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História Desafio dos 42 - Anatomia



Notas do Autor


Olha a gente aqui com mais 42... Digo, mais capítulo para vocês!
Não demoramos tanto, demoramos?
Enfim, agradecemos todos os comentários e favoritos que recebemos!

Agora, vamos aos 42 ;**

Capítulo 11 - Anatomia


A visão de Sakura Haruno

Eu estava arrumando o quarto. Havia ligado para a Ino agora a pouco e pedi para que viesse aqui hoje à tarde, ela tinha pedido ajuda com os estudos. Claro que ela ficou puta da vida comigo, por eu ter ligado às seis da manhã de um sábado, mas disse que às três da tarde estaria aqui. Enfim, a Ino odeia desorganização, então para o bem dos meus ouvidos, melhor arrumar.

Já tinha passado uma hora e meia e eu estava exausta. Meu quarto estava realmente um chiqueiro. Deitei em minha cama e assim que me acomodei, ouvi meu celular tocando. Procurei-o com os olhos e um desânimo me apossou.

– Merda... – levantei a contragosto e fui pegar o aparelho que estava do outro lado do quarto. – Alô? – atendi com má vontade.

– Oi, Sakura? – era a voz do Sasuke. Sorri na mesma hora. – Estava ocupada? – ele perguntou receoso. Deve ter percebido meu tom de voz.

– Não! Claro que não! O que foi? Aconteceu algo?

– Não. Digo, sim. Não! – falou meio incerto e riu sem graça. – Er... É que como fizemos nosso primeiro mês de namoro, eu pensei que, talvez, pudéssemos sair para... Comemorar... Sem familiares.

Fiquei mais feliz ainda.

– Ah, eu adoraria! Onde nós vamos? – perguntei curiosa e ele riu.

– Surpresa. – na mesma hora meu rosto se emburrou.

– Na última vez que você disse isso, uma lagosta quase arrancou meu dedo. – falei e posso jurar que ouvi um pigarreio meio sem jeito.

Eu, má? Que nada! Só jogo na cara mesmo.

– Er... Enfim, passo para te pegar às 08h00.

– Tá.

– Não use roupa muito chique. – avisou e fiquei com mais medo ainda de onde ele poderia me levar dessa vez.

– Aham! – concordei. – Beijo, tchau.

– Tchau. – ele encerrou a chamada.

Senhor, acompanhe-me nesse lugar!

...

Já eram quase oito horas. Eu tinha colocado uma roupa bem simples, como Sasuke pediu. Botei um short pink, uma blusa azul floral e sapatilha preta. Eu devo levar um capacete? Hm... Melhor não. Mas seria prudente. Assim que ouvi a buzina já conhecida por mim, peguei minha bolsa e saí do quarto depressa. Desci as escadas, vendo meu pai bisbilhotando pela janela.

– Vai sair? – ele perguntou, sem me olhar.

– Sim, pai. – revirei os olhos. – Não tenho hora para voltar. – aproximei-me da porta e toquei a maçaneta. – Só... – “reze para que eu chegue inteira!" ia completar, mas achei melhor não dizer mais nada. – Tchau.

– Cuidado. – advertiu. – Acho melhor eu ir com vocês. Me espera aqui. – virou-se e foi caminhando até as escadas.

Era só o que me faltava. Saí de casa o mais depressa possível e corri até o carro.

– Aconteceu alguma coisa? – Sasuke perguntou preocupado assim que fechei a porta.

– Sim. Mete o pé na tábua, por favor. – falei olhando para a porta de casa pela janela do carro.

Olhei-o e, pelo seu rosto, soube que tinha entendido o motivo de minha pressa.

– Seu pai? – era uma pergunta retórica.

Suspirei.

– Sempre. Agora ele inventou de ir com a gente. – falei chateada. – Vamos, dirija! – pedi e ele assentiu, dando a partida.

Assim que viramos a primeira esquina, vi meu pai saindo de casa e olhando para os lados, nos procurando. Ele realmente estava falando sério.

– Você não vai mesmo me falar aonde esté me levando?

– Espere chegarmos lá. Só uns 50 minutos de estrada. – ele disse e sorriu. Por que alguma coisa me diz que o percurso não chegará a 50 minutos?

...

Uma fazenda. O lugar que Sasuke me trouxe é uma fazenda. Eu sempre quis ir numa fazenda! Acho que meus olhos estão brilhando. Olhei a hora em meu celular... 42 minutos na estrada. Eu sabia que não seriam 50!

– Amei! – exclamei assim que ele estacionou o carro. Saímos e fiquei olhando ao redor. Eu estava boba. – Esse lugar é enorme! De quem é? – perguntei para Sasuke que sorria de canto.

– É do meu tio Madara. – explicou. – Eu falei com ele pedindo permissão para te trazer aqui. – segurou meu braço, puxando-me para ele e abraçando minha cintura. – Sem Itachi, sem velhinha, sem lagosta, sem pais com histórias constrangedoras... – soltou uma risadinha. Sorri, enlaçando seu pescoço com meus braços.

– Só nós dois? – sussurrei perto de seus lábios.

– Só nós dois... – respondeu colando nossas bocas em um selinho demorado.

Alguém pigarreou, fazendo a gente se separar. Olhamos para a pessoa, vendo um homem de cabelos espetados longos e negros, com olhos igualmente escuros. Ele era muito lindo, devo ressaltar.

– E ele. – Sasuke completou, sorrindo sem graça.

– Sem problemas. – sorri. Esse homem não me cheira a confusão, parece ser na dele, meio bicho do mato. Nada poderá estragar o dia de hoje.

– Então essa é a sua namorada, Sasuke? – o homem perguntou.

– É sim.

– Prazer, meu nome é Sakura Haruno. – estendi a mão.

– Madara Uchiha, o prazer é meu. – sorriu e pegou minha mão, depositando um beijo cálido em meus dedos. Sorri gentil. Que cavalheiro!

– Tio, Sakura e eu vamos pegar uns cavalos. Se importa? – opa, cavalos? Eu nunca andei de cavalos, mas sempre quis.

– Não, não. – Madara respondeu. – Pode pegar o cavalo que quiser. Só não pega o Andaluz branco. – advertiu. – Ele é muito medroso, se espanta com tudo.

– Pode deixar, tio. Vem Sakura. – Sasuke pegou meu pulso e saiu me puxando.

– Até depois, Sr. Madara! – despedi-me olhando para trás e acenando.

...

Chegamos ao estábulo e, nossa, tinha vários cavalos lindos e bem cuidados. Olhei atentamente para cada um, estavam comendo. Cavalos são altos, eu sou baixinha, nunca andei em um, nunca nem tinha visto de tão perto, sem falar que eu sou um desastre ambulante... É, acho que não sairei daqui inteira. Olhei para Sasuke que vinha trazendo um branquinho... Espera. Eu não conhecia nada de raças de cavalo, mas, sendo o único dessa cor, achei suspeito.

– Sasuke... Esse é o tal Andaluz? – perguntei enquanto o via pôr a sela no animal.

