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História Dear Danger - Capítulo XX


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

MEU DEUS, QUANTO TEMPO!
U.U

Como vocês estão?
Depois desse tempo ausente, estou de volta! Ah, é, não consegui escrever três capítulo de uma vez, desculpem :v Sobre o bônus, eu pensei bem, e acho que poderia fazer a parte 2 do "Dear Danger's Talk Show", por isso não fiz o bônus. Então, mandem suas perguntas nos comentários, para qualquer personagem que quiserem, e até para mim, se preferirem!

Deixa eu só retomar uma coisa: os bônus não fazem parte da história, os extras; sim. Então, se se sentirem confusos com os bônus, relaxem, eles não têm conexão nenhuma com a história, são contos para o entretenimento, ok? ~.^

A continuação do Talk Show será postada domingo, e o capítulo XXI no sábado ou domingo que vem, depois retomaremos a rotina normal dos domingos. Espero que me desculpem por ser meio atrapalhada com as postagens, mas é que é meio complicado pra mim, dividir os estudos com as horas de escrita :v Eu juro juradinho que nas férias eu postarei certin
Parece discurso político :v
Enfim, espero que gostem.


NÃO ESQUEÇAM DAS PERGUNTAS.

Boa leitura.

Capítulo 24 - Capítulo XX


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo XX

Capítulo XX

 

  Tinha que ter alguma coisa que provasse sua premissa.

  Empunhava seu arco, pronta para atirar a qualquer movimento esdrúxulo.

  Embora procurasse, Thalia não encontrava nada além de utensílios domésticos. Nenhum objeto que o incriminasse. Talvez fosse alguém comum e Annabeth apenas precisava de um psicólogo, quem sabe. Essas coisas acontecem.

  Ou ela precisava.

  Quem era Percy?

  Não se preocupou que provavelmente teria que o presentear com uma maçaneta nova.

  Fungou um pouco frustrada e balançou o pulso, fazendo o arco desaparecer.

  Decidiu que deveria retornar à rotina comum e esquecer o presente momento. O que quer que estivesse acontecendo ao seu redor, certamente a atingiria em seu tempo.

  Mal sabia ela que já atingira.

 

 

  - Antes de tudo, Annabeth, me explique sobre essas visões – hesitou na última parte, mostrando a pouca fé que punha nas palavras da mulher. Como ela podia imprimir tanta certeza à sua fala sem realmente ter certeza?

  Quíron era um homem de provas concretas. Só que aí se lembrou que sua vida não era lá um mar de rosas, então qualquer coisa fora do normal era comum para ele.

  Annabeth apanhou seu celular e procurou um número nos registros.

  Por favor, que eu não tenha apagado.

  Deslizou o indicador sobre a tela, mordendo o lábio inferior de exultação. Vasculhou, sem sucesso. Buscou, então, nos arquivos excluídos, sua última opção.

  Achou!

  O número de Percy. Moveu os lábios silenciosamente decorando os algarismos, pondo-se a discar logo em seguida. Caixa postal. O celular deveria estar em modo avião.

  Entendeu?

  Quíron ainda aguardava uma explicação.

  Ela soltou um grunhido, tentando novamente, e obteve o mesmo resultado.

  - Ele não está atendendo – coçou a testa.

  Não conseguiria fazê-la se explicar, então deixou-se levar pela situação.

  - Nós não podemos parar o avião se não falarmos com a agência – exclamou como se fosse óbvio. Estendeu uma chave suspensa por duas argolas em um chaveiro. Meio brega.

  - Mas como faremos isso? – Analisava a chave.

  - Como já se pressupõe – ele chacoalhou o chaveiro – não podemos alegar que você teve uma... qualquer coisa que seja – fez questão de enfatizar a última parte – seria, hum, estranho. – Ele abriu a porta, gesticulando para que ela o seguisse.

  - Acredite, essa está sendo a coisa menos estranha que vem me acontecendo – assegurou Annabeth.

  Percy era estranho. O que sentia era estranho. O que via era estranho. Os sons, aquela empresa, Quíron, Thalia, o jornal semanal, tudo era estranho.

  Os problemas cresciam, a englobavam, pesavam e a sufocavam. Iria munir-se com um escudo, então talvez as coisas não despencassem sobre si.

  Quando se tornara tão estranha?

  A parte mais engraçada era que a culpa era toda do dono da gravata turquesa. Ele lhe fizera isso, e agora corria até ele.

  Tudo fazia sentido.

  Para uma história de ficção.

  Só conseguia pensar nele, maldito seja.

  E daí se ele fosse um vampiro? Isso era impossível mesmo...

  Puff...

  Ela queria acreditar.

  Desejou do fundo do coração que ele estivesse bem.

 

 

  O cheiro fresco da relva assomava o ar, o som do gorjear dos pássaros inebriava o tempo, e o céu massageava os olhos de quem o mirasse. Árvores se estendiam por um longo percurso ao redor do castelo, mergulhando-o em um abismo verde. A brisa perpassava as ameias preterindo silvos toados.

  Pacífico demais.

