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História Desafio dos 42 - Especial: Baratas vs Rãs



Notas do Autor


Olha a gente aqui de novo!!
Estamos chegando com um capítulo gigante para vocês se divertirem u.u
Agradecemos a todos os comentários e favoritos, como de costume...
E vamos aos 42!!

Capítulo 14 - Especial: Baratas vs Rãs


A visão de Sasuke Uchiha

Ah! Os doces cheiro, sabor, som, visão e sensação de férias... Tudo parece melhor!

Acordar às 10:42... Que droga de número... Mas, enfim, me espreguicei, fiz minhas necessidades matinais... O que inclui mandar um "Bom dia, amor." pra Sakura pelo Whats e ela mandar um "Tá de madrugada, ainda...". Comi um sanduiche de peito de peru -mamãe nos visitou recentemente- e me sentei de frente para a TV, estava passando Silent Hill... Resolvi assistir, não gosto muito, mas algo me dizia que eu deveria assistir.

Foi quando chegou a cena da Rose indo pro quarto da Alessa... Sim, meus caros, essa cena significou muito para mim, pois no corredor tinha algumas enfermeiras zumbis... E as enfermeiras de Silent Hill se vestem de uma forma super provocante.

Logo, liguem os pontos: Eu tenho fetiche com fantasia sexy de enfermeira, Sakura tem uma fantasia dessas e, assistindo a cena, me lembrei desse fato.

Uma lâmpada acendeu em minha mente... Eu necessito ver a Sakura naquela fantasia!

...

Numa tarde como outra qualquer, resolvi fazer um programinha a sós com minha namorada, e não estou falando de sexo. Minha intenção é levá-la para ver um filme legal e depois tocar no assunto da fantasia... Isso, você consegue!

Fui buscá-la às 16:42 (maldito número) e ela foi bem pontual. Na verdade, acho que ela já me espera do lado de fora do portão para que seu pai não invente de ir conosco ou algo do tipo. Será que ele sabe que a Sakura não é mais virgem? Bem, pelo bem do Sasuke Júnior, é melhor manter isso em segredo até ela completar trinta anos.

Sakura usava um short jeans, uma blusa azul de mangas compridas, que tinha um pequeno decote, seus cabelos estavam presos por um rabo de cavalo e ela usava sapatos pretos de salto. Na verdade, ela quase sempre sai comigo de salto, acho que é pra tentar igualar a altura.

A rosada entrou no carro e eu dei partida antes de cumprimentá-la, afinal, notei o portão sendo aberto, com certeza era o meu sogro. É, não foi dessa vez. Sasuke wins!

– Pra onde vamos? – ela perguntou animada e curiosa. Geralmente eu não falo pra onde vou levá-la, adoro fazer surpresa.

– Cinema! – respondi.

Se eu tiver sorte iremos ver um filme bem água com açúcar, Sakura vai chorar o filme todo -e eu vou dormir depois que a pipoca acabar-, vai sair de lá sensibilizada e vai usar a fantasia pra mim... Isso! Tomara que seja um daqueles filmes em que o namorado da mocinha morre, aí a Sakura pode pensar: "Nossa, já pensou se eu perco o Sasuke? Não poderei viver com a culpa de não ter realizado um desejo dele!"... Pensamento positivo, Sasuke! Mentaliza coisas boas...

Mas, como o mundo conspira contra mim, não tinha nenhum maldito filme de romance passando. Na verdade, o único que estava passando naquele momento era um de terror... E nós fomos ver o de terror... Dá pra piorar? É, parece que eu vou ter que apelar pra outra coisa se quiser ver a Sakura na fantasia sexy de enfermeira...

...

Já tínhamos saído do cinema, eu estava enrolando para deixá-la em casa, ficava rodando por Konoha, esperando coragem para tocar no assunto.

Estávamos em silêncio enquanto eu dirigia, mas é óbvio que eu me aproveitei do fato de a Sakura estar com as pernas de fora. Eu ficava tipo: Mão na coxa, mão na marcha, mão na coxa, mão na marcha, mão na coxa, mão na marcha, mão na coxa, mão na marcha... Da próxima vez eu vou usar o câmbio automático no lugar do manual, já que esse Audi tem os dois modos...

