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História Dear Danger - Capítulo VIII


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Ei, tudo bem com vocês? Espero que sim! (^▽^)
O CAPÍTULO É NARRADO PELA ANNIE, PELO PERCY E POR MIM! OK?
OBRIGADA PELOS 40 FAVORITOS! (~ ̄▽ ̄)~

Boa Leitura.

Capítulo 9 - Capítulo VIII


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo VIII

Capítulo VIII

 

  Fitei Percy mais uma vez. O que ele estaria pensando? Nesse momento, gostaria de invadir sua mente e desvendar todos os seus mistérios. Ele emanava um ar solene e grave, ao mesmo tempo que seus sorrisos em profusão transmitiam confiança e intrepidez.

  Todavia, o Percy que estava em minha frente parecia um pouco lânguido, e refletia mais que o necessário.

  Ah, Percy, o que está em seu coração?

  - Você também... não conseguiu dormir? – Perguntei, entrelaçando os meus dedos ao redor do copo já vazio.

  - Mais ou menos isso – ele apoiou o queixo sobre a mão direita. – Acho melhor você voltar a dormir, Annabeth, caso não haja mais nada de que necessite. – Incutiu, as sobrancelhas franzidas e um ar sério.

  - Certo. – Levantei-me e lavei o copo, guardando-o em seu devido lugar. – Boa noite.

  - Boa noite.

  Tornei a voltar ao quarto, e dessa vez jurei a mim mesma que dormiria sem me preocupar com mais nada.

 

 

  Senti que Annabeth me olhava, e podia ouvir seus batimentos cardíacos acelerados. Talvez estivesse ansiosa para achar uma resposta para suas perguntas, as quais tinham um fundo de verdade. Ela já se mostrara mais do que esperta, e seus questionamentos provavam isso.

  Nico a conhecia, entretanto, eu não sabia dizer o quanto, e isso realmente me preocupava. Ele voltaria, e tinha certeza absoluta que não viria apenas atrás de mim. Hades estava envolvido.

  Eu preciso proteger Annabeth.

  Talvez tenha sido um pouco sério demais, pois a forma como ela virou-se para o quarto, de uma forma solitária, compadeceu-me.

  Ela já voltara para o quarto, e eu a escutava se remexendo na cama, tentando alcançar o sono. Realmente, o sono não tem lugar próprio.

  Caminhei calmamente pelo corredor e parei em frente à sua porta. Antes que pudesse batê-la, Annabeth a abriu.

  - Percy?

  - Annabeth?

  Ela arqueou as sobrancelhas, torcendo o nariz adoravelmente.

  - O que faz aqui?

  Por um momento, fiquei sem o que dizer. Eu olhava em seus olhos tão fixamente que tudo ao redor parecia um borrão abstrato criado para meu próprio conforto. Eu sei, não precisam entender.

  - Eu quero te perguntar algo, Annabeth – disse, ainda a olhando nos olhos.

  Ela inclinou a cabeça para o lado, como a um passarinho, o que foi minha deixa para realizar a pergunta.

  - Coisas estranhas estiveram acontecendo com você ultimamente?

  - Que tipo de coisas estranhas? Aconteceram muitas coisas estranhas. Uma delas foi conhecer você – ela tocou meu suéter com o indicador. Não pude deixar de sorrir.

  - Além disso – revirei os olhos, sentindo os cantos de minha boca altearem. – Aconteceu algo...?

  Ela posicionou o indicador sobre os lábios e estreitou os olhos. Quando algo realmente pareceu atingi-la, ela disse, lacônica:

  - Acho que estive sendo vigiada.

  - Vigiada? – Arqueei as sobrancelhas. – Por quem?

  - Não sei dizer. Por algumas noites, e inclusive de dia, vejo alguém me observando no prédio da frente. – Ela esfregou as mãos, como se estivesse com frio. – Eu teimo em acreditar que não é nada, mas... depois do que aconteceu ontem não consigo mais pensar nessa hipótese. Não sei quem me vigia, vejo apenas uma silhueta.

  - Por quanto tempo isto vem ocorrendo?

  Ela pareceu ponderar, cruzando os braços. Só então percebi que seu pijama era um tanto que... engraçado. Era uma camiseta comprida do Batman e uma calça de moletom cinza.

  - Há duas semanas, mais ou menos, se não me engano.

