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História Dear Danger - Capítulo XVII


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Fala cupcakes, tudo bem com vocês?
C
A
R
A
C
A
!
Chegamos a 80? É isso mesmo?!! Uhu! Obrigada, galera, vocês são demais!
Haha... sobre o bônus... Eu não o terminei ainda, e muito provavelmente ele não sairá hoje, mas vai sair essa semana, eu juro. Eu iria postá-lo junto com este, mas como eu não o terminei ainda :/
Semana que vem não poderei postar, pois estarei estudando para as provas (sim, mal terminei as outras e já estão nos empurrando mais estas). Então, só os verei dia 10. Eu sei, dói em mim também.

Alguém foi assistir Batman vs Superman? Cara, melhor filme. Sério. NÃO CONSIGO EXPRESSAR A DIVOSIDADE DO BATMAN. O caps lock já faz isso.

Bem, fiquem com o capítulo.

Boa Leitura.

Capítulo 19 - Capítulo XVII


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XVII

Capítulo XVII

 

  - Você falhou novamente – a voz de Hades retumbou como um trovão dentro do casebre. Nico se encolheu mais um pouco. – Filho bastardo.

  - Perdoe-me pai, não pude capturá-la. Percy está sempre junto a ela... – Nico afastou-se do catafalco, o rastejar de seus passos tornaram-se mais agudos.

  - Isso mostra sua incompetência – ele pareceu bufar com desgosto.

  Nico se afastara o suficiente para esbarrar com o sofá empoeirado encostado em um canto do cômodo.

  - Sim, senhor... – ele meneou a cabeça.

  A mortalha do caixão começou a levantar, dando lugar a uma mão esquelética. A parte do braço amostra era recoberta por um tecido negro puído e fétido, as mangas amarrotadas. A mão se abriu, e chamas negras apareceram em sua palma. Elas espiralavam, crescendo e diminuindo.

  Era tão escura que, se olhasse, sua alma seria sugada, seus pecados corrompidos, a verdade retirada.

  Nico olhou-a, e observou a sua imagem tremeluzir nas chamas. Sua face se deteriorava, e aos poucos os ossos emergiam.

  Ele piscou concomitantemente, fechando os olhos em seguida, para fugir daquela imagem.

  - Distraia-o. Fira-o onde mais dói. Vingue seu pai, e só então estará livre disso.

  Nico aquiesceu e estalou os dedos. Uma névoa o encobriu e, enquanto ouvia um arfar carregado de seu pai, ele desapareceu.

 

 

 

  - Annabeth, você poderia repetir? – Percy me fitava intensamente. Meu cérebro parecia vibrar. Tive de desviar os olhos, senão morreria de vergonha.

  Meu olhar recaiu sobre um vaso de flor de porcelana. Da última vez que estive no apartamento de Percy, não havia reparado nele.

  - Que vaso bonito... – balbuciei, tentando mudar de assunto.

  Percy afastou-se alguns centímetros, o suficiente para poder contemplar-me. Seus olhos analisaram cada pontinho de meu rosto, e sabia que seu olhar repousara em minha boca.

  - Annabeth... – ele tocou em meus braços, mantendo as mãos ali. Achei que ele fosse fazer alguma coisa, e de fato fez, embora não fosse exatamente o que esperara. Isso me deixou nervosa.

  Semicerrei os olhos o mais forte que pude, sentindo as mãos molhadas de suor.

  Percy apoiou a cabeça em meu ombro, surpreendendo-me. Seu cabelo roçou de leve minha orelha, fazendo com que os pelos da minha nuca se eriçassem.

  Tudo em segundos.

  Cogitei ter visto a ponta da orelha de Percy ruborizar, mas devia ter sido só impressão.

  Ele não disse mais nada. Envolveu-me em um abraço tenro, a cabeça ainda apoiada em meu ombro.

  Ficamos assim por alguns segundos, até minhas mãos subirem delicadamente até seu pescoço e acariciarem os fios de cabelo ali presentes. Eu não teria dito novamente, mas estava envolvida naquele momento, envolvida por Percy, e a única coisa que queria era soltar aquela frase.

  - Eu gosto de você - murmurei em seu ouvido.