– Então... – ela pigarreou. – Minha casa é pro outro lado... Ou vamos pra mais algum lugar?

– Na verdade, eu quero te dizer uma coisa. – eu olhava fixo para a rua, naquele momento seria impossível encará-la. – Não seria bem "dizer"... Quero te propor uma coisa diferente...

– Diferente? – Sakura perguntou desconfiada. – Vai dizer que tá me levando pra um motel?

Bem, não, mas seria uma ideia interessante, afinal, só transamos no meu quarto ou no dela. Uma vez quase aconteceu na sala, mas após o Itachi chegar e estragar tudo, fomos reacender o fogo no meu quarto. E daí que eu quase transei na sala? Ela tinha feito greve por causa da maldita rã que eu soltei sem querer e pulou nela... Eu estava necessitado!

– Não, não tô te levando pra um motel. – mas tô começando a curtir a ideia. – É outra coisinha bastante íntima também.

– Olha, se você tá querendo fazer anal ou garganta profunda...

– Não é isso também não. – nem deixei a rosada terminar de falar. – É outra coisa...

– Então o que é? – ela pareceu preocupada.

Mordi o canto do lábio, mania que eu tenho quando estou nervoso ou inseguro, ou as duas coisas. Segurei forte no volante, minhas mãos estavam suando muito.

– Sabe aquela sua fantasia de enfermeira? – falei como quem não quer nada. – Por que você não usa?

– Sasuke! – ela ficou irritada, se eu não estivesse dirigindo, com certeza levaria um belo de um soco. – Aquilo é vulgar.

– Então pra que você tem? – perguntei.

– Foi um presente da Porca! – ela revirou os olhos.

Tinha que ser um presente da diaba loira. Se bem que, depois dessa, Ino provou não ser uma criatura 100% inútil. Eu estava pensando em colocar um rato pra subir na perna dela, mas posso pensar em não prosseguir com o plano.

– Ah, Sakura... Achei a fantasia tão bonita... Você ia ficar linda nela. – tem que elogiar, mulher gosta de elogios.

– Não! – a rosada bufou irritada. – Não creio que você tem fetiche por enfermeira!

Enfermeira, professora, Mulher Gato, diabinha, coelhinha, odalisca... Mas eu queria mesmo era ver a Sakura vestida de enfermeira.

– Só um pouquinho. – mentira. – Ah, o que é que custa? Eu já vi tudo mesmo.

– Eu não me sentiria confortável com essa situação. Prefiro não usar nada do que a Ino comprou no Sex Shop pra mim!

– A Ino fez compras no Sex Shop pra você? – perguntei curioso.

Ah, Ino, você se salvou de ter um ratinho subindo na sua perna! Será que a Sakura tem calcinha comestível? Bem, prefiro ela sem calcinha, mas sempre tive curiosidade de saber como é esse negócio. Também seria legal aqueles dadinhos que tem posições sexuais, eu já vi uns no quarto da mamãe quando eu era criança, só não sabia pra que servia, pensei que fosse um jogo. Será que ela tem aquelas algemas também? Eu tive um sonho erótico com ela que foi mais ou menos assim... Amanheci todo gozado... Enfim, não vamos nos prender a detalhes.

– Não te interessa! – ela esbravejou. – Não vou usar e pronto!

– Por favor! – implorei com a voz manhosa. – O Sasuke Júnior precisa dos cuidados de uma enfermeira sexy.

Sakura me encarou raivosa, eu pensei que ela fosse voar no meu pescoço, juro! Mas logo vi brotar em seus lábios um sorriso malicioso e desafiador.

– Só se você matar uma barata.

– O que? – berrei em pânico. Quase perdi o controle do carro. Ressalto novamente que não é medo, é nojo.

– Mate uma barata que eu uso a fantasia e faço o que você quiser. – ela falou com a voz sexy e mordeu o lábio inferior. Aquilo estava me atiçando, maldita rosada, matar barata é demais! – Eu juro que uso, mas você tem que matar uma barata na minha frente.

Ok, esse desafio foi proposto porque Sakura tem plena certeza de que eu jamais mataria uma barata, por isso coloquei a Clotilde e a Anastácia no meu quarto. Sakura, Sakura... Você foi no meu ponto fraco.

