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História Dear Danger - Capítulo XVIII


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~
Fala, cupcakes, bão?
Puxa, hoje já é quarta? O tempo passou tão rápido ( ゚ Д゚)
Assim, deixa eu explicar. O réu tem esse direito também. Eu não tinha terminado de escrever, aí tem uma coisa chamada "Teen Wolf" que, a proprósito, me atrapalhou bastante. Aí tem um negócio chamado "aquele livro parece interessante, vou escrever a história depois". Sério, não me crucifiquem. Tenho certeza que já fizeram isso antes... não é?
Mas tá aí.

Boa Leitura.

Capítulo 21 - Capítulo XVIII


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XVIII

Capítulo XVIII

 

  - Um vampiro, Annabeth. Não sabia? Caçadores caçam vampiros. ”

 

  - Satisfeita? – A ironia em sua voz era ácida e poderia derreter um sólido. Engoli em seco.

  Só percebi que havia deixado o papel cair quando meu olhar recaiu sobre meus saltos nude.

  Dei um passo trôpego para trás. Parecia-me uma brincadeira de mau gosto, a qual eu custava a acreditar.

  - O quê...? – Consegui soltar um som semelhante a uma exclamação.

  Escutei-a bufar e, de soslaio, a vi recolocar a camiseta.

  - Hey – chamou-me. Estava me sentindo em um estado de torpor, digerindo aquela informação e ponderando sua veracidade. Cada célula do meu corpo revoltava-se, e eu queria muito bater em Thalia por me contar uma coisa dessas e, ainda por cima, esconder sua identidade.

  - Você... você mentiu para mim – tenho certeza que para ela, isso soou mais como uma pergunta de minha voz trêmula.

  - Não, eu nunca faria isso – para minha surpresa, a convicção em sua fala era palpável, e parecia estar segura do que falava. – Omiti algumas coisas, mas não menti para você. E, além do mais, você nunca me perguntou nada – ela se jogou na cama. Era incrível como seu humor negro estava presente até nessas horas inoportunas. – Não acredite no que ouve... se não quiser, mas nunca duvide da minha amizade. – Ela se sentou e cruzou as pernas, como a um índio. Estendeu as mãos em minha direção. – Sabe, você não esteve observando direito. Tudo acontece ao seu redor, embora não entenda ou não veja. Nem tudo que você acha impossível é realmente impossível. Há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina, Annabeth. Você só tem que analisar.

  Não entendi bem o que quis dizer, e não posso negar o efeito que tais palavras me causaram. E as coisas não passaram a fazer mais sentido quando o ar pareceu bruxulear ao redor de suas mãos, como condensando-se e cristalizando-se.

  - O que é isso? – Dei outro passo para trás, estupefata.

  - Como eu disse, Annabeth, você só precisa analisar.

  O que quer que fosse aquilo, solidificou-se, adotando uma forma comprida e fina.

  Arregalei os olhos.

  Thalia segurava o arco.

  - Diga olá para o N° 31, o mais fiel arco que um caçador de vampiros poderia querer.

 

 

No outro dia, 7h00.

 

  - Percy? – Quíron mirou a figura adventícia em sua frente. – A que devo de sua visita? – Arqueou uma das sobrancelhas grisalhas e espetadas.

  Percy nada respondeu, sabia que seu silêncio seria compreendido pelo caçador.

  Ele se acomodou na poltrona e pigarreou.

  - Viu as notícias? – Percy indagou.

  Quíron emudeceu por um minuto, ao passo que se prontificava a ligar o computador.

  - Gostaria que continuasse com a construção. – Ele passou o indicador sobre o braço da poltrona. – Não conte à Annabeth – seu tom soou mais baixo que de costume. – O pagamento continuará a vir. Agatha cuidará disso. – Até o momento, Percy evitou olhá-lo.

  Quíron não tirara os olhos da tela de vidro do eletrônico. A mão, um pouco trêmula, mexia com o mouse para lá e para cá, em movimentos circulares.

  - Foi ele? – Disse.

  - Não tenho certeza – respondeu -, mas meus instintos indicam que sim.

