História Dear Danger - Bônus - Dear Danger's Talk Show - Parte II

Bônus – Dear Danger’s Talk Show - Parte II

  - Quanto tempo, galera! – Senhorita Lightwood reverenciou os presentes, mandando-lhes beijos e piscadelas. – Estamos novamente reunidos aqui para mais um Talk Show com os atores de Dear Danger! Espero que se sintam confortáveis e se divirtam! – As palmas ressoaram na plateia animada. Os holofotes já estavam prontos, todos devidamente posicionados para o palco. – Eu fiquei sabendo – ela pigarreou, sorrindo em seguida – que eu esqueci meu celular aqui, não é? Puxa vida – coçou a cabeça – achei que tivessem roubado – solta um suspiro de alívio. – Bem, como vocês estão? Eu realmente espero que nenhum de vocês tenham problemas cardíacos, porque sabem quem é nosso primeiro convidado? – Colocou as mãos no ouvido, inclinando-se. – Isso mesmo, o todo poderoso, glorificado seja, o cara, crush supremo, PERSEU CABEÇA DE ALGA!

  Uma trombeta soou e confetes explodiram para todos os lados, juntos com os gritos, caindo sobre a plateia. Uma luz se acendeu ao fundo, e a pessoa a qual nos referimos adentrou pululante o recinto.

  - Olá, olá – acenava freneticamente para todos os lados. – É bom vê-los novamente! – Mandou um beijo. – Boa noite, Nana! – Abraçaram-se.

  - Boa noite, Percy.

  - Obrigado por me convidar novamente, é uma honra estar aqui – sorriu, mostrando os dentes brancos e perfeitos da boca.

  Suspiros para todos os lados.

  - Imagina – riu, sentando-se em uma das poltronas brancas distribuídas no local.

  - Vejo que a decoração mudou bastante desde a última vez que vim – olhou ao redor.

  - Ah sim, andamos dando algumas reformadas aqui e ali, sabe como é – piscou, ajeitando o microfone na blusa vermelha.

  Ela ouviu um bip vindo de seu celular e tratou de checá-lo. 

  - Ah sim! – Lightwood bateu palmas feliz. – Ela já está aqui, opa, opa! Produção – berrou. – Abram agora!

   Bem no centro, parte do palco se abriu, e aos poucos uma cabeleira loura apareceu para todos. Annabeth estava radiante com seu vestido branco, róseo e rodado, e seus saltos scarpin pretos. Os cabelos estavam presos em um coque alto, deixando-a mais graciosa ainda. Os telespectadores aplaudiram e assobiaram, Percy não sabia se sorria, chorava ou se limpava a baba que lhe escorria dos lábios.

  Escolheu primeiro fechar a boca.

  Mais confetes.

  - Seja bem-vinda novamente, Annabeth! – Nana abraçou-lhe e comentou o quanto estava bonita, deixando a mulher encabulada.

  - Obrigada – agradeceu e foi sentar-se na poltrona ao lado de Percy.

  No instante que o fez, ele imediatamente abaixou a cabeça, evitando olhá-la.

  - Está tudo bem, Percy? – Indagou, tocando-lhe as costas.

  Ele afastou sua mão rapidamente, como se estivesse com medo.

  - Percy, o quê...

  - Annabeth, como você pode fazer isso comigo... – suspirou derrotado. Ela inclinou a cabeça como a um passarinho.

  - Hum?

  - Acho melhor a senhorita nem saber – posicionou as mãos em frente a boca e sorriu.

  Nana soltou um gritinho.

  - Meu Deus, meu coração. – Pôs a mão no peito. – Bem, hoje nossos convidados serão Percy e Annabeth Jackson.

  - Annabeth Jackson? – Annie franziu o cenho.

  - É, minha filha, já estou adiantando uns negócios aí – mandou um jóinha para o moreno.

  Dessa vez Percy soltou um gritinho.

  - Ah, cara, isso foi muito gay – Nico berrou no meio da plateia.

  - Ah, você estava aí? Eu nem notei – sorriu cínico.

  - Bem, bem, vamos acalmar os nervos – Nana abanou as mãos, rindo nervosamente. – Às perguntas!

  - Você está usando óculos? – Nico gritou novamente para a autora/apresentadora.

  - Ah sim, descobri que sou míope – empurrou os óculos com o indicador. – Pessoas que usam óculos, batam palmas!

  Vários bateram.

  - Sinceramente, acho incrível usar óculos. Me sinto intelectual, isso parece maduro – fez uma pose determinada. – Eita, quase perdi o fio da meada! Voltemos ao princípio. – Volveu o corpo para os dois convidados. – Dessa vez não teremos a sessão de “Perguntas Aleatórias”, apenas as dos leitores. Estejam preparadas. E, Annabeth – a loira fixou o olhar na mais baixa – da última vez a poupamos de muitas coisas com o fone de ouvido, hoje, no Dear Danger, você presenciará tudo. – Folheou um caderno de capa preta. – E não culpe o Percy pelas suas respostas.

