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História De um jeito ou de outro - A walk to remember.


Escrita por: elamanja

Notas do Autor


~coloquei uma foto do Jared nas notas finais do capítulo anterior, se você pediu corre lá e se não pediu vai caminhando mesmo~

Olá, amadinha de Chay! \õ (lembram desse cumprimento? É tradição por aqui)
Como estão? Bem, eu estou chorosa! Meu rosto está todo inchado, eu acabei de escrever o último capítulo desta fic, VOCÊS SABEM COMO ISSO DÓI? Não? Dói muito.

Sabe, eu demorei uns cinco minutos para ter coragem de colocar um "sim" na pergunta "Fanfic terminada?". É, eu me apaguei na fic, nos personagens e me apeguei a vocês <3

Eu tinha na minha mente tudo que eu ia escrever aqui hoje, mas eu não lembro mais. Meus dedos estão gastos, esse é o maior capítulo da fic. E o último #xorano #mointo #lenssos #porfa

CEIS TEM NOÇÃO? NO ÚLTIMO CAPÍTULO ATINGIMOS A MARCA DE 600 FAVORITOS! PUTA QUE PARIU, BRASEEEEEL! (eu sei que isso é pouco comparado as outras, mas é a minha primeira fanfic, fiquei felizuda, não estraguem a minha felicidade, vou falar uns palavrões pra dar efeito nos parênteses: merda cu bosta)

Então, nos vemos ali em baixo? (EU VOU FICAR MUITO PUTA DA VIDA SE VOCÊS NÃO LEREM AS NOTAS FINAIS, EU VOU AMALDIÇOAR VOCÊS: se um dia vocês saírem de chinelo, eu espero que ele arrebente no meio da rua.)

PS: estou puta com esse site porque ele zerou todas as curtidas que a nossa fic tinha :( PORRA, QUAL A NECESSIDADE DISSO?

A linda da capa do capítulo é para ser a Diane, é a Mila Kuns, minha atriz favorita. NOS VEMOS, PELA ULTIMA VEZ, ALI EM BAIXO! :( boa leitura

Capítulo 65 - A walk to remember.


Fanfic / Fanfiction De um jeito ou de outro - A walk to remember.

(Harry's Pov)

Já está escurecendo, o vento calmo e tranquilo que antes batia em meu corpo se transformou em um vento gélido e desagradável. Mas mesmo não estando confortável, eu não poderia sair dali, por mais que eu quisesse. Eu não conseguiria voltar para lá, estava vazio e sem cor. Quando minha vida se tornou um total breu?

            E além de todos os problemas, esses flashes ficam passando pela minha cabeça como se fossem filmes. É como se minha paz de espírito estivesse escorrido entre meus dedos.

            Quem não conhece a frase “aproveite enquanto é tempo, pois saudade não é motivo para trazer de volta”? Mas eu não me culpo por não ter aproveitado enquanto era tempo, pois eu aproveitei muito, até de mais. Mas é claro que a vida não é só feita de momentos bons, os ruins ficam sempre rondando por aí até chegar em nossas portas.

            Flashback On

            - Harry, acorda... – senti meu corpo ser tocado com cuidado, adoro carinho, vou fingir que não acordei. – Harold, acorda pelo amor de Deus! – a voz calma se tornou trêmula e um tanto quanto desesperada.

            - Aconteceu alguma coisa, amor? – perguntei depois de abrir os olhos e ver que eram apenas 3:15 da madrugada. – Está tudo bem? – segurei seu rosto e beijei sua bochecha, onde havia escorrido uma lágrima. – Teve um pesadelo? – perguntei enquanto ela soluçava baixinho, sem se pronunciar.

            - É um pesadelo real, Harry... – ela disse tirando a coberta do seu lado da cama, revelando um lençol branco manchado de sangue. – Eu estou sangrando, Styles! Faz isso parar, uma mulher grávida não tem sangramentos, ao não ser que... – Diane estava nervosa e trêmula, o que me deixou completamente sem reação.

            - Nem termine a frase! – levantei em um pulo e comecei a me vestir rapidamente. – Vamos agora para o hospital! – falei pegando a bolsa de emergência, aquela que todas as grávidas têm.

            - Harry, eu estou com medo. – Diane falou enquanto eu a ajudava a descer as escadas. Era tão estranho vê-la daquele jeito, logo ela que sempre foi tão forte. Me parte o coração.

