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História Dark Hut - Date


Escrita por: Aninha86

Capítulo 8 - Date


Fanfic / Fanfiction Dark Hut - Date

Ponto de Vista Elisa:

Enquanto seguiamos a ambulância em direção ao hospital minhas paranóias me levavam longe...

Eu mal podia acreditar em tudo o que estava acontecendo.

Ele precisa ficar bem. É só isso que eu espero.

Assim que demos entrada no hospital fomos direto para a emergência do segundo andar. Uma grande discussão se formou já que no setor de emergência não era permitido receber visitas.

- Os acompanhantes do Shawn Mendes? - um senhor perguntou e todos nós no levantamos.

O médico nos encarou, confuso. 

- Somos todos acompanhantes do Shawn.

- Certo, então vamos lá. O Shawn teve muitas complicações devido ao acidente. Ele teve lesões fundas por todo o corpo, uma de suas pernas foi quebrada e devido a sua parada cardiorrespiratória ele ainda está em observação.

- Que merda... - alguém sussurrou.

Todos nós nos entreolhamos e o médico deu indícios de que teria algo a mais para falar.

- Entretanto, não é apenas isso que tem nos preocupado. - ele fez uma pausa e senti um aperto em meu peito. - O garoto teve uma lesão na coluna cervical e ainda não sabemos qual foi a gravidade da situação.

- O que isso quer dizer, doutor? - Vincent deu um passo à frente.

- As complicações neurológicas decorrentes do trauma dependem de diversos fatores: mecanismo de lesão, extensão e nível da lesão na coluna cervical. As piores consequências seriam a tetraplegia, ou seja, paralisia da motricidade voluntária de braços e pernas, assim como a incapacidade de respirar por conta própria. O processo de reabilitação é lento e depende muito do tipo de lesão, idade e comorbidades do paciente. O principal objetivo da reabilitação, após uma lesão grave de medula cervical, é tentar recuperar o máximo possível das funções neurológicas necessárias a uma rotina de atividades de vida diária, com o menor grau de dependência possível.

Senti um aperto em meu peito e lágrimas rolaram por meu rosto.

Aquela notícia acabou comigo.

- Como eu disse... ainda não sabemos da extensão da lesão, por isso não podemos dar nenhum diagnóstico completo. Mendes vai ficar em observação e assim que ele acordar a equipe médica vai realizar todos os exames necessários.

O doutor saiu da sala, deixando meu peito completamente quebrado.

Shawn sempre foi um garoto muito ativo. Desde pequeno sempre sonhou em jogar basquete e hoje ser o capitão do time era uma das coisas que ele mais adorava em sua vida. Eu jamais conseguiria imagina-lo tetraplégico em uma cadeira de rodas e dependendo de alguém.

Não é o que eu desejo para ele.

- Liz, você tá bem? - Alexis me abraçou por trás, observando meu estado de pânico.

- Não... -Senti meu rosto inundar por lágrimas que insistiam em cair. - Onde está a mãe de Shawn? Precisamos avisar aos pais dele, eles têm todo o direito de saber o que tá acontecendo.

- O Josh tá providenciando tudo. Nós precisamos ir embora, você precisa descansar. - Mayla me olhou.

- Mas eu não posso deixar ele sozinho...

- Eu e o Josh vamos ficar no hospital, amanhã você pode voltar com mais calma e ver como as coisas estão andando, você já fez muito por ele. O Vincent vai levar vocês para casa. - Alexis me abraçou.

- Vamos? - Vincent pegou em meus braços. - eu assenti e seguimos em direção à minha casa.

[...]

Depois de um banho relaxante me deitei na cama e tentei adormecer, amanhã seria um longo dia e provavelmente eu passaria meu dia de domingo com Shawn no hospital. Virei-me para o lado abraçando o travesseiro e adormeci.

Acordei pela manhã com um som alto de uma ligação,ao olhar para o visor vi que era Josh. Desesperadamente segurei o celular nas mãos e atendi.

