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História Demons - Capítulo 15 Never Surrender


Escrita por: Wuniverse

Notas do Autor


Boooa tardeeee!! Hoje é quarta, e é dia de Demons!

Preparados para mais um tiro? Aiai, eu amo vocês, saibam disso.
Quero agradecer aos 36 favoritos da fic, não pensei que chegaria a tanto!!! <3
Sem enrolação, tenham uma boa leitura!

Capítulo 16 - Capítulo 15 Never Surrender


Fanfic / Fanfiction Demons - Capítulo 15 Never Surrender

Never Surrender
 

“Os pais não mentem para os filhos porque os amam. Já os irmãos mentem para os irmãos por esse mesmo motivo.”

 

Era tarde quando Siwon atravessou o Vale dos Sussurros, procurando um local bem distante para se sentar.

Navegando em pensamentos, olhou ao redor, encontrando uma árvore frondosa, de modo que esconderia sua silhueta ao se aposentar no chão.

Ele sempre soube que era filho de um demônio, mas nunca passou por sua cabeça que poderia ter uma irmã. Estava triste por não tê-la conhecido antes, talvez, tivesse lhe ensinado coisas úteis, como por exemplos, usar seus poderes.

Talvez, juntos, poderiam ter tomado alguma parte da Terra e dominado um reino.

Descobririam coisas; ele tomaria conta dela, como um verdadeiro irmão mais velho.

Porém, ao contrário disso, seu pai lhe escondeu essa informação e ele gostaria de saber o porquê

— Droga!— Falou, desanimado, jogando uma pedra à sua frente.

— Olá, meu filho. — Uma segunda voz se alastrou pelo Vale, assustando até mesmo o menor ali presente. Ele olhou para trás, encontrando um homem de túnica branca, cabelos penteados para trás e um sorriso fino preenchendo os lábios. Aquela pinta acima de sua boca era inconfundível.

— Pai? — Siwon se levantou. — O que faz aqui?

Tudo bem que às vezes Caloth ia lhe visitar no Inferno, mas suas visitas não eram tão constantes assim, o que o fazia se questionar com aquela presença repentina.

— Senti que precisava de mim. — O homem se aproximou em passos lentos. — E sei que devo algumas explicações à você.

Sem perceber, os braços do menor já rodeavam a cintura do demônio, que apenas sorriu fraco. Siwon nunca fora tão sentimental, e na verdade, nem compreendia o motivo de estar o sendo naquele momento, e também não se importava.

— Por que, pai? — Inquiriu, olhando nos olhos lânguidos do homem à sua frente. — Por que nunca me disse que eu tinha uma irmã?

— Bem… — Ele suspirou, desvencilhando do abraço. — Porque eu queria esquecer essa história. Você sempre achou que sua mãe foi a única, e não queria que descobrisse que era mentira. Meu desejo era que Luana nunca soubesse de sua verdadeira natureza, que continuasse sendo uma Spencer.

— Sempre soube que o senhor pulava a cerca… — Falou, desanimado. — Vai me repreender por ter contado à ela também? KyuHyun e DongHae estão desesperados atrás de mim. — O jovem concluiu, recebendo um sorriso melódico do pai.

— Não, meu querido. — Respondeu, olhando para os lados. — Mas concordo que você não deveria ter feito isso, afinal, não era responsabilidade sua. Claro que, mais cedo ou mais tarde, Luana ficaria sabendo, isso é óbvio porque é uma coisa impossível de esconder, mas ela deveria ter feito isso sozinha.

— Entendi. — Disse desconfiado. — Mas não vou pedir desculpas.

— Eu sei que não. Talvez devesse voltar pra casa.

— Não quero. Eles vão me matar quando eu pisar lá. — Disse, com um pouco de medo.

— Não, acho que não. Kyu está ocupado com outra coisa. — Ele riu, pensando em Ariela. — E DongHae também. Você não pode ficar aqui sozinho.

— Por que não volta pra casa? — O mais novo perguntou, surpreendendo o pai.

— Estou tentando, Si. Mas preciso resolver umas coisas aqui.

— Quando acabar, vai voltar?

— Vou. Prometo. Mas não posso garantir que será do mesmo jeito.

— E se Luana quiser ficar com a gente?

— Vamos aceitá-la, Siwon. Ela é minha filha e sua irmã.

— Eu sei. Mas nunca tivemos uma mulher, fora minha mãe, morando com gente. Vai ser estranho.