  O caçador fitou-o rapidamente de soslaio, volvendo o olhar logo em seguida à notícia na tela.

  “A pacífica Transilvânia sofreu um ataque após 100 anos de paz. O castelo da família Jackson que, há gerações, governou o país com serenidade e sensatez, teve sua parte oeste totalmente destruída. Embora o Lorde Jackson não se encontre no lugar, as criadas alegaram que o recinto não foi invadido, apenas bombardeado. ”

  O mais velho esfregou as mãos e girou com a cadeira de rodinhas.

  - Devo presumir que não tenha vindo aqui só por causa disso – ele incutiu.

  - Não – Percy aquiesceu. – Preciso de um guarda-costas. Um vigilante. De preferência, um caçador – ele brincou com o molho de chaves dentro de seu bolso.

  Quíron deu uma risadinha.

  - Nós até podemos ter um acordo com vocês, mas nunca trabalharíamos para vocês.

  - Puxa, obrigado pela consideração – Percy colocou a mão no peito. – Não estou pedindo que trabalhe para mim, estou pedindo sua ajuda – ele entrelaçou os dedos.

  - Você poderia ter sido mais conciso – Quíron comprimiu os olhos.

  - Se você houvesse me permitido terminar, provavelmente, vovô – disse Percy, um sorrisinho de escárnio escapando-lhe dos lábios.

  - Vovô? Já comparou nossas idades? – Quíron revirou os olhos.

  - Ah, qual é, não enche. Sério, você é mais velho do que a estátua da liberdade! – Riu.

  O silêncio começou a se cristalizar ao redor.

  - Não preciso de um vigia – acrescentou. – Annabeth precisa. Não posso deixá-la sem proteção.

  - Você... – Quíron analisou-o – tornou-se surpreendentemente próximo a ela.

  “Você nem sabe como”, o moreno soltou um risinho após o pensamento.

  - Tão próximo que ela está a um passo de entrar em seu mundo.

  Percy franziu o cenho, confuso.

  - O que quer dizer?

  Quíron deu um longo suspiro.

  - Ela já descobriu algumas coisas. Ela já desconfiava de certas coisas, Percy. Annabeth não é tola. Gostaria de saber até onde sua curiosidade a levará.

  - Quíron, você não...

  - Não – ele assegurou. O alívio tomou conta de seus ossos. – Bem, essa parte não – ele apontou-lhe o indicador.

  Percy arregalou os olhos.

  - Quíron, não acredito que você...! – Apertou o braço da cadeira com tamanha força que ela se comprimiu como uma latinha de refrigerante.

  - Ela iria descobrir uma hora ou outra! – O homem redarguiu, mantendo os olhos no estrago que Percy causara.

  O moreno bufou e tamborilou os dedos no joelho.

  - E o que exatamente você disse?

  - Que caçamos a sua espécie.

 

 

  - Espero que saiba o que está fazendo! – Clara, a conselheira-chefe, gritou mais uma vez no ouvido da pobre Agatha. - O Senhor chegará a qualquer instante! Vamos, vamos! – Ela batia palmas freneticamente, incitando as criadas a terminarem os preparativos para a chegada do tão adorado patrão Jackson.

  Apesar de emanar um ar autoritário e um tanto quanto... assustador, seu rosto lânguido provava o contrário. A cada palma, um sulco se formava em sua testa, como se sua testa e suas mãos estivessem em sincronia. Bem, isso definitivamente a deixava mais assustadora.

  As criadas corriam de um lado para o outro, apressadas, carregando sacolas onde provavelmente residiam as sujeiras que haviam retirado da ala oeste. Pisoteavam os estilhaços e pedaços de pano que restaram das janelas.

  - Agatha, quantas vezes tenho de lhe dizer? – Clara estrilou, perdendo a paciência e retirando o crochê das mãos pequenas da garota. – Primeiro, deve-se passar a agulha dessa forma – ela traçou um “x” com as agulhas no tecido macio, desembolando os nós que Agatha fizera. – Sobe e desce, levemente, como a respiração. Sobe e desce.

