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História Dear Danger - Capítulo XII


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Então... hehe, não me esfolem, por favor. Pois bem, queria pedir desculpas a vocês, pois prometi postar na quarta, mas infelizmente não consegui terminar o capítulo até lá, pois ocorreram umas coisas aqui em casa... Então me desculpem.
Em compensação, estou postando este capítulo e o bônus. Se vocês gostarem do bônus, posso fazer mais daquele tipo. Queria agradecer as leitoras que mandaram as perguntas para o bônus. Também agradeço pelos 53 favoritos, vocês são incríveis.

Boa Leitura.

Capítulo 13 - Capítulo XII


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XII

Capítulo XII

 

  Os olhos de Percy se arregalaram. Sua cabeça deu um loop de 360 graus e, dessa vez, realmente se considerou um completo Cabeça de Alga, pois não conseguia pensar em nada.

  Sentiu os dedos macios de Annabeth repuxarem levemente seu cabelo. Aos poucos subiu as mãos à cintura delicada dela, mantendo ali a mão esquerda, enquanto a outra traçava uma linha invisível até as madeixas louras, que escorriam pelas costas como fios de ouro em um tecido de seda. Seu corpo se retesou para frente, os olhos se fecharam e os lábios pressionaram mais os dela, embalando-se em um bálsamo secreto, do qual só ele tinha conhecimento. Os batimentos cardíacos de Annabeth aceleraram – mais do que Percy achou que o coração humano pudesse acelerar – e por um momento preocupou-se com a possibilidade de ela desmaiar ali mesmo. O corpo de Annabeth emanava calor que, em contraste com sua pele fria, o reconfortava.

  Sentiu-a estremecer quando seus dedos gélidos tocaram sua nuca, e ela acompanhou o movimento, tímida e cautelosamente, enquanto passava as mãos pelos fios negros de Percy.

  Annabeth fez menção de se afastar, mas Percy não parecia consciente de que o único que não precisava recuperar o fôlego era ele, portanto não permitiu o ato, puxando-a mais para si, numa premissa silenciosa, um desejo de que o tempo fosse bondoso com eles, e que ele pudesse estar sempre ao seu lado.

  Beijar Annabeth era uma coisa.

  Ser beijado por Annabeth era outra.

  Por isso iria aproveitar ao máximo, mesmo se depois a loura o esbofeteasse.

  Annabeth se afastou bruscamente, quase tropeçando no próprio pé.

  Percy a fitou enquanto ela olhava um ponto qualquer, talvez o hidrante ao lado dos dois. O que o fez sorrir tão largamente foi que, porventura, a tez rosada de Annabeth sucumbia a uma cor avermelhada.

  Para Percy, a expressão “escarlate supremo” fazia mais jus à garota do que para a raiva do seu antigo diretor Dionísio.

  - Wow – foi tudo que conseguiu dizer.

  - Eu não quis... quero dizer, eu quis, não, eu... Ahn – ela colocou as mãos na cabeça.

  - Você não quis? – Ele franziu o cenho, desconfiado. – Tem certeza disso? – Um sorrisinho escapuliu-se de seu rosto.

  Annabeth contraiu os lábios, fazendo uma careta, depois começou a rir nervosamente.

  Beijos deixam as mulheres loucas, concluiu Percy. Muito sensato.

  - Sabe, senhorita Chase, acabou de provar que está seriamente interessada em mim, para não dizer apaixonada...

  Os cantos da boca de Annabeth teimavam em subir em um sorriso involuntário. Mordiscou o lábio inferior.

  - Eu dou 9.0 – exclamou ele.

  Algo se contraiu no peito de Annabeth.

  - O quê?

  - Se eu pudesse ter terminado de te beijar, quem sabe eu teria dado 10 – Percy riu, mas sabia que se vampiros corassem, já teria enrubescido umas três vezes. – Mas dou 10 pela sua determinação.

  Ela não soube dizer se se sentiu envergonhada ou ofendida.

  - Ora, seu...! – Annabeth deu-lhe um soco no ombro, o que não surtiu efeito algum, e caminhou até o carro, parando na porta do passageiro.