— É, vai. Mas iremos acostumar. — Caloth olhou para o céu. Estava na hora de ir. — Agora, você vai voltar pra casa.

— Não quero.

— Vai sim, Siwon. — Falou sério. — Não estou com tempo para suas birras, portanto, não me desobedeça.

Siwon olhou incrédulo para ele, fazendo com que as folhas dali saíssem voando.

— Sempre soube que não gostava de mim. Por isso me deixou com aqueles dois. — Se referiu à KyuHyun e DongHae. — Se bem que eu acho que eles foram bons pais, ao contrário de você!

Assim que terminou, saiu correndo de volta à avenida. Estava com muita raiva, tanto  que uma chuva repentina caiu, trovões preencheram o céu. As árvores murcharam, as pessoas que passavam por ele, ficavam tristes repentinamente.

Era ele.

O Demônio da Destruição.

▷▷▷

Ariela acordou lentamente. Sentia um vento frio tocar sua pele, enquanto tentava reconhecer o local. Teve um sono pesado, daqueles que fazia o corpo doer e uma rápida amnésia se apossar de seu cérebro. Um braço contornava seu corpo e uma respiração leve tocava o pescoço desnudo.

Lentamente, retirou o antebraço branco de cima de si, enquanto olhava para o homem deitado ao seu lado. Um lençol cobria seu corpo ainda nu, a lembrando da burrada que fizera na noite anterior. Kyu estava dormindo tranquilamente, tanto que nem parecia ser o temível Rei do Inferno. A ruiva levantou, cobrindo-se com o lençol, deixando o rapaz apenas de cueca boxer preta.

Xingando, caminhou direto para o carrinho de comidas que magicamente tinha aparecido ali, escolhendo uma maçã vermelhinha em meio à tantas opções. Pegou seu uniforme no percurso de volta à cama, pensando em como poderia esquecer roupas limpas.

Na verdade, pensando na verdadeira essência daquela missão: Encontrar sua irmã.

— Droga! — Ela vestiu o macacão após ter acabado a de comer a fruta. Por um milagre, conseguiu subir o fecho da roupa rapidamente. — Como você é idiota, Ariela! — Falava para si mesma enquanto calçava o coturno preto. Improvisou uma fita com um cordão encontrado no chão e amarrou os cabelos em um famoso rabo de cavalo.

De repente, a cama rangeu, e quando Ariela olhou para trás, viu um Kyu com os cabelos bagunçados e cara amarrotada.

— Já acordou? — Perguntou, chegando mais perto dela e tentando beijar seu pescoço. — Pensei que iria querer descansar mais um pouco.

Para a surpresa do maior, a garota se desvencilhou de seu toque e levantou, arrumando as mangas cumpridas do macacão, fitando o chão de madeiras velhas.

— Não tenho tempo para isso. Tenho que encontrar minha irmã. — Falou incisiva. Um forte sentimento de raiva possuía seu coração. — E temos um caminho longo até o Inferno. — Apesar de que o meu já está bem perto, pensou.

— O que foi? — Ele perguntou, sentando na beira da cama. Não estava em condições de ler os pensamentos alheios. — Por que acordou tão…. Diferente?

— Não estou diferente. Só quero encontrar minha irmã.

— Ela está bem, acredite. — Ele a puxou e lhe deu um beijo, mas logo os dentes da garota praticamente arrancaram seus lábios fortemente, o fazendo gritar de dor.

— Me solta! — Ela falou, o empurrando na cama, recebendo um olhar bem confuso. Realmente KyuHyun não esperava por aquilo. — Não sou uma de suas succubus que você pode usar e jogar fora quando bem entender! — Seus olhos arderam quando ouviu suas próprias palavras. As lágrimas estavam se formando.

— Ariela, mas que droga! Você me machucou! — Ele gritou, tocando o lábio, que sangrava.

— Ah, sim, uma mordida no lábio não é nada comparado a uma dor de coração partido, Senhor Rei!  — Ela olhou bem nos olhos dele e abriu a porta do quarto, batendo-a quando saiu. Logo desceu as escadas, ainda raivosa, tentando esconder o choro e, quando passou pela recepção, ouviu um chamado.

— Psiu! — Uma voz melódica falou. — Você está bem?

Era o garoto que havia piscado para ela na noite anterior. Sua expressão era cansada, parecia não ter dormido.

