Não demorou para que Dragion chegasse ao bairro onde a família da melhor amiga morava. Como era um feriado, sabia que Yukino estaria em casa. Assim que chegou à residência da prateada, tocou a campainha e esperou pacientemente alguém atender. Em menos de dois minutos, sua tecladista favorita apareceu no portão, sorrindo de canto enquanto o encarava.
— Não vai me cumprimentar não? — Ela deu espaço para que entrasse, e ele o fez, olhando-a com a sobrancelha arqueada.
— Já nos vimos hoje, anjo — Respondeu rapidamente, arrancando uma risada fofa da anfitriã.
— Eu estou indo na casa do Gray. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar.
— Ué... ele não ia sair com a Juvia?
— Aparentemente, quando ele passou na casa da amiga de vocês pra buscar ela, descobriu que ela foi viajar a trabalho com o Professor Bickslow e o Lyon. Aí, ele ficou puto e me chamou pra ver um filme com ele. — Explicou de forma serena, arrancando um sorriso sarcástico do vocalista da banda.
— Eu estou cansado de tá certo.
Os olhos castanhos reviraram ao escutar o bordão que tanto detestava.
— Sabe que odeio essa frase, né? Aliás... já vai completar 3 meses essa semana. Até quando preciso continuar com esse teatro? — Encarou o líder seriamente, fazendo-o suspirar.
— Desse mês não passa, te garanto isso! Agora, to indo. Divirtam-se e usem camisinha! — Acenou e assistiu Angel lhe mostrar o dedo do meio enquanto andava para fora do quintal da casa.
Assim que a viu dobrar a esquina, abriu a porta e andou pelo corredor japonês. Igual a ele, a companheira de banda não prezava por ostentar sua riqueza, morando em uma casa simples, mas chique e confortável. Andou até a sala de estar, onde Yukino estava sentada no sofá preto, assistindo algum dorama, as malditas novelas japonesas que o rosado detestava ver com ela. Ele se jogou no sofá ao lado dela, que o ignorou, concentrada na série.
— E aí, como você está? — Perguntou, se aconchegando no braço do sofá. Como já esperava, ela o ignorou.
— Você não respondeu às minhas mensagens. — Novamente tentou chamar sua atenção, mas a prateada continuava o ignorando.
— Certo... — Pegou o celular da garota, parando a série na TV e ganhando um olhar irritado dela.
— Me devolve! — Pediu, tentando pegar o aparelho do Dragion, que sorriu de canto.
— Não, porque... eu vou fazer o que você quer... que é explicar porque tratei a namorada do Sting daquele jeito. É por isso que está brava, não é?
— Olha só, ele se tocou... é óbvio que estou irritada por causa disso. Não foi você que ficou lá com cara de trouxa, sem entender o que estava acontecendo. A pobrezinha da menina estava totalmente sem graça. O Sting precisou levar ela embora porque estava muito envergonhada! — Ela estapeou o braço do melhor amigo, completamente furiosa.
— Nossa, que dó... — Ironizou, recebendo outro tapa ardente no braço.
— Para de graça!
— Ai! Eu vou te contar as coisas, só que tal você primeiro me oferecer algo, já que é dever moral quando alguém recebe uma visita — Alfinetou a prateada, que bufou se levantando.
— Certo, mas vai tomar suco e não café! — Disse de forma autoritária, indo em direção à cozinha e retornando em 3 minutos com um copo de uma bebida vermelha.
— Suco de goiaba. Aqui está. — Entregou para o maior e se sentou ao seu lado, cruzando os braços.
— Muito bem... como já deixei claro, ela e eu temos uma história. E se eu pudesse resumir, seria um filme clichê da Netflix que termina de forma trágica, porque as verdadeiras histórias terminam desse jeito.
— Porque você é um chato, sabia? É um entretenimento seu bobo. É por isso que é bonitinho. Não precisa ser trágico, porque de trágica já basta a vida. — Ela retrucou, fazendo o vocalista revirar os olhos. Preferiu não dar pitaco sobre aquela visão dela, se o fizesse, resultaria em discussão, e ficariam nisso a vida inteira.
— Certo... o meu pai e a mãe dela são amigos de infância. Então, quando eu nasci, ele chamou, os pais dela, pra serem meus padrinhos. E quando a Heartfilia nasceu, eles chamaram os meus pais para serem os padrinhos dela.
O pequeno Natsu corria em alta velocidade pelas ruas do bairro onde morava até finalmente chegar à casa dos padrinhos. Em sua mochila, trazia todo tipo de guloseimas e agrados para sua melhor amiga, Lucy Heartfilia. Assim que chegou ao portão da enorme mansão Capricórnio, o porteiro o deixou entrar. Na porta da frente estava Layla, sua madrinha e dona da casa. Ao vê-lo, pegou o afilhado no colo, beijando sua bochecha.
— O que está fazendo aqui, mocinho?
— Minha mãe me contou que a Luce está doente, aí vim tentar animar um pouco ela — explicou determinado, arrancando uma risada agradável da mais velha.
