História Depois daquele dia... - 2-Capitulo

                                                       [Park Meg on]

Acordei surpresa por não ter sonhado com... ah vocês sabem. Me espreguicei olhei a hora no celular, eram 21:15, havia dormido a tarde inteira. -Jimin já deve ter chegado. -Falei pra mim mesma. Fui até a janela pra abri-la e deixar um pouco de ar entrar no quarto. Assim que abri, vi a silhueta e duas pessoas em frente de casa. Esfreguei os olhos e estreitei os olhos, pra tentar ter um foco e ver quem era.

-Meg!

Me assustei, era Jimin me chamando. -Já vou indo! -Falei, em tom de voz alto. Voltei a olhar pra fora, não estavam mais lá. Olhei pro local com uma cara de dúvida, depois fechei a cortina deixando a janela aberta e fui procurar meu irmão. 

                                                                              [...]

-Tá, então você quer dizer que, você vai pra um puteiro e eu vou ter que dar cobertura pra você dizendo que foi na casa de Taehyung estudar? Foi isso que entendi? -Estava procurando entender o que Jimin disse, enquanto o mesmo se sentava na cama e colocava o tênis.

-Não é bem um puteiro. -Ele disse, terminando de amarrar o tênis. -Relaxa, vou só me divertir um pouco. -Ele sorriu e passou a mão pela minha cabeça. 

-Jimin, você não tem um pingo de juízo nessa sua cabeça sabia? -Protestei. -Se quer transar, porque não chama alguma daquelas meninas que lambem o chão que você passa pra vir aqui em casa? É mais fácil e mais barato. 

-Elas não tem aquele corpão que eu quero. -Ele riu soprado. 

-Corpão que você quer? -Perguntei. 

-Sim. Aqueles peitão, bundão, tudo umas vareta. -Jimin passou por mim. -Se elas fossem assim, como você, talvez eu chamava. Se você não fosse minha irmã... -Ele me olhou de cima a baixo com um olhar malicioso. Revirei os olhos com aquele comentário. 

-Aigo Jimin, olha as coisa que você fala! 

-Tá, tanto faz. Vai ajudar seu irmãozinho? -Ele perguntou, me abraçando. 

-Aigo! Tá bom, mas não vai acostumando com isso, porque eu não concordo em nada. -Falei, sem retribuir o abraço. O mesmo sorriu, pegou o celular e saiu correndo. -Não volta tarde! -Falei alto mas ele me ignorou. Balancei a cabeça negativamente, apaguei a luz de seu quarto e encostei a porta, suspirei, meu pai não havia voltado ainda, eu estava sozinha. Desci as escadas pra ir até a sala, olhei pra porta principal, ela estava aberta. -Omo! Ele não tem a capacidade nem de fechar a porta? -Fui até lá e a fechei. Trancando-a. 

Voltei até a sala, peguei o controle e liguei a TV, deixando em um canal qualquer, peguei o celular e comecei a mexer. Estava vendo algumas publicações do Twitter e vi um que me fez sorrir.

@KimNamjoon: Algumas pessoas esquecem os amigos depois de certos acidentes. (P.M) 

Era indireta pra mim, do meu amigo virtual. Paramos de nos falar depois do acidente, curti o Tweet e respondi 

@ParkMeg: Não impendi ninguém de me chamar no whatsapp, tá liberado <3 

Ele curtiu, segundos depois, recebi uma ligação do whatsapp. Era ele. 

-Tá melhor?

-Não. -Respondi.

-Mas já faz um mês.

-Mas não tô.

-E se eu te dar uma notícia? Ainda vai ficar triste?

-Depende.

-Estou indo pra Seul, vamos nos ver pessoalmente pela primeira vez! 

-O que? -Meu olhos brilhavam e depois de tanto tempo, uma notícia me alegrava

-Sim, estou a caminho, amanhã depois do 12:00 estarei aí.

Namjoon morava em Busan e eu em Seul, nos conhecemos por um grupo, conversamos, e hoje eramos melhores amigos, finalmente eu iria poder ve-lo! 

