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História Deadly Desire - Convite


Escrita por: LovatooN

Notas do Autor


Olá Olá
Aproveitem o capítulo e tenham uma ótima leitura amores.

Capítulo 19 - Convite


  A família de Dylan Coper foi imediatamente chamada ao departamento assim que seu DNA foi confirmado pelo sistema. Por eu mesma fazer a ligação, pude ouvir a voz de desapontamento de uma mãe esperançosa que esperava naquela ligação a notícia do retorno do seu filho para casa. Já era tarde, porém ela e o marido fizeram questão de comparecer. A dor que carregavam em seus olhos era cortante, mesmo que a esperança pedisse espaço.

_Senhor e senhora Coper, sou detetive Devonne ou Torres, se assim preferirem me chamar. _Apresentei, sentando-me na cadeira de frente para eles da minha sala._ Sinto muito em trazê-los aqui há essa hora, mas nós encontramos pistas sobre o desparecimento do filho de vocês.

_Vocês vão encontrá-lo? _ Richard Coper perguntou, embora eu não enxergasse muita confiança.

_Esperamos que sim e estamos trabalhando para tal._ afirmei._ Alguns fatos nos levam a acreditar que o filho de vocês foi sequestrado com possivelmente outras crianças desaparecidas. O último encontrado foi Julien, como vocês devem ter visto nos jornais, ele foi abandonado e encontrado perto de um posto de conveniência e ainda se recusa a falar conosco e com a família sobre o que ocorreu. _retirei de um dos envelopes sobre a mesa a foto da vítima. _ Gostaria de saber de vocês se este garoto tinha algum contato com Dylan, mesmo que mínimo, seja da mesma escola, de alguma atividade extracurricular, qualquer coisa, se o conheciam ou a alguém da família.

Foi à vez Elisabeth negar com a cabeça antes de responder.

_Não assim de cabeça, mas até agora nós nunca havíamos o visto._ A mulher estava prestes a chorar, angustiada.

_Entendo, no entanto, se lembrar-se de qualquer coisa que seja isto pode nos levar ao sequestrador, então esta ajuda seria fundamental._ Bom, não vou fazer as mesmas perguntas realizadas há três meses, tenho tudo fichado aqui, a menos que queiram levantar novos detalhes._ ergui o olhar para verificar, ambos negaram com a cabeça. Notei que Richard se mostrara incomodado com a câmera atrás de mim, ligada em direção a eles._ Não se preocupe senhor Coper, esta câmera apenas certifica tudo o que estão dizendo, para a segurança de vocês e desenvolvimento do caso. _ expliquei retirando de outro envelope a foto do tecido encontrado sujo de sangue e do teste de DNA da criança, os colocando sobre a mesa._ Esta é a razão pela qual os chamei até aqui, este pedaço de pano foi encontrado sujo de sangue, nós pensamos que fosse de Julien, porém a análise comprova de que é de Dylan, o que nos fez chegar à conclusão de que é o mesmo sequestrador.

Minhas palavras foram o crucial para que a mulher na minha frente caísse em lágrimas no ombro do marido que lhe afagava o cabelo e a consolava com palavras murmuradas perto do ouvido, parecia acostumado com a situação. Dei um tempo para os dois, observando em silêncio da mãe e tentativa de calmaria do pai, me perguntei se em algum momento da minha vida eu teria de passar por isso, visto que ser mãe não era uma das prioridades da minha lista de afazeres, das minhas razões de estar ali. Suspirei decidindo finalmente prosseguir.

_Sinto muito pelo o que estejam passando, as chances de que ele ainda esteja vivo são grandes, todavia, precisamos da ajuda e compreensão de vocês. _os momentos seguintes me assustaram, Richard se levantou bruscamente, bateu a palma da mão sobre minha mesa fazendo com que algumas coisas caíssem no chão, ele se debruçou sobre a mesa fazendo com que me inclinasse para trás na cadeira.

_Sente muito? Isso é tudo o que o que vocês sabem dizer._ toda a calmaria que antes ele tentava passar a mulher se dissipou, transformando-se em fúria sobre mim, suas palavras saíam com ódio e gritaria, que assustaram até mesmo sua esposa._ Já se passaram três meses sem nada, nem uma notícia e agora vocês ressurgem com a porra de um pano sujo de sangue, nos dizendo para ter compreensão?

Trinquei o maxilar controlando a minha própria raiva e afastei a cadeira para me levantar, assim como não me rebaixaria para um oficial, também não faria o mesmo para um civil. Vi de soslaio, Michael atrás deles, pronto para contê-lo, ergui uma mão demonstrando pedido de um tempo momentâneo. Mantive minha postura ereta e o encarei nos olhos.

_Senhor Coper, eu já disse que estamos fazendo o possível para encontrar o seu filho que assim como filhos de outros pais estão desaparecidos, não estou desmerecendo sua dor, mas para que as coisas prossigam eu exijo respeito, não só comigo, assim também com outros do meu ramo._ procurei rebater com o máximo de calma possível._ Sei muito bem que muitos não levam a sério infelizmente, e entendo a sua revolta, no entanto se este caso chegou em minhas mãos eu irei resolvê-lo, posso trazer seu filho vivo ou morto, mas o farei, assim como farei questão de garantir que o culpado seja punido devidamente.

