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História DENKIs - Desmascarando


Escrita por: IsaKessiandrade

Notas do Autor


E enfim chegouuuuu! Desculpe os enrrolamentos XD
Não se preocupem vão ter mais cenas interessantes! :')
Espero que gostem! Boa leitura!

-IK

Capítulo 8 - Desmascarando


Yun Su

Quarta-feira - 25/10/2017 [22:31]

 

Cheguei exausta do trabalho, e como sempre me joguei no sofá reclamando do dia pesado, porém Lin, a pessoa que carrega toda a preguiça do universo nas costas, nem dava sinal de sono, já saia para uma de suas caminhadas noturnas sem ao menos eu me dar conta.

Desde que ela descobriu que tinha alucinações as suas ações parecem distantes, como se ela quisesse ter algo a mais na vida, algo que desse uma alegria estonteante ou uma tristeza qualquer, algo além de um eterno vácuo.

Eu vivia isso, ela foi a minha alegria e as suas tristezas se tornaram as minhas, por dividir uma casa, uma vida, as pessoas acabam compartilhando sentimentos, ela me deu algo que eu não tinha há anos, tais sentimentos que eu não trocaria por nada. Eu a amo, ela é uma irmã da qual nunca tive antes.

Um som estonteante invade meus ouvidos interrompendo meus raros pensamentos. “Realmente preciso trocar o maldito toque desse celular! ”.

Pequei o celular e antes de atender briguei com ele.

- Porque sempre nas horas erradas? – Interroguei-o realmente chateada.

Finalmente atendi o bendito celular, as vezes pareço uma criança dentro de casa berrando com os objetos como se eles tivessem culpa dos meus problemas.

Recebi um baque com as informações que o policial me deu através da ligação. “Eu sou o número de emergência, Lin estava no hospital, alguém faleceu e houve um acidente.”. Todas as frases estavam desorganizadas na minha mente, nunca fui ágil em momentos assim.

- Realmente era uma má hora para você tocar, senhor celular!

Rapidamente peguei meu casaco e as chaves do carro indo em direção ao endereço do hospital que o policial mencionou.

Horas se passaram e eu ainda esperava, pessoas entravam e saiam da sala onde a recepcionista disse que Lin estava.

- “A senhorita Lin Mi está na sala 104 virando o corredor! ” – A imitava repetindo o som irritante de sua voz, com um tom de deboche.

 

Quinta-feira – 26/10/2017 [03:34]

 

Já estava exausta, levantava pegava um café e voltava a me sentar. A internet já não me distraia mais, os meus pensamentos acabavam se voltando para Lin em estado grave.

Até que ela saiu do quarto sem dizer nada ou ao menos esboçar um sorriso, apenas me esperou, peguei minhas coisas e a guiei até o estacionamento.

A viajem de volta para casa foi inquietante, pelo menos dentro de mim. Ela estava calada, mas eu queria lhe fazer tantas perguntas, a olhava de canto de olho, mas nem um sinal de vida. Desisti de me comunicar, ela parecia cansada.

Assim como dentro do carro, dentro de casa ela não mudou, continuava quieta e silenciosa, parecia não querer fazer nenhum barulho.

“Mas que raios aconteceu para Lin ficar calada desse jeito? ”, pensei que provavelmente ela me diria algo cedo ou tarde, então eu esperaria pela sua boa vontade.

Quando eu cheguei no hospital o policial veio em minha direção, parecia reconhecer meu rosto, me explicou o que aconteceu, me disse tudo o que ele sabia sobre o caso. Mas eu tinha quase certeza de que havia algo a mais, e ao ver ela pensativa só me fez duvidar menos ainda.

Resolvi fazer uma sopa para acalmar os ânimos não só para Lin, mas eu também estava precisando, odeio hospitais, se me dessem a opção de ficar o dobro de horas esperando em qualquer outro lugar que não fosse um hospital, eu aceitaria sem pestanejar.

Cortei os tomates e as cenouras em fatias, preparei a carne, a cortei e coloquei junto ao molho. Massa e tempero, estava tudo organizado em minha mente, preparei a sopa com maestria.

A coloquei sobre a mesa, e quando voltei para a cozinha havia chuva de estilhaços, vidros sobre mim além de um som apavorador, me assustei ao ponto de não conseguir raciocinar direito.

Eu estava caída no chão quando Lin desceu as escadas, e antes de entrar na cozinha ficou lá me olhando totalmente apavorada, mas foi um erro ou talvez foi o certo a se fazer quando ela pôs seu pé na cozinha, todos os cacos e estilhaços de vidro flutuaram como se estivessem sob seu comando, aquilo me assustou de uma forma descomunal, entrou totalmente na cozinha e os cacos voltaram ao chão.

Nos entreolhamos e por um momento eu não acreditei que aquilo poderia ser real, achei que era tudo minha mente me pregando uma peça, mas ela também viu, e ficou tão chocada quanto eu.

Graças ao grande espaço que o jardim ocupa na mansão, o desastroso momento não foi ouvido pelos vizinhos.

Passamos a limpar a cozinha em silêncio, ninguém ousava tocar no assunto, até que eu tentei deixar o clima mais agradável.

- Quanto será que custa consertar esse desastre? – Ri um pouco da situação.

Ela olhou para mim com descrença e começou a gargalhar como se eu houvesse contado a piada mais engraçada do mundo. Rimos enquanto limpávamos, acho que nunca vou esquecer aquele momento, quando deixamos de lado todas as confusões para rir de uma situação séria. Por um momento nos tornamos crianças.

Depois de arrumar tudo e ter certeza de que não havia mais perigos no qual se preocupar, nos sentamos no chão olhando os armários.

- É uma pena, eu realmente gostava deles! – Sorri um pouco e fechei os olhos pousando minha cabeça na parede.

- O que você acha que vai acontecer agora? – Se voltou para mim.

- Agora? Vou comprar portas que não sejam de vidro para os armários! – Brinquei um pouco – Acho que vamos passar por isso juntas.

- Obrigada Yun!

Depois de alguns minutos conversando sobre o acontecido resolvemos sair para comprar portas de armários.

Enquanto eu ia em lugares procurar, ela ficava nas praças das respectivas lojas, olhando o nada, mas parecendo pensar em tudo.

 

 

Lin Mi

Quinta-feira – 26/10/2017 [07:11]

 

Ela entrou em mais uma loja e eu só desejava descansar um pouco, minhas pernas queriam fazer o caminho de volta para casa e eu queria ir junto com elas.

Me sentei em um charmoso banco de praça bem em frete a loja que ela entrou, imaginei o lugar arborizado a noite, com todos aqueles postes ligados. “Ah! Digno de uma foto! ”.

Fiquei ali esperando que algo acontecesse, mas nada surgia, nem as situações que eu criava na mente para me afastar do mundo real.


Notas Finais


Gostaram? Comentem!
Se tiverem alguma ideia ou sugestão podem falar, se eu achar interessante coloco na história! :)

-IK


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