  - Eu vou aceitar sua carona – redarguiu, um sorrisinho presunçoso no canto dos lábios. Adentrou o veículo.

  - Tudo bem... – Ele franziu o cenho, mas sorriu e entrou no carro.

 

 

 

  Os dois não trocaram uma palavra.

  Percy escutava os batimentos cardíacos de Annabeth – acelerados. Estava começando a se preocupar de verdade com ela.

  Não conseguia parar de sorrir.

  De repente, tudo ao seu redor pareceu novo: as luzes, os carros, Annabeth; como se transitasse por aquela avenida pela primeira vez.

  Talvez porque tudo fizesse sentido.

  Annabeth agarrava-se ao máximo na porta, criando uma distância de mais ou menos dois palmos entre ela e a outra extremidade do banco, a qual ela considerou segura. Não sabia muito bem porque entregara-se a um ato impulsivo, embora tivesse gostado de realizá-lo. Mirou Percy de soslaio. Talvez nunca reparara nele antes com tamanha presteza, tampouco salientado o quão bonito Percy era, mas seus traços físicos eram bem chamativos, os cabelos negros ornavam com a tez lívida e o formato do rosto.

  A única luz que penetrava o veículo era proveniente dos postes, que volta e meia ficavam para trás a medida que o carro os ultrapassava. Havia também a das lanternas traseiras dos carros da frente, que criavam uma luz bruxuleante em seus rostos. Os olhos de Percy pareciam mais brilhantes e exuberantes, e Annabeth sentiu-se segura ao seu lado, como se pudesse fazer qualquer coisa, e ninguém a impediria.

  O carro parou de chofre no sinal vermelho.

  Aguardaram os 30 segundos para que o sinal abrisse, mas, ao invés disso, ele continuou a piscar no vermelho, deixando muitos motoristas ansiosos, que buzinavam e berravam para que o trânsito andasse logo.

  Os músculos do braço de Percy se tencionaram.

  Todas as luzes se apagaram.

  Algo estava muito errado.

  O vidro de Annabeth, antes aberto, subiu e se fechou, fazendo com que ela se distanciasse e mirasse, confusa, a paisagem à frente.

  Tudo se aquietou. Os motoristas pararam de buzinar, não se ouvia mais o ronco dos motores dos carros.

  - O que está havendo? – Ela murmurou.

  - Eu só espero que não seja o que estou pensando... – ele sussurrou de volta, apertando as mãos ao redor do volante.

  - E em que é que está pensando? – Annabeth começou a enrolar uma mecha do cabelo, os lábios se crispando inquietos.

  A única luz agora era a da Lua, nem sequer as dos edifícios encontravam-se acessas.

  Percy não respondeu, apenas fitou as pessoas que antes andavam nas calçadas. Paralisadas. Todas elas. Uma mulher estacou com uma das pernas para frente e a outra para trás, o que indicava que estivera andando.

  O alarme de um carro disparou.

  Annabeth continuava a analisar o tráfego, tentando entender o que estava acontecendo, aparentemente ela não notava as pessoas paralisadas, coisa que Percy achou muito estranho.

  Ele semicerrou os olhos e perscrutou. Há quinze metros mais à frente uma fumaça serpenteava os automóveis e, à medida que se aproximava, ficava mais escura e espessa.

  Névoa.

  Só um Não Morto era capaz de produzi-la, ou até mesmo transfigurar-se em uma.

  Arqueou o corpo para trás e acionou as travas de segurança do carro. A Névoa estava ludibriando a visão de Annabeth, e ele não fazia ideia do que ela estaria vendo.

  Tornou a olhá-la. Aquilo perpassava os carros e infiltrava-os pelas frestas, como se estivesse procurando por algo. Ia de pessoa em pessoa. Percy viu-a penetrar as narinas de uma garotinha e sair pela boca, a criança estatelou-se no chão, ainda inconsciente.

  Percy tocou a mão de Annabeth, que imediatamente o olhou, as sobrancelhas arqueadas.

  - Chame a polícia – pediu. Ela aquiesceu e passou a digitar o número no celular.

  A polícia causaria uma distração e espantaria quem quer que aquilo fosse.