  Do topo do castelo, o indivíduo causador dos recentes problemas já presenciados pelo leitor, observava e aguardava. Talvez seu primo fosse tolo o suficiente para vir, quem sabe. Conhecendo-o como o conhecia, sabia que viria. Percy não deixaria aquilo passar despercebido.

  A barra do seu sobretudo ondulava conforme caminhava, e os dedos lívidos e ímpios traçavam um percurso no bloco de pedra que constituíam as torres. Era o único ponto negro naquele espaço todo. A ameixa estragada.

  A ovelha negra da família.

  Suas visitas ao castelo, no passado, eram constantes. Tudo que lhe era permitido lembrar, ele o fazia, por ventura, nestes momentos, não lhe recorria nada; nenhuma expressão ou sentimento. Eram lembranças vazias, como se as tivessem colocado ali, mas que desde o princípio, não lhe pertenciam.

  Escuro sem fim.

  Suas ações não eram suas, seus movimentos não eram seus. A alma lhe fora domada, e dançava como uma marionete ao som do discurso fúnebre.

  Estava preso e ninguém poderia salvá-lo.

  Bem ao longe, onde a cidade já não mais parecia tocar os céus, onde as montanhas erguiam-se, enfim, majestosamente, seus olhos opacos vislumbraram a causa de seu mínimo sorriso: a tempestade prestes a se alastrar.

  Já era hora.

  Estendeu o braço. Pela manga do traje uma densa névoa escura escorreu sobre seus dedos, passando a descrever voltas ao seu entorno. Em pouco minutos, bem ao seu lado, havia uma cópia completa sua. Só faltava a Nico, portanto, dar as ordens.

  - Eu estarei aqui.

  O clone nada disse, compreender seu mestre não era uma tarefa difícil.

  Enquanto observava o Nico recém-criado esmorecer nas sombras, o verdadeiro afastava-se mais às escuras, preparando seu próximo passo.

  A janela do quarto de Percy estava aberta.

  E foi por ali que Nico entrou.

 

 

  Luke sentiu mais uma vez o vapor do café chocar-se contra seu rosto, embaçando as lentes dos óculos de grau. Raras vezes o usara, sendo específico para casos de fadiga ou dor de cabeça, o último aderindo ao caso momentâneo.

  Observou o interior da cafeteria a qual se encontrava e não pôde deixar de cogitar a possibilidade de ser um idiota.

  Quem toma café quente num dia de calor?

  Analisou as expressões das pessoas, e cada uma era diferente. Algumas de júbilo e inocência, exceto alguns poucos que apenas murmuravam uma palavra ou outra com o companheiro, sem se quer compreender o que este lhe dizia.

  Deparou, então, com alguém que lhe prendeu a atenção, era a tal florista do outro dia, Silena - vira o nome no crachá. Seus cabelos descansavam sobre os ombros, revestidos pelo tecido rosa da regata, que por sinal ornara muito bem com seu tom de pele.

  Havia conhecido Thalia ali.

  Talvez por isso gostasse tanto daquele lugar.

  O mais interessante era que Silena acomodara-se justamente no lugar da sua ex.

  Não soube bem o porquê, mas quando ela se levantou, ele tratou de vestir o gorro, tapando o rosto com uma revista ali perto enquanto fingia tomar despreocupadamente seu café.

  Um gorro? Sério?

  O problema era que gestos como esse incitavam mais ainda a curiosidade de quem os praticava, e as trocas de olhares entre a revista e Silena foram constantes.

  Pobre alma, chamava mais atenção assim do que se tivesse apenas continuado a fitá-la.

  A florista transpôs a porta, preterindo o som do tilintar dos sininhos que ali jaziam pendurados. Estacou em frente a mesma e começou a ajeitar o cabelo. Pelo vidro da porta, Luke pôde ver o que se sucedia.

  Surpreendera-se por ver algo que já havia visto.

  Na nuca de Silena, embora esta portasse uma flecha cruzando as três luas, jazia a mesma tatuagem de Thalia.

  Quem sabe aquela era a nova moda.

  Deu de ombros e voltou a olhar a magazine em suas mãos.

  Infelizmente, não conseguiu mais se concentrar.

 

 

  As coisas pareciam ter se acalmado no avião.

 Grande mentira.

  O piloto avisara sobre a tempestade, e os passageiros pareciam bem mais devotos quanto às suas preces, e Percy quase ponderou a existência do tal Ser maior.

  Eu disse quase.

  Embora a cena a qual está sendo narrada pareça uma procissão eclesiástica, fique sabendo, pois, o leitor, que as pessoas rezavam com os lábios silenciosos, ou seja, murmuravam suas preces. Nada tão escandaloso como o nosso personagem acredita ser.

  Parecia mais um daqueles contos de Bram Stoker.

  Os primeiros sinais começaram a vir assim que uma sineta tocou. A aeronave passava por outra turbulência, maior, e ouvia-se o retumbar das nuvens lá fora, e grossos pingos de chuva caíam sobre eles.

  Trovejou, e com um espocar na lateral do avião, seguiu-se um clarão, então tudo escureceu.

  Uma luz vermelha piscou incandescentemente, a única acesa ali. O piloto berrou algo na cabine, mas seu amplificador não produzira sequer um ruído.

