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História Dear Danger - Capítulo XV


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Então. Pera. Calma. Relaxem. Larguem as pedras, please.
Tipo, foi assim...
Ontem me deu bloqueio criativo e não consegui terminar de escrever o capítulo, por isso não o postei. Me desculpem por isso, mas foi só um dia sem postar (não vamos contar os domingos que eu realmente não pude) só, mais ou menos, 32 horas sem postar (até agora), o que corresponde, mais ou menos, 115200 segundos.
Tá.
MAS EU TODDYVOLTA \O/
Hey, comemorem.
Enfim, queria agradecer NOVAMENTE pelos favoritos e comentários. Meu Deus, já estamos com 69 favoritos e 102 comentários! Gente!
Se a fic chegar a 80 favoritos, eu faço um bônus.
Bem, era só isso mesmo.
A CAPA É PARECIDA COM O SÍMBOLO que será relatado no meio da fic.
ESTE CAPÍTULO É NARRADO PELA ANNIE E PELO PERCY.
VALEU FALOW.


Boa Leitura.

Capítulo 17 - Capítulo XV


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XV

Capítulo XV

 

 Cada passo meu naquele corredor escuro parecia ecoar em meus ouvidos. Em câmera lenta eu penetrava aquele recinto desconhecido, temendo minhas próprias escolhas e, assim como Quíron dissera, um caminho totalmente sem volta.

  As paredes eram altas e de azulejos negros e brilhantes que refletiam minha silhueta. Assim como os corredores da empresa, este era iluminado por castiçais, e alguma coisa me dizia que eram feitos de ouro puro.

  Passamos por uma porta de madeira grossa e rústica com vários desenhos entalhados em suas extremidades. Um deles, que me pareceu mais um símbolo, incrustado no centro da porta, eram duas luas, a primeira minguante, e a segunda crescente, opostas e posicionadas uma de cada lado de uma lua cheia. A princípio, nada me ocorreu ao vê-lo, mas senti como se não me fosse estranho.

  Ao final do corredor havia outra porta, de folha dupla, maior e fechada. Pude perceber que as maçanetas e fechaduras eram de ferro, o que me levou a cogitar a possibilidade de eu estar em um castelo e não numa passagem secreta aos fundos da empresa para qual trabalho.

  Ela continha o mesmo símbolo.

  - Ah... Isso é algum tipo de templo onde se realizam rituais sagrados? Porque, convenhamos, esses símbolos... – Cocei a testa e ri nervosamente. Aquilo me parecia muito com uma creepypasta, do qual a heroína entra em um castelo e não consegue mais sair, e se aparecesse um palhaço medonho empunhando um chocalho manchado de tinta vermelha eu não ficaria surpresa.

  - Quase isso.

  - Quíron...

  Nós alcançamos a porta e estacamos.

  Os momentos seguintes foram decisivos. Eu poderia muito bem dar no pé ou ficar ali e ver no que ia dar.

  Eu escolhi ficar.

  Eu não compreendi bem o que aconteceu, creio que não estava em meu melhor momento. Quíron arregaçou a manga do seu casaco e, de relance, notei o mesmo símbolo que avistei nas portas em seu pulso. Ele passou-o em frente a porta e murmurou algo ininteligível. Então ela se abriu.

  Um friozinho assomou minha barriga, e senti minhas mãos formigarem de excitamento. Engoli em seco.

  - O que é tudo isso? – Sussurrei, admirando o local, estupefata.

  A porta se abrira para um cômodo amplo e espaçoso, o que me fez indagar como um lugar daquele tamanho podia estar escondido na empresa. Diferentemente do corredor, as paredes eram feitas de mármore claro e viam-se arcos e flechas de formas e tamanhos diferentes pendurados nelas. No centro, do tamanho de um ser humano, erguia-se uma estátua de uma mulher, trajando uma túnica branca (bom, era de mármore, então tudo era meio que branco. Não sei que fascínio é esse por mármore). Ela portava um arco, em sua cabeça jazia uma tiara de lua crescente. A posição em que se encontrava dava a impressão de que estava prestes a realizar um tiro perfeito.

  No chão, o mesmo símbolo estava desenhado a seus pés.

  Em um canto, observei algumas balestras (ou bestas) recostadas próximas aos alvos dos arcos.

  Os arcos me lembraram Thalia.

 

 

  - Quero que continue com a construção.

  Percy e Luke se fitaram por um longo tempo.

  - Mas não há sentido em continuá-la. – Luke meneou a cabeça.

  Percy caminhou calmamente até a janela do escritório do loiro e olhou através dela.

  - Não diga nada à Annabeth – Percy voltou a olhá-lo. Os dedos se apertavam dentro do bolso da calça. – Eu posso voltar, por isso peço que continue a construção.