- O que aconteceu? Estou te ligando já faz meia hora. - Josh perguntou preocupado do outro lado da linha.

- Oi Josh, bom dia pra você também. - eu disse me sentando na cama e esfregando os olhos. - Que horas são? Aconteceu algo com Shawn? Alguma notícia?

- São dez da manhã. O Shawn acordou e não para de dizer seu nome, disse que precisa te ver. Você pode vir?

- Vou tomar um banho e em meia hora tô aí. - eu respondi me levantando da cama. 

Me despedi de Josh e segui em direção à um banho.

Desci as escadas apressada e senti o olhar de meu pai sobre mim.

- Bom dia meu amor, já vai sair? - ele perguntou,  me dando um beijo na testa.

- Bom dia, pai. Sim, o Shawn acordou chamando pelo meu nome e eu preciso ir vê-lo. - eu disse pegando algo para comer no caminho.

- Tudo bem, me liga caso precisem de alguma coias. Diz à ele que espero que melhore logo.

[...]

Ponto de Vista Justin:

Já era de manhã quando senti o sol penetrar pela cortina e arder meus olhos. Hoje era manhã de domingo e eu precisava fazer algo para poder me aproximar de Elisa.

Não sei como Elisa vai reagir ao me ver, já que não sei se ela me viu na noite do acidente. De qualquer forma eu só quero me aproximar um pouco e olha-la.

Levantei para escovar os dentes e preparar algumas panquecas, de certo modo eu estava feliz. Hoje não era um dia cinza.

Enquanto esquentava a água do café e procurava pelo pó no armário, eu me lembrei do sonho que tive na noite passada.

Eu estava em um vilarejo e Elisa passava por mim, sorrindo. Eu a chamava com a ponta dos dedos, mas por algum motivo ela não vinha. No bolso direito da calça jeans eu tinha um canivete que a muito tempo esperava para cortar alguma garganta. Elisa correu assim que me viu tira-lo dos bolsos e correr até ela. Ela corria. Ela gritava. Ela tentou de todas as formas me arranhar e me morder.

Eu acordei pela manhã completamente frio e encharcado de suor.

Esse não foi o primeiro sonho assim que eu tive. Isso costumava acontecer com uma pequena frequência.

Esse tipo de sonho me dava medo.

Era um pesadelo.

Era como uma premonição.

Encontrei o pó de café no armario e coloquei no coador, juntamente com a água fervente. Enquanto o café coava e a fumaça cinza subia, cenas de Elisa vinham à minha cabeça.

Isso já havia acontecido antes e eu sabia exatamente sobre o que era.

Aquilo era como um mandato. Como uma visão.

Quando coisas assim aconteciam eu só tinha duas rasas opções: ser atormentado pelos meus demônios dia após dia e ter pesadelos de forma incessante, ou obedecer. 

E eu geralmente escolhia a segunda opção.

Foi olhando o café preto coar e a fumaça cinza subir e se desfazer no ar que eu decidi que ali começava a caçada.

Eu não teria mais surtos, crises de pânico e ansiedade e nem pesadelos por uma garota desconhecida.

Se eles escolheram ela então é ela que eles irão ter.

[...]

Ponto de Vista Elisa:

Ao chegar no hospital fui direto para a sala onde Shawn estava em observação.

Era um lugar grande cercado por aparelhos. A sala tinha um tom todo de branco e ao olhar para a cama vi Shawn deitado e olhando fixamente para mim. Ele tinha um olhar abatido e seu rosto possuía algumas manchas roxas,  ao me ver um sorriso se formou em  seus lábios.

- Ai meu deus! - eu o abracei forte e Shawn soltou um gemido. - Desculpa, desculpa, desculpa!

Ele sorriu.

- Eu tô tão feliz que você está bem. Meu deus, eu achei que eu nunca mais fosse ouvir a sua voz. - meus olhos encheram de lágrimas e Shawn sorriu.