  Bom, aquilo realmente me alarmou. Se fosse Nico, ele já supervisionara os meus passos e, como consequência, os de Annabeth.

 

 

  Acordei com o quarto ainda escuro, pois havia me certificado de deixar as cortinas fechadas ontem à noite. Pisquei algumas vezes e virei-me de lado, posicionando a cabeça entre os dois travesseiros da cama de casal.

  Apanhei meu celular que havia deixado embaixo do travesseiro e olhei o horário. Quase tive um infarto ao constatar que já se passavam das dez da manhã. Chutei as cobertas para o lado e levantei-me num salto. Vasculhei por um blazer e uma saia dentro da sacola prateada que trouxera ontem. Arrumei meu cabelo da melhor forma possível, uma mecha arisca teimando em ficar de pé. Reparei em meu reflexo no espelho da penteadeira e não vi mais olheiras nas bolsas abaixo dos olhos, e um pigmento rosado pareceu retornar aos meus lábios, o que me levou a crer que estive precisando de um bom descanso.

  Não tive sonhos, e nunca dormira tão bem há um mês.

  Coloquei a mão sobre o peito e suspirei profundamente. Ainda não consigo acostumar-me com o fato de ter repousado na casa de Percy, e o momento que passamos no elevador volvia-me a mente a todo momento, fazendo-me, num ato involuntário, bater nas bochechas e menear a cabeça para afastá-lo.

  Arrumei a cama e saí do quarto. Procurei por Percy, mas não o encontrei. Apanhei um bloco de notas que jazia sobre o balcão da cozinha – devo ressaltar que não o avistara noite passada – e a caneta que estava ao lado, a fim de lhe redigir um bilhete. Porém, ao erguê-lo, um papel flutuou, caindo sobre meus pés. Peguei-o e li as palavras ali escritas.

  “Bom dia, Annabeth.

  Espero que tenha descansado bem, assim como espero que o sono lhe tenha revigorado as forças.

  Precisei sair, pois recordei que precisava resolver alguns assuntos no correio – um de meus pertences extraviou, parando em Whitby, Canadá!

  Preparei-lhe café e há petiscos no armário da direita, acima da geladeira. Ceie e sinta-se à vontade.

  Voltarei ao meio-dia.

  Com amor,

  Percy”

  Se Percy estivesse aqui, eu esmurraria aquela carinha perfeita. Senti uma ardência em meu pescoço. “Com amor”? Está pensando que somos casados? Posso imaginá-lo rindo enquanto escreve o bilhete. Perdi toda a gratidão que sentia.

  - Argh, que idiota! – Amassei o bilhete enquanto o arremessava dentro da sacola.

  Obriguei-me a manter a calma. Era só mais uma piada dele. Argh, eu realmente podia imaginá-lo rindo ao redigir o bilhete!

  Escrevi uma mensagem e deixei ao lado do bloco de notas. Tomara que ele repare que eu forcei mesmo a caneta no papel, demonstrando o quanto estou furiosa.

 

 

  “Percy,

  Eu estou grata por repousar em sua casa. Felizmente, há trabalho a se fazer, e eu preciso concluí-lo.

  Estou em meu apartamento.

  Perdoe-me se lhe causei algum inconveniente enquanto estive aqui. Não acho que necessitarei de outra noite fora de casa.

  Por favor, compareça em minha residência às 15h00. Gostaria de retribuir-lhe a hospitalidade e a gentileza...

  Eu espero que extravie mais do que apenas um pertence seu, Percy seu cabeça de alga.

  Com ódio,

  Annabeth Chase

 

  P.S: Como raios você sabe o número do meu celular? ”.

 

 

  Encontrei o bilhete de Annabeth em cima do balcão, e alegrei-me imensamente ao lê-lo, apesar do fato de ela ter retornado ao seu apartamento não me agradar. Nico retornaria a qualquer momento e, se isso acontecesse, não gostaria que ela estivesse desprotegida.

  - Cabeça de alga? – Sorri. – Realmente autêntica, senhorita Chase. Aposto que adorou a minha dedicatória. – Meneei a cabeça, gargalhando. Podia imaginá-la redigindo furiosamente o recado. As palavras sublinhadas e carcadas provavam sua irritação.