– Então vamos fazer uma aposta. – sorri de maneira desafiadora. – Se você matar uma rã, eu desisto da fantasia, faço uma fogueira e jogo ela, juntamente com tudo o que a Ino comprou pra você no Sex Shop.

– O que? – ela berrou. – Rãs pulam... E não são como baratas, que você pisa e elas morrem.

– Ganhei por desistência? Vai ter que usar a fantasia! – sorri de lado.

Ela bufou e cruzou os braços se recostando no banco.

– Então a barata tem que ser voadora! – ela me olhou com raiva.

Gelei... Já tenho nojo das que não voam, imaginas das que voam!

– O-ok! – não gagueja, imbecil!

Ela nunca mataria uma rã... Além de medo delas até por foto, ela é boazinha demais com bichinhos. Uma vez apareceu um rato na casa dela, e quando ele foi pego pela ratoeira ela o soltou, colocou numa gaiolinha e doou para o curso de Medicina Veterinária da UFK. Então, minha única preocupação é matar uma barata...

...

A visão de Sakura Haruno

Primeiro dia depois da aposta

Muito bem, Sakura, a Ino vai te ajudar, ela é a sua melhor amiga, não tema, peça ajuda... Ah, minha nossa, como eu vou matar uma rã? A situação do Sasuke tá bem melhor, esmagar uma barata é muito fácil.

Eu tive que exigir que a barata fosse voadora, assim, os mesmos riscos que eu correrei da maldita rã pular em mim, ele correrá também, mas, no caso, seria da barata voar nele.

Cheguei na casa da Ino sem nem anunciar, ela estava tendo umas conversas bem quentes com o Sai no celular.

– Hum... Eu deixo você me desenhar no ângulo que você quiser. – ela falou com cara de safada, foi quando desviou o olhar para a porta e me viu parada lá. – Amorzinho lindo, preciso desligar. Beijos.

"Amorzinho lindo"? Ela tá mesmo apaixonada... Eu heim, o Sai é bonitinho, mas, ainda assim, parece as osgas de estimação do Sasuke.

– Ino... preciso da sua ajuda. – falei preocupada, deixando a minha amiga na mesma situação, afinal, eu sequer debochei dos apelidos fofos que ela dá pro Sai. Sem falar que eu a chamei pelo nome, e não pelo apelido, "Porca".

– Ai, Testuda, não me deixa nessa aflição. – ela sentou na cama rodeada de bichos de pelúcia e abraçou um sapinho. Eca! – Conta logo o que foi.

– Primeiro... – respirei fundo e sentei ao seu lado. – Larga esse sapo de pelúcia, não vou conseguir te encarar com ele aí. – a Porca deixou o bichinho de lado e pegou um porquinho que eu lhe dei de aniversário. – Ok... Preciso muito da sua ajuda pra ganhar uma aposta que fiz com o Sasuke.

– Que aposta? – ela perguntou visivelmente interessada no assunto, ela adora essas coisas.

– Bem... – corei um pouco. Desviei o olhar e vi o maldito sapo de pelúcia. Merda! – Preciso matar uma rã. – falei baixinho.

– O que? – Ino franziu as sobrancelhas. Não é possível que vai me fazer falar de novo... Calma, Sakura, ela vai te ajudar, ela é sua amiga. Ela só descoloriu o cabelo do seu namorado, mas é gente boa.

– Preciso matar uma rã. – falei mais alto e a Ino me olhou curiosa. – O Sasuke colocou na cabeça que quer que eu use aquela maldita fantasia de enfermeira que você deixou jogada na minha cama!

– Ah, finalmente o Sasuke tomou uma atitude! – a Porca começou a bater palmas toda empolgada. Péssima ideia pedir ajuda a ela. – Eu estava pensando em colocar uma barata dentro da camisa dele, mas agora já estou pensando em desistir.

A Ino quer matar meu namorado? Sério, acho que se alguém colocar uma barata na camisa do Sasuke, primeiro ele queima a camisa e depois arranca o próprio couro. Ah, isso depois de muito escândalo e, sem dúvidas, um desmaio.