  A luz vermelha cessou.

  Começou a gritaria.

  Percy foi jogado para frente quando o aeroplano inclinou, e ele passou por alguns assentos, atingindo uma aeromoça que gritava algo em alemão, coisa menos sensata a se fazer no momento.

  Ele conseguiu puxá-la pela cintura antes que colidisse com a lateral, e agarrou com uma das mãos livres o estofado de um banco e, com um gesto, suplicou-lhe para que ela fizesse o mesmo.

  O resto se segurava como podia, embora suas coisas voassem para todos os lados enquanto perdiam gravidade.

  Olhou para os lados, precisava fazer alguma coisa.

  Percy precisava chegar à cabine principal.

  Por uma das janelas, notou que a turbina esquerda soltava fumaça, e só não pegara fogo por conta da chuva.

  Ganhavam cada vez mais velocidade.

  Abaixo de si estava a porta que levava ao seu destino. Soltou-se, ouvindo novamente os gritos da moça (dessa vez em árabe?) e perguntou-se se ela era bilíngue.

  Caiu sobre a porta que se escancarou com seu peso, e dessa vez quem berrou foi o piloto.

  - Vocês poderiam formar um coro. São tantos gritos que metade do coral está formado.

  Desabou em cima do painel, danificando alguns controles, mas isso não seria problema, afinal, ele era o Percy.

  Cara, era o Percy.

  Tocou o painel e concentrou-se, descarregando tudo o quanto podia de sua energia ali. Percebeu que seus olhos aderiam aos poucos à outra coloração, coisa que não iria passar despercebido. Chutou a porta, trancando-a, e voltou-se para o piloto.

  - Desculpe por isso – sorriu amarelo e o nocauteou.

  Retornou ao trabalho.

  Das mãos de Percy saíram pressões que pareciam reanimar a matéria, como a uma massagem cardíaca.

  O céu estava negro, e a chuva continuava.

  O avião começou a subir.

  Qual não foi sua felicidade ao ouvir o suspiro de alívio escapar-lhe dos lábios.

  Ok.

  O que ele faria agora?

  De repente, Annabeth volveu-lhe a mente, e seu coração encheu-se de algo bom, que lhe deu forças.

  Avistou lá embaixo um terreno vazio, grande o suficiente para pousar. Imprimiu mais força no motor, iniciando uma descida complicada, porém segura.

  Escutou os bramidos de comemoração vindos de trás, e não conteve um sorriso.

  Estava salvando vidas.

  “Percy, esteja bem!”

  Ele imediatamente arregalou os olhos e virou-se para trás. Podia jurar que ouvira a voz de Annabeth, nítida e viva em seus ouvidos.

  Mas por que então...?

  Concentrou-se apenas em mantê-los a salvo.

  Sobrevoaram um pequeno rio, e em pouco tocariam solo firme.

  Começou a sentir um formigamento nos dedos, e por algumas vezes quase perdera o controle das coisas. A chuva tórrida riscava o vidro em profusão, deixando um rastro pálido por onde passava.

  Finalmente pousaram. O alívio se fez presente naquelas almas, que comemoraram e se abraçaram, contentes por estarem, mais uma vez, vivas.

  Tratou logo de acordar o rapaz e dar-lhe as congratulações.

  - Senhor, é um homem incrível! – Percy sacudiu seu ombro. – Salvou-nos! Drácula lhe abençoe!

  - Salvei? – O homem saiu do torpor. – É, salvei – ele pigarreou e coçou o nariz, parecendo orgulhoso. – É assim que se pilota, meu jovem! – Ajustou os fones e pronunciou seu triunfo com os passageiros.

  A aeromoça era a única que parecia saber de alguma coisa.

 

 

  Annabeth e Quíron não tiveram muito sucesso ao chegarem ao aeroporto, duas horas antes, e o nervosismo da loura não diminuíra ao noticiar os acontecimentos pelo jornal televisivo.

  “O voo 007 que partiu ontem, chegou, inacreditavelmente, ao seu destino depois de vários problemas.”

   A câmera do celular de um passageiro gravara o início do martírio: o relâmpago que atingira a turbina, a quase queda da aeronave e sua retida pelo movimento ágil do piloto.

  Quíron mirava Annabeth de soslaio, com um sorrisinho, tomando fé de suas palavras anteriores.

  Ela não entendia bem o porquê do sorriso do mais velho, sendo que faltava um tiquinho para que ela explodisse de preocupação.

  Entre as pessoas que desciam do avião, visualizou a cabeleira de Percy entre elas e seu sorriso mais que espontâneo.

  Parecia saber que Annabeth o assistia, então virou-se para a câmera e fez, com as duas mãos, aquele gesto que fazemos quando gostamos de alguma coisa.

  Ela só pensava em como iria socá-lo quando retornasse.

 


Notas Finais


Yo~

Desculpem qualquer erro.
Entenderam o sinal do Percy? ❤

Pessoal, se quiserem a continuação do Dear Danger's Talk Show, mandem suas perguntas, ok? Especifiquem para qual personagem é.

Kissus de goiaba <3

Até o próximo o/


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