  Fui ao meu quarto. As cortinas estavam fechadas, assim como a janela. Caminhei até o criado mudo ao lado da cama e abri a gaveta. Continha dentro uma caixinha de madeira grossa, com vários detalhes entalhados nela. Seu interior era forrado com um tecido de veludo cor de ébano, e lá descansava um colar, o pingente era em formato triangular, como a ponta de uma flecha, e a pedra que ele sustentava era azul, uma safira.

  Eu tinha um motivo bem específico para usá-lo.

  Coloquei-o e o escondi entre minhas vestes. Dirigi-me à janela e, hesitante, abri-a. Recuei um passo quando a claridade finalmente invadiu o quarto.

  Primeiro, avancei vagarosamente uma de minhas mãos, permitindo que a luz solar a atingisse. Não senti absolutamente nada. Avancei a outra mão. O mesmo efeito. Pois então, eu avancei.

  Os raios me atingiram, e eu pressionei as pálpebras, receoso. O calor que penetrava minha pele gélida era morno e aconchegante, e eu me senti envolvido por um abraço materno.

  Ah, mãe, se estivesse aqui... veria que finalmente encontrei um motivo por qual viver.

 

 

  - Farinha, fermento, corante... – Coloquei todos os ingredientes necessários para preparar os cupcakes que daria à Percy. Devo esclarecer que é apenas como AGRADECIMENTO. Isso. Agradecimento. – Ele gosta de azul, hum... Cupcakes azuis, então!

  Enquanto colocava as forminhas no forno, escutei meu celular tocar. Limpei as mãos no avental e fui atendê-lo.

  - Alô?

  - Annabeth?

  - Thalia? – Arqueei as sobrancelhas, surpresa.

  - Oi, Annie. Sou eu sim – ela pareceu rir nasalado, pois ouvi um sopro na linha telefônica.

  - Deuses! Está tudo bem com você? Nossa, há muito não a vejo!

  - Estou bem sim! Aqui em Vegas é tudo tão corrido! – Pronunciou um “tão” arrastado. – Aposto que Luke contou que brigamos...

  - Ahn... é, contou.

  Ela suspirou.

  - Luke precisa de atenção, e ele sabe muito bem que não posso estar sempre à sua disposição.

  - Entendo – aquiesci, mesmo que ela não estivesse vendo meus gestos.

  - Bom, estou indo visitá-la, Annie! Espero que possa ficar em seu apartamento, tudo bem?

  - Claro, vou adorar! Quando você chega?

  - Amanhã mesmo! Tenho tantas coisas para lhe contar! Fotos para mostrar! Você não vai acreditar se eu lhe disser qual celebridade encontrei aqui em Vegas! – Ela soltou o típico gritinho histérico dela.

  Franzi o cenho, colocando o indicador sobre os lábios.

  - Quem?!

  - BRAD PITT!

  Eu tossi e afastei o telefone do ouvido, descrente.

  - Brad Pitt? Tipo, Brad Pitt mesmo? O marido da Angelina Jolie?

  - Não, o tio da padaria da esquina. – Senti-a revirar os olhos. - É lógico, Annie! Ai, meu Deus, ele tirou uma foto comigo!

  - Não! Sério? Quando vier traga a foto que estou ansiosa para ver!

  - Levarei sim! Ah, tenho que ir, preciso terminar de arrumar as malas!

  - Até amanhã! – Desliguei.

  O timer do forno apitou, tirando-me dos devaneios. Corri para pegar os cupcakes. A massa estava macia e ele possuía calda de chocolate como recheio. Fiz a cobertura, acrescentando o corante azul e misturando. Após alguns minutos eles estavam prontos. Ajeitei-os dentro de uma cesta, com um vinho que encomendara – o meu favorito – e, enquanto esperava por Percy, revisaria o esboço da construção.

  Meia hora depois eu adormeci com o rosto sobre o teclado do notebook.

 

 

  15h00

 

 Toquei a campainha de Annabeth. Perscrutei, fechando os olhos e concentrando-me nos acontecimentos dentro de seu apartamento. Ouvi um arrastar de cadeira e um baque surdo, seguido por um resmungo queixoso. (Nota mental: Annabeth era desastrada). Seus passos apressados indicavam que estava vindo em minha direção.

  Ela atendeu a porta, seus cabelos estavam levemente despenteados e havia marquinhas vermelhas perfeitamente quadriculadas em sua bochecha.

  Ela pigarreou e ajeitou a blusa, os olhos astutos semicerrados. Estava descalça, a pele dos ombros e pescoço exposta.