— Eu agradeço. Ela fica bem desanimada quando a sinusite dela ataca. Desde que não tenha sorvete aí com você, eu permito vê-la. — Rapidamente, ela colocou o afilhado no chão, que se esticou nas pontas dos pés para beijar a bochecha da matriarca, que sorriu, observando o rosado correr para dentro da casa.
Ele subiu as escadas ágil até chegar à porta branca com flores rosas, idêntica à da Boo de Monstros S.A. A abriu, deparando-se com a amiga assistindo a algum dos trocentos filmes da Barbie que ela amava tanto. Demorou mais do que alguns segundos para a loirinha pausar o filme e abrir um belo sorriso ao ver o melhor amigo na porta, abrindo os bracinhos.
— Natsuuuu! — Astutamente, o Dragneel a abraçou, sorrindo de canto.
— Pra quem está doente, você está bem felizinha, hein — respondeu, apertando o nariz dela, que riu pelo ato.
— Hehe, o fato de você estar aqui já me anima. Agora vou ter companhia pra ver Barbie! — Apontou para a tela, abrindo um sorriso de orelha a orelha, fazendo o Dragneel quase se arrepender de ter ido ali. Mas era só quase; tinha um enorme carinho por Lucy, então não se importava de assistir desenhos com ela. Claro que preferia assistir Dragon Ball a ver o desenho da boneca loira mais famosa do mundo, mas mesmo assim assistia porque adorava a amiga. Retirou a mochila das costas, tirando para fora um pacote de biscoitos, um saco de jujubas, balas de alcaçuz, tudo para agradá-la. Ela sempre ria e o abraçava com força, como se ele fosse um urso de pelúcia no qual tinha muito apego e possessividade.
— Lu-Luce, eu não consigo respirar… — Resmungou, inflando as bochechas, com os lábios cheios de gloss de morango. Lucy selou sua bochecha, deixando-o corado com o ato doce.
— Natsu, muito obrigada por vir passar o dia comigo. Eu já me sinto muito melhor!
— Fico feliz, Luce. Pode sempre contar comigo pra te animar!
— Promete pra mim? — Ela esticou o dedo mindinho, e o rosado entrelaçou o seu ao dela, sorrindo.
— Prometo!
— Own, eu achei isso muito fofo de vocês dois — Yukino exclamou após a explicação de como era a amizade deles na infância.
— É, diziam que éramos fofos mesmo, mas isso foi quando tínhamos oito e nove anos, éramos verdadeiramente inseparáveis até por volta dos 12 a 13 anos, quando ela conheceu o Sting e começaram a namorar.
Os olhos castanhos piscaram incrédulos ao escutar a informação, olhando o amigo de maneira assustada.
— Sting e Lucy começaram a namorar aos 14 anos?
— Jude Heartfilia, meu padrinho, é um empresário, e diferente da Layla, não é a pessoa mais sensata do mundo. Ele age por negócios e pelo trabalho dele. Então, tudo que ele podia fazer na época para conseguir firmar algum contrato, ele faria, incluindo forçar sua filha caçula a se aproximar do filho de um sócio para que eles se interessassem um pelo outro e formassem uma aliança entre as empresas para seu benefício próprio — explicou calmamente.
— Esse é o motivo?!
— Sim, mas isso não vem ao caso. O que importa é que, depois que ela começou esse namoro, fui notando que ela estava se afastando. Um dia, enquanto fui visitá-la, escutei ela conversando com as amigas sobre mim, e não foi algo legal de se ouvir.
〔✤〕
Já havia se passado três semanas desde que não via a melhor amiga, tudo por culpa de Sting Eucliffe, o loiro mais esnobe que já conhecera. Sendo uma sexta à noite, sabia que ele não estaria por perto para encher seu saco e atrapalhar seu tempo com Lucy. Sempre que ia visitá-la, ele estava e roubava toda a atenção dela para si. Era muito irritante, principalmente porque tudo que ele fazia a deixava maravilhada. Não sabia o que estava sentindo, mas era um sentimento de incômodo horrível. Quando contou para sua mãe e sua madrinha, as duas riram, dizendo que ele estava apenas com ciúmes. Balançou a cabeça, ignorando esses sentimentos estranhos, passando pelo portão, cumprimentando Capricórnio, adentrou o quintal e entrou na casa. Subiu as escadas até o segundo andar, e assim que ia abrir a porta, escutou a conversa vindo do lado de dentro. Não demorou para reconhecer as vozes: Erza Scarlet, sua prima mais velha, e Levy McGarden, a melhor amiga da Heartfilia. Ambos discutiam, às vezes por causa da atenção da loira, mas agora se entendiam, tudo pela antipatia que sentiam pelo Eucliffe.
— Não, definitivamente não… toda vez que você nos chama para irmos tomar sorvete juntos, eu e o Natsu acabamos segurando vela pra vocês! — a baixinha de cabelos azuis resmungou irritada. Era sempre assim. Toda vez que saíam pra fazer algo, Jellal e Erza, Gray e Juvia, e, por fim, Lucy e Sting, agiam como casais, deixando os dois de lado.