            - Eu prometo que ficará tudo bem, ok? – ela assentiu e eu sequei uma lágrima grossa e solitária que escorreu de seu rosto.

            Abri a porta do carro e a coloquei dentro. Estava dando a volta para entrar no lado do motorista, mas não me contive e deixei algumas lágrimas escaparem. Como ela falou, era um pesadelo real. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Jared, avisando-o do que estava acontecendo, assim o mesmo poderia tranquilizar Elizabeth quando ela acordasse. Sequei as lágrimas e entrei no carro.

            - Porque demorou tanto? – perguntou Diane passando a mão na sua barriga de três meses enquanto respirava com dificuldade por conta da dor.

            - Estava avisando Jared, não quero que a nossa menina fique preocupada. – falei saindo da garagem com o carro.

            - Elizabeth estava tão animada com a chegada do irmãozinho... – Diane começou a chorar novamente.

            - Vai ficar tudo bem, eu prometo! – falei sentindo uma lágrima grossa escorrer pelo meu rosto. Droga!

            Continuamos o caminho sem trocar nenhuma palavra. Eu estava nervoso, com a cabeça longe, mas mesmo assim precisava manter o foco na estrada. Diane estava virada para a janela, observando o tráfico de carros da madrugada. Não podia ver seu rosto, mas pude supor que ela estava chorando. Cerca de vinte minutos depois, parei o carro no estacionamento do hospital. Logo um enfermeiro chegou pedindo o que havia acontecido e eu só pedi para ele pegar uma cadeira de rodas.

            - Vamos, Di. – falei depois que o enfermeiro saiu para atender o que eu havia pedido. - Chegamos, vou te colocar na cadeira de rodas e você logo será atendida. – falei novamente, colocando a mão em seu joelho, mas não obtive resposta.

            Virei seu rosto com delicadeza e vi que ela estava de olhos fechados. Dormindo ela não estava, caso contrário teria acordado. Droga! Ela estava desmaiada.

            Saí do carro e corri em direção à sua porta para tirar seu cinto e levá-la para dentro do hospital. Logo a cadeira de rodas chegou e eu a conduzi às pressas para dentro da clínica, onde logo fomos atendidos.

            - O que aconteceu, Styles? – perguntou a Doutora que acompanhava a gravidez quando me viu entrando no hospital com Diane.

            - ELA ACORDOU COM SANGRAMENTO E DESMAIOU NO MEIO DO CAMINHO! – a Doutora simplesmente me abraçou enquanto dois médicos levavam Diane para uma sala qualquer.

            - Farei o possível, prometo. – disse com um olhar de pena.

            - Isso quer dizer que... – perguntei com medo da resposta e ela assentiu.

        - Um possível aborto instantâneo. – ela suspirou. – As chances de o bebê sobreviver são baixas, sinto muito. Sangramentos na gravidez são fatais e inevitáveis. – meu coração começou a bater em um ritmo acelerando e minhas pernas bambearam.

            - Ela vai ficar bem, não? – perguntei me referindo à Diane.

            - É provável que sim. – a doutora olhou para seus pés e em seguida para mim. – Tenho que ir, venho te dar notícias! – e logo após saiu.

            - Salve-a, é só o que peço... – sussurrei para mim mesmo.

            Já fazia cerca de uma hora que a doutora havia me abandonado na recepção, eu estava com o rosto inchado de tanto chorar. Todos que passavam por mim me olhavam com aquele mesmo olhar de pena. Todos nos conheciam, acompanharam o nascimento e crescimento da Elizabeth, e todos torciam para acompanhar a vida do novo bebê que estava a caminho. O que fizemos de errado?

            Logo ouço vozes e passos, olho para o lado e vejo os meninos junto com Lisa e Jared vindo em minha direção.

            - Pai... – Elizabeth me abraçou chorando e eu, sem forças, retribuí o abraço. – Como está a mamãe e o bebê? – perguntou com os olhos vermelhos.

            - Lili, sua mãe sofreu um aborto instantâneo. – suspirei e vi os outros meninos com os rostos carregados de tristeza. – Mas a doutora me prometeu que ela ficará bem. – olhei para cima tentando segurar as lágrimas.