  Agatha a olhava admirada. Clara era tão habilidosa!

  - Se você quer impressionar o patrão Jackson, então deve se esforçar no que faz. – Ela cruzou outra linha. – Tome, sua vez – entregou-lhe.

  A garota repetiu o processo da mais velha algumas vezes, embora sem sucesso. Foi quando algo pareceu recorrer-lhe.

  - E se ele não gostar? Sabe, ele nem mesmo sente frio! – Suspirou, soltando as agulhas de crochê, que caíram e descansaram sobre seus joelhos.

  - Bom, se quer saber minha opinião... é realmente idiota tentar fazer meias de lã para ele – Clara a fitou como se aquilo fosse óbvio.

  Clara era sempre tão sincera.

  - Você e suas palavras reconfortantes – Agatha fez uma careta. – Acha que, sei lá, consigo reconstruir as cortinas do Salão Oeste? – A esperança brilhava em seus olhos. 

  - Agatha – Clara mirou o monstro de lã que havia embolado nas agulhas brancas de crochê, pensando que aquilo era para ser uma meia. – Nem com um milagre – deu-lhe tapinhas encorajadores em suas costas e saiu, retornando ao vuco-vuco do castelo.

  - Como ela pode me encorajar e tirar-me as esperanças tão rápido? Ela não tem coração? – Agatha jogou os braços para cima.

 

 

  - Sério? – Percy o olhou atônito.

  - Seríssimo – Quíron anuiu com a cabeça.

  - Eu não acredito que tenha feito isso! Minha espécie? O que ela vai pensar? – Percy estava a ponto de berrar. – Como você pôde? Santo Drácula, Quíron!

  De repente, tudo que Percy planejara pareceu ir por água abaixo. Annabeth descobriria sua identidade, se afastaria, e ele seria obrigado a abandoná-la. Não era esse o futuro que visava. Não queria viver sem ela. Ele a amava demais.

   Ele a amava...!

  Quíron deu um passo para trás, a atenção cravada no semblante do moreno. Percy nem notara que seus olhos atingiram uma coloração caramelada.

  - Posso pedir que se acalme? – Ele sugeriu. – Ela não sabe que é um vampiro.

  Embora estivesse bravo com Quíron, sua recente descoberta o enchia com a mais genuína felicidade.

  - Ela pode não saber, Quíron, mas tem pistas suficientes para descobrir – o seu próprio comentário o fez cair na real... não havia futuro para ele. Nunca houve. – De qualquer forma - ele passou a mão entre os fios negros do cabelo, percebendo o quão nervoso encontrava-se por dentro. Tentou adotar uma expressão mais austera. – O que foi dito não pode ser apagado. – Ele se levantou da cadeira. – Apenas arranje um caçador que a mantenha segura de você-sabe-quem. – Ele estreitou os olhos nessa última parte.

  Uma das gavetas da mesa de Quíron estava entreaberta. Pela luz que a invadia de mansinho, relanceou a ponta da flecha que Thalia lhe trouxera ontem.

  - Não se preocupe – Quíron fechou a gaveta com a coxa, de modo imperceptível, e se escorou na mesa. – Sei muito bem quem indicar. Receio que tenha de partir agora – ele gesticulou para o relógio de parede, que a propósito era um gato, e o pêndulo era seu rabo.

  - Posso te perguntar uma coisa? – Indagou Percy.

  Quíron assentiu.

  - Quando a Annabeth compareceu aqui e todo esse desastre foi revelado?

  - Ontem à noite, creio eu que às 21h.

  O semblante de Percy resplandeceu. Ela havia ido logo após ao seu apartamento. Talvez isso significasse que ela não se importava com o que Quíron lhe dissera.

  Talvez.

  Foi o suficiente para fazê-lo mudar de ideia.

  - Me faça um favor – Percy virou-se uma última vez. – Troque esse relógio, é horrível.

 

 

  - Luke?

  - Percy? – Luke ajeitou as sacolas de compras embaixo do braço e ajustou o celular na orelha. – Hey, oi.

  - Hum, oi. Escute, preciso de um favor seu.