Suas narinas inflavam com tamanha veemência que me preocupei de que ele não suportasse.

_Você não faz ideia do que estamos sentindo._ resmungou se afastando da mesa.

Assim como ele estava antes, apoiei meu peso sobre a mesa com a palma das minhas mãos.

_Posso não saber como mãe, porém sei como filha e acredite, eu sei como dói não ter respostas e sentir que o mundo está pouco se fodendo para a sua dor, para a sua situação. No entanto eu estou aqui para dar o máximo de mim e fazer tudo o que for possível, exatamente tudo, para procurar com que o mínimo de pessoas tenha de passar por isso, se estiver ao meu alcance, nenhuma._ finalizei erguendo meu corpo novamente, fiz um sinal com a cabeça para que Michael se aproximasse._ O detetive acompanhará vocês até a saída, qualquer dúvida ou informação é aqui que devem me encontrar.

Acenei com a cabeça e Michael se aproximou, Elisabeth se levantou e puxo pelo braço do marido, que ainda me encarava, para fora da sala. Desliguei a câmera atrás de mim e voltei a me sentar, fechei os olhos massageando minhas têmporas com a ponta dos dedos, uma maldita dor de cabeça indicava meu cansaço, abri os olhos sentindo a presença de Michael na sala novamente.

_Obrigada por aparecer._ agradeci, encostei-me a cadeira.

_Esta também é minha sala._ deu de ombros colocando alguns papei dentro de uma espécie de maleta._ De qualquer maneira, gostei de como agiu. Quer uma carona?

_É o meu jeito._ respondi, lembrando-me da discussão que tivemos naquele mesmo lugar._ Não precisa, meu carro está lá embaixo, obrigada.

Ele assentiu como se dissesse um tudo bem e se retirou da sala. Coloquei-me de pé e comecei a juntar as coisas que caíram no chão, também já estava na minha hora de ir, entre os milhares de papeis um pequeno bilhete me chamou a atenção.

“Assim que encontrar isso, quero que saiba que está convidada para um jantar, o local fica por minha escolha e se aceitar, o dia fica pela sua.

w.v”

Acabei sorrindo com o bilhete e o guardei em minha bolsa, pensando na resposta, uma parte de mim já a conhecia.

 

 

_Vejam só se não é a pessoa mais trabalhadora que conheço._ Niall debochou assim que me viu abrindo a porta do meu apartamento e veio em minha direção para me receber em uma abraço, eu precisava daquilo._ Praticamente moro com você e quase nunca te vejo.

_Também sinto sua falta._ murmurei sem me afastar de seu peito.

Então ele se afastou para me olhar.

_Não me diga que ainda tem trabalho para ser feito em casa, pois preparei nosso jantar e quero assistir um filme com você ou simplesmente conversar enquanto a TV fala sozinha._ palestrou. Saí de perto dele para colocar minha bolsa sobre a pequena mesa ao lado do sofá.

_Alguma comemoração especial?_ indaguei arqueando a sobrancelha quando virei para encará-lo.

_Sim e não._ comprimiu os lábios._ Já comprei meu novo apartamento e devo ir para lá na semana que vem.

Abri a boca surpresa e corri para abraçá-lo novamente.

_Não acredito que vai me deixar._ brinquei dando um tapa em seu braço._ Por que não contou antes?

Ele fez uma expressão cética.

_Porque você nunca está em casa._ ri com a resposta, concordando mentalmente._ Vou esquentar o jantar, pois já deve ter esfriado desde a hora que fiz.

_E eu vou tomar um banho._ respondi caminhando até meu quarto._ Não deveria, mas posso abrir uma exceção para você hoje.

 Ouvi sua gargalhada vinda da cozinha e acabei sorrindo também, Niall era o tipo de amigo que eu precisava ter por perto ou as coisas seriam simplesmente entediantes demais, também a pessoa que me mantinha no chão sem pirar completamente e, mesmo me conhecendo como mais ninguém, não se afastava e continuava me amando. Fechei a porta do quarto e retirei minhas roupas enquanto ia diretamente até o banheiro, o banho com certeza era um dos meus pontos altos de todos os dias, coisa que eu até poderia fazer no departamento, no entanto nem se comparava com o meu chuveiro, em meu banheiro, em meu apartamento. Assim que relaxei completamente, saí do banho e vesti a roupa mais confortável que encontrei. Quando saí do quarto o aroma delicioso da lasanha exalava pelo ambiente inteiro, sabendo que aquela era a especialidade de Niall, fiquei ainda mais feliz por estar em casa e por ainda tê-lo morando comigo, mesmo que provisoriamente.

_Gostaria de saber que dinheiro é esse sobre meu criado mudo._ questionei com calma enquanto entrava na cozinha.