  A Névoa escura bruxuleou, e Percy teve de comprimir ainda mais os olhos para ver o que se passava. Ela pareceu se solidificar, e adotava forma de uma silhueta humana.

  Nico estava de volta.

  Percy tocou o volante e sentiu seu poder irradiar, ouviu o ronco do motor novamente, e apressou-se a mudar a marcha e sair dali.

  - Sabe, Annabeth – ela o olhou. Os pneus derraparam e Percy teve certeza que eles deixariam marca na calçada.  – Shakespeare uma vez escreveu que o amor – ele fez uma curva fechada para direita. Nico pareceu escutar o barulho e se voltou para onde estavam – é uma fumaça formada pelo vapor dos suspiros.

  Nico transfigurou-se em névoa, passando a persegui-los. Pelo retrovisor, Percy encarou aquela sombra ímpia que o perseguia, dois pontos escarlates o fitaram, e ele pôde sentir o ódio que emanaram.

  - Ai, meu Deus... – Annabeth sussurrou tão baixo que se Percy não tivesse boa audição ele não a teria escutado. Ela mirava um ponto à frente, o pânico expresso em seu rosto.

  Nico estava envolvendo o carro com a névoa, a visão tornando-se embaçada e escura. Não sabia exatamente o que Annabeth via, mas não parecia ser coisa boa.

  Ao longe, ouviu-se o som da sirene da polícia, e de repente todas as luzes se acenderam, os carros voltaram a funcionar e o trânsito fluiu.

  - Percy – ela grunhiu. – É... ele...– Annabeth jogou a cabeça para trás e seus olhos desfocaram, tornando-se opacos. Levou as mãos à cabeça e a segurou, como se doesse. Ela gemeu e pressionou as pálpebras. Percy segurou mais firme sua mão.

  A risada de Nico reboou por todo lado.

  80, 100, 120. Percy continuou a aumentar a velocidade, ao passo que desviava dos carros e rezava para não os atingir. Sua mão esquerda jazia no volante, enquanto a outra segurava a de Annabeth e a tranquilizava. Ela foi voltando a si, mas suava e resfolegava.

  Nico os estava levando para fora da cidade, o que explicava a falta de movimentação na estrada que pegara.

  À sua direita, Percy viu o afluente do rio Hudson, a água refletindo e tremeluzindo as luzes da estrada.

  - Annabeth! – Ele puxou-a no instante que algo atingiu o retrovisor. Ela já tinha voltado a si, mas Percy pôde senti-la tremer em seus braços.

  Annabeth relanceou o olhar para ele e apontou com o indicador.

  - Seus olhos...

  Como se as coisas já não estivessem estranhas o suficiente, ela desmaiou.

  Percy olhou o retrovisor e se amaldiçoou no mesmo instante. O que viu foram dois orbes caramelados.

  OK, ele pensou. “O que eu faço agora? ”.

 

 

 

  Havia uma fumaça densa flutuando ao nosso redor. Se minha mente não esteve pregando uma peça em mim, podia jurar que ela estava nos seguindo. Não sabia ao certo como denominá-la, mas o simples ato de olhá-la enregelava meu coração. Percy estava ao meu lado, dirigindo e de vez em vez relanceava o ponteiro do velocímetro, que subia consideravelmente depressa.

  Aquilo era como uma neblina, porém de grandes proporções e negra, e parecia transmitir sensações ruins.

  De alguma forma eu sabia que era ele.

  Tínhamos acabado de perpassar um engarrafamento, se assim posso dizer. Provavelmente ocorrera algum problema com a Central Elétrica da cidade, pois a avenida mergulhara em um breu espontâneo.

  Subitamente, a neblina começou a envolver o carro, como um grande manto negro, e aos poucos senti-me letárgica, meus sentidos se evaporavam.

  Dois pontos me fitaram naquela neblina.

  Apaguei por um instante.

  Não posso afirmar que fechara os olhos no momento, mas mais parecia que eu estava em uma grande bolha d’água prendendo a respiração até não aguentar mais, enquanto luto para não abrir a boca e engolir água. É o que chamamos de Apneia involuntária.

  Escutei alguns ruídos. Ruídos de pneus.

  Então eu voltei.

  Percy permanecia ao meu lado e segurava minha mão.