— Oi. — Ela respondeu, parada no meio do corredor. As lágrimas haviam cessado.

— Você está bem? — Repetiu a pergunta. — Precisa de alguma coisa? Está com fome? Sede? — Ele parecia bem preocupado com a garota.

— Não… Tudo bem, estou bem. — Ela se surpreendeu quando ele tirou de debaixo do balcão, uma garrafa de água, duas frutas e duas barras de cereal.

— O que… É isso? — Ela se aproximou do balcão. — Seu lanche? — Ela riu, mas se surpreendeu com a resposta.

— Sim. Meu pai trouxe há alguns minutos atrás, mas acho que você precisa mais do que eu. Leve. — Ele empurrou os itens até ela, entregando também uma sacola de plástico. — Você vai precisar.

— Não…. Eu não….

— Por favor. — Ele insistiu. — Eu prefiro. Posso pegar outras a qualquer minuto. Já você…

— Ela também, seu idiota. — Uma terceira voz raivosa e grossa disse, interrompendo a conversa dos dois. — Não somos nenhuns coitados.

— Kyu, cale essa boca! — Ela falou, enquanto pegava os itens e colocava na sacola. Era apenas para irritá-lo. — Ninguém te chamou na conversa.

O rapaz atrás do balcão riu, tentando inutilmente esconder seu riso nas mãos largas.

— Está rindo de quê? — O demônio chegou vagarosamente perto dele. — Está achando engraçado? Vamos ver se isso vai ser engraçado. — Ele ia pegar sua cabeça, mas logo Ariela o interrompeu, encostando a adaga em suas costas.

— Largue-o. Agora. — Ela encostou a ponta da arma em sua espinha.

Kyu apenas riu.

— Ótimo. Você me mata e fica sem sua querida irmã. — Ele soltou o garoto, sem medo algum, e olhou intensamente nos olhos dela.

— Acredite, você não é o único demônio que conheço. — Ela falou, guardando a adaga no suporte do macacão. — Obrigada… — Ela falou com o garoto.

— Seth. — Ele respondeu, sorrindo

— Seth…? — Ela se lembrou de um rapaz da escola. Seria muita coincidência? — Tenho um amigo que tem esse nome também.

— Legal. — Ele apertou sua mão por um tempo, que para Kyu pareceram horas.

— Obrigado, idiota. — Grosseiramente ele jogou o dinheiro em cima do balcão e saiu do hotel, deixando Ariela com o rapaz.

— Desculpe o mau humor dele. É a TPM. — Ela riu. Como, de repente, ela tinha ficado mais calma apenas por estar na presença daquele garoto?

— Tudo bem, eu entendo perfeitamente. — Seth pegou a metade do dinheiro e entregou para Ariela. — Pegue. Aceite como um presente.

— Acho que agora está exagerando.

— Aceite então como gratidão por ter salvo minha vida. — Ele riu. Aquele sorriso era familiar. — Tome.

— Tudo bem. — Ariela pegou as notas e colocou no bolso da roupa. Sorriu sincera para o garoto e beijou sua bochecha. — Obrigada. Tenha um bom dia.

O rapaz apenas acenou para ela, enquanto a ruiva ultrapassava a porta do prédio. Kyu estava escorado em uma pilastra enquanto a encarava surpreso.

— O que deu em você, hein, garota? — Perguntou, a seguindo pela estrada de terra.

— Nada. — Respondeu, segurando a sacola de plástico pelas alças. Nada. Era nisso que queria acreditar e não que tinha transado com um demônio pelo qual estava apaixonada. Ela bem que poderia deixar de agir como uma adolescente idiota.

— Pensei que, após a noite de ontem, você ficaria melhor. Sinceramente, viu!

— Escute aqui, Kyu!  — Ela parou bruscamente. — A partir de agora, não falaremos mais sobre o que aconteceu. Aliás, nada aconteceu. Risque isso de sua mente. Assim como risquei da minha.

Ariela fez um imenso esforço para deixar as lágrimas dentro de seu organismo. A última coisa que queria era chorar na frente de um demônio quando este era a causa de seu sofrimento. Kyu ainda a olhava surpreso, tentando realmente entender o que se passava. Agora que estava calmo, não conseguia ler os pensamentos da garota, seria, talvez, pelo fato de ela estar confusa? Ou apenas… Não conseguia?