— Não se preocupe, o Natsu não vai dessa vez… — A dona da casa respondeu, ganhando olhares surpresos das amigas.
— Sting-kun não gosta do Natsu, então, como não quero que ele fique chateado, eu prefiro não chamar ele.
— Mas, Luh, se você fizer isso, quem vai ficar chateado é o Natsu, né? — Erza chamou a atenção da loira, que deu de ombros.
— Ah, não posso agradar a todos, e antes o Natsu do que o Sting-kun.
Os punhos se fecharam, os olhos arregalaram, e a tristeza invadiu seu peito. Não acreditava que Lucy preferia deixá-lo de lado ao invés de argumentar com o “namorado” que ele fazia parte da sua vida e que ele deveria ir. Sendo assim, deu as costas e saiu da mansão.
〔✤〕
Yukino estava em silêncio enquanto encarava o Dragion, que agora estava de braços cruzados. A expressão em seu rosto era de indiferença; contar aquela história parecia o afetar, mas a típica cara de tédio continuava presente em seu semblante.
— Eu estou tão confusa… o Sting não gostava de você? Ele te idolatra!
— Agora, antigamente, ele era um pé no saco. Enfim… continuando… Layla convenceu Lucy a voltar a me chamar para fazer as coisas, mas aí começou uma fase infernal na minha vida. A fase onde Sting me ameaçava, batia, e fazia bullying comigo. Foi assim o ensino fundamental inteiro porque aquele idiota se mudou para a academia, já que ele estudava em Edolas antes. E, por fim… chegamos às férias do primeiro ano do ensino médio. O Sting me deixou muito puto nesse dia quando ele rasgou um presente muito importante que ganhei da minha madrinha. Então, em um ato de impulso, o soquei no nariz, que quebrou. Aí, como vingança, ele falou pra Lucy que eu tirava fotos dela enquanto ela dormia. Enfim… depois disso, ela começou a cortar as formas de nos comunicarmos, e no fim da tarde, ela foi em casa e terminou nossa falsa amizade. FIM. — Resumiu de forma detalhada para que não houvesse dúvidas para a prateada. Assim que finalizou a história, deu play no dorama e se endireitou no sofá, descansando as costas. — Entende agora por que a tratei daquele jeito?
Suavemente, ela tocou sua mão, o fitando. Era visível que a garota de cabelos curtos agora entendia o motivo da grosseria "gratuita" do rosado com a Heartfilia.
— Eu sinto muito, Natsu… eu não sabia que as coisas entre vocês eram tão… tensas. Quer dizer, eu notei que você estava estranho na Tartarus, mas não imaginei que fosse ser assim…
— Tudo bem, desde que você entenda meus motivos
, é o que importa. — Respondeu dando de ombros.
— Mas… você se importa se eu te fizer uma pergunta?
— Não.
— Você já pensou em conversar com ela?
Os olhos verdes fitavam o rosto da amiga como se ela tivesse dito alguma piada. Natsu arqueou a sobrancelha, esperando ela dizer que estava zoando para quebrar o clima. Assim que Yukino notou que ele esperava algum complemento de sua pergunta, ela suspirou.
— É que isso aconteceu quando vocês eram adolescentes, quase crianças. Podiam tentar conversar agora que estão mais velhos. Talvez ela tenha mudado e tenha se arrependido.
— Ah, Yuki… — Soltou uma risada. — Você é muito fofa, sabia? Eu não ligo nem um pouco se ela mudou ou não. Isso não me interessa. Agora é tarde demais.
Pela maneira como o rosado respondeu, ela agora tinha certeza de que sua teoria estava certa. Não havia acontecido só isso entre aqueles dois; o melhor amigo estava omitindo alguma coisa. Mas não queria pressioná-lo a isso. No entanto, ainda algumas dúvidas permaneciam em sua mente.
— Mas tem mais uma coisa que eu não consigo entender… por que você perdoou o Sting? Quero dizer… você o ajudou quando aquilo aconteceu.
— Eu nunca esperei nada dele. Eu simplesmente o odiava, mas ele mudou e parou de fazer bullying com os outros. Isso o torna tolerável… por isso o ajudei.
— Mas…
Antes que ela completasse, ele a interrompeu.
— Como eu disse, nunca esperei nada do Sting, ao contrário da Lucy. Ela sempre foi minha melhor amiga, minha parceira. Eu faria de tudo por aquela garota naquela época porque eu era estupidamente apaixonado por ela. Mas ela pegou toda a nossa amizade e jogou no lixo. Por isso, tenho mais consideração ao namorado dela, que fazia bullying comigo, do que com ela. — Respondeu, soltando um resmungo ao se espreguiçar e focar toda sua atenção na série. Já havia explicado tudo a Yukino e sabia que agora não tinha mais motivos para ela estar brava. No entanto, ela desligou a TV e se levantou.
— Eu estou assistindo isso desde as oito da manhã, vamos dar um passeio? — Encarou-o, arrancando um resmungo do rosado. — Ah, Yuki… qual é, sério mesmo?
