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História De janeiro a janeiro - Até o mundo acabar


Escrita por: Christinaa

Notas do Autor


Oioioi,

Eu nunca sei o que falar por aqui hahha
Tem uns tempos que comecei a escrever essa fanfic, e dei uma parada. Assisti uns episódios de Orphan e ajudou muito.
DOU UMA BALINHA PRA QUEM ENTENDER AS REFERENCIAS DA HISTÓRIA!
Beijos pra vocês!
Boa leitura!

AVISOS:

>História inteiramente minha
>Plágio é crime
>Personagens são da série Orphan Black
>Espero que gostem!

Capítulo 1 - Até o mundo acabar


Fanfic / Fanfiction De janeiro a janeiro - Até o mundo acabar

 

Um som incessante cercava todo o apartamento, um pouco agudo, e bem alto. A loira coçou os olhos, já irritada com o som que tomou toda a sua mente. Levantou devagar do lugar onde estava, tirando a morena de cima de si, e rumando corredor a fora.

            O vento gelado passou pelo seu corpo, e só assim percebeu que estava nua.  Passou as mãos pelos cabelos, enquanto um enxurrada de imagens vinham a sua mente. Suspirou, enquanto continuava sua caminha, quase pelo apartamento inteiro.

            Chegou até o “quartinho da bagunça” e percebeu que o telefone era o motivo daquele som chato em seus ouvidos. Amaldiçoou Cosima mentalmente, a culpa era inteiramente dela. Desde que entrara de férias, passou a ser totalmente ligada ao 220W, mexendo em todas as coisas na casa. Numa dessas, acabou fazendo o telefone da sala parar, sendo assim, apenas o do “quartinho” funcionava.

—Alô? — Falou ainda com a voz grossa devido ao sono.

—Eu não acredito que você ainda esta na Cosima, Delphine! Puta merda, tantos dias para você se atrasar, e você se atrasa logo hoje? — O homem do outro lado da linha falava nervoso.

—O que aconteceu Félix? — Perguntou ainda confusa.

—O que aconteceu? Paul chegou mais cedo de viagem! E sabe o que mais? Ele já me ligou mil vezes, extremamente puto! E EU NÃO TENHO MAIS DECULPAS PRA DAR! — Berrou já totalmente irritado.

—Ele não voltaria só daqui a uma semana? — Enquanto falava com Félix, puxava os fios de cabelo loiros.

—Mudança de planos, baby! Ele disse que precisa conversar com você urgentemente! Você sabe o que isso quer dizer né?

—Ele provavelmente irá pedir minha mão em casamento... — Suspirou triste, já vendo seu destino.

­­­–– Casamento? — Olhou pra trás de si, encontrando a morena enrolada em um lençol, com lágrimas nos olhos.

—Fee, segure as pontas por ai! — Respondeu rápido ao outro, desligando logo o aparelho.

—Cosima... — Começou tentando aparentar tranquilidade.

—Não Delphine, não... Se é para usar suas milhões de desculpas, nem comece! Eu não posso acreditar que você vai casar com esse cara!

            A de cabelos enrolados começou a caminhar até Cosima, vendo a outra se afastar cada vez mais.

—Não se aproxime! Não se aproxime nunca mais! Eu quero você longe daqui Delphine! — A loira mordeu os lábios, vendo que Cosima já começava a chorar.

—Me escuta, por favor... Você sabe que as coisas não são tão fáceis assim...

—Eu não quero saber se é fácil... Quero que saia daqui... Eu... Você... Você não vê que esta fazendo mal pra mim? Eu te amo Delphine! Por te amar aturo essa merda de noivado seu, aturo todas as desculpas que sempre me dá... Mas, eu não sou de ferro! — Engoliu o choro, passou as mãos com força pelo rosto, e passou a caminhar até mim.  —Você têm noção de quantas vezes eu considerei que isso fosse egoísmo meu? Quantas vezes eu chorei querendo você aqui comigo? Tantas vezes que te imaginei nos braços dele? — Seu tom aumentava gradativamente. — VOCÊ ME FAZ MAL DELPHINE CORMIER!

            Quando Cosima já estava próxima demais, desabou em lágrimas, a garganta apertou, e tudo que ela queria era um abraço da loira. Queria que Delphine abandonasse tudo, e fizesse a escolha correta. Queria, queria e queria... Porém, nada foi como ela esperava.

 

Delphine Cormier

            Engoli o bolo que estava em minha garganta com força, passei por Cosima, e rumei até nosso quarto. Algumas lágrimas escorreram pela minha bochecha, e as limpei rapidamente. Eu não podia desabar agora! Guardou o choro, e pôs–se a se arrumar. Seu corpo tinha o cheiro de Cosima, e nem mesmo quando passou um desodorante o cheiro saiu. Precisava se afastar da outra.  Não se permitiria machucar alguém que tanto ama.  Pegou apenas o necessário, enfiou tudo em sua mochila, e foi em direção a porta.