 Lili sentou no chão e começou a chorar como uma criança quando cai e rala o joelho. Seus olhos demonstravam toda aquela dor de um joelho machucado que só iria sarar com o tempo. Mas dessa vez, um beijinho de Diane não iria curar a ferida.

Jared se agachou e abraçou a namorada. Ele também estava muito animado com a ideia de ter um cunhadinho. Todas as nossas expectativas de família feliz e completa estavam indo por água abaixo, abrindo uma cratera logo abaixo de nossos pés.

- Com licença, vocês são da família da senhora Styles? – perguntou o médico mais experiente do hospital.

- Sim! – respondemos nos levantando.

- Ocorreu tudo bem na remoção do feto, ela já está indo para o quarto onde ficará em recuperação. – teria dado pulos de felicidade se as palavras “na remoção do feto” não estivesse inclusa na frase. – Sinto muito pelo bebê, muito mesmo. – disse pondo a mão em meu ombro e eu balancei a cabeça em sinal de positivo, com os olhos cheios de lágrimas.

- Posso falar com a doutora? Ela prometeu que falaria comigo. – perguntei tentando me manter forte, mas era quase impossível.

- Claro, inclusive ela mandou chamar você. – disse ele com a mão na nuca. Olhei para os meninos informando que traria notícias e eles assentiram.

Segui o médico até a sala da Doutora, caminho que eu já conhecia como a palma da minha mão, mas isso é apenas um detalhe. Abri a porta e ela me encarou com um meio sorriso e fez sinal para eu me sentar.

- Quando ela acordar, alguém terá que contar a ela o que aconteceu depois do desmaio. Quer que eu faça isso por você? Ou prefere a psicóloga do hospital? – perguntou bebericando um pouco de chá.

- De jeito nenhum, eu farei isso. – disse firme. – Vou tranquilizá-la, pode deixar! – falei encarando meus dedos, que faziam círculos incessantes na mesa. – Nós tentaremos outra vez e dará tudo certo, assim como foi com Lili. – a encarei e ela negou com a cabeça.

- Aí é que está o grande problema. – ela organizou uma pilha de papéis espalhados pela mesa. – De acordo com os exames que fiz por final, este aborto não aconteceu por acaso. – pigarreou e me encarou com receio da minha reação. – Foi o corpo de Diane que fez o aborto acontecer. E isso acontecerá em todas tentativas, ela simplesmente não pode mais engravidar, senhor Styles. – tapei o rosto com as minhas mãos. Como isso pode acontecer? Tudo que queríamos era um novo bebê correndo pela casa. Elizabeth já está com dezoito anos, logo irá sair de casa para morar com Jared... Quem iremos mimar? Como irei contar a ela que não poderemos mais ter filhos?

- Você tem certeza que não quer ajuda da psicóloga do hospital? – perguntou novamente e eu neguei com a cabeça.

- Não sei como, mas eu darei a notícia. – falei firme e saí da sala.

Flashback Off

O que aconteceu depois? Bem, Diane entrou em depressão e desistiu da carreira de cantora. Mas depois de oito longos meses, ela se recuperou, voltando a mostrar seu lindo sorriso para o mundo. Tentei convencê-la de adotar uma criança, mas Diane se sentiu satisfeita adotando três cachorros, logo depois de outra tragédia afetar a família.

Flashback On

- Pai, vem para casa agora! – Elizabeth chorava no telefone.

- O que aconteceu, filha? – disse me soltando do abraço, eu e Diane estávamos namorando um pouco no parque em que levávamos Lisa quando ela era pequena.

- O Johnny, vem logo! – e assim ela desligou o celular, aos prantos, sem nem me explicar o que aconteceu.

- O que aconteceu, amor? – Diane perguntou preocupada.

- Aconteceu alguma coisa o Johnny, Elizabeth está desesperada! – falei levantando do banco e quando pensei em pegar na mão da minha mulher para irmos até o carro, ela já estava lá.

- Vamos logo, Harry! – Diane disse com os olhos marejados, ela amava aquele cachorro como um filho.

Diane dirigiu como uma louca até a casa da praia, recebendo várias buzinadas de “motoristas conscientes”, mas como sempre ela não ligou. Nunca subestime essa mulher no volante.

Ela estacionou o carro e foi correndo desesperada para dentro de casa, me deixando com cara de tacho no carro. Olhei para o lado e vi Elizabeth e Jared agachados acariciando Johnny, que estava deitado na areia.