— Sim, vai ser divertido! — Puxou-o pelo braço de forma animada, o fazendo suspirar e se levantar. A garota correu para seu quarto para trocar de roupa, e logo depois, os dois saíram.
Natsu até que estava se divertindo. Não necessariamente em fazer compras, mas gostava de ver a melhor amiga feliz. Sem dúvidas, comprar coisas deixava a Agria animada, e as caras e bocas que ela fazia ao ver o preço de cada peça de roupa arrancavam risos do rosado. Nem parecia que estava super estressado no começo daquele dia. No entanto, tudo que é bom dura pouco, e seu mal-humor voltou com tudo quando, enquanto caminhavam em direção à sua moto, escutou uma voz desagradavelmente alta e conhecida comentar com alguém algo que lhe chamou a atenção.
— Porra, eu teria fodido aquela ninfeta nerd se não fosse aquele cabeça de merda estragada! — Midnight vociferou irritado, comentando com o homem ao seu lado, que soltou uma risada macabra. Yukino se encolheu ao lado do rosado, que levou o dedo indicador aos lábios, pedindo para ela ficar quieta enquanto escutava a conversa deles.
— Relaxa cara, pode fazer isso amanhã, não é? Afinal, ela fica na biblioteca o tempo inteiro…
Um cara baixinho de cabelos volumosos presos para trás por uma faixa que adornava desenhos cruzados nas laterais, e que tinha um debrum azul, possuía cicatrizes em ambos os lados das bochechas e olheiras escuras sob os olhos. Vestia uma camisa de manga longa branca, por cima usava um colete roxo, calças roxas e tênis piratas de uma marca famosa.
— Tem razão, Zoldeo. Me vê aquela paradinha que vou fazê-la beber, e aí não vai ter como ela me recusar. E aí eu vou fodê-la com muita força! — Lambeu os lábios, recebendo um saquinho pequeno. — Pode usar. Ela vai virar uma ninfomaníaca com apenas 15 gramas disso! — O estranho se glorificou do conteúdo dentro do saco. Maku sorriu maldosamente.
— Ai sim, meu garoto! Se eu conseguir, vou te dar um aumento! — Midnight gritou, se afastando do tal Zoldeo.
Assim que observaram o gótico se afastar, Yukino suspirou, balançando a cabeça em negação.
— Olha o traste que minha irmã resolveu namorar...
— Yuki… me faz um favor? — Natsu, que estava em silêncio, chamou a atenção da amiga, que se virou para olhá-lo. — Fica aqui. Eu já volto, tá? Eu quero fazer umas perguntas para aquele sujeito.
O tom de voz chamou a atenção da garota. Não era a primeira vez que o timbre entediado do rosado mudava. Poderia contar nos dedos as vezes que viu o rosado se incomodar. Apenas confirmou em silêncio e ficou por ali, apenas escutando o que iria acontecer em seguida.
O Dragion se aproximou do traficante de Uchiyama, chamando-o.
— Ai, ô esquisito, vamos trocar umas ideias...
Em questão de segundos, ele imobilizou o homem, segurando-o pelos dois braços enquanto o rosto estava esmagado contra a parede, e o pé esquerdo apoiava o ombro do traficante com força.
— É o seguinte… há três garotas na minha academia que vivem na biblioteca, e para a infelicidade de vocês, eu sou ligado a todas elas. Então, acho bom me dizer com qual delas o seu chefe está querendo se divertir. Caso contrário, vou quebrar esse seu braço!
Zoldeo se espantou. Afinal, aquele cara havia aparecido do nada e conseguido paralisá-lo com muita facilidade, mesmo sendo mais velho que o garoto de cabelos rosados.
— Olha, garoto, está cometendo um grand...
Antes que pudesse terminar sua frase, sentiu o corpo ser jogado pra frente, e em seguida uma pressão em suas costas o empurrou com tudo para a parede, agora com mais força.
— Quem está cometendo um grande erro é você... escuta, você tem três strikes. O primeiro é um alerta, é a oportunidade de fazer a coisa certa. No segundo strike, eu já sou um pouco mais agressivo. Serve para a pessoa que estou subjugando entender que não estou brincando. — O Dragion, que pressionava o corpo do negociante contra a parede com o pé, em um rápido movimento, desceu a perna e segurou a cabeça de Zoldeo pelos cabelos, batendo com ele contra a parede. — Por fim, o terceiro, que é quando eu cumpro a minha promessa. Então... vou perguntar de novo: qual delas é a garota que seu chefe quer "brincar"? Diga o que sabe!
— Olha, pirralho, eu só sei que ela tem cabelos coloridos!