- Obrigado por não ter desistido de mim. - Mendes disse baixinho.

- Eu nunca desistiria de você! - eu sorri pra ele. - O Josh disse que  você queria falar comigo, como você tá? - eu o olhei.

- Acho que mal. - Shawn sorriu. - Mas acho que bem também.

- Você tá vivo, né? Isso por si só já é muito bom.

- E como é... - Shawn sorriu. - Só quero pedir desculpa por tudo.

- Você sabe que não precisa. Isso já foi a muito tempo, Mendes.

- Nós dois sabemos que precisa sim. De lá pra cá muita coisa entre nós mudou. Sinto muito se não fui a pessoa que você esperava naquela época.

- Shawn, esquece aquilo. - eu revirei os olhos, mas por dentro aquilo era tudo o que eu precisava ouvir a mais de dois anos atrás.

- Ah, sei lá... eu só queria que você soubesse que aquilo foi de verdade pra mim também. Gosto de você pra caralho, tu sabe disso.

- Obrigada por dizer, Shawn. - eu sorri pra ele.

[...]

Eu e Shawn passamos o resto da tarde no quarto conversando sobre coisas aleatórias e sobre a época em que fomos amigos. Eu tinha me esquecido de quanta conexão existia entre nós dois.

No fim da tarde meu celular vibrou, indicando que eu estava recebendo uma ligação.

- Eu já venho. - disse pegando o celular nas mãos e saindo do quarto, vendo que era um número desconhecido.

- Alô?  -Eu perguntei parando em frente ao grande corredor do hospital.

- Oi Liz, é o Justin. Soube que passou o dia no hospital com o Shawn por causa do acidente, quer sair pra comer algo hoje à noite? Eu sei que deve ser cansativo ficar aí e a comida e péssima.

- Oi Justin! Eu não sei se é uma boa, na verdade tô bem cansada.

- Eu entendo, mas se quiser podemos comer e eu te levo embora. Só quero te ver um pouco. Não vou tomar muito do seu tempo.

Mas puta que pariu, que homem chato.

- Tudo bem, Justin. - eu suspirei e revirei os olhos. - Você me pega às oito em casa. 

- Fechado! - ele respondeu intusiasmado e desligou o telefone.

Ok, um jantar com o louro gatinho não parece tão ruim assim.

Ponto de Vista Justin: 

O dia de hoje passava-se como uma eternidade e o relógio empoeirado da cozinha ainda marcavam sete horas. Minhas mãos soavam e um calafrio se instalou em meu estômago. Eu estava nervoso e não sabia o porquê Elisa me deixava assim.

Já pronto, eu vestia uma blusa de moletom cinza, uma calça preta e um par de vans pretos. O topete louro estava perfeitamente alinhado e um perfume forte exalava ao meu redor.

- Eu só quero que tudo isso acabe logo.

Ponto de Vista Elisa:

Já estava próximo das sete horas e eu não estava disposta a ir nesse jantar,  mas eu realmente precisava ocupar minha mente com algo que não fossem aqueles corredores sujos do hospital. Me levantei da cama indo em direção ao banheiro e tomei um banho demorado, que me fez aliviar toda a tensão que o dia no hospital me causou.

Saí do banho indo em direção ao pequeno closet do quarto e pegando uma saia jeans mostarda, uma camiseta larga preta e o mesmo vans surrado. Depois de vestida fiz uma maquiagem leve e pus um batom vinho nos lábios, soltei os cabelos e coloquei algumas jóias que ornaram com a escolha do look. Me olhando no espelho e vi que estava pronta e linda para sair com Justin, escutei uma buzina e era ele.

 Justin finalmente havia chegado para o nosso jantar.


Notas Finais


ESTOU REESCREVENDO DARK HUT.

Se você ainda não começou a ler/não terminou eu indico que espere a reescrita terminar para prosseguir.

E se você já leu tudo eu recomendo você ler denovo depois da reescrita, 2bjs.

15/07/2019.


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