– É sim.

– O Sr. Madara disse que não era para a gente pegar ele. – adverti.

– Os outros estão comendo. – Sasuke explicou. – Mas relaxa. A fazenda é muito quieta, ele não vai se assustar.

– Por que tá falando isso pra mim? – estreitei os olhos.

– Você que vai montar nele, ué. – Sasuke disse como se fosse óbvio. Arregalei os olhos.

– O que? Nem sambando descalça em brasa, meu amor! – cruzei os braços.

– Qual é, Sakura! – Sasuke bufou. – Não vai acontecer nada. Vem, eu te ajudo a montar. – estendeu a mão e eu, com muita dor no coração e depois de pensar muito, aceitei.

Olha só, sobrevivi ao primeiro desastre, não cai na hora de subir no bicho. Depois de me ajudar, ele foi me ensinar as coisas básicas da cavalgada.

– Você já andou de cavalo? – perguntou e eu neguei com a cabeça. Estava até arrepiada de tanto nervosismo. – É bem simples. Põe os pés nos estribos. – arqueei a sobrancelha para ele. Ele pensa que, por eu ser a primeira da turma, sei algo sobre cavalgar? – Aqui. – ele apontou para os estribos e eu obedeci. – Pega a rédea assim. – ele segurou a cordinha num lugar específico e eu coloquei minhas mãos sobre as suas. – Certo. Não deixa nem folgado demais e nem curto demais. Para andar, ou manda beijos ou bate de leve as pernas na barriga do cavalo. Entendeu? – assenti. – Ótimo. Para fazer o cavalo parar, é só puxar a rédea. Para fazer ele virar, puxa para o lado que você quer ir. Fácil, não?

– Sim. – minha voz saiu meio falha. – E se ele endoidar?

– Como? – ele me olhou.

– E se o cavalo disparar? – perguntei com a voz trêmula.

– Isso não vai acontecer. – Sasuke falou se distanciando e montando em um Frísio preto, a única raça que eu conhecia porque, em uma madrugada tediosa, acabei colocando no canal de leilão na hora em que um igualzinho estava desfilando. – Mas, em todo caso, segure firme a rédea, não tire os pés dos estribos e tente não sair da sela. Imagine-se em um rodeio. Se cair do lombo do animal, você perde.

– Tá bom. – espero não perder.

– Vamos andando. É complicado correr na primeira vez. – falou e começou a andar com seu cavalo.

...

– Sasuke, vai mais devagar! - Reclamei tentando acompanhar o cavalo em que Sasuke está montado.

– Sakura, se o Manda for mais devagar, ele para. – falou depois de um suspiro.

– Quem?

– Manda, o meu cavalo. – deu dois tapinhas no dorso do equino.

– Ah... – entendi. – Qual o nome desse? – perguntei referindo-me ao cavalo em que estou montada.

– Não sei, ele é novo. – deu de ombros, parando e deixando eu ficar ao seu lado para poder voltar a andar.

– Que tal... Pumba? – perguntei, sempre coloco nome de personagens de O Rei Leão. Alisei o cavalo. – Eu acho que já peguei o jeito da coisa. Vamos mais rápido? – pedi e ele me olhou receoso.

– Não sei não... – falou.

– Ah, qual é, Sasuke! Trotando, pelo menos. – apelei para os meus lindos olhinhos verdes. Desde criança ouço dizerem que minha carinha pidona é irresistível.

Ele desviou o olhar, bufou e fez o cavalo trotar, aceitando meu pedido. Sorri vitoriosa, batendo levemente com as pernas na barriga do Andaluz, que acompanhou o ritmo do outro.

Não me perguntem, eu não sei como aconteceu, nem vi direito como começou, só sei que bem no caminho do meu cavalo havia uma coruja. Só que eu apenas fui perceber da existência dela quando ela piou. E tipo assim, foi o piado digno de rasga-mortalha. Deve ter ficado assustada com os cavalos se aproximando... a maluca abriu o berreiro, abrindo as asas e dando dois pulinhos pra frente, como se estivesse ameaçando atacar. Aconteceu tudo bem rápido, o Andaluz empinou e logo em seguida disparou comigo em cima.

Eu gritei enquanto o cavalo se distanciava do de Sasuke.

– Sakura! - ouvi seu grito preocupado e os cascos de seu cavalo aumentando o ritmo das passadas.

Eu sabia que ia dar merda montar em um cavalo medroso! Por que essas coisas só acontecem comigo? Eu continuava berrando e vez ou outra ouvia Sasuke gritando um "se segure!". Ah, claro! Como se eu fosse propositalmente me soltar para dar de cara no chão e ser pisoteada. Agarrei as rédeas com firmeza e não tirei os pés dos estribos. O que realmente fodia com tudo era a sela. A cada solavanco do cavalo correndo, eu pulava acho que uns 42cm. Eu já estava ficando toda torta. Minha bunda já estava parando na barriga do cavalo e, quando percebi que eu estava quase ficando de cabeça para baixo, me soltei antes que eu começasse a bater minha cabeça no chão e ter a cara levando as joelhadas do animal. Sabia que devia ter trazido um capacete!

Por sorte a grama era um pouco macia. Visualizei o Andaluz correr para longe, antes do Frísio aparecer na minha frente.

– Sakura, tudo bem? – Sasuke perguntou descendo do cavalo. – Meu Deus, se você se machucou eu não vou me perdoar. – ajudou-me a sentar no chão. – Eu que deveria ter montado no Andaluz. Você ainda é iniciante. – lamentou sua burrice. – Tudo bem? Se machucou? Quebrou alguma coisa?

Sabe quando eu disse que nada poderia estragar o dia de hoje? Pois é, eu estava errada. Até porque é super normal uma coruja amedrontar o cavalo medroso no qual você está montada. Sintam a ironia.

– E-eu estou bem. – levantei-me com sua ajuda. – Não fiquei com nada mais do que alguns arranhões. – tentei sorrir como se nada tivesse acontecido. Depois que me levantei e de ter recebido um check-up do Sasuke, o infeliz ainda teve a coragem de rir de mim. Sim! Ele simplesmente gargalhou.

– Caramba, como você é azarada...!

– Ha ha! Engraçadinho! – emburrei. Tomara que venha mil vezes pior pra ele.

– Vamos comer alguma coisa, tem um café da manhã esperando a gente. – ele falou depois de se recuperar das gargalhadas.

Por que ele não me levou antes para comer? Por que ele me mandou montar em um cavalo medroso? Cada uma tem o namorado que merece.

...

Depois de tomarmos o maravilhoso café da manhã, numa mesa super farta, embaixo de um pergolado perto de um lago, Sasuke e eu fomos, é... Dar uns amassos nas sombras de uma árvore.

– Ah! – suspirei ao sentir sua mão boba apertar minha coxa esquerda. Seus lábios prensaram os meus em um selinho duradouro e logo encaixamos nossas bocas para algo mais profundo. Enlacei meus braços em seu pescoço, puxando alguns fios de cabelo. Ele passou suas mãos sobre meus seios, por cima da blusa, levando-as até meus ombros, onde agarrou forte e me empurrou contra o tronco da árvore, me arrancando um arfar.