  - Concordo. – O moreno relaxou na poltrona, cruzando as pernas.

  Annabeth pareceu notar que ele trajava a gravata de cetim turquesa e revirou os olhos.

  - Ok, vamos lá. Questionarei primeiro a dama, depois o cavalheiro e por último; eu. Primeira pergunta é de Percabethship: “Annie, você vai admitir logo que gosta do Percy ou não? P.S: Não mate ele pelo que ouve no avião, senão vai ficar sem ele”. Ah, ela fez aquela carinha no final.

  A mulher fitou os saltos por alguns instantes, seu rosto adotava uma coloração rosada.

  - Achei... que já houvesse dito isso – murmurou. Bom, Percy ouviu; é claro, afinal, sua audição era uma das suas melhores qualidades.

  - Oi? – Nana meneou a cabeça.

  - Eu já escutei – Percy sorriu tal qual um idiota, por um momento pareceu estar no mundo da Lua. Voltou-se para ela – Annabeth – mirou-a nos olhos – posso te beijar?

  E aí ela virou um tomate.

  - O QUÊ? – Colocou os braços em um “x” na frente do corpo. – Nem vem, não aqui!

  - Ah, então posso quando acabarmos?

  - Eu não disse isso!

  - Você é tão fofa.

  - Cale a boca – grunhiu.

  - Então, essa foi a única dos leitores para você, mas gostaria de lhe fazer uma: Você se lembra dos seus pais?

  Ela pareceu ponderar, enrugando a testa enquanto cogitava.

  - Sim... – parecia fazer um tremendo esforço – quero dizer, é incerto. Não convivi com a minha mãe, pois a mesma morreu no parto – deu um sorriso frouxo – e meu pai não ligava muito para mim – passou o indicador pela sobrancelha. – Quando conheci Thalia e Quíron, minha vida, digamos, tornou-se melhor. Convencemos o meu pai e, juntas, nos mudamos para Nova Iorque, já que eu morava em São Francisco. Daí em diante, eu e papai só trocamos e-mails, mais nada. Resumindo, lembro do meu pai apenas.

  - Oh – Nana comprimiu os lábios.

  Percy apenas a fitava, com uma expressão ilegível. Talvez sentisse compaixão, ou quem sabe se identificasse em parte com a garota.

  - Eu fico feliz que esteja bem. Desculpe, não sou boa com essas coisas – Nana aproximou-se e tocou-lhe as mãos, num gesto complacente. – Percy, sua vez. Ah, essa não é pergunta; Percabethship pediu para você ir atrás da Annie porque ela é a melhor pessoa que você vai encontrar.

  - Eu já a encontrei.

  - Na moral, alguém dá um tapa nesse cara para ele parar com isso – Nico bufou.

  - Eu escuto vozes, mas não sei de quem são – Percy cantarolou.

   - Enfim, essa é da Chase2015: “O que você, Perseu, acha da nossa querida Annabeth? ”.

  - Eu estava ansioso para uma pergunta assim. Eu gostaria de dizer exatamente o que sinto, mas vou guardar isso para depois – ele sorriu – quero impressioná-la. Ela é uma das mulheres mais bonitas que já vi, inteligente e obstinada. Ela não sabe, mas às vezes me enlouquece só de estar próxima, como agora pouco. Tem um temperamento impressionante – riu, lembrando-se das vezes que o ameaçara. – Ela me seduz cada vez mais em sua teia, e daqui a pouco não precisará mais disso, porque vou ser completamente dela.

  Assobios reboaram em todos os lugares.

  - E já não é? – Nana riu nasalado.

  - Não pretendo admitir isso em voz alta – cobriu o rosto com as mãos.

  - Que bonitinho! Bem, essa é da Sugar Souls: “Percy, se você pudesse escolher, qual outro ser sobrenatural você seria? Só não vale fadinha porque este cargo é do senpai pirigótico”.

  - Que maravilha, sou o senpai de alguém – Nico sacudiu os braços.

  Ignorando a fala da criatura desvinculada da sociedade, Percy respondeu:

  - Uma sereia.

  - Essa foi rápida.

  - Não é bem sobrenatural... – Annabeth soltou um muxoxo.

  - Então eu seria um tritão – cruzou os braços. – Feito.

  A loura revirou os olhos.

  - Ah, Annabeth, achei outra para você. É da Sugar Souls também: “Você sempre teve essa ideia de como seriam os vampiros ou os imaginava de outra maneira? Tipo Crepúsculo. ”

  - Eu sempre gostei da versão rústica do Drácula, como a descrita por Bram Stoker. – Esfregou as mãos. - E a do Damon de The Vampire Diaries – riu.

  - Sinto que estou em desvantagem – o moreno balbuciou.

  - É, Percy, o Damon é o Damon – Annabeth fez bico.

