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História Dear Danger - Capítulo XIII


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Hey, cupcakes, desculpe pelo capítulo ter ficado pequeno...
Enfim, queria agradecer pelos fucking 59 favoritos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Uhuuuuuuuuuuuuuul! Eu não esperava que a fanfic tivesse tantos assim! Sério, muito obrigada mesmo!
Pessoal, não sei se todos você notaram, mas antes do capítulo "Dear Danger's Talk Show", a continuação já havia sido postada, então, se se sentirem confusos com este capítulo, voltem ao capítulo XII e o leiam.

Se já o tiverem lido, mas mesmo assim ficaram confusos com este capítulo, aí podem me culpar.

Boa Leitura.

Capítulo 15 - Capítulo XIII


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XIII

Capítulo XIII

 

  Eu depositei o celular ao lado e olhei fundo em seus olhos.

  - Percy...

  Ele suspirou e fechou os olhos, a lúgubre luz que penetrava a janela jaspeava seu rosto, os traços pareceram mais rígidos e sisudos, dando-lhe uma aparência de mármore, como uma estátua. As mãos se juntaram em frente ao corpo, e concordei em não continuar com a conversa no momento.

  - Annabeth – ele tornou a abrir os olhos e dizer pausadamente – Quíron acredita que o seu desmaio possa ter sido provocado por fadiga ou excesso de carga emocional, ou quem sabe de trabalho. Agora me diga: quantas noites você ficou sem dormir?

  Eu apertei um pouco a colcha da cama, ato que não passou despercebido pelos orbes esmeraldinos.

  - Bom, não é que eu tenha ficado sem dormir; eu apenas tive insônia... por umas quatro noites seguidas.

  As sobrancelhas dele se altearam.

  - Quatro?

  - É, bom, por aí...

  - Quíron cogita também ser ansiedade. Tem se sentido ansiosa?

  Seus lábios se moveram normalmente, embora tivessem parecido mais convidativos.

  - Não...

  Ele meneou a cabeça e caminhou até a porta.

  E foi assim que terminei mais uma conversa com Percy sem respostas.

 

 

  - Sério, onde você estava? – Thalia massageava as têmporas com mais força, deixando um rastro de borrões vermelhos na testa. O pé esquerdo batia nervosamente no chão.

  - Relaxa, Thalia, está tudo bem! – Ela me lançou um olhar furioso. – Eu já disse que passei na delegacia e estive lá por um tempo, só isso!

  - Relaxa! Relaxa! – Bufou enquanto sacudia as mãos acima da cabeça e eu revirava os olhos. – Eu realmente odeio essa palavra! Sabe que horas são? Quatro horas da manhã! Quem fica na delegacia até esse horário? – Ela fez um gesto com as mãos, indignada.

  - Prazer, Annabeth Chase – estendi a mão a ela. Eu realmente achei que fosse morrer com aquele olhar.

  - Espere – ela franziu o cenho. – Você disse delegacia?

  - Sim – anui.

  - Ah, meu Deus, tão jovem e já indo em cana... – Pelo jeito seu bom humor retornara.

  - Não – ri. – Aconteceram algumas coisas aqui...

  E eu pus-me a contar-lhe todos os acontecimentos e, é claro, deixei o Percy de fora para evitar perguntas desnecessárias. Quando terminei, Thalia meneou a cabeça e franziu os lábios, gesto que indicava sua surpresa.

  - É – ela começou – você definitivamente tem fama de azarada. Além de ser meio desastrada de vez em quando – acrescentou. – Tem alguma pista sobre o suspeito?

  - Infelizmente, apenas uma gravação. A oficial Tammy acredita que ele não seja Nova-iorquino. Não tenho muita certeza sobre isso.

  Notei que na bolsa dos olhos de Thalia, faixas escuras e profundas começaram a transparecer, as pálpebras estavam semicerradas e o olhar desfocado. Ela devia ter ficado o tempo todo acordada.

  - Ei, vai dormir – disse eu.

  - Eu esperei que dissesse isso antes, mas obrigada – ela se levantou e cambaleou até o quarto de hóspedes. Antes que virasse o corredor, voltou-se para mim. – Tranque a porta, Annabeth, você a deixou aberta.

  Eu olhei para a fechadura da porta, encontrando-a aberta. Eu jurava tê-la fechado.