Logo Diane apareceu toda descabelada e ofegante na porta da casa.

- Eles não estão em nenhum lugar! – ela falou chorando. Simplesmente apontei para onde havia visto os três e ela me deu um tapa no ombro. – Por que me fez correr pela casa toda, seu imbecil? – disse e depois saiu correndo em direção dos três, fui logo atrás.

- Mãe, ele não levanta mais. Ele está aqui deitado desde ontem de manhã. – disse Elizabeth abraçando Diane, as duas choravam.

- Garotas, Johnny já tem mais de dezoito anos. – falei acariciando o cabelo delas. – Cachorros vivem apenas quinze, mas Johnny viveu três anos a mais porque é especial. – elas me encaravam como duas crianças ouvindo uma história.

- Mas ele não pode ir assim, não pude nem me despedir! – Diane disse aos prantos.

- Ele sabe o quanto você o amava, Di... – Jared a abraçou, ele também estava com os olhos marejados.

As garotas foram pegar todas as coisas que Johnny gostava de brincar enquanto eu e Jared cavávamos um buraco atrás da casa para enterrar Johnny. Quando acabamos, enrolamos nosso filho de quatro patas em um cobertor térmico e o colocamos no buraco. Antes de tapar, as muheres da minha vida apareceram.

- Pai, eu posso falar algumas coisas? – Elizabeth perguntou com uma folha na mão, acho que ela escreveu algumas palavras,

- Claro que pode, Lili... – respondi com um sorriso encorajador, mas por dentro meu coração doía.

- Querido Johnny... – pigarreou. – Você sempre foi meu príncipe de quatro patas. Você praticamente me viu nascer e crescer, você ajudou a cuidar de mim, você alegrou meus dias cinzas. Lembro-me de quantas vezes você impediu que os meus tios, vulgos colegas de banda do meu pai, fizessem imbecilidades. – rimos de leve. – Lembro-me das vezes que você me viu sentada no chão enquanto eu chorava por um menino idiota, você simplesmente pulava em cima de mim e começava a lamber minhas lágrimas. Admito que sua baba não me agradava, mas eu sabia que era de coração. – uma lágrima grossa escorreu do seu rosto. – Você foi o meu melhor amigo, vai ser impossível esquecer as noites em que eu passava desabafando meus dramas adolescentes contigo. Obrigada por me ouvir e me animar quando... – ela fungou e eu a abracei de lado. – E-eu não consigo mais falar... Só quero que saiba que eu nunca, em hipótese alguma, vou te esquecer. Te amo, parceiro! – Elizabeth dobrou a carta e colocou ao lado de Johnny.

Diane, que estava chorando no peito de Jared, se pronunciou.

- Johnny, trouxe sua bolinha... – ela colocou a bolinha roxa ao lado do cachorro. – Você correu algumas vezes atrás dela, não? Ah, aqui está o seu ursinho de pelúcia! Sei que quando está chovendo você só dorme com ele ao seu lado. – Di colocou o ursinho ao lado dos outros pertences. – E aqui está o meu sapato, lembra dele? Quantas vezes eu tive que correr atrás de você para impedir que você destruísse? – riu. – Você me fazia de boba quando ficava correndo ao redor da mesa e eu não te alcançava. Obrigada por me amar, rapaz! Nunca me esquecerei das nossas aventuras, nunca! – Diane colocou o sapato junto e acariciou Johnny por cima do cobertor, pela última vez.

As garotas entraram para dentro de casa e eu comecei a tapar o buraco, mas antes eu coloquei uma foto onde estávamos todos reunidos. Por fim, Jared colocou uma coroa de flores que ele mesmo havia feito por cima.

- Você fez parte da nossa história, cara.

Flashback Off

            Para compensar, adotamos não só um, mas três cachorros. Foram meses difíceis, pois Elizabeth os rejeitava, ela dizia que eles nunca seriam tão especiais quanto Johnny. Mas depois de um tempo ela se rendeu aos encantos de Joe, Zoe e Chloe.

            Mas nada disso se compara com o pior dia da minha vida. Já faz três anos que o dia que era pra ser o mais feliz, se tornou no mais triste...