  - Meu Deus, quantas perguntas para mim! Estou impressionada, considerando o baixo número da última entrevista. Puxa vida – ajeitou os óculos para ver se aquilo era real. – Que demais! Bom, vejamos. Ah – suspirou. – Não são exatamente para mim. Primeira de Percabethship: “Autora, linda maravilhosa que escreve essa fic divosa, quando vai rolar percabeth? Estou ansiosa!”. Awn gente, que fofo, obrigada pelo “linda maravilhosa” e “fic divosa”. Posso te adotar? Hehe. Ultimamente notei que “Percabeth” não significa a “interação entre Percy e a Annabeth”, acredito que seja o hot dos dois, né não, seus danadinhos? Bem, ele só acontecerá depois que a Annie for para a Transilvânia (spoiler) e eles se declararem um para o outro. Não vai demorar mais do que seis capítulos, eu acho. Gente, não me matem, preciso desenvolver o relacionamento deles primeiro. A analimamitologi questionou sobre o hot, e minha resposta é a mesma, acalmem-se, quando eles forem se pegar eu aviso.

  - Eu mereço, Jesus – Annabeth jogou o corpo para trás.

  - Eu mereço. – Percy sorriu-lhe galanteador.

  - Ainda da leitora analimamitologi: “Quando vai ter tretas românticas? ” . Olha, nunca pensei numa treta cabulosa, mas umas discussões pequenas, embora não saiba se eles realmente irão brigar. Aí eles que decidem. Vocês querem tretas românticas? – Voltou-se para os dois.

  - Sim.

  - Não.

  - Provavelmente teremos – a entrevistadora concluiu. – Retornando à Chase2015: “O que são/eram os pais da Annie? Quero dizer, caçadores ou pessoas comuns? ” e “A Annie possui mais habilidades, se for possível, quais? ”. Eu não quero dar spoiler, mas posso contar algumas coisas sobre ela. Annabeth não se lembra totalmente de seus pais, como pode-se perceber. Um de seus antepassados foi um Visionário, que inclusive participou da Guerra do Apocalipse. Seus pais são pessoas comuns, ela foi a única a herdar os poderes. Suas habilidades são voltadas completamente às suas capacidades mentais. Como já foi dito, quando um Visionário prevê algo, abre uma porta mental, tornando-se totalmente vulnerável no momento. Nisso, suas “vibrações” eclodem para qualquer lugar no espaço tempo: passado, presente ou futuro, possibilitando as visões. Um dos motivos da guerra foi esse, que será contado mais para frente. Ao tocar em algo que esteja relacionado com algum acontecimento, é capaz de visualizar pelo que aquele objeto passou, como foi o caso do abajur, embora não tenha visto tudo, graças ao bloqueio que Percy colocou em sua memória.

  - Você fez o quê? – Ela o fitou indignada.

  - Continue, Nana, por Drácula – suplicou, afrouxando a gravata.

  - Ela possui uma resistência mental gigantesca, e por isso mesmo que, em muitas vezes, mesmo que Percy tenha tentado apagar-lhe a memória, lembrou-se de tudo. Visionários são assim. – Deu de ombros, como se fosse algo comum. – Completando com a pergunta de Zombie Cupcake: “Por acaso existiria a possibilidade da Chase ter mais poderes além desses de premonição? Tipo, invocar raios ou corujas gigantes ”.  – Nana riu. – Invocar raios não, mas as corujas são o símbolo da família Chase e, consequentemente, do último Visionário, então acabam sendo importantes. “Existe chance para Thalico? ”. Sim, totalmente. “Em algum futuro distante, a Annie poderia virar vampira e ser amante eterna do Percy? ”. Acho que você acabou de dar spoiler, Zombie – sorriu.

  Annabeth não conteve um sorriso. Nem sequer Percy, que já sorria há um bom tempo.

  - Opa, últimas perguntas para encerrarmos! São da IsaEevee: “Vai ter momento percabeth?”. Aham. “Qual o passado da Annie? Ela tem alguma relação com vampiros ou caçadores? Seus pais tinham alguma relação com isso?”. Acho que respondi uma pergunta parecida, mas vou acrescentar algumas coisas. De parentesco ela e seus pais não têm nenhuma relação, todavia, eles sabiam da existência de outros seres. Última! “O Cabeça de Alga em algum momento vai salvar a Annabeth de algo? ”. Vai sim, de Hades. Eita, dei um spoiler monstruoso.

  Percy aquiesceu.

  - Ora, ora, acabamos por aqui! – Levantou-se, sendo seguida pelos demais presentes. – Pessoal, agradeço a atenção e o apoio de vocês. Obrigada a todos que mandaram as perguntas e aos que estão lendo este bônus. Por favor, aplauso para os convidados!

  Todos aplaudiram fervorosamente, gritaram e elogiaram os atores. As câmeras gradativamente foram sendo desligadas, as cortinas fechadas, e os assentos desocupados.

  Acabara-se, assim, o segundo Talk Show de Dear Danger.