Abri meus olhos assim que nos separamos, e foi bem a tempo de ver uma colmeia cair bem na cabeça do Sasuke. Cara, acertou na mosca! Foi como se as abelhas tivessem mudado a posição da colmeia para cair bem na cabeça do moreno. Mas como não vimos aquela colmeia antes? Ah, é. Estávamos ocupados demais para prestar atenção em alguma coisa. Espirrou uma gosma na minha cara, acho que era mel.

Minha nossa... quando eu desejei que a vingança viesse mil vezes pior para o Sasuke, eu não esperava que fosse tão literalmente assim. E que de preferência eu não estivesse perto... Arregalei os olhos quando vi a quantidade de abelhas saindo daquele troço que antes foi a casa delas. Sasuke estava estático.

Do jeito que o Universo não gosta nem um pouquinho de mim, não duvidaria ali ter 1.042 abelhas.

– Meu Pai... Amado. – sussurrei engolindo em seco.

– E-eu sou alérgico a picada de abelha. – O coitadinho parecia apavorado.

Ele olhou para os lados, procurando uma saída. De repente me puxou e começou a correr, me arrastando com ele. Ah, poxa vida... pensei desgostosa quando vi para onde ele estava me levando. Bem, Sasuke teve a brilhante ideia de entrar no lago, o que me deixou meio apreensiva, uma vez que não sei nadar, sei apenas afundar com estilo. O lago era lindo, tinha a água bem clara, mas parecia ser um pouco fundo. Ótimo...

Como dizer para meu namorado que tenho medo de água? E vai que uma cobra de uns 42 cm resolva me atacar. E não, não estou falando da cobra que Sasuke carrega no meio das pernas, já sei que ele não tem 42 cm, ele é um ser humano normal. E pior, como dizer isso enquanto corremos de abelhas?

Antes que eu terminasse de pensar em como me livrar do lago e das abelhas, Sasuke pulou comigo junto. Me agarrei fortemente nele. Eu não sei nadar, essa porra é funda, eu vou morrer!

Voltamos para a superfície e parece que as abelhas se foram. Ótimo, minha morte vai ter valido a pena, Sasuke está a salvo.

– Vamos aproveitar para tomar banho. – ele falou.

– Vamos... Vamos sim – sorri meio sem jeito, tentando pensar numa desculpa para sair. – Minha roupa tá toda molhada, melhor a gente ir secar.

– Não tem problema, é só tirar. – Sasuke falou normalmente enquanto tirava a camisa, franzindo as sobrancelhas por um momento antes de jogá-la sobre a grama da margem.

Ok, relaxa... Ah, como meu namorado tem um corpo perfeito... Meu sutiã é preto, então não tem problema algum em tirar a blusa, mas Sasuke iria me ver... E se ele reparasse? Ah, sei lá, não sou a rainha das curvas como a Ino, por exemplo.

– Tudo bem. – falei toda sem graça e retirei minha blusa azul floral, jogando-a ao lado da de Sasuke. Agradeci mentalmente por ter colocado um short pink e não branco.

Fiquei grudada com ele o tempo todo, foi até bom para tirar uma casquinha, mas eu estava apavorada.

– O que foi, Sakura? – ele indagou preocupado ao ver minha cara de pânico.

– Alguma coisa passou no meu pé... – eu nem piscava, estava apavorada demais pra fazer qualquer coisa que não fosse pensar em qual seria a espécie do bicho que se esgueirava pelas águas.

– Sakura. – ele começou a rir. – É só uma plantinha. Fica tranquila, tá?

Com Sasuke eu me sentia mais segura, até mergulhamos juntos. Estava tudo lindo e parecia cena de filme, mas a vida não é um mar de rosas... E por falar em rosa, eu retoquei a cor do meu cabelo ontem, antes de ir para o jantar em família, e só agora percebi que a água estava colorida. Claro que somente a água que escorria do meu cabelo, manchando meus ombros e o peito de Sasuke, uma vez que estávamos abraçados.

– Ah, droga! – berrei ao ver as manchas de tinta. – Eu não devia ter comprado dessa marca!

– Sakura, isso acontece toda vez que você toma banho? – Sasuke indagou confuso enquanto olhava para sua pele que havia manchado de tinta rosa. – Isso aqui demora para sair?

– Isso nunca tinha acontecido. – olhei para as pontas dos meus cabelos que estavam molhadas, pingando tinta rosa. – Fui comprar a tinta ontem e não tinha da marca que eu costumo usar, acabei levando outra e aconteceu isso...

– Demora para sair? – Sasuke pareceu espantado. Por mais que eu pinte o cabelo de rosa claro, a tinta é escura e, quando desbota, parece que é pink e não rosa claro.

– Olha... – fiquei toda desconcertada, como eu ia explicar isso pra ele? – Uma vez eu fui passar a tinta sem luva e demorou uns três dias pra sair... – sorri toda sem graça.

– Não estou nem aí para a pele, isso sai da roupa? – ele perguntou alarmado, então foi por isso que ele olhou daquele jeito para a camisa.

– Manchei uma blusa minha uma vez e não saiu totalmente. Acho que isso é um sinal de que eu devo deixar meus cabelos naturais. – falei sem graça.

– Não! prefiro você assim do que loira. – Sasuke falou.

...

A visão de Sasuke Uchiha

Eu não pretendia entrar no lago, mas as abelhas não nos deram outra opção. Me molhei e ainda manchei minha camisa de rosa. Droga, eu ainda vesti uma preta, mas depois pensei "Não, vai fazer calor e eu vou cozinhar nessa camisa preta.", maldita hora que eu vesti a branca. E o pior, meus pais ainda não foram embora, essa camisa foi presente da mamãe no meu último aniversário, ou seja, se eu chegar em casa com a camisa manchada, mamãe vai ficar mais brava do que a vovó quando eu pintei o pôster do Elvis Presley que tinha no quarto dela.

Tomara que tenha Venish lá em casa, ou então essa mancha vai ser tirada com o meu nariz.

– O que tem contra loiras? – Sakura perguntou.

– São inconvenientes. – respondi.

– O que? – ela gritou.

E finalmente eu me toquei o que tinha falado. Eu tinha insultado a minha própria namorada. Ela é loira naturalmente, assim como a mãe dela, a melhor amiga dela, outra amiga dela e a madrinha dela. Me ferrei! Ela vai me torturar com o bisturi!

– Concordo em partes, a Porca e o baka do seu amigo... Ah, e a vadia da Shion... Eles são inconvenientes. – ela me socou. E não pensem que só por ela ser minha namorada ela me bateria fraco. Ela tem uma força que, olha, não queiram experimentar. – Mas não generalize, seu imbecil! Minha mãe é a melhor sogra que você poderá encontrar. Minha madrinha é uma mulher incrível, sorte a sua, por madrinha Tsunade não ter te ouvido. A Temari é ajuizada, ela quem cuida dos irmãos. E eu? Eu sou sua namorada! Traste, chato, egoísta e orgulhoso! – ela gritava e me batia.