  Os cantos dos lábios de Percy se altearam em um sorriso, seguido de um riso, que definitivamente me aborreceu. Estava fazendo pouco caso de meus sentimentos? Afastei-me dele e busquei a maçaneta da porta e, prestes a abri-la, fui puxada por Percy. Eu instantaneamente me virei.

  Percy beijou-me com ternura. Suas mãos tocaram meu rosto, aprofundando mais o toque íntimo. A sensação era maravilhosa.

  Ele poderia não ter dito com palavras, mas senti como se tudo fosse transmitido no ato.

  Aos poucos, andamos até o sofá, embora inconscientemente. Percy esbarrou no móvel e caiu deitado sobre ele, nossos lábios se separando por breves segundos, retornando ao local de origem logo em seguida, pois eu caíra em cima dele.

  Sua boca se alteou em um sorriso ao notar nossas posições.

  - Geralmente, eu adoraria dominar, mas se a senhorita preferir assim, para mim está ótimo também – um lampejo mordaz avassalou seu olhar, seu sorriso aumentando ainda mais ao presenciar o efeito que suas palavras causaram.

  - Senhor Jackson, você não tem vergonha! – Redargui sem pudor. Senhor Jackson. Percy provavelmente gostara daquilo.

  Eu o calei com outro beijo, mais ávido e cálido. Minhas mãos encontravam-se em seus ombros, enquanto as dele acariciavam meu cabelo.

 Estremeci quando nossas línguas se tocaram. Percy foi lentamente se levantando, segurou-me pela cintura, enquanto eu permanecia em seu colo. Não paramos de nos beijar um só momento.

  Inconscientemente, as minhas mãos pararam nos botões de sua camisa, os quais comecei a desabotoar. Estaquei. O que estava fazendo?

  Antes que pudesse interromper, Percy o fez. Paramos com rápidos selinhos, minha respiração estava pesada, e eu resfolegava. Ele passou a distribuir beijos pelo meu rosto.

 Quando terminou, ele encostou sua testa na minha, e eu reparei em sua roupa. A camisa social estava amarrotada, os cabelos desgrenhados e os lábios vermelhos.

  Infinitamente sexy. Filho da mãe.

  Eu causara aquilo. O pensamento me fez enrubescer e estapear as bochechas.

  - Agora sim lhe dou seu merecido 10 – ele riu, o ar que emanou de sua boca assoprou meu pescoço, fazendo-me arrepiar.

  Percy tocou meu braço e, com o indicador, passou a desenhar círculos invisíveis sobre as veias ali presentes, foi quando conclui que deveria tomar mais sol.

  O silêncio que se seguiu se tornou incômodo. Ainda estávamos na mesma posição, contudo, o semblante de Percy se alterara, e seus olhos mostravam-se cheios de preocupação.

  Eu levantei seu rosto e mirei-o fundo nos olhos.

  - Está tudo bem? – Ele relanceou um ponto qualquer e voltou a fitar-me.

  - Annie – alguma coisa em seu olhar pedia permissão para me chamar assim. Eu anui com a cabeça. – Preciso lhe contar...

  Não conseguira concluir o que pretendia, pois, seu celular começou a tocar, deixando-me aturdida e demasiadamente encabulada. A reação que se seguiu foi súbita.

  Ele adotou uma expressão mais austera, como se desse conta do que estava prestes a dizer. Passou as mãos pelos cabelos e se levantou, afastando-se para atender o celular.

  Eu fiz algo de errado?

  - Alô? Agatha? – Percy alteou uma das perfeitas sobrancelhas.

  Quem é Agatha?

  De repente, a situação a qual me encontrava pareceu desconfortável. Remexi-me, inquieta, ajustando o casaco para ver se a sensação iria embora. Atentei-me a suas ações; caminhava de um lado ao outro, o mesmo semblante que o de antes, embora parecesse levemente aborrecido.

  O que ele precisava me contar?

  Meu celular vibrou no bolso da calça, meu coração imediatamente se enregelou no peito.

  Pesquei o celular e desbloqueei a tela. Uma mensagem da Thalia.

  “Onde você está? Responda, estou ficando preocupada! ”

  Arregalei os olhos: me esquecera completamente dela e, principalmente, de que horas eram.

  Pus-me de pé em um salto e dirigi-me o mais silenciosamente que pude até a porta.

  Talvez Percy não houvesse notado a minha saída, pois não me parou.