— Ah, sei... — E novamente chocou o rosto do homem contra a parede. O mesmo soltou um resmungo de dor. — Porra, por que fez isso? Você quebrou meu nariz! — Zoldeo exclamou, um misto de raiva e dor. O nariz estava entortado para o lado, enquanto sangue escorria da testa e das narinas. — Todas elas têm cabelos coloridos. — E rapidamente, e novamente, ele tinha sido imobilizado, dessa vez com o cotovelo sendo prensado contra o antebraço esquerdo. — Strike 2... Zoldeo-san, mais um, e eu quebro o seu braço. Entenda, ainda dá para você sair só com o nariz quebrado... é a última chance. Quem é a garota?! — Empurrou com força e segurando a mão do mesmo braço imobilizado para baixo, em um movimento só quebraria o antebraço dele em plenos pulmões. O homem gritou em desespero.
— L-Levy! O nome dela é Levy! — Assim que escutou o nome, em um movimento rápido, o soltou.
— Você sabia o nome desde o começo? Vai embora antes que eu me arrependa de te deixar ir.
— S-Se
u desgraçado, você vai v... — Assim que Zoldeo se virou para correr, recebeu uma cotovelada na nuca, o derrubando no chão desacordado.
— E me arrependi... pena que sou rápido, né? — Ironizou, soltando um suspiro cansado e bagunçando os cabelos róseos. — Yuki, acabou. Pode sair daí.
Cautelosamente, a Agria apareceu do beco, desviando o olhar do homem caído no chão.
— Esse não vai mais incomodar por hora. Vem, eu vou te levar pra casa! — Disse, apontando para a moto estacionada próximo dali. A garota confirmou em silêncio, subindo na garupa assim que ele montou no veículo, partindo dali. A deixou em casa em segurança e depois voltou para a cidade, parando na praça das fadas, um lugar espaçoso onde muitas pessoas passavam por ali para tirarem fotos da fonte no centro, se sentar para namorar, descansar ou apenas conversar. Logo que chegou, retirou o celular do bolso, caçou o contato com quem queria conversar e apertou o botão do telefone, esperando o outro lado fazer o favor de atender.
— Masoquista dos infernos!
— Masoquista é o seu pai! O que é que você quer?
— Ainda tá no cinema?
— Sim, acabamos de sair, estamos indo tomar sorvete agora. Mas e aí, por que me ligou?
— Foda-se o sorvete, Jellal. Aconteceu alguma coisa com a Levy. Fala pra Ultear deixar a Meredy em casa e vem pra praça das fadas!
Assim que desligou, procurou o contato de Gray no WhatsApp e enviou um áudio para o melhor amigo.
— Nudista, pega a Sorano e vem pra praça das fadas agora!
[✤]
Gajeel, Levy, Lucy e Sting tomavam o café da tarde enquanto conversavam a respeito da banda Dragon Cry. Somente agora a Heartfilia estava sabendo dos amigos; ela já havia os escutado, mas nunca tinha visto nenhum clipe e muito menos sabia que o Dragneel era o vocalista. Se surpreendeu, apesar do rosado ter feito aulas de música com ela quando criança, nunca ter se mostrado querer seguir em frente com essa ideia de cantar. Enquanto comiam, a música "Psychosocial" do Slipknot explodiu no bolso do Redfox, que suspirou ao ver o número do primo.
— Ah, que legal... Natsu me ligando, com certeza não pode ser coisa boa...
— Coloca no viva-voz! — O Eucliffe pediu, e o cabeludo apenas aceitou.
— Fala, cara!
— Gajeel, você já terminou seu encontro?
— Já. Por que quer saber?
— Não importa... a Levy tá com você?
— Tá sim, inclusive estamos na casa da sua madrinha.
— Não me interessa onde vocês estão! Venha pra praça das fadas agora!
— Hã... agora?
— Não, amanhã! É óbvio que agora, vem logo!
— Ah, deixa de ser chato, porra, eu tô comendo agora!
— Gajeel, parece que você não está entendendo eu não tô pedindo pra você vir, eu tô mandando. Vem logo!
O Redfox resmungou, desligando o celular e revirando os olhos. Virou-se para a Mcgarden.
— Baixinha, aconteceu alguma coisa, e o Natsu tá estressadinho. Por algum motivo, ele quer que eu leve você, então poderia ir comigo até a praça das fadas?
— Por mim, tudo bem, desde que voltemos aqui depois para falarmos com a Layla.
— Sim, eu não esqueci disso.
— Espera, Gajeel, se o Natsu-san tá chamando, eu vou também! — Sting disse, se levantando, deixando a loira com um ponto de interrogação na cabeça. Nunca iria entender o porquê dessa "devoção" do namorado ao ex-melhor amigo.
— Se você vai, eu também vou! — Exclamou, decidida. O Redfox encarou a Heartfilia e sorriu de canto. Sabia que o rosado iria odiar vê-la ali, e como estava puto com a "ordem", nada melhor do que se vingar do primo.
Natsu aguardava ansiosamente seus amigos na praça, junto à fonte principal. Seus braços estavam cruzados, e ele olhava para os lados, buscando rostos conhecidos. A luz suave da praça destacava a expressão determinada em seu rosto. Não demorou muito para ouvir alguém chamando seu nome, e ao se virar, identificou rapidamente o Fernandes. Os cabelos azuis escuros do amigo estavam molhados de suor, acentuando sua corrida até ali. Vestia uma camisa preta e uma camisa de manga longa branca amarrada na cintura. Seus tênis de marca e calças jeans escuras completavam o visual casual, mas ainda assim, imponente.