– Desculpa... Eu só falei da Porca, do Naruto e da Shion... Eu não generalizei. – falei na defensiva.

– Generalizou, idiota. – ela falou irritada. – Agora, será que podemos sair daqui? Vamos pegar um resfriado. E a minha amiga loira inconveniente vai lá em casa hoje à tarde.

Ótimo, estraguei o dia. Parabéns, Sasuke, você insultou as pessoas que sua namorada mais gosta! Será que ela é capaz de me deixar por causa disso? Ai, meu Deus! Preciso fazer algo de bom pra compensar.

Saímos do lago e ela pegou a blusa no chão.

– Vamos nos trocar para podermos ir... Você trouxe outra roupa? – perguntei.

– Sim! – ela ainda estava irritada.

– E, seque o cabelo, por favor. – falei e ela me lançou um olhar mortal.

Tomara que não tenha bisturi na bolsa dela.

...

A visão de Sakura Haruno

Após ter tomado um belo banho no lago -ou talvez não tão belo- estávamos encharcados e com muito, mas muito frio. Por sorte eu tinha levado outra roupa na bolsa, sim, pois Sasuke disse "Não vá com uma roupa muito chique", mas, sinceramente eu não sei qual é o conceito de "chique" na cabeça de Sasuke, por isso levei outra roupa mais fechada, pro caso do ambiente exigir, uma vez que meu namorado não falou pra onde me levaria.

Fui para o banheiro, ainda irritada com o Sasuke por ele ter me insultado, com minhas bolsas onde estavam minhas roupas secas -uma calça jeans verde e uma blusa creme meio decotada com alguns detalhes nas costas- e fui me trocar.

Estava tudo ótimo até então, mas, quando a criatura aqui estava só de calcinha, um bicho medonho, horrível, nojento, repugnante e extremamente nocivo apareceu perto do vaso. Comecei a gritar feito doida e corri para o quarto, subindo rapidamente na cama. O instinto de namorado protetor foi ativado em Sasuke. O moreno arrombou a porta do quarto e eu rapidamente cobri meus seios com um travesseiro.

– Argh! Aqui aparece cobra de vez em quando... Onde está? – Sasuke perguntou desesperado, ele estava usando somente uma calça jeans, que estava seca.

De onde estava dava para ver o Sasuke olhando para os lados dentro do banheiro.

– Cobra? Quem dera fosse uma cobra! – gritei apavorada.

– O que é, então? – Sasuke perguntou confuso. Será que é cego e não via o maldito anfíbio ali, bem na frente dele?

– Uma rã! – berrei.

Ele me encarou com uma sobrancelha erguida.

– Esse alarde todo foi por uma rã? – o olhei irritada e ele voltou a olhar dentro do banheiro. – Não tô vendo. – é cego, só pode!

– Perto do vaso. – falei. Sasuke olhou lá e riu da minha cara. Como ousa?

– Sakura, é uma criatura minúscula! – ele riu. Minha vontade era de socá-lo.

– Tira daí! – implorei.

Ainda rindo de mim, Sasuke pegou um pouco de papel higiênico e segurou aquela coisa com a mão para jogá-la bem longe de mim.

Sasuke abriu a janela do quarto para mandar aquele monstro pra puta que pariu, enquanto isso eu aproveitei para voltar ao banheiro, um pouco trêmula. Se fosse uma cobra seria melhor. Foi quando me toquei que Sasuke tinha me visto seminua, minhas bochechas até arderam.

– Tá viva? – o moreno bateu na porta do banheiro e eu revirei os olhos. Ele me paga!

– Viva e vestida, pode abrir.

Sasuke abriu a porta, eu estava terminando de arrumar meus cabelos. O Uchiha, já de camisa, me abraçou por trás, entrelaçando os braços em minha cintura enquanto beijava meu pescoço.

– Medrosa! – ele falou com a boca encostada em minha pele, o que fez sua voz sair abafada. Me arrepiei toda, mas era uma hora excelente para uma vingança.

– Aquilo é uma barata? – perguntei.

– Onde? – Sasuke berrou em pânico e me largou de maneira que eu quase caí no chão, tive que me controlar pra não fazer xixi na roupa de tanto rir. – Sakura, cadê a barata? – o medroso já tinha corrido pra fora do banheiro e eu estava lá, me contorcendo de rir.

– Não tem barata, Sasuke! Desculpa, eu só queria te dar um sustinho. – falei entre risos.

– Sustinho? – ele berrou. – Quase me matou do coração... E não, não é medo, é apenas nojo.

– Sei... – me aproximei dele e dei um selinho.

Não estou mais irritada, afinal ele foi um herói. Tenho azar em tudo, mas no amor eu me dei bem, Sasuke é perfeito!

...

Bem, depois de mais 42 minutos na estrada, finalmente chegamos em minha casa e convidei o Sasuke para entrar.

– Pra onde vocês pensam que vão? – meu pai perguntou, girando a cabeça em quase 180° na direção da escada.

Sasuke e eu tínhamos acabado de chegar da fazenda e estávamos indo para o meu quarto. Aproveitamos para ir de fininho já que meu pai estava "concentrado" vendo televisão. Mas parece que não deu muito certo.

– Er... – fiquei pensando em uma desculpa razoável para dar. – Precisamos fazer... – estreitei os olhos, como se isso fosse fazer uma desculpa surgir em minha mente. – Um trabalho da faculdade! – exclamei convincente assim que a ideia brilhou na minha cabeça.

– Sobre...? – ele perguntou desconfiado.

Ah, qual é? Sasuke tem cara de bom moço, por que ele é tão desconfiado?

– Anatomia! – Sasuke respondeu imediatamente e eu dei um pisão em seu pé. Meu pai era um pouco avoado com informações. Pode interpretar errado... – Ai! – ele reclamou de dor e o olhei mortalmente, fazendo-o engolir em seco.

– Anatomia, é? – papai perguntou retoricamente e depois deu de ombros. – Tudo bem, então. Podem ir. - Voltou a olhar para a televisão. Suspirei aliviada. Ele não pensou merda. – Mas bem que poderiam ter voltado um pouquinho mais cedo. – falou sem nos olhar. – Sabem que horas são? – não respondi. – 13h42min. – respondeu e eu suspirei em desgosto. Por que será que não estou surpresa? Ouvi Sasuke soltar uma risada e bufei. Esse número vai me perseguir pelo resto da vida. Espero que não passe para meus filhos. Já pensou em uma geração amaldiçoada pelos 42? Deus me livre e guarde!

– Vamos Sasuke. – fui subindo as escadas, sendo acompanhada por ele.

Entramos em meu quarto e assim que me virei de costas para trancar a porta, senti Sasuke rodeando minha cintura com seus braços, me abraçando por trás e bufando em meu pescoço. Senti todos os meus pelos do corpo se arrepiando naquele momento. Quando digo todos, é todos mesmo. Não duvido que alguns fios de meu cabelo tenham ficado em pé.