                                                                       [...]

Acabei adormecendo no sofá, acordei com meu pai me chacoalhando. -Acorda garota, aqui não é lugar de dormir não. -Ele estava completamente bêbado. 

-Pai você bebeu de novo? -Perguntei, incrédula com aquilo. -Você prometeu que não ia mais fazer isso! -O mesmo riu soprado. 

-O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta garota mimada! Agora anda, abaixa aqui e me chupa sua vadia! -Ele puxou minha cabeça me fazendo abaixar. Vi a ereção em sua calça. Puxei minha cabeça pra trás, escapando das mãos dele.

-Não! Me deixa em paz seu louco! -Tentei correr, acabei tropeçando e caindo. O mesmo veio atrás de mim e passou a mão pela minha intimidade, mesmo por cima da roupa. 

-Deve ser apertadinha ainda por cima. -Ele sorriu de lado. Merda! Levantei ainda com dificuldade e saí correndo pro meu quarto, tranquei a porta, escorreguei pela mesma, tampando minha boca pra abafar os barulhos do soluço do choro. Porque ele estava fazendo isso? 

-Você não vai poder se esconder aí pra sempre, vadia. 

Apenas ignorei este comentário e abracei minhas pernas, chorando mais e mais. -Porque eu estou tendo que passar por isso? Porque?! 

                                                                          [...]

Achei melhor não comentar isso com ninguém, muito menos com meu irmão, hoje quando estávamos indo pro colégio, percebi várias marcas em seu pescoço. -Pelo jeito a noite ontem foi boa não é mesmo? -Perguntei, olhando pro seu pescoço. 

-Ahn? -Ele percebeu pra onde eu olhava. -Ata. É, foi ótima. -Ri soprado e não comentei mais nada. -E o papai? Aconteceu alguma coisa entre vocês ontem? Conversaram? Brigaram? -Engoli em seco aquilo, não passou pela minha cabeça que ele iria me perguntar alguma coisa assim.

-Não conversamos nem brigamos. Não vi a hora que ele chegou ontem. -Menti, tentando esconder a alteração na minha voz. Mas não deu muito certo, não sabia mentir..

-Sua voz está alterada, está falando a verdade? -Ele perguntou e eu estava com a respiração rápida e meus olhos arregalados. 

-Estou. -Alterei a voz e fechei os punhos. 

-Está bem. -Olhei pra ele, percebi que ele não havia acreditado, mas não queria causar discussões ali no meio da rua. Assim que chegamos no colégio, eu fui pra sala de aula, sentei na minha carteira e debrucei na mesma escondendo meu rosto enquanto lembrara do que aconteceu ontem. O sinal bateu, levantei a cabeça pra ver se Kay chegava, mas nada. Teria perdido a hora? Talvez. Voltei a esconder meu rosto em meus braços. 

Ouvi a voz do professor, dando "bom dia" aos alunos, levantei a cabeça e o olhei, peguei meu material e deixei que a aula ocorresse, mesmo não prestando atenção em nada, pois o que havia acontecido entre mim e meu pai, não saía da minha cabeça. -Que nojo de você. -Disse pra mim mesma, sobre meu pai. 

                                                                            [...]

Kay havia realmente faltado, deveria ter feito maratona de animes ou alguma coisa do tipo, então no intervalo, fui ao mesmo lugar de ontem, dessa vez, as crianças não estavam jogando, fiquei sozinha no local. Ouvi alguns passos se aproximando, olhei disfarçadamente pra tentar ver se reconhecia. Eram Jungkook e Jin, ignorei a presença deles, apenas tirei um lado do fone sem eles perceberem. 

Se sentaram nos bancos da arquibancada abaixo de mim, um pouco afastados. Percebi que me olhavam as vezes, o que estava me intimidando. Engoli em seco, levantei pra voltar ao colégio, quando estava descendo, um deles me chamou. 