            Flashback On

            Acordei com o sol iluminando o meu quarto... Malditas cortinas que não foram fechadas. Tentei encontrar a minha esposa do outro lado da cama, mas não a encontrei. Bem, hoje é o nosso aniversário de casamento, ela deve estar na cozinha preparando um café da manhã romântico para comemorar.

            Levantei e fui ao banheiro fazer o deveria ser feito, em seguida desci as escadas e fui rumo à cozinha com um enorme sorriso no rosto. Se eu contar que eu me surpreendi ao encontrar a cozinha, assim como toda a casa, completamente vazia vocês iriam acreditar em mim? Não? De qualquer jeito, isso aconteceu.

            Peguei meu celular e encontrei uma mensagem da Diane, que foi enviada às 6:30 da manhã. Por que ela acordou tão cedo em um domingo?

            “Tive que sair cedo e esqueci de escrever um bilhete avisando. Não se preocupe xx”

            A minha esposa esqueceu de avisar que ia sair no dia do nosso aniversário de casamento? Ok, consideração mandou lembranças.

            De mau humor, peguei meu notebook e fui dar um oi no Twitter para minhas fãs. Pois é, mesmo com o passar do tempo uma boa parte permaneceu. Fui dar uma olhada em minhas menções e me surpreendi com o que alguns usuários estavam falando a respeito de um link. Cliquei no tal link, que abriu um site de fofocas.

            “Falta de fidelidade ou muita confiança? Na manhã deste domingo, Diane Styles foi vista saindo do Starbucks com um homem desconhecido. Os dois trocavam sorrisos e foram clicados aos beijos por um curioso que passava pelas ruas. Diane estaria sendo infiel ao marido ou o mesmo confia de mais na moça?”

            Meus olhos marejaram. Ok, na foto que eles estavam supostamente aos beijos só dá para ver que eles estavam um na frente do outro, não há o que temer. A quem eu estou tentando enganar, porra? Tudo faz sentido... Olha o jeito que um sorria para o outro! Ah, não vamos nos esquecer da mensagem super seca que ela mandou na manhã do nosso aniversário. Sem um bom dia no início, sem um eu te amo no final.

            Peguei um casaco, meu celular, as chaves do carro e comecei a dirigir sem rumo. Depois de meia hora socando o volante enquanto eu dirigia, parei em um barzinho meia boca. Entrei no mesmo e me sentei no balcão.

            - Um copo da bebida mais forte que você tiver! – essa frase se repetiu inúmeras vezes e, por mais que eu bebesse, aquilo só me alterou. Incrível ou não, mas eu continuava sóbrio.

            - Não é melhor ir com calma? – uma loira de pernas finas e compridas sentou ao meu lado.

            - Calma? Acho que não! – no mesmo instante a agarrei. No começo ela se debateu, mas no final acabou se entregando ao beijo.

            - Vamos terminar isso em outro lugar, cara! – ela disse ofegante depois de separar o beijo. A puxei pela mão e a joguei dentro do carro, de qualquer jeito. Eu estava sentindo nojo de mim e, principalmente, dela. Mas eu só tinha um objetivo: fazer Diane nos flagrar na cama quando chegasse em casa. Eu não queria a deixar pensar que ela saiu ganhando, eu não iria ficar para trás, NÃO MESMO.

            Pode ser uma atitude imatura, mas saber que você está sendo traído no dia do seu aniversário de casamento machuca um homem.

            Quando chegamos, abri a porta de casa e a loira pulou em cima de mim e começou a me beijar incontroladamente. Por mais que não quisesse, a conduzi até o meu quarto (e da Diane) sem pausar os beijos. A joguei na cama e logo vejo uma figura sair do banho enrolada na toalha, enxugando os cabelos.

            - Harry? – Diane perguntou com os olhos arregalados, deixando a toalha que ela secava os cabelos cair no chão. – Mas que merda é essa na minha cama? – ela perguntou com lágrimas nos olhos.

            - O troco. – respondi ignorando totalmente a presença da loira que estava jogada na cama em estado de choque.

            - O troco? VOCÊ É UM IMBECÍL, STYLES! – ela entrou no closet para se vestir e eu pedi para que a mulher que eu nem sabia o nome saísse da minha casa. Não precisei pedir duas vezes, ela saiu correndo. Depois de ver o olhar dela sobre mim vi o quão infantil tinha sido minha atitude.

            Logo Diane desceu vestida, com uma bolsa no braço e as chaves do seu carro na mão.