  - Boa tarde – cumprimentei-a.

  - Boa tarde, Percy. – Annabeth escancarou a porta e deu um passo para o lado. – Entre. Tenho algo para você.

  Eu tive, sim, segundas intenções com aquela fala. Não me culpem, é da natureza masculina cogitar essas possibilidades.

  Segui-a pelo apê e estacamos na cozinha, onde ela apanhou uma cesta decorada e estendeu em minha direção.

  Fitei o objeto com o cenho franzido.

  - Pegue – gesticulou. – Queria fazer algo para lhe retribuir, e a única coisa que pude pensar foi nisso.

 Havia uma garrafa de vinho e cinco cupcakes azuis, todos posicionados cuidadosamente em um canto específico. Senti-me entristecido por um momento, pois tinha consciência de que não poderia saboreá-los depois. Porém, ao olhar os cupcakes azuis, a imagem de minha mãe veio à mente, e decidi que, definitivamente, os provaria.

  Devo ter ficado um bom tempo fitando a cesta em sua mão, pois ela indagou, uma tênue linha de apreensão em sua voz.

  - Não gostou?

  Meneei a cabeça, e, a princípio, ela compreendera o gesto erroneamente.

  - Ora, se não gostou, então... – Ela recuou a cesta num gesto defensivo.

  - Não, Annabeth, eu adorei – sorri tocando-lhe as mãos delicadas. – Obrigado.

  Não sei se ela ficou feliz com minha resposta, mas seu rosto se iluminou com um sorriso de orelha a orelha.

 

 

 Os cantos da boca de Annabeth se curvaram em um sorriso radiante. Não soube definir bem o sentimento que sentiu, algo entre felicidade e alívio. Havia sim um aperto no peito, mas não era grave, era até acolhedor.

  Percy rapidamente depositou a cesta em cima da mesa. Não se conteve. Ela poderia amaldiçoá-lo mais tarde. Puxou-a e enlaçou os braços ao seu redor, impedindo-a de se soltar.

  - Ei, o que está fazendo? – Ela redarguiu, incrédula.

  O som da campainha soou, e a imagem de Tammy volveu-lhe a mente. Antes que pudesse se desvencilhar, Percy tocou-lhe o queixo, fazendo com que seus olhos se encontrassem.

  Verde no cinza.

  Ela não soube discernir o que veio depois. Seu cérebro parecia estar sob algum efeito alucinógeno.

  Então ele fez algo que a surpreendeu mais ainda. Ele a beijou.

 

 

  Newspaper New York Gazzete

 

  O jornal nova-iorquino abriu uma nova manchete “Mistérios e acontecimentos insólitos”, pois ocorreram outros acontecimentos superinteressantes nessa cidade agitada que é New York.

  Hoje de manhã a equipe de edição do jornal esteve no condomínio abandonado da rua Spielberg, próximo à saída da cidade. Turistas relataram ter presenciado a queda de uma árvore. Nossa equipe investigou o local, e realmente, a árvore conhecida como “A Dama de Verde”, há muito tempo plantada no lugar, partira-se ao meio, tombando sobre a construção abandonada da antiga família Clark. Havia sinais de sangue seco no chão, o qual encontrava-se em um estado caótico. A construção possuía uma grande fenda, do tamanho de uma pessoa, e o telhado entulhava-se dentro dela.

  A questão mais difícil de acreditar é que encontraram partes de um braço entre os entulhos.

  Pedimos a nossa senhora que proteja a nossa cidade.

  Não deixem suas crianças sozinhas.

  O FBI encerrou o caso Rodriguez e, pela primeira vez, o rotulou como pendente. Agora estarão trabalhando no novo incidente que nos alarma e a muitas outras pessoas.

  Persignem-se antes de dormir.

 

  Da edição,

  New York City. 


Notas Finais


Yo~
Ai, ai... A Annabeth é doce igual limão ( ̄ˇ ̄)
PODE ESPERAR TAMMY, OS DOIS ESTÃO NO MOMENTO LOVE ALI!
Percy roubou um beijo dela! Haha, garanhão <( ̄︶ ̄)>
CARAMBA, O FBI NÃO CONSEGUIU TERMINAR UM CASO, COMO ASSIM? EITA, BAGUIO FOI LOKO ( ° △ °|||)
Desculpem qualquer erro.
Até o próximo o/


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