 

 

  Quase revelara minha verdadeira identidade. Por um triz não a colocara em uma enrascada.

  Agatha tinha um timing perfeito.

 

  - Alô? Agatha? – Alteei uma sobrancelha, estupefato.

  - Senhor, ah, senhor, nos perdoe... Nós, ele... – sua voz estava trêmula e embargada, e podia crer que chorava.

  - O que foi Agatha? – Fitei o sofá onde Annabeth e eu estávamos há alguns minutos e franzi o cenho ao notar sua ausência. Fora embora? – Respire fundo e me diga o que está acontecendo – ordenei, sem tirar os olhos do sofá.

  - Senhor, o castelo foi atacado. Destruíram a ala oeste.

  Emudeci. Fora ingênuo o suficiente para crer que eu era o único envolvido.

  Eu precisava voltar. Esse era mais um motivo.

  - Agatha, prepare as minhas coisas. Eu estou voltando em uma semana.

  - Sim, senhor.

  Deixei que meu corpo desabasse sobre o sofá. Mirei a tela apagada do celular e relanceei a mudança de cor em meus olhos.

  Uma parte em mim dizia que aquilo era obra de Nico.

  Se era guerra o que ele queria, pois então ele a teria.

 

 

 

  Fui precipitada demais? Não devia ter saído desse jeito? Talvez, afinal, fora apenas uma ligação. Por enquanto, ruminarei o que estou sentindo e verei aonde isso vai dar.

  Girei a maçaneta da porta, pranteando para que Thalia houvesse desistido de me esperar e tivesse ido dormir.

  Para a minha infelicidade, as luzes estavam todas acesas.

  Assim que a avistei, um sentimento esdrúxulo me invadiu. Ao fitar o semblante preocupado de Thalia, senti como se ele fosse falso e escondesse muitas coisas, as quais não me contara. Recordei do arco, de Quíron, e de tudo que esteve acontecendo.

  Eu ergui o indicador em sua direção.

  - Desembucha – disse.

  Ela me olhou confusa, então resolvi mostrar sobre o que me referia. Corri ao quarto de hóspedes e pus-me a vasculhar todo canto a procura daquele objeto. Jogava suas roupas para trás, até um ursinho, vasculhando e revirando os locais os quais ponderara um esconderijo.

  - Annabeth, o que está fazendo?! – Sua voz era uma misto de indignação e exaltação.

  - Onde está? Onde está? – Grunhi.

  - Annabeth! – Ela me puxou para trás abruptamente.

  - Thalia, onde está seu arco? Me diz: você é uma caçadora? O que exatamente você caça? Coisas como o Percy – soltei uma risada nervosa e um tanto psicótica ao me lembrar das palavras de Quíron. Não sei exatamente porque agi daquela forma, mas meus nervos estavam a flor da pele, e sentia como se não houvesse feito progresso algum.

  - Coisas como quem...?

  Foi então que notei algo embaixo de sua cama. Engatinhei até ali e puxei aquelas folhas para fora.

  Eram pedaços avulsos do jornal de Nova Iorque. Havia imagens de corpos na cena do crime e manchetes chamativas. Thalia devia ter lido, pois pareciam ter sido rasgadas do resto do jornal, havia círculos desenhados com tinta vermelha e frases grifadas por marcadores verdes. Passei a lê-las, tive de esfregar as mãos duas vezes na calça, pois aquelas reportagens me deixavam nervosa.

  “Estudante de jornalismo é morto por algo desconhecido (...) dois orifícios foram encontrados em seu pescoço”, “ achamos que morreu de esgotamento nervoso”.

  Passei para outra reportagem:

  “Parece que o sangue foi drenado”.

  “Dois homens e uma mulher. A Mulher de Branco (...) ele correu até ela com uma velocidade imensa”

  “A Dama de Verde foi destruída”.

  Comparei as datas. Elas batiam com os dias em que o homem encapuzado aparecera.

  Voltei a analisar os papéis.

  “Exatamente às 22h30min do sábado, a avenida Times Square sofreu um blecaute. Os carros pararam de funcionar e todas as luzes se apagaram. A Central Elétrica afirma não ter conhecimento do caso, e que se houvesse ocorrido o tal blecaute, parte do sistema elétrico da CE (Central Elétrica) entraria em disfunção”.