-Ei, garota. -Parei na hora, mas sem olhar pra trás, esperei falarem mais alguma coisa. -Vem aqui. -Fechei os olhos e respirei fundo, me virei e fui até eles. -Passamos a noite com seu irmão ontem. -Olhei surpresa pra eles ao saber disso. -Ele chama bastante atenção das garotas, digamos que ele virou nosso amigo. -Apenas o garoto mais baixo falava, o Jungkook. -Então, esta noite, nossos pais irão viajar, avisa seu irmão que ele está convidado para a festa que daremos. Levaremos algumas putas que nós comemos ontem. -Assenti com a cabeça. 

-Era só isso? -Perguntei baixo, mas em tom suficiente pra que eles ouvissem. 

-Não. - O mais alto de nome Jin se pronunciou. -Você também está. -Arqueei a sobrancelha, em seguida franzi, com um olhar de dúvida. -Você será nossa vadia especial. -Ele se levantou e passou a mão sobre me rosto. 

                                                                            [...]

-Não, eu não vou! -Protestei contra meu irmão que insistia pra que eu fosse.

-Mas eles te chamaram, vamos logo, larga de ser tão fechada, você pode até achar um namorado novo lá. -Ele disse, já criando expectativas.

-Não, eu não vou, muito menos vou arranjar outro namorado. Jimin por favor! -Eu já estava começando a ficar irritada. 

-Aigo. Até a noite eu te convenço. -Ele saiu do meu quarto fechando a porta. Bufei irritada e olhei meu celular. Havia um Sms. 

-Me encontra na praça ao 12:30 em ponto. by: Namjoon.

-12:30 em ponto? -Olhei a hora, eram 12:15. -Merda! -Levantei correndo, coloquei o celular no bolso e saí do quarto, desci as escadas avisando o Jimin. 

-Jimin, estou indo encontrar meu amigo na praça, volto logo. -Coloquei meu casaco enquanto descia o mesmo apenas me observou com um pão de queijo na boca. 

                                                                               [...]

Cheguei até a praça e olhei em volta, procurando por ele, olhei de um lado, não tava, olhei pro outro, também não, olhei a hora, eram 12:31. -Não estou atrasada... -Disse pra mim mesmo. 

-Está sim, 1 minuto. -Uma voz atrás de mim disse, com o susto eu pulei, me virei pra trás e me deparei com Namjoon, bem á minha frente. 

-Namjoon! -Abri um sorriso e o abracei. -Finalmente o nosso primeiro abraço! -Falei, ainda o abraçando.

-Um dia ou outro tinha que sair né? -Ele retribuiu o abraço. -Quer tomar alguma coisa? -Ele perguntou. 

-Você quem sabe. 

-Eu me mudei pra cá agora, não sei de nada. -Ele estava com a vantagem. 

-Aigo! Então vamos na sorveteria aqui perto. -Comecei a andar. 

-Meg? -Ele chamou e eu o olhei. -O que são todos esses hematomas em suas pernas? -Olhei para minhas pernas, estavam roxas. 

-Aaah... eu.. caí, sou bem desajeitada, tô sempre caindo. -Menti pra ele. Minha sorte é que ele não sabia minhas manias pessoalmente, só virtualmente, então não percebeu que eu estava mentindo. 

-E no seu rosto? Caiu de cara no chão é? -Ele viu meu rosto. -E isso não se parece nada com um tombo, são marcas de dedos. -Namjoon analisou o local. 

-É que... -tentei pensar em outra coisa.

-Não minta pra mim. -respirei fundo. 

-Meu pai, me bateu por eu ter tirado nota baixa. Mas só foi por isso, só foi no rosto, o resto foi por eu cair. 

-Nota baixa? Mas suas notas estão ótimas, você me mandou foto do seu boletim. -Ele disse.

-Mas pra ele é baixa. Vamos esquecer isso, sim? -Voltei a andar.

-Se algo estiver acontecendo, me avisa ta bom? 

-Pode deixar, agora vamos! -Segurei no antebraço dele e o puxei, levando ele pra sorveteria.