– Sasuke... – suspirei seu nome, abraçando seus braços e fechando os olhos. Virei-me de frente para ele e dei um beijo gentil em seus lábios, me soltando e indo sentar-me em minha cama. Fiquei mega constrangida quando ele sentou ao meu lado e o silêncio se instaurou. Ia começar a cantarolar a música Shake the Ass do Bonde da Stronda, mas me impedi assim que soltei o primeiro barulho do ritmo, lembrando que a letra só iria fazer o constrangimento aumentar.

– Então... – Sasuke pigarreou quebrando o silêncio. – Hoje não foi um dia tão perfeito assim. Desculpe... – abaixou a cabeça como se estivesse se recriminando.

Eu ri lembrando dos acontecimentos desastrosos de hoje.

– Não precisa se desculpar. – segurei suas mãos. – Até que hoje foi bem divertido. – ele deu um sorriso de canto. – Pelo menos temos várias histórias para contar aos nossos filhos. – sorri divertida e, assim que ele levantou a cabeça num rompante, me olhando de olhos arregalados, eu tampei minha boca com as mãos, me dando conta do que eu havia dito. – D-digo... – gaguejei tentando consertar a cagada que fiz. Senti meu rosto todo queimar, principalmente as bochechas. Fiquei toda sem jeito e abaixei a cabeça.

Sasuke riu, levantando meu queixo com o dedo indicador, fazendo-me perder-me no mar negro que eram seus olhos brilhantes.

– Você fica tão linda corada. – sorriu tímido e foi aproximando seu rosto do meu. Inconscientemente eu umedeci os lábios, entreabrindo-os. – Eu ainda mal posso acreditar que você é minha... Só minha... – por fim ele juntou nossas bocas num beijo cheio de amor. Aquele simples gesto encheu meu peito de alegria. Respirei fundo, segurando seu rosto entre minhas mãos e aprofundando o beijo.

Ele apoiou uma das mãos no colchão, enquanto ia me deitando na cama, sem descolar nossos lábios. Assim que senti o colchão em minhas costas, nos separamos. Foi apenas um selinho, mas que significou muito. Ele ajeitou minhas pernas na cama, gentilmente, para que eu ficasse em uma posição confortável. Sentou-se mais perto e com uma de suas mãos, foi passando os dedos levemente pelo meu rosto. Primeiro a testa, depois as sobrancelhas, contornou os olhos e o nariz, e por fim, seu indicador parou em meu lábio inferior, puxando-o levemente para baixo. Novamente aproximou seu rosto do meu. Entreabriu a boca levemente e prendeu meu lábio inferior entre seus dentes. Tudo na mais simples calma e delicadeza. Puxou-o um pouco com os dentes e por fim, o encaixou entre seus lábios, chupando-o gentilmente.

Seus olhos estavam fixos nos meus. Nenhum de nós dois fazíamos questão de cortar o contato visual. Tentei ser mais ousada e passei, receosa, uma de minhas mãos em sua costa. Senti o colchão afundando e vi Sasuke subir na cama e passar devagar um joelho para cada lado de meu corpo. Ouvi o barulho de seus sapatos caindo no chão e nos afastamos. Dava para perceber pelo seu olhar, suas bochechas coradas e pelos atos delicados, o quão tímido ele estava. Comigo era a mesma coisa. Desviei o olhar para minha mão que ainda estava em um lado de seu rosto e a abaixei lentamente. Ele pigarreou, com o rosto em brasa, e fez menção de sair.

– Espera... – murmurei baixinho, o impedindo de se mexer. Levei minha mão trêmula até o criado-mudo e abri a gaveta. Vasculhei sem olhar e, de lá, tirei o que procurava. Mostrei para ele o pacote de camisinha. Eu tremia demais e esperava fielmente que não fosse uma camisinha que brilha ou uma extra grande. Seria o fim. Me sentiria transando com uma cobra trocando de pele. – P-pega. – gaguejei, esperando que ele pegasse aquele pacote.

Sasuke corou mais ainda e pegou aquilo.

– Tem certeza? – perguntou receoso.

– Sim. – minha voz quase sumia de tanta vergonha. Ai, se a Ino me visse aqui e agora, ela diria que eu estaria muito broxante. Espero que Sasuke não pense a mesma coisa...

Ele levou sua mão direita até meu rosto e colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.

– Como quiser, princesa. – deu um beijo em minha testa e deixou o pacote de lado, levando suas mãos até a barra de minha blusa.

Fechei os olhos, sentindo aquelas mãos encostarem levemente em minha pele, enquanto levantavam minha roupa. Parou assim que chegou abaixo dos seios e eu, ainda de olhos fechados, assenti com a cabeça, permitindo que ele prosseguisse. E assim o fez. Ajudei-o a terminar de tirar a blusa, e abri os olhos, vendo-a cair no chão ao lado da cama. Eu me esforçava ao máximo para não ceder ao reflexo de cobrir meus seios com os braços, apesar de estarem tampados pelo sutiã.

Vendo que Sasuke estava encabulado demais para tirar aquela última peça de cima, eu criei coragem e peguei em suas mãos igualmente trêmulas. Suspirei, colocando-as sobre meus peitos. Eles couberam perfeitamente nas mãos de Sasuke. Era como se tivessem sido feitos para elas. Olhei nos olhos negros, esperando que ele fizesse o que eu queria. E ele pareceu ter entendido ao olhar para meus olhos suplicantes. Mexeu seus dedos, fechando suas mãos em um aperto gostoso. Gemi baixinho e tímida, jogando um pouco a cabeça para trás. Logo em seguida, seus dedos caminharam até o feche que ficava na frente, abrindo o sutiã, deixando meus seios com os bicos já enrijecidos, à mostra. Ajudei-o novamente a terminar de tirar aquela peça íntima e vi-a parando em cima do abajur.

– Sasuke... – sussurrei seu nome em um pedido mudo e ele pareceu entender.

Levou, devagar e meio receoso, seus lábios até meu seio esquerdo, prendendo o bico do meu peito com as carnes macias de sua boca. Senti sua língua passar tímida por aquela extensão e gemi, sentindo um mínimo prazer. Sua mão, agora mais ousada, passeou por minha barriga e parou em meu outro seio, apertando-o um pouco mais forte dessa vez, enquanto sentia sua boca chupando o seio o qual estava abocanhando. Levei minhas mãos até seus cabelos, afundando meus dedos naqueles fios negros e tão macios.

Senti sua língua percorrendo aquela parte, até para em minha clavícula, onde deu uma pequena mordida e chupou em seguida. Suspirei. Esse homem me deixa louca com apenas esse simples gesto.

Suas mãos foram até o feche de minha calça jeans, e eu senti minha intimidade estremecer quando ele abriu o zíper e deu uma pegada ousada ali. Agarrou firme o cós da calça e, em um puxão forte, fez a calça e a calcinha descerem, juntas, até a metade de minha coxa.