— O que aconteceu com a Levy?! — Ele segurou o rosado pelos ombros, sacudindo-o com urgência.
— Se acalme e espere o Gajeel chegar! — Pediu Natsu, tentando conter a ansiedade.
O Fernandes bufou, visivelmente irritado, tentando acalmar sua respiração após a corrida intensa. Do outro lado da rua, o Nii-san prateado estacionou, e com agilidade, Gray, Erza e Sorano desceram do veículo. Caminharam em direção ao grupo, cada um exibindo sua própria expressão de preocupação. Gray, vestindo uma camisa regata azul, bermudas brancas e chinelos, revelava sua pressa e apreensão pela forma como se apresentava.
— Por que pediu para vir aqui? — Indagou Gray, dirigindo-se a Natsu.
— Hm… não sabia que a Erza estava com você… — Resmungou, bagunçando os cabelos rosados. Observou a ruiva beijar o namorado nos lábios, cumprimentando-o, enquanto a atmosfera se tornava mais tensa.
— Espera o Gajeel… — Repetiu Natsu, dirigindo-se a Gray, antes de finalmente mencionar seu primo o metaleiro chegou acompanhado de Sting, Lucy e, especialmente, Levy.
— Pronto, capeta, estou aqui. O que você quer? — Redfox provocou, dirigindo-se a Natsu.
Os olhos verdes de Natsu fitavam intensamente a loira, fazendo-a bufar de frustração. não esperava a presença dela, mas decidiu ignorá-la por enquanto. Ele caminhou em direção ao grupo, passando reto pelo primo e pelo casal, até ficar frente a frente com Levy. Ele se abaixou à altura dela, olhando-a nos olhos de maneira séria, o que a intimidou.
— Levy… você está bem? — Perguntou Natsu, preocupado.
— Eh? — Ela estagnou, olhando-o completamente confusa. — Sim, estou bem…
— Seja sincera! Está mesmo bem? — Insistiu Natsu.
— Eh… estou, por que está perguntando?
— Porque eu escutei o que o Maku tentou fazer com você…
Os olhos cor de mel de Levy se arregalaram ao ouvir o que o rosado havia dito.
— Espera aí, como você soube disso? — Gajeel se intrometeu, encarando o primo de maneira séria.
— Escutei ele comentando com um dos traficantes dele!
— Filho da puta! Como que ele comenta uma merda dessas desse jeito?
— Espera aí, tá falando sério? — Jellal, agora entrando na conversa. — Que merda ele fez?
— Ele tentou… tentou… se não fosse o Gajeel… ele teria me… me… — Ela não conseguia nem terminar a frase, então Natsu a acalmou.
— Já está bom, Levy, não precisa dizer mais nada. — O Dragion acariciou os cabelos azuis em um gesto carinhoso, surpreendendo a baixinha. Seu olhar confuso encontrou o de Lucy, que observava a cena de maneira reflexiva. As peças começavam a se encaixar para Heartfilia; não era à toa que Levy queria conversar com sua mãe, uma advogada conhecida na região. Certamente, ela buscava abrir uma queixa contra o tal "Midnight", mas não dessa maneira.
Jellal estava irado, sua raiva era compreensível, pois era o responsável por Levy, e nesse momento, suas emoções estavam à flor da pele.
— Eu vou matar aquele cara! — Ele explodiu, suas palavras carregadas de fúria.
Erza, consciente da necessidade de acalmar o namorado, envolveu-o com seus braços, abraçando-o por trás na tentativa de acalmá-lo.
— Acalme-se, não vai fazer nada agora. O que temos que fazer é denunciá-lo — Scarlet sugeriu transmitindo firmeza e apoio.
Lucy, também buscando acalmar os ânimos, colocou a mão no ombro do azulado, oferecendo palavras de conforto.
— Sim, fazer as coisas de cabeça quente não é bom! — disse Lucy, compartilhando um olhar solidário com Erza.
Gajeel, expressando sua frustração, revelou:
— Confesso que não arrebentei ele ali porque Azuma e Racer apareceram logo em seguida, mas a falta de vontade não me faltou...
Natsu, centralizando a atenção do grupo, explicou por que os havia convocado:
— Foi por isso que chamei vocês aqui, precisamos fazer algo! Não é de hoje que eu tô de saco cheio do Uchiyama e os amigos irritantes dele. Não tinha feito nada ainda porque estava esperando ele me dar um bom motivo, e ele me deu dois de uma vez...
Ele olhou para Levy com uma expressão séria e determinada.
— Levy, apesar de não nos falarmos muito, você faz parte da turma. É prima do Jellal, e nos conhecemos desde criança. Eu me importo com você, então se alguém te fez algum mal, estou mais do que disposto a devolver o dobro pra essa pessoa.
Gajeel, animado, abraçou o rosado pelo ombro.
— Agora eu gostei de ver! Vamos surrar aquele otário!