– Não faça isso com ele... – eu já estava ficando com pena do Sasuke só de imaginar a cena. – Mas, voltando... Eu não quero usar aquilo, é vulgar e eu tenho vergonha.

– Testuda, o Sasuke já viu tudo mesmo. – a loira deu de ombros. – O que que custa você realizar uma fantasia do homem que você ama? – ela sorriu maliciosamente.

– Eu jamais me sentiria confortável nessa situação. O Sasuke até que entendeu e eu pensei que ele não fosse insistir, mas aí a criatura pediu de novo... Eu disse que vestiria se ele matasse uma barata. E aí ele veio com essa aposta. – suspirei.

– Pelo pouco que eu conheço do Sasuke, é mais fácil o Naruto entender uma piada de primeira do que ele chegar perto de uma barata, por menor que ela seja. – poxa, a Ino pensa que o Sasuke é o que, um frouxo? Ele se livrou de uma rã pra mim lá na fazenda, isso faz dele um super-herói.

– Ino... Me ajuda a matar uma rã. – uni as mãos e implorei.

– Eu te presenteei com a fantasia, seu namorado deve estar sonhando com a fantasia e você ainda se recusa a usar... – ela cruzou os braços e fingiu estar ofendida. – O mínimo que você poderia fazer era vestir a fantasia e dar um tratamento pra lá de especial ao Sasuke Júnior.

– Olha aqui, o Sasuke Jr. é muito bem tratado! – bufei. – Só não quero me vestir de enfermeira.

– O que eu não faço por você? – Ino soltou um suspiro alto e sorriu. – Pode deixar, eu te ajudo a matar uma rã.

– Obrigada! – falei toda sorridente e a abracei.

Fiquei tão feliz! Tá vendo, Sakura? Sua amiga é gente boa demais! Tá, estranhei o fato de que ela aceitou tudo muito rápido, mas, o que ela poderia fazer? Conspirar com o Sasuke para eu perder? Ah, claro... Como se ela fosse fazer isso, os dois não se suportam e o Sasuke já até ameaçou enterrá-la viva.

Eu não preciso me preocupar, Ino vai me ajudar, com certeza vai e eu não precisarei usar a fantasia. So sorry, Sasuke Júnior!

...

A visão de Sasuke Uchiha

Primeiro dia depois da aposta

Estava de pé, diante dos dois maiores idiotas que tive o azar de conhecer em minha vida -um deles é meu irmão. Os dois estavam sentados no sofá, me olhando com cara de cu.

– Pra que essa reunião? – Naruto perguntou.

– Espero que seja algo importante... Eu desmarquei uma foda... Digo, um encontro com uma garota por sua culpa... Qual a urgência? Vai se assumir gay? Coitada da nerd cor de rosa... – o imbecil do meu irmão falou irritado.

– Eu gosto de mulher, imbecil! – esbravejei.

Ok, Sasuke, respira fundo... Inspira, expira, inspira, expira... Pise no seu orgulho, garotão! A situação é delicada, exige que você pise em seu orgulho e peça ajuda a estes imbecis. Você não pode perder a aposta... Pense no prêmio, pense no quão sexy a Sakura estará na fantasia... Isso, essa imagem é o seu objetivo, pense nela... Pise no seu orgulho.

– Teme? – ouvi a voz do loiro me tirando de meus devaneios. – Você tá com cara de quem acabou de ter um orgasmo.

Ajeitei minha postura e pigarreei. Não podia deixar tão na cara.

– Eu preciso... – não trava. Respira fundo. – Preciso da ajuda de vocês.

Os dois se ajeitaram no sofá, demonstrando interesse no que eu iria falar.

– Minha nossa, a situação é crítica... Pedindo ajuda. Fala, qual a urgência? – Itachi falou com as sobrancelhas franzidas, demonstrando seriedade.

Ok, Sasuke... É só uma barata... Eles vão aceitar... É fácil, só precisa pedir.

– Eu tenho que... – suspirei e fiz pose de machão. – Tenhoquematarumabarata. – murmurei de vez.

– Não entendi. – Naruto me olhou com cara de idiota, ou seja, com a cara de sempre.

– Eutenhoquematarumabarata! – falei mais alto.

– Cara, fala devagar... – Itachi reclamou.