Acelerei um pouco a respiração, fechando os olhos. O desejo estava me consumindo e, pela ereção que eu estava sentindo próxima a minha virilha, sabia que ele queria tanto quanto eu. Remexi meu quadril sensualmente, em um pedido mudo para que ele terminasse de tirar o resto de minhas roupas. Senti seus pés cobertos por meias tirando as sapatilhas dos meus e ouvi o barulho delas caindo ao chão. Levantei um pouco o quadril da cama, permitindo que ele terminasse de tirar a calça jeans apertada. Se eu soubesse que transaríamos hoje, teria colocado uma saia ou um short, pelo menos.

Suspirei aliviada ao sentir meu corpo nu e livre da peça pesada de roupa. Um dos motivos pelo qual odeio calça jeans. Olhei para seu rosto e sorri.

– Não é justo... Apenas eu ficar sem roupa. – sentia minha garganta seca.

Ele ousou um sorriso safado.

– Também acho. – falou com a voz rouca pelo desejo de me possuir. Não posso negar que queria muito que ele fizesse isso.

Fiquei olhando para aquele peitoral perfeito assim que ele se livrou da camisa. Não pude conter morder o lábio inferior. Infelizmente ele viu e sorriu de canto. Estávamos, aos poucos, deixando a vergonha de lado. Até nossos rostos não estavam mais tão vermelhos.

Assim que faltou tirar a única peça de roupa daquele corpo esculpido pelos anjos, pude ver aquela ereção. E, uou! Não tem 42 cm, mas é bem dotado. Estou me sentindo uma tarada. Se minhas amigas souberem disso aposto que irão me chamar de “Sakura Quebra Barraco”, porque, nossa! Essa armação que se formou com a cueca box do Sasuke é de tirar o fôlego.

Acho que fiquei encarando o Sasuke Jr. -nem tão Júnior assim- por bastante tempo, já que fui tirada do transe por uma risada sem graça do Sasuke.

Levei minhas mãos safadas até o cós da cueca e puxei. Sinto muito, mas eu queria muito ver como o Jr. era. Arfei e, por um momento, agradeci por Ino ter comprado a Hipoglós.

Fiquei um pouco vermelha, e pude ver que Sasuke também ficou. Devo fazer oral? Não... Acho que ainda é muito cedo para a primeira transa. Por que tenho quase certeza de que a Ino vai me matar, quando souber que suas aulas não foram utilizadas na minha primeira vez, como ela queria? Mas, dane-se. Sou eu que tô transando, então eu que escolho o que faço ou não.

Senti um arrepio e um gostoso frio na barriga. Sasuke me olhou dos pés à cabeça, fazendo-me corar. Mas, mesmo que estivesse queimando de vergonha, confio no Sasuke o suficiente para compartilhar um momento tão íntimo com ele.

O moreno distribuiu beijos pela minha barriga, me fazendo rir. Sim, sinto cócegas. Mas Sasuke me surpreendeu ao abrir gentilmente as minhas pernas, ele estava sendo muito cuidadoso e carinhoso comigo, quando me dei conta ele já estava fazendo um delicioso e maravilhoso sexo oral, parecia ser muito bom nisso. Não que eu já tenha experimentado outro sexo oral, mas aquele estava sendo perfeito.

Revirei meus olhos e gemi baixinho. Uma sensação diferente e gostosa correu pelo meu corpo enquanto ele passava sua língua quente e macia pelo meu clitóris, me estimulando perfeitamente. Sei que a intenção de Sasuke é me deixar relaxada e lubrificada, e está funcionando. Meu corpo parecia leve, como uma folha jogada ao vento, uma experiência completamente nova.

Lancei um olhar de desaprovação quando ele parou. Poxa, estava bom. Sasuke riu e voltou a chupar meus seios, mas não parou com seus estímulos. Dessa vez, levou seus dedos até a minha intimidade, que já se encontrava molhada, me proporcionando mais uma sensação gostosa e diferente. É como dizem, homem já nasce sabendo fazer essas coisas.

Fiquei um pouco tensa, afinal, queria dar prazer para ele. Mas, ao contrário de Sasuke que estava me estimulando maravilhosamente, eu mal sabia o que fazer com as mãos, fiquei com medo de ousar alguma coisa e acabar lhe proporcionando uma sensação desagradável.

– Relaxa... – Sasuke sussurrou no meu ouvido após beijar meu pescoço de todas as formas possíveis.

É, ele percebeu que eu estava tensa. Mas, realmente, o que eu precisava era relaxar. Poxa, é minha primeira vez e eu não posso me cobrar tanto, o correto a fazer é curtir o momento e deixar que a natureza faça seu trabalho.

Soltei um suspiro alto ao sentir ser penetrada por dois dedos, acho que Sasuke estava me preparando para algo maior que viria... Se é que entendem... A sensação não era ruim, não doeu, foi apenas... diferente. Senti um incômodo quando ele me penetrou mais fundo, ainda com os dedos, e resmunguei baixinho, acho que Sasuke nem ouviu, já que estava ocupado demais dando um tratamento especial para os meus seios.

Sasuke pegou o pacote de preservativo e o abriu. Para minha sorte, era um normal. Em todos os aspectos.

Ficou olhando meio confuso para a camisinha, e meio desajeitadamente colocou em seu "amiguinho". Segurei o riso para não deixá-lo desconfortável. Pelo menos deu certo.

– Er... Tem certeza disso? – perguntou.

– Sim. – falei convicta. – Eu quero. – sorri e ele retribuiu, tentando me acalmar e se acalmar também. Posicionou-se entre minhas pernas e eu as abri o suficiente.

Arfei quando senti a cabeça do Júnior querendo entrar. Apertei firme os lençóis da cama, enquanto sentia a dor de ter algo entrando em mim.

– Ah! – abri a boca e soltei um grito de dor, que foi prontamente abafado pelos lábios do Sasuke pousados nos meus.

– Shhhh... – sussurrou contra minha boca. Pude ver que ele também fazia uma careta de dor, e resmungou algo como "Apertada...". Isso não ajudou nenhum pouco a manter meu rosto com a cor normal. – Não... Não esqueça do seu pai... Lá embaixo. – lembrou e eu assenti, sentindo meus olhos lacrimejarem. Mas eu não iria chorar. De forma alguma! Estava doendo? E muito! Mas não iria chorar.

Ficamos nos acostumando com a sensação nova que estávamos tendo, e quando senti que a dor já havia passado razoavelmente, me mexi um pouco, para ele saber que podia fazer a sua parte.

Sasuke começou os primeiros movimentos. Vez ou outra fechava um olho em dor. Tadinho, quando acabar deve ficar todo esfolado. Ele fazia movimentos lentos, afinal ainda estava um pouco desconfortável.

Joguei a cabeça para trás e arqueei a costa, sentindo o prazer começar a me dominar.

– Sasuke... – gemi seu nome, sentindo a velocidade aumentar.

– Argh, Sakura... – ele gemeu baixinho em meu ouvido. Fiquei até arrepiada.

