Eu sabia que alguém estava vendo. Dava para perceber que havia uma figura loira que estava de olho em nós. Agora, a pergunta que não quer calar é: Dakota ou Ambre?
Enfim... Eu não estava me sentindo confortável. Talvez possa ser alguma paranoia minha em relação ao Dake. Em me sentir culpada e etc.
- O que houve?
- Ah, Castiel... Você sabe. Parece que a gente nunca vai dar certo, e eu estou deixando de tentar dar certo com outras pessoas pra ficar insistindo em dar errado com você. Isso não é bacaninha do grau, amor.
- Tá falando do Dake? Ah, Annie... Olha a cara do Dake. Ele vai ficar mais triste quando acabar as drogas dele do que quando você for dar um fora nele. - Rio. - Vai por mim.
- Não é só pelo Dake também. Escuta aqui, você está achando o que de mim? Eu deixo os caras louquinhos.
- Ô coitada! Eu mando castrar todos eles.
- Por quê? Aí acaba a diversão.
- Tá assim então? - Ele nem olha na minha cara. Rio demais com essas coisas.
- Meu namorado não estava comigo para falar alguma coisa, então...
- Seu namorado? - Ele sorri. - Seu namorado?
- Ué. Meu tio você não é.
- Você me pediu pra voltar. Você quer voltar comigo? Não creio!
- Meu... O que é que você anda usando? De todo jeito, não tá fazendo bem pra você.
- Você falou "meu namorado" por enquanto nós ainda somos ex.
- É força do hábito, seu idiota!
- Eu aceito.
- Aceita o que, Castiel? Eu não tô te pedindo nada.
- Eu aceito voltar com você.
- Mas eu não. Não gosto de você.
- Não? - Ele pergunta rindo. - Por que não?
- Você não faz meu tipo. - Ele ri.
- Não faço o seu tipo?
- Não, sabe? Eu gosto de caras musculosos, com um cabelo natural, que não sejam bipolares.
- Puta mentira. - Ele diz rindo e eu rio também.
- Fazer o que né?! Ser burra tá no DNA.
- Poxa, obrigado!
- De nada. Estamos aí pra qualquer coisa, né baby?! - Olho para os lados. - Eu estou com a sensação de que eu estou sendo observada.
- Deve ser porque eu estou olhando pra você. Pô Annie, assim não tem como te defender.
- Ai, Castiel! Vou te jogar nesse rio se você não calar a boca.
- Eu também te amo.
- Ô, mas é sério mesmo que você quer voltar comigo?
- Na verdade não. Só quero abusar do seu corpinho porque sua bunda é linda.
- Eu tô falando. - Dou um empurrão nele. - Vou te jogar. - Ele ri.
- Lógico que eu quero voltar. A gente já tentou tudo quanto é tipo de coisa. Namorar, ser amiguinhos, odiar um ao outro, fingir que eu não existo. Esse foi você, não eu. - Rio. - E nada dá certo. Vamos tentar algo novo?
- O quê? Sexo sem compromisso?
- Mas que mente perturbada, Annie. Cruzes! - Rio. - Eu ia falar outra coisa.
- Vindo de você, gato, eu não espero nada.
- Que ideia torta sobre mim. O que você acha de quando nós voltarmos, de a gente... - Ele sussurra no meu ouvido.
- PIROU?
- Por que não? Tá vendo como você é fresca? Chata? Insuportável? Se fosse safadeza, você ia querer.
- Você me acostumou desse jeito, agora te vira, amor. Mas Castiel, é muito "uau" isso. Chamar um monte de gente e dá um puta trabalho.
- Não, não. Não pensa pequeno. Algo mais foda. Qual é a sua grande paixão?
- Eu mesma. - Ele ri. - Zoeirinha... Ou não... Enfim, sei lá. Tirando meus amigos, acho que é coisas antigas e tal.
- Avááááá! Eu sei.
- Então por que é que pergunta? Puta macho chato da porra. - Ele ri.
- Queria ter certeza. Quando nós começamos a namorar?
- Porra, Castiel, não fode. Qual das 300 vezes?
- A PRIMEIRA.
- Essa data aí que você tá pensando.
- Filha, eu tô pensando em 365 datas. Manda bala.
- Impossível porque nós não começamos a namorar todo dia.
- Annie.
- Castiel.
- Fala.
- Tô falando.
- Você não sabe quando nós começamos a namorar? DECEPCIONADO.
- Ué? Você sabe?
- Não. - Rio.
- Tá reclamando do que então?
- De nada. É até um alivio. - Rimos.
- E saber que em poucas horas, nós voltamos.
- E aí? Vai fingir que nada disso aconteceu ou vai agir normalmente?
- Não depende de mim.
- Não? Quem terminou foi você?
- E quem tem que pedir pra voltar, necessariamente sou eu? Não sou obrigada a nada.
- Ui. Sim, você que quis terminar.
- Ah... Fala sério, vocês não estão tendo DR, né?! - Ouço a voz do Dake. Puta merda.
- Que foi, Annie? Ficou mais amarela do que o cabelo dele.
- Não se preocupa, Ann. - Dake diz rindo. - Eu não vou ser um tremendo babaca e dizer que você é péssima na cama na frente de todo mundo. Só quero dizer que se você acha que ele é o cara que te faz feliz, eu estou do seu lado. Não vou te acusar, nem nada disso, só quero te ver feliz.
Fodeu.
- Porra, cara. Você tá bem engraçado.
- Não, Castiel. Não era pra ter tido graça, foi sincero.
- E você acha que eu caio nessa sua histórinha de bom moço?
- Se você não quiser acreditar, cara, um grande foda-se pra você. Quem tem que acreditar, é ela. E eu sei que ela acredita.
- Acredito.
- Você acredita?
- Lógico. Eu não quero estar no meio de nenhuma treta de vocês, e não estou indo por influência de ninguém, a não ser por mim mesma. Mas se vocês querem se matar, okay, vão fundo. Só é uma puta burrice ficarem brigando por uma coisa tão nada a ver. Eu amo o Castiel por mais babaca que ele seja. O Dake sabe disso e veio reconhecer. It's over, meus amores. Já era. Chega.
- Perdão. Enfim, deu horário da minha verdinha, tenho que ir. - Rio e ele vai embora.
- Política.
- Sincera. Você vivem acabando com a amizade de vocês por causa de mim, eu não quero isso.
- Okay, madame. Não falaremos mais sobre isso.
- Eu acho bom mesmo. - Sorrio.
- Vai pensar na minha história?
- Castiel!
- Por favor.
- Eu vou falar com o pessoal porque eles têm que apoiar também.
- Ai, okay. Fala até com o Papa se precisar. - Rio. - Mas rápido.
- Ui, apressadinho. Eu irei.
- Fechado.
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