            - Eu mando alguém vir buscar minhas coisas, aguarde o pedido de divórcio. – disse ela indo em direção a porta, mas eu segurei seu braço.

            - Você me traiu, eu vi as fotos de hoje de manhã. Não se faça de santa! – cuspi as palavras em sua cara e ela riu irônica.

            - Siga as setas que estão espalhadas pela casa e veja o que eu fiz a manhã inteira, seu cretino! – ela puxou seu braço com força e saiu arrancando com o carro.

            Pedido de divórcio? Não, eu não deixaria isso acontecer. Eu a amava e pelo jeito que ela saiu, deve ter sido um mal entendido. Depois de tanto tempo eu não consegui aprender a não acreditar na mídia sensacionalista?

            Comecei a seguir as setas, que começaram na porta de entrada. Nas setas havia frases fofas que trocávamos um com o outro. Da sala foi para cozinha, da cozinha para a sala de jantar, da sala de jantar para a varanda e da varanda para a área de serviço. Lá estava a última seta, que apontava para a parte de trás da casa.

            Fui caminhando lentamente até a parte de trás da casa e me surpreendi com o que encontrei: no muro de trás havia uma colagem de fotos nossas, que formava uma imensa foto que tiramos na lua-de-mel. Assim como no clipe de Give Your Heart a Break, que Diane amava.

            Ela passou a manhã inteira preparando essa imensa surpresa e eu praticamente a traí no dia do nosso aniversário de casamento. Que merda de marido sou eu? Me desequilibrei e senti necessidade de me sentar em um dos bancos que havia ali. Assim que fiz, peguei meu celular e disquei o primeiro número da agenda. O dela.

            - Alô? – uma voz masculina desconhecida atendeu. Ok, acho que não estou mais me sentindo tão culpado, ela realmente estava me traindo.

            - Quem é você? – perguntei curioso.

            - Desculpe, mas você é um familiar da mulher desse celular? – ele perguntou com a voz embargada.

            - Depende de quem for a mulher, talvez eu tenha ligado errado... – não que isso pudesse acontecer, afinal, peguei na agenda do meu celular. Não faria sentido!

            - Cabelo castanho, olhos verdes... Erm, o carro é preto? – perguntou novamente, pelo visto o cara estava nervoso.

            - Sim, sim... é ela mesmo. Agora o que aconteceu? – perguntei cansado de ladainha.

            - Fique calmo, é o seguinte... Eu realmente não sei como te dar essa notícia! O que você é dela? – perguntou com a voz trêmula.

            - Sou marido, sou o marido dela! Agora me diga o que aconteceu! – eu já estava nervoso, isso é uma pegadinha ou o que?

            - E-ela sofreu um acidente de carro. – eu congelei por dentro. – Eu parei para ver se ela estava bem, mas ela está desacordada, aí o celular começou a tocar e eu atendi... – ele iria continuar falando, então cortei.

            - VOCÊ JÁ CHAMOU A AMBULÂNCIA? ELA ESTÁ BEM? EM QUE LUGAR ACONTECEU O ACIDENTE? – fiz mil e uma perguntas enquanto já estava procurando as chaves do meu carro.

            - S-sim, se ela está bem eu não sei, foi no retorno que tem depois da praia... Sabe onde é? – escutei a sirene da ambulância no fundo.

            - Sim, é aqui perto, estou indo pra ir! – desliguei e corri até o carro.

            Eu sou um completo idiota, um completo imbecil, um completo traste! Que merda que eu fui fazer? O que mais pode dar errado? Eu estava tão nervoso que nem lágrimas meus olhos conseguiam produzir, eu só sentia aquela dor insuportável no peito. Porra!

            Cheguei no maldito retorno e vi a ambulância indo embora. Reparei que o carro de Diane estava batido em um poste, minhas pernas bambearam quando vi que a frente estava completamente destruída. Eu a abalei tanto assim a ponto de fazê-la bater o carro? Eu sou o merda que fez isso com ela!

            Segui a ambulância que ia em direção ao hospital da cidade em alta velocidade. Fiquei um pouco para trás, pois obviamente eu não tinha uma sirene para fazer todo o tráfico de carros me darem espaço. Estacionei rapidamente e corri até o hospital.