  Levantei-me e a tranquei. Fui ao meu quarto, onde poderia descansar enquanto divagava pelas nuvens ilusórias da minha mente exígua.

 Avistei o criado-mudo e caminhei até ele, afim de apanhar meu diário. Abri a última gaveta e procurei o consolador para minhas horas difíceis. Vasculhei o cômodo por uma caneta. Havia uma próxima ao abajur.

  Eu não esperava por aquilo.

  Ao buscar pela caneta com as mãos, meus dedos roçaram a lamparina e eu estaquei. Senti uma letargia apoderar-se dos meus ossos e, como se uma bolha se estourasse em meu cérebro, vislumbrei algo que me parecia familiar, mas que não me recordava, como um lapso de memória.

  Meus olhos se fixaram no objeto.

  Como se eu estivesse assistindo à televisão, vi algo que deveras me surpreendeu.

  Percy me carregava no colo ao adentrar o quarto. Ele me depositou na cama e fitou-me por breves instantes.

  Outra dor de cabeça.

  “Você se lembra de algo?”

  Observei o misto de confusão e surpresa no rosto da Annabeth da imagem.

  “Alguém me chamava, então eu... Você me chamou! Eu o escutei!”

  “E você voltou para mim”.

  “Não...”

  Aquelas informações pareciam correr pelas minhas sinapses e explodir, só assim podia vê-las.

  “O que mais?”.

  “Não me lembro... Não me lembro”.

  Outro estouro em meu cérebro.

  “Perdoe-me, mas você irá esquecer o que aconteceu”. Percy passou a mão em frente aos meus olhos, quero dizer, da Annabeth da imagem, e ela desmaiou.

  Como se eu tivesse sido puxada de um redemoinho, minha consciência volveu à Terra.

  Fitei o abajur, atônita. Aquilo fora um tipo de visão...? Toquei-o mais algumas vezes, esperando que algo acontecesse, mas nada aconteceu. Se aquilo não fora alguma pegadinha da minha mente, eu realmente não sei o que era.

 

 

  Newspaper New York Gazzete

 

  Exatamente às 22h30min do sábado, a avenida Times Square sofreu um blecaute. Os carros pararam de funcionar e todas as luzes se apagaram. A Central Elétrica afirma não ter conhecimento do caso, e que se houvesse ocorrido o tal blecaute, parte do sistema elétrico da CE (Central Elétrica) entraria em disfunção. E isso certamente não explica o fato de os automóveis terem parado de funcionar. Os agentes noturnos que patrulhavam o local alegam não terem visto nada “fora do normal”, como afirmou ao Gazzete Grover Underwood, 35, gerente da Central.

  “Nós inspecionamos todo o local. Nenhuma fiação foi rompida ou sofreu um curto-circuito” disse o senhor Underwood.

  O Gazzete entrevistou algumas pessoas que estiveram na avenida, incluindo os moradores do prédio Hilbust, em frente ao Times Square, embora as pessoas que estiveram no local durante o acontecimento tenham negado a acusação, os moradores do Hisbust sustentam a premissa do blecaute.

  “Foi às 22 horas e pouco” afirma Tammy Wire, oficial de polícia da delegacia Parkes & Co e residente do edifício. “As luzes se apagaram e mergulhamos em um breu completo. Todo o meu trabalho no Word foi perdido, isso me deixou furiosa” exclamou a oficial.

  Leonardo Valdez, fotógrafo da revista “Os Olimpianos”, recorreu ao jornal com uma fotografia um tanto quanto perturbadora, contudo, não há provas de que seja verídica. A imagem retrata uma sombra tremeluzindo e adotando a forma de um homem.

  Recorrendo aos mitos antigos, teremos que seres das trevas desciam para terra à procura de diversão. Eles ludibriavam a mente humana com seus poderes e pregavam peças nos mortais.

  Mas são apenas mitos.

  O ocorrido não foi suficientemente esdrúxulo para chamar a atenção da polícia, portanto não a veremos envolvida nesse caso.

 

  Da edição,

  New York City.

 

 

  Ele precisava. A fome fazia seus músculos se contorcerem e sua cabeça girar. Vestiu seu sobretudo e, certificando-se de que as pessoas do edifício estavam dormindo, ele deixou seu apartamento e saiu noite a dentro.