 —Se você passar por essa porta, não precisa mais voltar! — Olhou pra trás, vendo a outra da mesma forma, a voz estava mais esganiçada, e as mãos puxavam incessantemente os dreads –  totalmente nervosa–.

—Eu preciso ir, não posso continuar te fazendo mal. — Respirou fundo, já abrindo a porta. — Eu te amo, Cosima. — Passou pela porta.

—Eu amo você. — Ouviu a outra responder, bem baixinho.

OoO

            Enquanto dirigia, Delphine tentava se distrair. Pegou um saquinho de balas, e passou a  mastigar todos os doces com raiva. Raiva da situação, de si mesma, e de tudo que estava tendo que abrir mão.

Será que valia a pena tudo isso por trabalho?

            Há anos rema com a barriga um relacionamento com Paul Dierden, tudo por uma fusão de empresas. O pai de Paul é super–amigo do de Delphine, e Paul sempre amou Delphine.

            Sempre foi daquele estilo de homem perfeito, demonstrava que a amava, sempre lembrava das datas comemorativas, presenteava-a com tudo que o dinheiro poderia dar e... E a incentivou a seguir a carreira que sempre sonhou. Cientista. Ultimamente o único patrocinador de suas pesquisas era Paul, ele e a sua empresa.

            Sentia-se muito grata pelo outro, e sempre sentiu a necessidade de casar com ele para compensar. Porém, o destino foi traiçoeiro...

OoO   

Flashback –  1 ANO ATRÁS

 

            Delphine se sentia extremamente boba com aquele capacete e com as joelheiras, mas, não se arrependia. Desde criança sempre quis aprender a patinar, e naquele parque ela teria toda a liberdade de aprender. O lugar era amplo, estava num finalzinho de tarde, e com certeza ninguém a atrapalharia.  Era ainda iniciante e sentia mais confiança ao segurar nas grades, contudo, era preciso se libertar delas.

            Tomou um pequeno impulso, e foi... Sentia o ventinho pelo rosto, a adrenalina, e estava indo muito bem! Afinal, o que a loira não fazia bem? Sempre a melhor aluna, a melhor filha, melhor namorada, e...

—Ahhhhhhhhhh.... — Gritou ao perceber uma moça na sua direção. Estava tão presa nos seus pensamentos, que nem reparou que estava indo rápido demais pra uma iniciante. —SAI DA FRENTE!

            A cacheada gritava atrapalhada, enquanto a de dreads a olhava sem saber o que fazer. Seus olhos ficaram enormes enquanto via a morena a toda velocidade na sua frente. Esticou os braços para conter a outra, e não deu outra, caiu com a outra pelo chão.

—Merda! Merda! Merda! — Delphine pôs as mãos no rosto, totalmente envergonhada. — Você está bem?  — Viu a menor fechar os olhos devagar, respirando pela boca.

—Ficaria muito melhor se você saísse de cima de mim... — Cosima respirava com dificuldades, não sentia raiva, mas sentia falta de ar. Graças ao tombo, e graças a sua asma.

—Oh, claro! Mil desculpas! Eu sou tão idiota né? Uma mulher desse tamanho correndo de patins no parque, eu vou entender se você não me perdoar! Olha posso lavar essa roupa sua, ou comprar uma nova... Você quer que eu te pague um café? Nossa séria bom te pagar um café? Mas, só um café? — Via a outra assentir freneticamente, e não entendia nada. Claro, toda a falação deve ter feito a de cabelos escuros ficar sem ar. Aff, se odiava as vezes por ser tão... Pera, falta de ar! — Cadê? Ai meu deus! Cadê sua bombinha? Me desculpa!

            A maior começou a procurar nos bolsos da outra uma bombinha. As mãos da morena já tremiam, os lábios semi-abertos, e ela apontava para um bolso. Com os joelhos agora no chão, Delphine passou a vasculhar os bolsos da menor. Procurou, procurou... Achou até um “tratamento medicinal”, até que achou a bombinha.

Passou para a menor e aguardou alguns segundos.

—Olha, eu nunca imaginei que fosse ser atropelada por um anjo loiro de patins! — A de Dread´s tentou ser gentil, enquanto ria do desespero da outra. — Se Ele queria me levar, pelo menos mandasse um anjo mais feinho né? 

—Ei, ei... Você tá bem né? — Até as orelhas da loira estavam quentes.

—Poderia estar melhor se você me falasse o seu nome! — A morena estava com a cabeça no chão do parque, talvez a tivesse batido muito forte ali. Era tímida demais no geral, mas sentia uma necessidade de impressionar a outra.