            - EU QUERO SABER DA MULHER QUE BATEU O CARRO, O NOME DELA É DIANE, DIANE STYLES! – disse praticamente me jogando em cima do balcão da recepção.

            - Ela acabou de entrar na sala de cirurgia, ela está sendo atendida. – disse a moça, ela estava tão apreensiva quanto o cara que atendeu o celular.

            - Mas ela está bem? – perguntei deixando uma lágrima solitária rolar pelo meu rosto.

            - Não obtive informações, logo algum dos médicos sai e dá notícias, eu te aviso. Apenas mantenha a calma e tenha fé. – ela segurou a minha mão e eu me sentei em um dos sofás. Apoiei minha cabeça entre os joelhos e desabei em lágrimas. Se alguma coisa acontecer será culpa minha, eu nunca vou me perdoar.

            Depois de duas horas de espera avistei um médico indo para recepção com uma prancheta. A recepcionista perguntou alguma coisa e ele negou com a cabeça, fazendo a moça olhar para mim com um olhar preocupado, um olha de pena, como se dissesse que sente muito. Não, não pode ser.

            Fechei meus olhos e comecei a sussurrar para mim mesmo que quando eu os abrisse eu estaria em casa, com ela em meus braços, me enchendo de beijos. Meus olhos ardiam e eu não consegui conter os soluços.

            - Senhor Styles? – escutei uma voz masculina.

            - Não, não diga. Não pode ser verdade, não pode! – falei sem erguer meu rosto.

            - Nós fizemos o possível, mas acredito que ela não resista... – ele falou com receio e eu o encarei.

            - Ela vai resistir, ela vai! Ela não pode me deixar, como vou viver? – falei aos prantos.

            - Diane teve uma perfuração pulmonar grave, seus pulmões não darão conta de distribuir ar para o corpo. Não há tempo. – falou ajoelhando-se na minha frente.

            - Eu doo o meu, eu faço isso por ela! – me levantei.

            - Não é bem assim, senhor! Como eu disse, não há tempo. Ela não resistira, sinto muito! – suspirou pesadamente e me encarou.

            - E quanto tempo ela tem? – perguntei aos prantos.

            - Talvez algumas horas... – colocou a mão no meu ombro. – Tentamos sedá-la, mas ela não dormiu de jeito algum. Ela sabe que tem que resolver algo antes de, você sabe.. – sorriu tímido.

            - Para de dizer que ela vai morrer, ela não vai! – o empurrei. – Cadê ela? Se ela está acordada eu quero vê-la! Precisamos conversar, por favor! – perguntei chorando novamente.

            Me senti tão pequeno enquanto caminhavam pelos corredores do hospital, indo em direção ao quarto em que ela se encontrava. Ao chegar na porta, o medico me lançou um olhar de piedade novamente, e me deixou entrar sozinho. Meu coração parou de bater alguns segundo quando a vi deitada na maca, pálida, com machucados por todo o corpo e com a pele branca.

            - Diane! – sussurrei e corri até ela, que lentamente moveu a cabeça e me encarou.

            - Eu só estava fazendo uma surpresa, eu juro... – tossiu. – Eu nuca te trairia, não quero deixar você dessa forma, Harry. – falou com a voz fraca.

            - Eu acredito, eu acredito em você! – peguei sua mão, que estava inchada por conta da perfuração e beijei. – Eu sou um idiota, um traidor, um vagabundo, um... – eu já chorava novamente.

            - Um imbecil, o meu imbecil. – ela disse e sorriu fraco, deixando uma lágrima cair.

            - Eu te amo, não me deixa! – deitei a cabeça na maca e ela acariciou meu cabelo devagar.

            - Eu também te amo, Harry. Sempre te amarei. – tossiu novamente. – Independente do que aconteça, sempre estarei do seu lado. – ela respirava com dificuldade, parecia doer.

            - Vai ficar tudo bem com você, eu farei de tudo! – beijei seu rosto.

            - Não dessa vez, amor. Está doendo aqui! – colocou a mão no peito. – Eu estou tentando resistir, mas eu não sou tão forte assim. – Diane sorriu e mais uma lágrima escorreu de seu rosto. – Promete que não vai esquecer de mim? – perguntou.

            - Esquecer? Você é o amor da minha vida! – ela secou uma lágrima minha. – Na verdade, você foi a melhor coisa que já aconteceu comigo... Você não pode me deixar! – falei impaciente.