— Bora! — Fernandes incentivou, e Sting, empolgado, gritou em apoio.
Lucy, surpresa, piscou os olhos desacreditada com o que estava assistindo, mas rapidamente focou na situação. No entanto, Gray parecia indeciso sobre o que fazer.
— Isso é muito complicado… — Gray, pensativo, bagunçou os cabelos. O grupo estava dividido; Natsu, Sting, Gajeel e Jellal estavam dispostos a buscar Maku e fazerem justiça com as próprias mãos, enquanto Erza e Lucy queriam levar Levy para a delegacia a fim de que ela o denunciasse.
— Eu concordo com as meninas. Precisamos ser sensatos. Não vai ser a primeira vez que denunciaram o Midnight. Isso será convincente o suficiente para a polícia levar a sério a denúncia. — O Fullbuster disse finalmente se decidindo, ganhou um sorriso das melhores amigas, fazendo Natsu revirar os olhos.
— Muito bem, está 3x3. Só faltam vocês duas.
— Natsu, isso não é uma competição; isso é sério! — Scarlet gritou, irritada, observando o primo revirar os olhos.
— Ela tem razão. Aliás, não devíamos nem cogitar isso, pelo amor de Deus. A vítima foi a Levy-chan. — Lucy chamou a atenção para si. — Ou seja, ela que decide o que vamos fazer. Eu sei que está com medo, amiga, mas precisa fazer isso. Eu juro pra você que minha mãe vai assumir isso e fazer com que ele pague. Você só precisa tomar o primeiro passo. Você não vai estar sozinha! — Ela segurou as mãos pequenas de Levy, que abriu um sorriso doce, abraçando a loira com força.
— E-Eu quero denunciá-lo!
— Se é o que a baixinha quer, então está mais do que decidido! — Gajeel mudou rapidamente de ideia ao perceber a decisão da garota que amava. A raiva deu lugar à preocupação, e ele notou que o mais importante era cuidar da garota, não resolver as coisas como antigamente.
— Onde estou com a cabeça? — Fernandes balançou a cabeça como se a ficha tivesse enfim caído. — Levy é a prioridade. O que ela quiser fazer é o que faremos!
Todos aos poucos concordaram que o melhor seria denunciar Maku Uchiyama na delegacia mais próxima. No entanto, antes de irem, Dragion chamou a atenção para si.
— Certo, se querem fazer isso, façam. Eu não vou, porque sabem que não tenho um bom relacionamento com o Delegado Arcadius. Me mandem notícia. Aliás, Sora! — Ele chamou a atenção da parceira, que se virou para olhá-lo.
— Vá com eles. Pode contar tudo sobre nosso plano! — Disse, encarando a amiga, que se assustou com o pedido, mas confirmou.
— Do que estão falando?! — Gray se intrometeu mais rapidamente, e ela o cortou.
— Eu conto depois. Vamos logo! — Apontou para o carro.
Ficou decidido que no carro de Gray iriam Gajeel, Levy, Erza e Sorano. Já no carro do Eucliffe, seriam Lucy e Jellal, já que Natsu iria embora de moto. Logo após todos partirem em direção à delegacia, o rosado tomou o caminho contrário de sua casa. Era óbvio que terminaria assim desde o começo. Queria que os amigos levassem a Mcgarden para a delegacia para denunciar o Midnight porque era o certo a se fazer, não é? Sim, o Natsu de antigamente com toda a certeza pensaria assim. Não o de agora.
Ele não tinha mais paciência para o politicamente correto. Ele fazia o que tinha que fazer, e era justamente o que estava planejando.
No fundo, foi até bom ver Lucy ali porque isso quase o fez apenas deixar as coisas nas costas dos amigos. Eles se iludem facilmente, achando que Arcadius iria resolver alguma coisa. No máximo, só acrescentaria mais uma denúncia nas costas de Maku, e novamente ele sairia impune. E já estava de saco cheio. Não demorou para receber uma localização em seu WhatsApp, mostrando onde o gótico estava. Em cerca de 40 minutos, chegou ao local indicado, um beco. Passou por uma viela com a moto e estacionou em cima. — Te encontrei! — Exclamou, se aproximando do grupo, formado por Rustyrose, Totomaru, Racer, Azuma e, por fim, o líder do bando, Maku.
— N-Natsu? O que está fazendo aqui?
— Puta merda, foi ele! — Rusty apontou o dedo engessado para Dragion, que sorriu maldosamente ao ver que o cara de cabelos prateados se lembrava dele.
— Foi esse puto que quebrou os nossos dedos! — Maru também apontou, dando alguns passos para trás.
— F-Foi ele? — Midnight se virou para os amigos, afastando-se sutilmente.
— Eu te avisei para não passar dos limites… — Murmurou, estalando os dedos das mãos e movimentando a cabeça de um lado para o outro em um alongamento.
— E-Espera, eu sei que não obedeci a respeito da venda de drogas, mas não tem problema. Eu te passo todo o dinheiro que recebi! — Maku exclamou, assustado.