Levei minhas mãos para as suas costas, arranhando de leve. Senti ele ficar arrepiado e sorri satisfeita entre os solavancos. Rezava mentalmente para meu pai não ouvir nossos gemidos, mas ele deve estar ocupado com a televisão nas alturas.

Sasuke levantou minha perna direita, prendendo-a em seu quadril, para facilitar as estocadas.

O barulho dos nossos corpos suados se tocando era como música para meus ouvidos. Os gemidos de Sasuke eram como a canção mais doce e excitante ao mesmo tempo. Eu não queria que esse momento acabasse nunca, mas, infelizmente, senti-me estremecer e logo meu líquido saiu quando cheguei ao ápice. Pouco tempo depois, Sasuke saiu por completo de dentro de mim e deu uma forte e funda estocada, finalizando aquela transa. Caiu ao meu lado na cama, e vi ele tirar a camisinha, suja de gozo e um pouco de sangue, e jogar no chão perto da cama.

Para mim isso não foi apenas sexo. Foi o nosso amor se fortificando. Eu confio no Sasuke, e realmente espero que ele tenha ao menos chegado a sentir o mesmo que eu. Ou pelo menos alguma coisa próxima. E... Ai meu Deus! Como estou sendo careta.

Sasuke me abraçou, puxando-me para ele. Arfei quando senti seus lábios em meu pescoço.

– Você é tão cheirosa. – ele murmurou com a voz rouca. Puxei seus cabelos e pendi minha cabeça um pouco para o lado, para deixar a pele de meu pescoço livre para ele.

Estava me deliciando com a sensação de seus beijos, de suas lambidas e mordidas sexys, quando de repente ouço uma voz baixinha, irritada e abafada:

– Humpf! Sakura me chama para vir aqui e tranca a porta do quarto? Se ela acha que isso vai me impedir de entrar, está muito enganada.

– Você ouviu isso? – sussurrei nervosa no ouvido de Sasuke.

– O que? – ele acariciou minha pele do pescoço com seu nariz. Depois passou a acariciar a minha mandíbula e por fim deu um selinho em meus lábios. – Não ouvi nada.

Suspirei quando senti sua mão boba passeando por minha cintura.

– Sasuke, sossega o facho, nós acabamos de transar. – murmurei em seu ouvido e vi ele se arrepiar. Sorri satisfeita.

– É que você é muito gostosa, Sak... – ele não terminou de falar. Um barulho de trinco vindo da porta nos fez ficarmos parados feito estátuas.

Mais barulhinhos. Viramos nossas cabeças lentamente na direção da porta, bem a tempo de ver a maçaneta se mexer.

– Que merda! Se arruma! – exclamei num sussurro afobado, vendo Sasuke se levantar apressadamente e a porta ser totalmente aberta, dando lugar a uma Ino de olhos fechados, sorrindo vitoriosa e com um grampo de cabelo na mão direita. Sentei na cama imediatamente.

– Ha, não vai ser uma porta que impedirá Ino Yamanaka de brilhar! – exclamou abrindo os olhos. Assim que seu olhar bateu na gente, sua boca escancarou e seus olhos quase saltaram para fora de sua cabeça. _ Oh, meu Deus, não acredito! – falou surpresa, me olhando. Aí que me dei conta de que o lençol não estava tampando meu busto, e puxei-o rapidamente para cobrir meus seios. Olhou para Sasuke e deu um sorrisinho malicioso. – Pode não ter 42cm, mas... Uau, faz a gente ter 42 tons de calor. – falou se abanando.

Olhei para Sasuke e corei um pouco. Ele olhou para baixo, se dando conta de sua nudez e pegou um travesseiro, tampando sua frente. Coitado, ele estava mais que encabulado. Estava completamente vermelho.

– N-não é isso que está pensando! – exclamei a frase clichê, como uma tentativa fail e desesperada.

Ino arqueou uma sobrancelha, olhando para a camisinha usada e suja que estava no chão perto da cama.

– Tem razão. – pegou o celular e tirou uma foto daquele objeto. Senti meu coração acelerar. – Eu não estou pensando em nada. – falou lentamente. – Estou vendo. – sorriu sacana. – E as garotas também. – mostrou o celular que estava aberto no grupo do WhatsApp das minhas amigas, e lá aparecia a foto da camisinha usada. Ela olhou o celular novamente. – Ei, Testuda, as meninas não acreditaram, pos... Ué, a Hinata saiu do grupo... Posso mandar nude de vocês dois? – a Porca perguntou nos olhando como se nada estivesse acontecendo.

Sei que ela perguntou isso de brincadeira, ela não é louca para fazer isso... Ou é?

– Claro que não! Agora, será que dá pra sair, porra? – gritei com ela.

– Me chama só pra me expulsar... Vai acabar me perdendo assim. - ela falou saindo.

Ouvi a voz do meu pai se aproximando... Ferrou, lascou, vou perder meu objeto de prazer! Opa... Parece que Ino serviu pra algo e está afastando o meu pai.

Sasuke estava estático na mesma posição, cobrindo o amiguinho com o travesseiro e olhando assustado para a porta. Maldita seja a Ino, ela não passou nenhuma vergonha para ver o Sasuke nu. Já, eu, coitada, passei anos gostando dele sem ter coragem de falar com ele, passei por encontros desastrosos, idas ao hospital e tudo o mais. Argh! Até a vida comete bullying contra mim.

– Acho melhor você ir... A não ser que queira passar a tarde com a Ino soltando piadas. – falei para tirar o Sasuke do lugar.

– Hã? ... Ah, não, obrigado... Sua amiga é mais inconveniente que o meu irmão... Eu falei isso em voz alta? – ele falou e eu ri. – Não quis ofender. – mentiroso.

– Aham, sei... – me levantei para me vestir.

Ainda sentia um pouco de incômodo entre minhas pernas... Ainda bem que não eram 42 cm, senão estaria precisando da cadeira de rodas.

Nos vestimos e ele pegou a camisinha, mostrando o objeto como se perguntasse o que fazer com aquilo.

– O banheiro é na porta da frente. – falei.

Ele assentiu e saímos do meu quarto, ele jogou o preservativo fora e descemos a escada. Droga! Nossas roupas estavam um pouco amassadas, nossos cabelos bagunçados e nossos rostos vermelhos... Tomara que papai não perceba.

– Já vai, Sasuke? Não quer assistir esse jogo comigo? Seu time vai perder! – papai falou rindo.

Sasuke paralisou no canto que estava e se virou lentamente para o papai, que estava sentado no sofá bebendo cerveja, com a Porca ao lado dele, também bebendo. Ela me pediu ajuda para estudar e estava bebendo? Muito lindo pra cara dela.

– J-j-já. – Sasuke gaguejou.

– Estudaram muito? – papai perguntou.

– Ora, estavam estudando Anatomia? – Ino perguntou.

– E-est-estudamos sim! – respondi.

– Podiam ter aproveitado a privacidade para estudar reprodução na prática! – a Porca deu de ombros.

