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História Deadsouls - 07: you've been so scared of love


Escrita por: bolchevicky

Notas do Autor


1) Bebêssss, já voua diantado um gigante O B R I G A D A porque estou recebendo muito apoio para continuar essa fic e eu tô ficando muito animada mesmo e nossa senhora, fico muito feliz ter tantos leitores incríveis;
2) Esse capítulo não é um dos melhores, isso eu posso admitir. Mas eu preciso dele para introduzir, de verdade, a vida dos dois juntos
Boa leituraa!

Capítulo 8 - 07: you've been so scared of love


Fanfic / Fanfiction Deadsouls - 07: you've been so scared of love

POV Lana:

Dias haviam se passado e eu voltei para a rotina onde Abel não existia. Eu andava entre as pessoas, nos corredores da faculdade, fingindo que Tesfaye era somente um desconhecido. “Foi só uma noite” tentava a todo tempo convencer minha mente depressiva - sabia que não deveria me apegar tão facilmente, eu não era assim. Suspirei, cansada daquilo tudo. 

Levantei da carteira assim que deu o horário da saída,  pretendendo ir a qualquer outro lugar. Talvez fosse até a biblioteca e poderia ficar lá sozinha para encaixar meus pensamentos onde eles deveriam estar.

Mas eu me senti mal.

Enquanto eu andava no corredor, minha cabeça não parava de girar e girar. E parecia que meus pés não estavam firmes no chão. Me encostei na parede mais próxima e sentei no chão, o rosto entre os joelhos enquanto eu sentia a minha visão escurecer aos poucos e rezei para aquele mal estar passar.

– Lana, tudo bem?

"Ah claro que estou bem, eu só estou meditando aqui de boas no chão" Idiota!

Ironia do destino, era tudo que eu comecei a pensar ao ouvir aquela voz. A voz do Abel. Ou talvez a minha vertigem estivesse me fazendo delirar. Levantei a cabeça devagar, mesmo que ela parecesse pesar duas toneladas. Mesmo tentando enxergá-lo, eu não vi nada mais do que borrões.

– Você está horrível - ele falou e eu tive vontade de rir, mas eu não conseguia abrir a boca para dizer nada. Ao invés disso, eu pendi a cabeça entre os joelhos novamente. - Vem cá

Senti seus braços me envolveram e conforme ele me aconchegava em seu colo improvisado, a ânsia foi ficando mais forte. Eu queria gritar bem alto para ele me soltar antes que eu vomitasse, mas eu estava fraca demais para isso. Eu só consegui apertar os dedos em sua camisa de algodão enquanto ele caminhava para algum lugar desconhecido. Eu rezei para não vomitar nele apesar de me sentir bem melhor com alguém do meu lado.

Depois de minutos que me pareceram torturantes demais, eu senti algo macio contra as minhas costas. Aos poucos meus olhos foram se abrindo e eu continuava com a vertigem, mas era menor agora. Mas o meu estômago ainda me incomodava, me fazendo apertar fortemente a minha barriga. Eu iria vomitar.

Me sentei rapidamente e vomitei no chão ao lado da cama.

"Droga" pensei ao terminar. Olhei para o lado e Abel estava lá, com a mão direita nas minhas costas fazendo pequenos afagos.

– Você não deveria ter visto isso - murmurei com a voz embargada que todo doente tem. Ugh.

– Eu não me importo - deu de ombros e me empurrou, delicadamente, para  me deitar no travesseiro. Fechei os olhos, sentindo o cansaço me dominar enquanto ele tirava algumas mechas de cabelo do meu rosto.

Logo uma enfermeira veio e a primeira coisa que ela viu foi o vômito no chão. Abel explicou tudo para ela, já que eu não conseguia. Estava cansada demais para explicar algo. Então eu só me aconcheguei ainda mais no travesseiro enquanto ela saia de novo para buscar algum remédio para mim, me deixando sozinha com ele.

– Está melhor?

Assenti em silêncio.

– Me desculpe por não ter te procurado antes, é… Complicado.

Assenti de novo, em silêncio.

– Vocês terminaram? - me referi a sua namorada, apesar de eu saber que a resposta era negativa.

Eu só achava que se ele me dissesse, com toda a convicção, talvez eu pudesse esquecê-lo finalmente.

– Não - sussurrou - Talvez ela não seja o amor da minha vida, mas ela é a única coisa verdadeira que eu tenho.

Depois disso a enfermeira chegou trazendo alguns comprimidos, interrompendo a conversa. Nem tive tempo para reagir, e meio que agradecia por isso. 

– Aqui está - me ofereceu os comprimidos e água, que tomei sem hesitar - Isso são sintomas de pressão baixa. Mas logo logo você vai estar bem, por isso vai ter que ficar um tempo aqui na enfermaria.

– Okay - disse me recostando novamente no travesseiro que estava muito confortável.

– Você vai ficar de olho nela? - perguntou ao Abel.

– Sim - respondeu e eu me encolhi. Ele iria ficar?

Eu estava meio que chateada com ele, mesmo sabendo que ele não tinha feito nada. E eu não sabia como tirar esse sentimento ruim que estava se apoderando de mim a cada vez que me lembrava dele com a Bella; a visão de um casal feliz. A garota morena com olhos claros e atitudes espontâneas e o garoto da cidade grande dono de olhos enigmáticos. Eles eram perfeitos juntos. E isso me incomodava como nunca me incomodou antes.

- Você comeu algo hoje? - perguntou quando a enfermeira não estava mais por perto.

- Acho que não - eu meio que menti, desconfortável com o assunto apesar de não dar muita importância para aquilo

 Além do mais, era estranho vê-lo se preocupando comigo, mesmo que minimamente. Porém o mais estranho aqui sou eu, já que eu estou me comportando como se eu tivesse transado com ele ou beijado e tivesse sido iludida com uma possível resposta no dia seguinte. Foi só conversa, eu não deveria me sentir assim... Então qual o meu problema?

- Quer que eu vá embora? - havia uma hesitação em sua voz

- Não 

Então a minha breve resposta foi a última coisa que disse antes de um silêncio antártico embalar a sala, até que a enfermeira veio um tempo depois e me disse que poderia ir embora. Suspirei aliviada, me levantando e recolhendo a minha mochila do chão. Continuando com o silêncio sepulcral, Abel me acompanhou pelos corredores vazios até a saída e, com um pigarro, ele disse:

- Sabe… - hesitou, engolindo em seco - A gente podia sair um dia desses

Era um encontro? Uma tentativa de amizade? Eu não sabia, mas alguma coisa me dizia que minhas respostas não seriam respondidas de imediato.

- Abel, eu...

- Hey - me interrompeu, sorrindo torto e colocando uma mão em meu ombro. Depois ele se abaixou, nivelando nossos olhares - Eu sou um cara legal. Mesmo bêbada, acho que você entendeu isso.

Revirei os olhos, me afastando para tirar a sua mão de mim. Cruzei os braços e batuquei o pé direito no chão em um pleno ato de indecisão e ansiedade.

- Okay - suspiro - Espero você me ligar 

Me viro, pronta para ir embora dali

- Eu não tenho seu telefone…!

- Tem sim - virei o rosto, um ar de esperteza na minha voz

Então a imagem dele incrédulo, meio que sem entender, é a última coisa que me lembro antes de voltar a olhar para frente. Deixei Abel ali, curiosa para saber sobre seus pensamentos, mas acabei indo embora, sem olhar para trás.


Notas Finais


E ai, babies? Desculpa a demora, mal consigo entrar para ler, imagina pra postar? So sorry :/
Beijos,
Little Vicky <3


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