— Dinheiro? Eu não quero seu dinheiro. Eu estou aqui para cumprir o que prometi! — Partiu em direção a ele, que empurrou Racer para frente para que ele lidasse com o rosado. O loiro segurava um taco de beisebol, avançando contra Dragion, que desviou se abaixando. O ataque passou raspando. Novamente, tentou acertá-lo, agora pela lateral, mas ele desviou sem problema nenhum.
Quando ia repetir o golpe como contra-ataque, segurou-o, impedindo-o de continuar, e o empurrou para frente, acertando o nariz do loiro, que gritou com o choque da arma branca contra sua pele. — Porraaaa! Meu nariz! — Antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, recebeu um chute lateral contra seu rosto, o jogando no chão. Assim que derrubou o mais rápido, Dragion pegou o taco e sorriu de canto, chamando Rusty e Maru para a luta, que, assustados com a possibilidade de tomarem outra surra, fugiram, deixando apenas Azuma e Midnight.
— Covardes. Eu tenho que fazer tudo sozinho! — O mais alto partiu em direção ao agressor. Jogou o bastão para o lado e esperou os primeiros golpes. Ele era ágil, isso tinha que admitir. Os primeiros socos foram interceptados com facilidade. — Hum… ele é bom! — Pensou enquanto trocavam golpes. Os próximos ataques foram desviados, com o rosado apenas andando para trás enquanto esquivava a cabeça de um lado para o outro.
— Acaba com ele! Eu te dou todo o meu dinheiro se fizer isso! — Maku continuava ali, crente que Azuma conseguiria derrotá-lo. Animado com a proposta, o homem arriscou um chute lateral, que foi defendido por Natsu ao agarrar a perna dele com a mão esquerda e chocar o cotovelo contra a canela do mais alto, que gritou de dor ao choque.
— Idiota! — Provocou, acertando em seguida um soco no queixo de Azuma, que cambaleou com o golpe, se abaixando. Aproveitando, Dragion segurou nas tranças de seu oponente, puxando-o contra seu joelho e acertando o nariz. Azuma estava completamente tonto. Para encerrar, indo para trás dele, juntou as mãos como se fossem um martelo e, com toda a força, acertou a nuca, derrubando-o por completo.
— Quanto maior o cara, maior a queda! Agora somos só nós dois…
— E-Espera, Nats… Antes de completar o que fosse dizer, Dragion acertou um soco certeiro contra o rosto do gótico, que cambaleou para trás. Em seguida, recebeu uma sequência de murros e um chute na barriga, o derrubando no chão. Não sendo o suficiente, subiu em cima de seu oponente e desferiu vários socos. O bandido tentava se defender como podia, mas o rosado era mais forte.
— Eu te avisei… Você não só foi contra tudo que eu te alertei como ainda colocou menores para ser aviõezinhos… mas o real motivo dessa surra que estou te dando é porque você é um verme! — Se levantou, pisando nas costelas dele, que gritou de dor.
— Você tentou abusar de alguém que eu conheço, alguém que eu admiro. Embora nunca tenha dito nada pra ela, hoje era pra ser um dia feliz, e você o transformou em um dia horrível. Ela é minha amiga e logo é minha família. E eu te avisei que se tocasse na minha família de novo… Eu faria você se arrepender de ter nascido! — O puxou pela gola da camisa que usava, acertando uma boa testada à la Tanjiro de Demon Slayer na cabeça de Maku, que foi ao chão.
— Você se lembra do Zancrow? — Caminhou em direção ao taco de beisebol, o pegando e retornando em direção a ele, acertando sua perna com força, arrancando outro grito de dor do abusador.
— Lembra o que eu fiz com ele? Por ter tentado algo com a Meredy? Vai ser a mesma coisa, só que pior… Vou usar você de exemplo pra nunca mais tocar em minha família de novo! — Levantou o taco novamente, mas, com o resto de força que ele tinha, gritou o mais alto que podia.
— Eu vou embora! Eu juro que vou embora. Você nunca mais vai me ver, e eu nunca mais vou fazer isso!
— Sim, você vai embora, e sim, você nunca mais vai fazer isso. Eu vou garantir isso! — Segurando o instrumento, mirou entre as pernas do Uchiyama, que se assustou ao entender as intenções dele. Antes que pudesse pedir clemência, já era tarde demais, e tudo que se escutou foram os sons dos gritos de Maku Uchiyama ao ser brutalmente espancado por Natsu.
Retornou para a casa mais próxima, aquela que era alguns minutos do colégio. Definitivamente, estava esgotado, tanto fisicamente quanto mentalmente. Já fazia algum tempo desde que havia brigado na mesma intensidade que havia feito nesse dia. Tudo que queria era descansar. Mas, assim que estacionou a moto em sua garagem, notou vozes animadas vindo de dentro da propriedade. As irmãs gargalhavam de alguma coisa que o deixava curioso. Puxou a maçaneta e, assim que adentrou sua residência, estagnou na porta ao ver que, sentada entre suas irmãs, estava Layla Heartfilia, sua madrinha.
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