  Luke sentou-se na ponta da mesa e cruzou os braços. De repente o moreno aparecera em seu escritório dando-lhe aquela notícia. Surpreso era o que melhor lhe definia.

  - Como não direi? Ela faz parte do projeto.

  - Apenas fique em silêncio – o moreno incutiu. – Desvie o assunto, caso ela pergunte. – E Percy sabia que ela iria perguntar. Isso o fez soltar um sorriso de canto. – Preciso resolver algumas coisas – não passou despercebido dos olhos azuis de Luke que Percy evitava fitá-lo.

  - Tudo bem – anuiu com a cabeça, ainda não compreendendo. – Quando?

  Percy respirou fundo.

  - Daqui uma semana.

 

 

  - Vocês são caçadores? – Alteei uma sobrancelha, irônica.

  - “Vocês”? – Quíron franziu o cenho.

  - Você e Thalia.

  Ele caminhou até uma estante com alguns objetos mortíferos que prefiro não relatar no momento. Seus olhos me analisaram, o semblante arrebatado de circunspecção.

  - O que a faz pensar que a senhorita Grace está envolvida nisso?

  - Ela tem um arco – só então percebi o quão idiota fora aquela minha afirmação. Thalia poderia ter um, mas não necessariamente ser uma caçadora...

 - Entendo – ele aquiesceu, dando seu costumeiro sorriso complacente. – Como bem sabe, coincidências acontecem – Quíron tamborilou os dedos finos e nodosos sobre a prateleira da estante.

  - Assim como sei também que não existe o acaso. Você mesmo me ensinou isso, no primeiro dia em que vim trabalhar aqui.

  - Você é atenta aos detalhes, senhorita Chase – ele apanhou um arco e posicionou uma flecha mortalmente afiada entre a corda e a empunhadura, que aliás, segurava firmemente. – Uma alma sábia é melhor do que dois olhos que tudo veem.

  Estreitei os olhos tentando compreender os significados de suas palavras.

  - Tá. Bom, já deu para perceber que são caçadores – gesticulei com o indicador o local. – Só espero que a caça seja totalmente legal – murmurei a última parte, preocupada com os animais, ao passo em que observava o movimento que fazia com o indicador. – Mas como isso vai me ajudar a descobrir sobre o Percy?

  Quíron apontou o arco em minha direção. De relance, notei que sua tatuagem resplandeceu com o ato.

  - Hey – pus-me em posição de defesa, recuando um passo.

  Ele atirou.

  Ouvi o zunir da flecha acima de minha cabeça, cortando o ar como um raio. Um arrepio percorreu minha espinha. Escutei um baque surdo atrás de mim, e instantaneamente me virei.

  Enquanto eu fitava a flecha prateada cravada no alvo circular, com listras brancas e vermelhas, a voz de Quíron ressoou alta e claramente e se solidificou no ar.

  - Nós caçamos sua espécie.

  E com espécie, entendi que não se tratava da minha.

 

 

  Bati à porta de Annabeth. Qual foi a minha surpresa quando uma morena de olhos azuis a atendeu.

  - Em que posso ajudar? – Ela colocou uma das mãos na cintura e não parecia muito feliz em me atender. Agora sabia de onde Annabeth tinha tirado aquela expressão.

  - Annabeth está em casa? – Olhei por cima de seu ombro, o que não foi difícil, considerando nossas alturas.

  - Não. Quem é você?

  - Ah, creio que não me apresentei adequadamente. Meu nome é Percy, sou... amigo da senhorita Chase. – Senti um nó em minha garganta ao pronunciar aquela palavra. Amigo. Eu realmente não sabia o que eu era em relação à Annabeth. Notei que a mulher torceu o nariz e comprimiu os olhos, e algo nela fez com que eu medisse minhas palavras. – E cliente – acrescentei só por precaução.

  Ela abriu um sorriso largo e, convenhamos, meio malicioso, e um lampejo de exultação perpassou seus orbes.

  - Infelizmente ela não se encontra, gostaria de deixar algum recado?

  - Não, eu só... – fui interrompido pelo odor que invadiu minhas narinas. Mirei seu pulso e observei, através de sua pele, o fluído escarlate que percorria suas veias. – Na verdade, peça para que ela me encontre no hall assim que chegar. Meu apartamento é logo ao lado – meneei a cabeça para a porta de número 231. – Como é seu nome?

  - Thalia.

  - Certo, obrigado, Thalia – anui e despedi-me enquanto a observava fechar a porta.

  Ela trancou-a.

  Girei nos calcanhares e rumei para meu apartamento.