  Blecaute? Procurei pela data. Era exatamente o dia em que eu desmaiara e acordara no apartamento de Percy.

  Foi então que me lembrei.

  Estávamos no carro, quando tudo escureceu. Me sentia letárgica e sonolenta. Fugíamos dele, disso eu tenho certeza. Recordo, inclusive, da fala de Percy: “Shakespeare uma vez escreveu que o amor é uma fumaça formada pelo vapor dos suspiros”.

  Escutei Thalia se agachar ao meu lado, mas evitei olhá-la. Minha atenção se prendia aos restos de jornal espalhados em minha frente.

  - Thalia, sei que é uma caçadora... – minha voz saíra baixa e profunda, suplicando-lhe para que, embora soubesse que fosse verdade, me provasse o contrário.

  Se antes eu ouvia sua respiração relaxada, após um longo suspiro ela pareceu ter se extinguido. Fitei-a de soslaio para certificar-me de que estava bem.

  Sua expressão era impassível, as feições rígidas como uma estátua, os lábios comprimidos e sem cor, que formavam uma linha fina sobre seu rosto.

  - Você está blefando – ela finalmente soltou, juntando as folhas e as amassando. – Você está estranha, Annabeth.

  Eu comecei a juntar as peças.

  Orifícios no pescoço, sangue drenado, a imagem que vira no dia do blecaute; o indivíduo de longas presas e olhos escarlates. Percy não aparecia em dias ensolarados, Transilvânia, pele lívida, bons reflexos...

  Meneei a cabeça, tentando afastar estes pensamentos. Parecia uma história de terror saída de livros antigos e empoeirados, que geralmente se encolhem em cantos escuros nas estantes já corroídas.

  O momento de nosso beijo volveu minha mente, e eu consegui produzir um sorriso mínimo.

  Vasculhei o quarto com os olhos à procura de uma caneta. Avistei uma em cima do criado-mudo, próximo a um bloco de notas. Ótimo, isso facilitaria as coisas para mim.

  - Não minta para mim, Thalia – verbalizei, rabiscando avidamente um desenho no papel pardo. – Sei quando o faz.

  Assim que terminei, virei-me para ela e apontei-lhe o desenho das luas, o símbolo dos caçadores.

  - Quíron me contou – inspirei profundamente, tentando manter a calma. A mão que segurava o desenho tremia, e eu custava para deixá-la estável. – O seu arco, Thalia, eu o vi quando você foi para a empresa. – Uma luz se acendeu em minha mente. Uma premissa. Thalia ainda mirava minha mão e, de repente, fitando-a nos olhos, tive a impressão de vê-los adotarem uma coloração caramelada, embora tão rápido que não posso afirmar nada.

  Dei um passo em sua direção, franzindo o cenho. Acredito que sempre me recordarei deste momento, o modo como a luz caía sobre nós, as persianas balançando por conta da brisa que penetrava a janela aberta. Lá fora estava escuro, com exceção das luzes dos postes, que se projetavam nas ruas criando círculos amarelos perfeitos.

  - Você não voltou para terminar com o Luke... – ela me olhou. – Você voltou atrás de alguma coisa. Luke foi só um pretexto. – Notei que ela espremeu ainda mais os papéis em suas mãos. – Você voltou atrás disso – apontei com o queixo para o jornal.

  Nós mergulhamos em um silêncio ensurdecedor.

  Aguardei um momento, meu cérebro digeria aquelas informações como explosões de fogos de artifício.

  - Thalia, você veio atrás do...

  Ela me interrompeu. Com um gesto, arrancou a camiseta que vestia, virando-se de costas e, com os polegares, apontou para um ponto acima do lombar.

  O mesmo símbolo jazia ali.

  - Sim, Annabeth – sua voz era um misto de irritação e sensatez. – Vim atrás do assassino.

  A frase de Quíron volveu-me a memória.

  “Nós caçamos sua espécie”.

  Thalia continuou:

  - Um vampiro, Annabeth. Não sabia? Caçadores caçam vampiros.


Notas Finais


Yo~

É, pois é. É isso aí.
Recapitulando, o bônus será postado ainda essa semana. Me desculpem por não tê-lo terminado.

Vejo vocês no próximo e, depois, só dia 10. o/
Desculpem qualquer erro.


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