  Minha respiração estava pesada, e minha cabeça doía demasiadamente, como se milhões de pessoas gritassem em meus ouvidos numa sincronia periculosa.

  E tudo isso aconteceu porque olhara nos olhos daquele ser.

  Levei a mão à cabeça, pressionando-a, e Percy firmou o aperto na outra, e eu imediatamente senti a dor dissipar.

  Foi então que vislumbrei algo que estava além de minha capacidade. Na neblina, um ser horrendo me fitava com grandes e levianos olhos vermelhos e dentes pontiagudos.

  Fui puxada por Percy no momento em que algo atingiu o retrovisor do carro.

  Fitei-o, deparando-me com dois orbes caramelados. O quê...?

  - Seus olhos... – Lembro de ter proferido estas palavras antes de minha visão ficar turva. Escutei, por um breve segundo, os meus batimentos cardíacos, como se houvesse encostado a cabeça no peito de alguém.

  Minhas forças se exauriram, e a última coisa que vi foi Percy olhar-me estupefato.

  O homem do capuz...

 

 

  Abri os olhos. A visão ainda enevoada, mas apta para discernir duas silhuetas ao meu lado.

  Meus dedos tocaram uma textura quente e macia, e logo percebi que se tratava de um cobertor. Estava deitada em uma cama de casal azul.

  - Abra as cortinas, Percy – uma voz serena e gentil reboou em meus ouvidos.

  Pisquei os olhos concomitantemente, até serem capazes de focalizar o ambiente.

  Reconheci aquelas paredes azuis e a leve fragrância de maresia no ar.

  - Ela acordou – a mesma voz frisou.

  Quíron e Percy me fitavam com olhares arrebatados de circunspecção até o pescoço.

  - Quíron? – Sentei-me com esforço na cama, pois meus membros pareciam gelatina.

  - Olá, Annabeth – ele sorriu.

  - O que eu... estou fazendo no apartamento de Percy?

  - Digamos que você tenha desmaiado e eu te trouxe para cá – disse o proprietário do apartamento.

  Eu franzi o cenho.

  - Desmaiei?

  - Exatamente.

  - Cogumelos azuis – exclamei e bati palma. Agora foi a vez de eles franzirem o cenho.

  - Ahn? – Percy inclinou a cabeça como um passarinho.

  - Nada, só queria ter certeza de que isso não é um sonho e eu não estou em um universo paralelo onde as paredes dos quartos são azuis.

  - As paredes são azuis – Percy verbalizou.

  - Exato.

  Percy se afastou ligeiramente da cama.

  Quíron pigarreou, chamando minha atenção.

  - Annabeth, esteve se sentindo mal ultimamente?

  Emudeci, estudando sua expressão.

  - Não, por quê?

  Ele e Percy se entreolharam.

  - Excedeu seus limites em alguma atividade física? – Então eu me lembrei do que acontecera. Eu beijara o Percy. Talvez ele tenha notado o rubor na face, pois começou a rir.

  - Ahn... creio que não – menti. Fazer aquilo definitivamente esgotara minha força.

  - Tem tido insônias?

  Eu hesitei por um instante.

  - Sim...

  Quíron recostou-se na cadeira e respirou fundo, como sempre fazia quando se preocupava. Ou quando vencia uma partida de pinochle.

  - Exaustão.

  Arqueei uma sobrancelha.

  - Exaustão? – Indagou Percy. – Isso explicaria o fato de ela ter adormecido por todo esse tempo...

  - Quanto tempo eu dormi, exatamente? – Rangi os dentes, já me irritando com aquela situação.

  - Você esteve desacordada por 5 horas – explanou ele.

  - Wow. – Houve uma pausa, a qual meu cérebro aproveitou para raciocinar um pouquinho mais rápido. – Por que não me levaram ao hospital?

  - São 4 horas da madrugada e o hospital mais próximo está lotado, o máximo que fariam seria dar-lhe soro e um analgésico. Quíron foi a melhor opção. – Deu tapinhas no ombro do mais velho.

  Quíron o olhou indignado.

  Fitei-o com desconfiança.

  - Fiz aulas de pronto-socorro – disse Quíron. – E um ano de medicina. De direito também.