  - O que eu ganho com isso?

  -...

  - Calma, cara, foi só uma piadinha. Diga o que quer.

  - Vá até seu escritório e vasculhe em cima da sua mesa. Há um cartão e uma carta. É uma carta de instrução sobre o que deve fazer com o cartão, ok?

  - Ok.

 

 

   - Este? – A florista apontou para a décima amostra de buquê.

  - Nope – Luke coçou o nariz. Por que Percy não fizera isso sozinho? Era estranha a sensação de entrar em uma floricultura e comprar um buquê de flores a pedido de um cara.

  Pelo menos teria seu dinheiro ressarcido.

  - Azul – frisou. – Não há nenhum de rosas azuis? – Ela abanou as mãos gesticulando ao seu redor. - Ou sei lá como chamam os buquês de flores azuis – murmurou, embora não baixo o suficiente.

  - Temos Violetas, Linum usitatissimum e Omphalodes. Qual o senhor prefere?

  - Hein?

  - São os nomes das flores. – A florista conteve um riso.

  - Ah – coçou a nuca.

  Não era perito na “arte da flor” – se é que isso existe – mas acreditou que a Violeta não era bem de uma tonalidade azul, como o próprio nome pressupunha, dã.

  - Acho que vou levar a Linox.

  - Linum – corrigiu-o.

  - É, isso aí – estalou os dedos.

  Ele seguiu a florista até o fundo da loja, onde pôde avistar a tal Linum.

  Enquanto a moça – que se chamava Silena – cortava alguns ramos com uma tesourinha cor-de-rosa (muito chamativa, por sinal), Luke deu uma última olhada no cartão branco que Percy o dera para colocar no buquê que daria à Annabeth. Estava lacrado, e por isso mesmo não conseguia lê-lo, não por falta de esforço.

  - Para presente? – Ela perguntou, tirando-o do devaneio.

  Por um instante, imaginou como as flores caberiam dentro de uma caixa de presente.

  - Sim, por favor. Ah – estendeu-lhe o cartão – coloque este cartão entre as flores, por favor.

  Silena apanhou o cartão e se dirigiu para trás da bancada, onde retirou um grande laço vermelho e um papel branco.

  - Para a namorada?

  Luke fez uma careta.

  - Não, ela não é minha namorada. Um amigo me pediu para comprá-las para esta garota, porque aparentemente ele gosta muito dela, e não sabe como dizer, ou coisa do tipo – deu de ombros, provavelmente sua explicação saíra mais confusa do que esperava.

  Silena sorriu passando o papel ao redor do cabo das flores e, logo em seguida, prendendo-o com o laço.

  - Certo, certo. Aqui está – entregou-lhe. – Trinta dólares.

  - Aqui está.

  - Obrigada.

  Agora sua tarefa era entregar as flores para a destinatária sem que fosse notado.

 

 

  “Annabeth,

  Sairei por algum tempo, mas Quíron cuidará de você.

  Aceite estas flores, são azuis, minha cor favorita.

  Se eu voltar, quero que faça aqueles cupcakes novamente. Estavam deliciosos. Os melhores que já provei.

  Se já souber sobre mim... espero que não esteja brava comigo. Eu te...

  Acho que posso dizer isso quando retornar, pessoalmente.

  Não esqueça dos cupcakes. Já lhe disse como eram bons?

  Até logo, Sabidinha.

  Com amor,

  Cabeça de Alga.”


Notas Finais


Yo~

Annabeth, se garanta, viu, garota, essa Agatha tá no papo ︽⊙_⊙︽
Desculpem qualquer erro sintático, semântico ou que a gramática suporta (não suporta, no caso).
Não posso prometer que o próximo sairá nesse domingo também, porque vou ter um final de semana meio corrido. É, eu sei. Eu deixo vocês berrarem comigo.
Mais uma vez, desculpa o atraso (quantas vezes já falei isso nessa fic?)
Awn, que amorzinho o Percy é <3 Tadinho dele, nem sabe que está caindo em uma armadilha... Quê? ⊙_⊙
Até o próximo o/


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