Quando a garota começou a andar, suas pernas ainda estavam paradas, o olhar no chão, enquanto se lembrava das últimas palavras de Ariela antes de dormir.

Gostei de transar com você.

Se ela tinha mesmo gostado, como poderia ter esquecido?

▷▷▷

Jesse estava sentado no sofá, o celular em mãos, tentando inutilmente ligar para Ariela. Sempre que chamava, uma voz irritante respondia que o número discado se encontra fora de área.

Ele estava preocupado, tinha se passado um dia e nada da garota dar notícias. Como se não bastasse uma, agora tinha duas irmãs no Inferno, um local horrível, onde nunca se sabia o que encontraria.
Seu coração estava aflito, o corpo tremendo, enquanto seu pensamento tentava encontrar alguma solução para seus problemas.

E novamente, foi inútil.

▷▷▷

— Isso, Luana! — DongHae falou feliz. Estava conseguindo o que tanto queria, colocar a menina contra a própria família. — Se ela te amasse mesmo, teria contado a verdade desde o início, não acha?

Luana ponderou. Estava já confusa pelo fato de ser uma filha de um demônio, e mais ainda por ter sido traída por quem mais confiava.

— É… Eu acho que sim. — Seu olhar estava penetrado no chão. — Então, vai me ensinar ou não?

— Acalme-se, criança. — DongHae disse sorrindo. — Tome um pouco de uísque.

— Eu não bebo.

— Eu sei que não. — Ele já tinha um copo com o líquido nas mãos, e estava na direção da menina. — Mas ainda sim vai beber.

Luana resistiu um pouco, mas logo o rapaz pegou seu braço fortemente e a obrigou a beber.

— Beba. Agora! — Ele gritou enquanto a garota pegava o copo e bebia tudo de uma vez. E ela engasgou, claro. — Um dia você aprende. Então, quer começar com o quê?

— Luta. — Falou. — Quero acabar com Ariela.

DongHae riu, materializando uma adaga bem bonita. Entregou o objeto para a garota e lhe desafiou. Ele já estava sem o sobretudo e chamou Luana com os dedos.

Sem entender, ela foi pra cima dele, começando com a luta corporal. Realmente, se alguém a visse lutar daquele jeito, nunca diria que era Luana Spencer a fazer aqueles movimentos. O que antes não fazia cosquinhas em DongHae agora o movimentava pelo menos um centímetro.
— Wow! — Ele fingiu surpresa. — Melhorou muito, garota. Mas infelizmente não vai acabar com Ariela assim. Talvez, se usasse seus poderes…

— Eu pedi para me ensinar.

— Eu sei. — Ele riu, acariciando seus cabelos. — E vou ensinar. Mas antes, vou pedir o pagamento. — Seu sorriso se tornou cínico, o que fez Luana sentir um pouco de pavor. A cabeça dele se inclinou até a dela, e antes que a menina pudesse protestar, lhe lascou um beijo intenso e ao mesmo tempo calmo.

Luana se surpreendeu, pois os lábios do maior eram frios, mas que lhe transmitia um grande calor pelo corpo. Logo pegou seus cabelos, aprofundando o gesto e causando uma risada leve em DongHae. Sua língua adentrou a boca da garota sem ao menos pedir passagem, o que a deixou enraivecida, porém, sem ter nada o que fazer. Estava gostando, admitia, apesar de não poder protestar.

— Eu sabia que você queria também, criança. — Disse durante o beijo, apertando a cintura da menor, que conseguia apenas olhar em seus olhos.— Deveria ter feito isso antes.

— Não… Não vim para isso. Queria apenas…

— Sh! — O seu dedo indicador calou a menina. Logo voltou a beijá-la, um gesto perigoso e violento, enquanto suas mãos exploravam cada centímetro de suas costas. Luana apertou a blusa dele, tentando ficar de pé e sã, mas o rapaz teve de segurá-la nos braços.

— Acho melhor pararmos por aqui.— Falou ele, ainda rindo das ações da menina. — Não há médicos presentes pro caso de você desmaiar com meus beijos.

— É, também acho melhor pararmos. Você já foi longe demais.

DongHae riu, enquanto deixava a garota se sentar.

— Prepare sua mente. Vamos começar a descobrir seus poderes.


Notas Finais


E então, gostaram? Espero que sim, até domingo! Se puder, comentem, é um grande incentivo 😘😘😘
Kissuuzz


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