passou a despejar tinta sobre um ferimento antigo que ele tinha, eu não sabia exatamente o que rondava a mente de Justin, mas eu podia sentir que algo estava prestes a acontecer.
Depois de molhar alguns ferimentos dos braços e uma pequena parte do ombro, Justin saiu do banheiro. Em sua encenação Justin mancava e apoiava-se na parede. A câmera do corredor voltou a filmar a ação de Bieber e se eu não tivesse visto que era tinta, com toda a certeza acreditaria que ele estava miseravelmente machucado. Um segurança que vigiava a saída do corredor se assustou ao ver Justin naquele estado e rapidamente chamou a doutora, que em poucos segundos saiu de sua sala para atender ao chamado.
Justin foi apoiado pelas mãos ágeis do segurança que logo o encaminhou até uma das salas e depois o pôs sobre a maca.
A câmera foi alterada e a que filmava Justin e a doutora era a câmera do consultório 5, a sala das emergências. O segurança se ausentou, deixando o paciente sobre os cuidados da doutora.
Eu já havia entendido tudo. A doutora que possuia os cabelos loiros era responsável por todas as emergências e lesões que aconteciam com os pacientes daquela ala psiquiátrica.
Justin fez tudo isso com o único intuito: ficar sozinho com ela. Mas porque?
A resposta veio quando Justin se levantou rapidamente e segurou as mãos da mulher na altura do peito. Ela tentou segurar o rádio nas mãos e pedir por ajuda, mas Justin o estraçalhou com os chutes.
Ela tentou gritar, mas Justin afogou a cabeça da mulher em uma pia com água acumulada que havia no consultório, fazendo a mulher se debater enquanto tentava conseguir o ar que seus pulmões imploravam.
A expressão de Justin era medonha, ele ria enquanto a mulher se debatia contra o líquido que entrava em suas narinas. Justin retirava a cabeça da mulher de dentro do reservatório e analisava seu rosto e logo a afogava novamente. Aquilo aconteceu por várias vezes. Ele era frio e meticuloso, não deixava que a mulher morresse, ele devolvia o ar aos seus pulmões e logo a afogava novamente. Aquela seria uma morte lenta e dolorosa.
Eu podia sentir o nó que se formava em minha garganta enquanto via Justin - o meu Justin - fazer aquilo. As lágrimas acumularam-se em meus olhos quando olhei para trás e vi o mesmo Justin das filmagens ali, deitado sobre a cama e completamente sedado. Aquela não era a mesma pessoa, não podia ser. Como um demônio como aquele pode se transformar tão rápido?
A mulher começou a apresentar indícios de que não aguentaria por muito tempo quando seus braços começaram a parar de lutar contra o impulso que Justin fazia contra a água.
Justin soltou a mulher e quando eu acreditei que o espetáculo havia terminado, ele apenas recomeçou.
Justin arrastou a loira até um pequeno compartimento do consultório e em seguida a imagem de outra câmera passou a aparecer. Justin retirou um canivete que estava no bolso da doutora, o mesmo que ela tirou de suas mãos a algumas horas atrás. A mulher não tinha muita reação e quando a primeira facada foi inserida em seu peito ela apenas levantou uma das mãos, como se tentasse se defender, mas em seu estado era impossível.
As facadas eram lançados no corpo magro da mulher enquanto Justin sorria e gritava palavras como "não fui eu" "você sabe que eu não matei ela, sua vadia".
Justin aproximou-se da câmera e sorriu para ela.
O sangue da mulher estava respingado na parede e aquilo se assimilava perfeitamente a uma cena de um filme de terror. Justin mantinha os olhos fixos na câmera, como se de fato pudesse ver quem assistia ao filme.
- Todos vocês contribuíram para tudo isso acontecer. Cada maldita vida que aparece nesse filme contribuiu para todo esse genocídio. "Mamãe" - Justin gargalhou ao pronunciar essa palavra. - Obrigado por ter me matado todos os dias durante toda a minha infância. Você destruiu a vida de uma criança que tinha tudo para ser diferente. Você deu para a sociedade um sociopata, um maldito sociopata que quer que todo mundo se foda, assim como ele se fodeu quando era uma criança e ninguém se importou. Você permitiu que seu marido me ferisse e me torturasse por longos anos. "Papai" - A gargalhada veio à tona novamente - Você é um filho da puta que está queimando no fogo do inferno, assim como queimava todos os meus brinquedos e pressionava eles contra meu corpo quando eu tinha cinco anos. Eu preferia ter morrido congelado quando minha mãe morreu ao me dar à luz naquela calçada suja durante a madrugada, do que ter sido adotado por uma pessoa como você. Doutora Hellionore ... Ah, você sim merece uma salva de palmas. A tão engenhosa doutora Hellionore que fez com que todo os Estados Unidos da América acreditassem que eu matei Holly Yuni, a pequena de quatro anos assassinada por seu filho, que deu uma injeção letal errada e não queria perder sua licença médica. "Vamos jogar a culpa nesse miserável, ele já é tão doente e repulsivo que ninguém irá acreditar nele." - Justin imitou a voz da doutora e sorriu. - Por último, doutor Steve, ah sim! O diretor da Clínica psiquiátrica. O mesmo filho de uma mãe que me expôs diante de toda a América e me acusou em rede nacional de assassinar e molestar sexualmente uma criança de quatro anos. Ah, senhor diretor, você não sabe como as pessoas lidam com estupradores de crianças dentro de uma clínica psiquiátrica, não é mesmo? Não se preocupe, em breve você saberá!
Ele sorriu para a câmera e com as pontas dos dedos sujas da cor cereja, ele passou a escrever nas paredes.
"CADA MALDITA VIDA VAI PAGAR POR TUDO O QUE ME FEZ.
MANTENHA AS LUZES ACESAS E AS PORTAS DEVIDAMENTE TRANCADAS. MUDE-SE DE CASA, BAIRRO E DE PAÍS, EU ADORO A BRINCADEIRA DE GATO E RATO. VOCÊ SERÁ O PRÓXIMO, SENHOR DIRETOR."
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