  O vento açoitava-lhe os cabelos negros e ele se esforçava para manter as pálpebras uma longe da outra.

  Quatro semanas. Quatros semanas sem perfurar um pescoço e provar o fluído rubro que lhe revigorava as forças.

  A última refeição que se lembrava... um garoto, provavelmente. Como o jornal o descrevera? Estudante de jornalismo?

  A luz opaca do poste mostrava-lhe o caminho, mais árduo do que de costume, enquanto seus pés percorriam as calçadas à procura de uma alma desgarrada.

  Mais à frente, depois de ter virado duas esquinas, próximo ao local de sua última refeição, o homem de orbes esmeraldinos avistou um casal, se assim podia descrevê-los. O companheiro discutia alto e esdruxulamente com a mulher que, à luz fraca da noite, pareceu assustada, e ele pôde notar pequenas manchas roxeadas em seus braços desnudos. O acompanhante ergueu a mão em sua direção, com o pretexto de lhe desferir um golpe.

  O rapaz, que antes confabulava com a mulher, só percebeu o que ocorrera quando seu corpo jazia estatelado no chão, inerte, embora consciente, e suas forças se esvaíam ao passo que aquele homem de sobretudo sugava-lhe o sangue das veias.

  - O que...? – O troglodita tentou formar uma frase, mas a única coisa que conseguiu foi engasgar com o sangue que se coagulava em sua garganta.

  - Shh... – O homem de sobretudo posicionou o indicador em seus lábios, e o terror tomou conta dos seus ossos. – Não vai querer se mexer agora, vai? – Era impossível discernir o rosto do homem, pois o mesmo parecia bruxulear em uma fumaça escura, apenas um lampejo escarlate avassalou aquela escuridão.

  - Você é a morte...? – Ele conseguiu dizer.

 - Eu sou a personificação mais justa da morte. Aquela mulher – a sombra pareceu apontar para algum lugar, e o rapaz acompanhou-a. – merecia um descanso, depois do que você a fez, não é mesmo? Agora vamos ficar quietos, não costumo conversar com comida – a névoa tremeluziu em um sorriso macabro, e uma onda de dor penetrou o cérebro do rapaz.

 

 

   Fui coxeando até o quarto da Thalia para acordá-la para o café da manhã. Com os olhos ainda fechados, trombei com o batente da porta, até finalmente ser capaz de distinguir onde estava a maçaneta.

  - Thalia – bati na porta. – Vou entrar.

  Abri a porta, mas o quarto se encontrava vazio. A cama arrumada e as cortinas abertas indicavam que ela acordara bem antes de mim.

  Bom, não era surpresa, afinal, eram onze da manhã.

  Notei um papel em cima dos cobertores. Pesquei-o e li o bilhete ali redigido:

  “Hey, fui à padaria.

  Volto daqui a pouco.

  Thalia”.

  - Ok – guardei o bilhete no bolso da calça de moletom e ajeitei o cabelo, enquanto minha mente vagava sobre ontem à noite. – Eu devo estar ficando louca – meneei a cabeça e respirei fundo.

 Caminhei até a porta, mas algo me deteve. Bem no canto do armário, próximo ao malão de Thalia, um objeto pontiagudo despontava entre seus pertences. Agachei-me e vasculhei o lugar.

  Um arco.

  O objeto era pesado em minhas mãos, mas eu me encontrava ébria em sua beleza e porte. Os limbos eram de mogno escuro, suas extremidades de aço eram revestidas com algum tipo de protetor de couro. O centro, a empunhadura, era coberta com um material macio, talvez algodão, não sei ao certo. Provavelmente possuía um metro de comprimento, o que dava do topo da minha cabeça aos meus joelhos.

  - Desde quando a Thalia tem um arco...?

  Percebi que muitas coisas estavam me perturbando, precisava de algumas respostas, e eu já sabia onde consegui-las.


Notas Finais


Yo~

Desculpem qualquer erro, e principalmente para quem achou que fosse ter beijo apaixonadamente apaixonado nesse capítulo...
Já têm alguma pista sobre o vampiro que matou Chris Rodriguez? Se já, fiquem sabendo que ele não fez por mal... Isso será explicado no próximo capítulo.
Caraca, a Thalia tem um arco! O que será que ela faz com ele...?
Até o próximo o/

P.S: Alguém aqui assiste Shadowhunters?


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