  Dei uma última olhada na porta 232.

  O mesmo sangue que corria em minhas veias corria nas daquela mulher.

 

 

 Deixei a empresa para trás. Já eram sete horas da noite, o sol se punha aos poucos no horizonte, preterindo um rastro efêmero de carmesim e laranja, que bruxuleavam entre si. Um vento fresco de início de equinócio fazia com que as copas das árvores farfalhassem e as aves se aninhassem nos ninhos à procura de conforto.

 A noite não pode nos dar conforto, não pode nos oferecer a opulência quando solidão e desespero são as únicas coisas que nascem de seu ventre. É como se, no raiar da noite, a felicidade se esvaísse junto com as horas perdidas e acumuladas, assim como as frases que se evaporam em suspiros de lábios amargos.

  Em outras palavras, eu prefiro o dia.

  Chutei uma pedra solitária no meio da calçada e observei-a rolar até o meio-fio, onde se escondeu entre as ervas que ali cresciam enquanto eu divagava sobre momentos antes.

  Quíron mandou-me embora alegando que estava demasiadamente tarde e que já havia dito demais.

  Não sei não, eu não tirei nenhuma conclusão de nossa conversa. Me senti envolta em uma lã, enroscada e presa. Eu só precisava encontrar o fio que me libertaria.

  Que fio complicado.

  Segui meu caminho até avistar o letreiro de Berkeley Brow. Soltei um longo suspiro ao transpor a entrada. Dei um “alô” para Simon que, a propósito, acredito ter pintado o cabelo, pois estava tão escuro quanto o de Percy.

  Percy...

  Não sei dizer porque fiz aquilo.

  Meu peito doeu ao me recordar da fala de Quíron. Como se Percy fosse um nada.

  Eu precisava vê-lo. Meu ser clamava por isso.

  Subi as escadas sem me importar em pegar o elevador. Pulei dois degraus de cada vez. Tomada por uma força que me pareceu imensa, corri ao meu andar.

  Meus lábios soltaram uma exclamação de alívio ao ver a porta do apartamento de Percy.

  Continuei a correr.

  A porta se abriu.

 E como eu estava correndo, já deu para imaginar o que aconteceu. Pensa um pouquinho. Aconteceu a mesma coisa alguns capítulos atrás.

  Se você disse que eu caí em cima dele, meus parabéns, você merece um óscar.

  - Annabeth, por que eu tenho a sensação de que você não consegue viver sem mim? – Ele soltou um risinho presunçoso e depositou um beijo em minha testa. Ato que provavelmente surpreendeu mais ele do que eu.

  Pigarreamos e nos levantamos. (Certo, eu enrubesci pra dedéu).

  - Desculpe – fitei um ponto qualquer e estendi minha mão a ele.

  Ele franziu os lábios e retribuiu o gesto.

  - Que sensação de déjà vu.

  Antes que ele pudesse continuar, intervi rapidamente para que a coragem não se esvaísse do meu corpo.

  Descansei as mãos no bolso do casaco amarelo (um casaco muito bonito por sinal), embora elas suassem e eu as apertasse constantemente. Respirei fundo pelo que foi a décima vez no mesmo dia. Fechei os olhos.

  Se fosse realizá-lo, teria de ser agora.

  - Percy, acho... que... gosto... de você – diminui consideravelmente o tom de voz no fim da frase, embora acredite que isso não o tenha impedido de escutar.

  Era por isso que eu não gostava das noites. Elas dão coragem às pessoas.

  Tudo funcionou meio que rápido. Em um instante eu encontrava-me no corredor, e no outro estava presa entre os dois braços de Percy, a porta de seu apartamento fechada atrás de mim.

  Ele me fitou fundo nos olhos, e seus orbes esmeraldinos brilharam em uma faísca lasciva. Meu rosto fervia, e ele não estava ajudando nada com aquele olhar.


Notas Finais


Yo~

YEAH, ALGUMA COISA VAI ACONTECER NO PRÓXIMO CAPÍTULO ASHUASHUASHUA
Eu fico tão emocionada que saem até lágrimas dos olhos.
Deu para perceber que os caçadores cultuam com veêmencia a deusa Ártemis.
Sim, a Thalia também tem uma tatuagem daquela, só a Annie que não viu ainda.
Hey, por que será que o Percy disse que a Thalia possui os mesmo sangue que ele?

(~*o*)~
Apareceu uma baratinha aqui em casa, agora há pouco, e minha mãe disse "mata, mata". Catei meu chinelo e entreguei para ela. "Hey, você é a mãe aqui, você que protege os filhos" e sai correndo.
Deu para notar que sou meio covarde, né?

Desculpem qualquer erro.
Até o próximo o/


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