  Estreitei os olhos, impressionada.

  - Tem mais alguma coisa que queira me contar, sabe, por precaução? – Perguntei.

  Ele sorriu e se levantou, olhando o relógio de pulso.

  - Bom, preciso ir – segurou minha mão direita entre as suas nodosas e ásperas mãos e chacoalhou-a. Percy anuiu com a cabeça e o acompanhou até a saída.

  Eles devem ter parado no corredor, porque não ouvi mais o som estrépito dos seus passos.

  Fui vagarosamente até a porta do quarto e recostei meu ouvido nela, tentando captar alguma coisa do lado de fora.

  Não posso dizer que gostei do que ouvi.

  - Estamos com problemas – era Percy, que falava baixo, como se não quisesse ser ouvido.

  - Tecnicamente, você está, Percy – disse Quíron.

  - Isso envolve todos nós, e a está envolvendo também... Se eu não tivesse... Se eu pelo menos não tivesse voltado para procurá-la, isso não teria acontecido. – Percy pareceu lamentar.

  Procurá-la? De quem ele está falando?

  - Sua memória foi apagada? – Quíron indagou.

  - Sim, cuidei disso antes que a trouxesse.

  - Só quero que saiba de uma coisa, filho... A sombra nunca fica quieta. Ela nos abraçará com suas garras, nos encobrirá com a sua mortalha e levará nossa sanidade. Nós não teremos ciência de que ela nos prejudicará até que seja parte de nós e destrua-nos, célula por célula. – Os dois se aquietaram e achei que não fossem mais continuar, e eu estava certa, exceto por uma pequena parte...

  - Quanto mais fundo você cavar, Perseu, mais próximo da morte estará. Vamos, alguém pode estar ouvindo.

  Aquela frase de Quíron ecoou em meus ouvidos, com um significado mais profundo do que eu podia imaginar.

  E quando ele disse “alguém”, sabia que se referia a mim. Rapidamente voltei para a cama e fiz a única e mais idiota coisa que pensei: fingi estar dormindo.

 Os passos se iniciaram novamente e, algum tempo depois, Percy retornou. Só por precaução – e para evitar perguntas desnecessárias – permaneci de olhos fechados.

  Escutei-o circundar a cama, parar próximo a mim e se ajoelhar.

  Sua voz ressoou baixa e terna, um pesar genuíno abrindo espaço por entre seus doces lábios:

  - Se eu pudesse te contar... – Ouvi inclinar-se, pois a parte da cama se afundou. Senti algo gélido em minha testa e um pequeno estalido. Percy acabara de beijar minha testa. Meu coração disparou.

  Instantaneamente, eu abri os olhos.

  - Annabeth? – Ele se afastou, atônito. – Você não estava dormindo?

  - Não.

  - Hum – foi a primeira vez que o vi sem graça.

  Eu me sentei na cama e cruzei as pernas, igual um índio.

  - Percy – olhei-o fundo nos olhos tentando descobrir algo, esperando que ele vacilasse e eu retirasse de lá milhões de coisas que só ele guardava. – O que você não pode me contar?

  Ele emudeceu. À luz da Lua seus olhos pareceram brilhar em exultação.

  - Nada – ele contraiu os lábios.

  Eu o fitei mais uma vez, suspirando frustrada. Ele tinha aquela expressão despreocupada, como se nada tivesse ou estivesse acontecendo.

  - Você está fazendo isso de novo – eu disse.

  Ele franziu o cenho.

  - Fazendo o quê?

  - Você está mentindo para mim.

  Ele me olhou tão profundamente que cri piamente que fosse capaz de ver até minha alma.

  - Acho melhor você atender seu celular, senhorita Chase.

  - O... – Mas antes que eu terminasse de formular a frase, o aparelho vibrou em meu bolso.

  Havia 24 mensagens da Thalia.


Notas Finais


Yo~

Desculpem qualquer erro.
Uma das coisas que evitei fazer nesse capítulo foi descrever "o beijo se iniciou calmo e blá blá" porque eu realmente cansei de escrever isso e ler isso em todas as fanfics. Então se eu algum dia escrever isso aqui, me batam.
Até o próximo o/


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