– Como assim? Está dizendo que minha florzinha deveria transar? – papai nos olhou. – Só depois dos 30, eles já sabem.

– Ah, sim! Isso mesmo, Testuda, só depois dos 30! – Ino nos advertiu falsamente. Vadia!

– N-nós estávamos apenas estudando! – falei.

– Se quiserem, posso estudar com vocês, posso dar várias dicas! Até as melhores posições para o conteúdo penetrar melhor em suas mentes! – como se não bastasse as aulas de oral, agora ela queria dar aulas de Kama Sutra?

– Acho uma boa ideia, querida. Ino, você é uma ótima menina! – revirei os olhos, como meus pais podem ser tão inocentes perante às persuasões da Ino?

– Vou recusar sua ajuda, Porca! – esbravejei.

– Só quero que minha amiga tenha mais prazer quando for estudar... – falou a garota que me pede ajuda nos estudos porque detesta estudar.

Ela sorria docemente. Quero ver ela sorrir assim quando eu quebrar os dentes dela.

Sai com o Sasuke e ficamos parados olhando para a cara um do outro. O que falar para seu namorado quando sua melhor amiga flagra vocês dois nus depois de sua primeira transa?

– Sonho com o dia que teremos um encontro decente e a sós... Realmente a sós. – falei. – Sem velhas taradas, Itachi, Ino, Naruto, nossos pais e idas ao hospital. – suspirei.

– Se você sonhar com a lua, as estrelas... Até uma galáxia... Acho que vai ser mais fácil para mim. – ri do comentário dele.

Essa era a realidade, nós nunca -dando muita ênfase no “nunca”- teremos um encontro normal.

– Eu te amo. – falei.

– Eu também te amo. – ele sorriu e deu um selinho em mim.

Aprofundamos o beijo. Quando nos separamos, ele beijou minha testa e depois foi embora. Suspirei. Ele é mesmo perfeito. Suspirei novamente, mas em frustração, agora teria que encarar o furacão loiro, tarado e devastador. Sim, estou falando da Porquinha.

Fui direto para o meu quarto. Felizmente papai só faz questionários a mim quando o Sasuke está por perto.

Ino estava sentada em minha cama. Olhei a hora, 14h42min, a inconveniente tinha chegado uns 30 minutos mais cedo, pra variar. Me sentei ao lado dela e peguei o livro... Desenho Técnico. Ino cursa Moda, desenhava bem demais e odiava aquela disciplina. Vivia reclamando: "Estou desaprendendo o que já sei. Pra que estabelecer uma angulação pra fazer uma perspectiva? É muito mais fácil apenas desenhar!".

– Então... Qual o assunto? – perguntei.

Olhei pra ela, que estava me encarando com uma sobrancelha arqueada. Suspirei... Não vai dar pra escapar.

– Vai ser realmente necessário te perguntar? – ela indagou.

– Ele me beijou com uma pegada incrível, me deitou na cama e rolou o amor... Não fiz oral nele mas ele fez em mim. Foi ótimo, apesar da dor. – falei. – Eu o amo.

– Sugiro que não use decotes ou use maquiagem... Se seu pai ver isso aí, ele arranca os 42 cm, que não são 42, do Sasuke. – Ino riu olhando pra minha clavícula.

– Droga! Você acha que ele viu quando a gente desceu? – falei alarmada.

– Por sorte, seu cabelo estava no meio. – ela falou enquanto alisava meu herói, digo, o meu cabelo. – E esse anel? – sorriu olhando para o objeto prateado.

– Ele me deu ontem, depois do jantar. – eu sorri boba, passando os dedos pelo anel. – Ele me ama. – murmurei.

– Claro que ama, Testuda. Você é linda, inteligente, gostosa, sexy. – juro que não sei de onde ela tira essa visão sobre mim. – Aprendeu com a melhor professora a como fazer oral... Coloca em prática logo, ele vai ficar maluco! – ela me alertou. – E saiba que estarei do seu lado sempre que ele precisar de uma surra. – ela finalizou socando o ar.

– Quando você precisar de uma surra... Eu posso chama-lo? – perguntei.

– Eu só faço coisas boas por você. Jamais precisarei de uma surra. – ela sorriu cínica.

– Claro... Você é uma santa... – revirei os olhos. – E pode apagar a lembrança do meu namorado nu da sua mente. – estreitei os olhos.

– Minha cara, aquela visão merece ser guardada. – ela riu. – Seu namorado é gostoso. – como ela ousa?

– Vadia! – murmurei.

Cara, eu estava com sono... É, sexo é bom mesmo, mas cansa...

Me deitei, colocando minha cabeça sobre a perna dela. Ino começou a alisar meu cabelo.

– Relaxa, eu tenho meu anêmico virgem. – ela falou.

– Quanto amor pelo Sai! – falei rindo. – Obrigada, Ino.

– Por ter interrompido a segunda rodada? – ela perguntou confusa.

– Por isso aí você merece uma surra... – esbravejei. – Obrigada por ter me feito enfrentar o mundo de cabeça erguida. Se não fosse por você, eu não estaria com o Sasuke.

– Eu sei quando alguém tem potencial... – deu de ombros. – Agora vai dormir. O Sr. 42 não tem 42 cm, mas acabou com você!

– Por que você tem que estragar o clima? – franzi o cenho.

– Não gosto de melosidades... Gosto de atitude! – ela falou.

– Ok! Depois eu mostro a atitude do meu punho na tua cara. – falei mostrando meu punho a ela. A Porca estremeceu.

– Também te amo, Testuda. – Ino disse, dando um beijo em minha testa. – Sorte a sua não ter sido o seu pai.

– Meu pai não é inconveniente a ponto de saber arrombar portas. – falei entredentes.

– Você quem me chamou aqui. – ela deu de ombros.

Ino pode ser inconveniente o quanto for, chega até a dar vontade de vender essa criatura ou espancar, colocar num saco e sacudir em mar aberto... Mas a verdade é que, se não fosse esse defeito dela, eu não estaria, nesse momento, me sentindo completa por ter entregado meu corpo ao garoto que amo. Foi a inconveniência dela, me perguntando, sem delicadeza alguma, por que eu era tão chorona, que me fez começar a enfrentar o bullying. A Sakura Haruno a.I. (antes da Ino) não teria exigido carona a um desconhecido depois de ter sido atropelada. Indiretamente, a Porquinha foi o meu cupido.

É... Acho que a Ino não é tão desagradável como o Itachi. Acho que ninguém é!

Ah, quem se importa com o que penso dela? Eu estou extremamente feliz, afinal Sasuke e eu nos tornamos um só... Sem casamente, porém um só. É muito cedo para pensar em matrimônio, mas eu sei que o amo e sempre vou amar. Então não é tão estranho pensar sobre um futuro ao lado dele, mesmo que eu tenha só 18 anos... Ou é?


Notas Finais


Acho que esse foi o momento mais esperado da fic!!
Teremos bônus com a visão do Sasuke amanhã ;D
Nos vemos nos comentários ;**


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