—Delphine! — Delphine sorriu.

—Cosima. — Cosima respondeu sorrindo, com um leve  inclinar de cabeça.

—Encantada! — Devolveu o sorriso a outra.

—Encantada! — Piscou para a loira.

 

OoO

 

            Olhava–se no espelho grande do quarto vendo o quão bonito aquele vestido ficava no seu corpo. Parecia que ele marcava exatamente tudo de bonito que ela tinha. Seja no busto bem preso, a cintura bem marcada, e todo cumprimento abaixo da cintura mais soltinho. Se sentia linda, todavia não tinha um sorriso feliz.

            Olhava pela janela ao lado do espelho, e enxergava um pequeno altar no jardim da casa. Paul com um terno muito bem cortado, sua família toda em volta. Todos pareciam muito felizes. Engoliu em seco, teria que se casar. Sua vista parecia ser pequena demais para conter aquele mar de lágrimas que tinha ali. Um bolo se formava na sua garganta e... Não queria se casar.

            Ouviu passos pelo corredor, e se virou em direção a porta. Os barulhos ficaram mais insistentes, e nada da porta se abrir, foi quando uma Cosima chorosa abriu a porta.

 

 

—DELPHINE! — Ouviu uma voz grossa bradar seu nome, e um tanto confusa olhou em volta.

            Ainda não tinha casado, estava apenas dentro do carro. Uma música calma tocava no rádio, os vidros estavam fechados, e o ar-condicionado ligado. Do outro lado do vidro Paul batia insistentemente no vidro. Desligou o carro, e saiu do mesmo.

—Ei? Tudo bem? Você estava dormindo novamente no quarto? — Paul perguntou preocupado, vincando a testa.

—Paul, eu não quero casar. — Comprimiu a testa, quase chorando.

—Calma Del, calma. — Abriu os braços, me puxando para eles.

—Não, não. Eu não posso fazer isso! Me escuta... — Sentiu o nariz ardendo, já sentindo algo quente escorrendo pela sua bochecha. Paul a apertou mais contra o peito. —Eu não gosto de você, eu...

—Eu sei, calma. — O maior a afastou dos seus braços. —Precisamos conversar! Vamos entrar!

—Não Paul. Desculpa por tudo, mas eu não posso.

—O que eu queria falar, é que eu conheci uma pessoa, Del. Ela se chama Sarah, e eu sinto que é ela a pessoa que eu sempre esperei! — Arregalei os olhos. — Eu só queria te explicar tudo de maneira calma, mas te entendo. Vai lá, vai atrás da Cosima, vai. — Sorriu de lado.

—Como você sabe dela? — Engoli em seco.

—Isso não interessa agora. Vai logo atrás da sua garota! — Fez um gesto como se me mandasse embora.

Beijei sua bochecha rapidamente, e o abracei forte.

—Obrigada. Eu te amo.

—Não fale assim, ainda sou seu chefe. Te quero segunda-feira naquele laboratório! — Sorriu.

—Obrigada de novo!

OoO

            Delphine foi o mais rápido que pode para casa. Finalmente poderia chamar aquela residência de casa, sua casa. Chegou tentando não fazer muito barulho. Encontrou tudo escuro, e não fez muita questão de ligar as luzes. Sabia que a outra deveria estar no quarto.

            Encontrou Cosima em cima da cama, recostada na cabeceira, e puxando com força o ar da bombinha. Muitas lágrimas passavam pela sua bochecha. E seu corpo parecia coberto apenas por uma das blusas da cientista.

—Ei... — Delphine falou baixo, vendo os olhos da outra em sua direção. Estava muito frio, e a loira não sabia se a morena tremia de frio ou pelo choro.

—O... que... você esta fazendo... aqui? — Soluçava baixinho, ainda usando a bombinha.

—Olhe para mim. — A morena a olhou. — Tudo bem, me escute.

Cosima ia falar mais alguma coisa.

—Continue respirando. — Delphine disse calma, esperando que a outra se acalmasse.— Eu estou bem aqui.

A de Dreads a olhava sem acreditar, queria responder a outra de mal jeito. Mas sentia frio, sentia saudades, queria a outra por perto. Que se dane as explicações. Cosima enfim parou com a bombinha, olhando para a outra, esperando ela se aproximar. Delphine puxou as cobertas, e puxou a menor. Queria a manter aquecida, queria estar com ela.

—Vou te manter aquecida. — Sorriu de lado, sentindo os olhos novamente se encherem de lágrimas. — Terminei com o Paul, sou apenas sua agora.

Cosima puxou a roupa da maior, a mantendo próxima, tão próxima que logo conseguiu juntar os lábios.

—Eu te amo Cosima. — Disse assim que os lábios se separaram.

—Eu te amo Delphine. — Disse assim que o ar retomou a ela.

 



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