            - Você terá que ser forte, mais forte do que eu tentei ser... – tossiu verazmente. – Diga a Lili que eu a amo de mais, diga ao Jared para cuidá-la, por mim... – respirou e fez cara de dor.

            - Não se despesa, Di... Não! – segurei sua mão novamente.

            - Os meninos, eu os amo também. – ela sorriu. – E eu te amo de mais, nunca se esqueça disso! – olhou em meus olhos e uma lágrima escorreu. – Always believe in the love. - solucei junto com ela.

            - Promete estar sempre do meu lado? – perguntei chorando.

            - De um jeito ou de outro eu estarei com você, sempre. – uma última lágrima escorreu de seus olhos e o monitor cardíaco soltou aquele bipe que todos temem ouvir, aquele bipe contínuo. Ela havia partido.

            - VOLTA, DIANE! NÃO ME DEIXA, VOLTA!  - a abracei e comecei a chorar, precisava sentir o toque da sua pele pela última vez.

            - Pai? – Elizabeth estava na porta, com os olhos vermelhos. Junto dela estava Jared e dois médicos.

            - Ela se foi, filha... Ela se foi. – disse chorando e Lisa me abraçou forte, derramando o máximo de lágrimas que um olho humano pode produzir.

            Flashback Off

No dia seguinte, descobrimos que Elizabeth estava grávida. Eu descobri que seria avô. Todos nós acreditamos que Diane não quis nos deixar tão cedo, e acabou voltando antes do que esperávamos. E foi esse o nome que a menininha mais linda do mundo recebeu, Diane.

Mas mesmo depois de três anos, eu não consegui superar. Porque a dor da perda é incessível? Me pergunto todos os dias, como ela pode me perdoar sabendo que a culpa era minha? Se eu tivesse esperado uma explicação sensata, hoje ela estaria sentada ao meu lado neste banco.

Na verdade, eu acredito que ela esteja aqui. Ela sempre está comigo, eu tenho certeza disso. Até hoje eu durmo abraçado em seu travesseiro, que contém a mesma fragrância. Suas roupas, seus perfumes e seus demais pertences permanecem no mesmo lugar. A esperança que arde dentro de mim diz que talvez um dia ela volte como minha mulher novamente.

O nosso amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir. De um jeito ou de outro, ela está aqui... Sempre esteve e sempre estará.


Notas Finais


MEU DEEEEEEEEEEEUS
Cara, eu chorei pra caralho escrevendo isso. Talvez porque seja o último, não porque eu tenha achado triste, mas...
Vocês me fizeram sorrir quando eu achei que ia desabar por causa dos meus problemas pessoais, vocês meio que me salvaram. Vocês sempre agradeciam por eu fazer vocês darem rizada, mas ERAM VOCÊS QUE ME FAZIAM SORRIR O TEMPO TODO.

Eu estou mais ou menos assim porque a fic acabou: http://f.i.uol.com.br/agora/images/0914116.jpg

E estou mais ou menos assim, pois eu acabei a fic com ela entre as mais populares e mais comentadas do site: http://media.tumblr.com/tumblr_m3oc2fmw6C1qdzgxl.gif

E estou me sentindo A DIVA por ter as leitoras mais fodas do mundo: http://25.media.tumblr.com/c72d375435d300ea0549aed34a7bf65f/tumblr_ms444nmknG1s6adglo1_500.gif

E bom, agora vou voltar para a minha antiga vida: http://31.media.tumblr.com/015d3e09fe9b9cc6372857531392f5df/tumblr_mpovo0PeOm1sunusro1_400.gif

Eu não sou boa com despedidas, se fosse pessoalmente, seria mais ou menos assim: http://31.media.tumblr.com/eb75708e13c74d87716ea6dc27bed948/tumblr_mlsmeqR4m11qdlh1io1_400.gif

E essa é a hora que as leitoras da minha vida choram comigo nos comentários (que serão respondidos, incluindo os do cap interior) e depois vão chorar comigo no twitter: @dianeterres ~incluindo as minhas fantasminhas~ <3

FOI ÓTIMO ENQUANTO DUROU, GALERA! EU AMO VOCÊ DE MAIS, SEM MENTIRA! <3 E NÃO ESQUEÇAM DE ME AMAR DE VOLTA, TÁ?

O último a sair do site desliga a luz.


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