_É uma parte do meu primeiro salário em Los Angeles que faço questão de te dar pelas despesas que causei por aqui._ explicou colocando a travessa recém-tirada do forno sobre minha bancada que já contava com dois pratos, taças e talheres, frente a frente, indicando onde nos sentaríamos e uma garrafa de vinho fechada.

Revirei os olhos e coloquei as cédulas no bolso de sua calça.

_Aproveite seu primeiro salário, meu pagamento será essa maravilha aqui._ referi ao alimento que literalmente borbulhava de tão quente. _E uma bebida no Casey’s.

 Dei uma piscadela para ele e sentei-me no banco em um dos lados da bancada, ele também fez o mesmo, ficando do outro lado. Serviu um pedaço para cada um de nós dois, enquanto eu abria a garrafa de vinho e fizesse o mesmo. Como eu já esperava, ele não havia perdido o jeito para a coisa e sim até melhorado, o elogiei, fazendo com que ele sorrisse.

_Então, me conte mais sobre seu novo lar._ mudei de assunto._ Foi com aquele corretor maluco?

 Ele riu para então responder.

_Não, foi com o que você indicou e negociou esse apartamento._ respondeu com uma cara de alívio._ Fica a duas quadras daqui, não é muito maior do que esse aqui e tem uma vista espetacular. Quero te levar para conhecer, se você me ceder um tempo nesta sua agenda lotada.

 Suspirei, por mais que ele estivesse brincando, eu sabia que estava em falta.

_A propósito, Dallas ligou mais cedo._ informou dando uma garfada.

 Franzi o cenho.

_Porque ela não ligou para o meu celular?_ Perguntei preocupada.

_Foi o que eu perguntei, mas ela disse que não era nada demais e que ligaria depois ou esperaria você ligar de volta._ a conhecendo, ela esperaria a segunda opção._ Sente saudades suas.

_Eu também, muitas._ suspirei mais uma vez vendo as horas no relógio de parede da cozinha, vendo que já passava das 00:00min._ Já está tão tarde.

_Você pode fazer isso amanhã, só não se esqueça._ deu de ombros.

_Ainda não tive tempo de te contar._ mudei o rumo da conversa mais uma vez._ Estive com Balbino.

 Ele parou de comer para me olhar, com os olhos arregalados.

_Como?

_Na verdade, nós praticamente nos esbarramos no departamento._ expliquei._ Ele estava saindo da sala do Wilmer, eles estavam discutindo sobre alguma coisa. Quando o vi tive de controlar todos os meus instintos para não sacar minha arma e acabar com tudo ali mesmo._ Bufei.

_E Wilmer?_ voltou a perguntar para beber um pouco do líquido em sua taça.

_Furioso._ comi mais um pedaço para ter tempo de pensar se diria a Niall, tudo o que eu achava daquilo tudo._ Niall, eu tenho cada vez mais certeza de que Wilmer e Balbino não tem nada em comum, além do sangue, eu sei que posso estar sendo enganada, mas ele me contou uma parte do passado dele que fez com que eu me sentisse mal. Ele perdeu a filha e a esposa e a pessoa que ele mais suspeita é o próprio pai, e além de tudo, você precisava ver como ele ficou quando recebemos o caso e fomos para o hospital, eu nunca o vi tão preocupado e tão furioso. Não consigo acreditar que alguém assim é capaz do que Balbino é capaz de fazer e se fosse assim, qual o motivo de eles se odiarem tanto?

_Sinceramente, eu não sei o que dizer._ respondeu um pouco sério._ A certeza que tenho é que você está começando a sentir algo por ele e antes que diga que não, eu te conheço o suficiente. Só se deixe conhecê-lo melhor e nós saberemos no final.

_Você dizendo isso me surpreende._ comentei.

_Já disse que quero te ver feliz, pois amo você._ rebateu._ Mudando de assunto mais uma vez, assim que me mudar, darei uma festa.

_Uma festa? Quem convidaria?

_Sim, uma festa. _assentiu._ Está dizendo que não sei fazer amigos Demetria?

_Não era isso._ respondi rindo.

_Tenho você que é obrigada a ir, Marissa e seus outros colegas do departamento e claro que isso inclui Wilmer, também é uma forma de me aproximar com os meus colegas de trabalho._ palestrou.

_Justo._ dei de ombros.

 O rumo da nossa conversa continuou sendo o apartamento novo e outros assuntos aleatórios que surgiam com o decorrer. Depois de comer, ficamos horas conversando e bebendo o restante do vinho, eu ainda tinha que acordar cedo, porém pouco me importei, poderia dar conta.


Notas Finais


Deixe-me agradecer vocês mais uma vez pelos coments, por favoritar e simplesmente acompanhar, isso me motiva muito!
Em relação ao casal e a fic, as coisas irão ficar meio agitadas muito em breve, se não no próximo, no seguinte, não disse como... Porém, sei que vocês adoram um hot, então fiquem tranquilas e aquietem as rabas que teremos hot em breve também.
Recadinhos dados, espero que estejam gostando da estória. Perdoem qualquer erro e até o próximo.


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