Respira, Sasuke... Você só tem nojo, não é medo... Nojo é normal!

– Eu... Tenho... Que... Matar... Uma... Barata! – falei pausadamente.

Os dois idiotas arquearam uma sobrancelha e começaram a rir escandalosamente.

– I-isso é... Sério? – o Dobe perguntou entre risos, caindo do sofá. Idiota!

– Pra que vo... Você tem... Que fazer is...? – o outro imbecil se engasgou de tanto rir.

– Fiz uma aposta com a Sakura. – falei. – Meu prêmio vai ser... – eu falo? Não quero que esses vagabundos imaginem minha namorada naquela fantasia sexy. Mas se eu não falar vão achar que é besteira. Suspirei. – Se eu ganhar, ela vai usar uma fantasia de enfermeira sexy... Só para mim, que fique bem claro! – esbravejei.

Eles se endireitaram novamente nos lugares. Suas feições eram sérias.

– O prêmio é interessante... Podemos te ajudar. – Naruto falou sério.

– Suas osgas não podem fazer o serviço? Ou então passa Baygon! – Itachi sugeriu, coçando o queixo.

– Não! Eu tenho que pisar na barata... – suspirei. – Na frente da Sakura...

– Isso torna a situação um pouco mais complicada... Seu medo é incontrolável. – Itachi franziu as sobrancelhas.

– Nojo! Eu não tenho medo! – expliquei calmamente.

– Ok... Temos que bolar um plano! – vish... Naruto vai pensar, o apartamento vai ficar fedendo a fumaça.

– Podemos procurar uma barata... Lá na UFK tem bastante. Podemos procurar lá... – Itachi começou e pegou um caderninho de anotações que estava na mesinha de centro. – Primeiro passo: Pegar a barata... Pode deixar com a gente. – ele escrevia no caderno e me olhava vez ou outra. – Segundo: Trazemos para o seu quarto... Enquanto fazemos isso, você prende as suas lagartixas, senão elas comem a barata. – concordei com a cabeça enquanto ele apontava o lápis para mim. – Terceiro: ... – ele travou e me olhou. – Vamos ter que matar a barata... E depois, a gente joga ela perto de vocês e você pisa nela de novo!

– Vai sujar o chão! – falei com pena.

– Só limpar depois. – Naruto deu de ombros.

– Procurem uma que não voa. – alertei. A Sakura não deve perceber a diferença, já que vão jogar ela, certo?

– Pode deixar! – os dois falaram fazendo high five.

Não deve ser tão difícil assim... Já imagino o meu parceiro de guerra recebendo cuidados da enfermeira Sakura 'Fodidamente Sexy' Haruno.

– Já tá fazendo cara de orgasmo de novo... Vai ter que matar a barata se quiser ter esse orgasmo de verdade. – Itachi riu.

– Vai se foder! – mostrei o dedo do meio.

Isso, Sasuke... Só precisa pisar na barata, simples assim!

...

A situação está crítica... Acredito que será necessário chamar as forças especiais... Meu Deus, o mundo vai acabar!

Explicando a situação: Os dois imbecis saíram em busca da barata, eu prendi a Clotilde e a Anastácia... Até aí, tudo ótimo! O problema foi que os idiotas trouxeram não uma, mas três baratas... Se não bastasse, todas voavam!

Nós três estávamos de frente para a porta do meu quarto, com os braços cruzados e sobrancelhas franzidas, e as baratas estavam no meu quarto, voando e rindo da nossa cara.

– Agora entendo o seu medo... Quando voa é ruim pra caralho! – Itachi falou.

– Nojo! – corrigi.

– E agora? O que faremos? – Naruto perguntou.

– Temos que bolar o plano B! – Itachi afirmou.

– Ah, não! Entrem aí e deem um jeito nesses bichos. – falei.

– Cadê suas osgas? – Naruto perguntou.

Ah, é, elas podiam dar um jeito... Era só soltar as duas e... Suspirei.

– Estão no aquário delas... – falei.

– Vai pegar... A gente abre a porta rapidamente, coloca elas aí dentro, depois espera o resultado... – meu irmão falou determinado, socando a própria mão.

– Elas estão dentro do quarto... – cocei minha nuca.

Os dois me olharam boquiabertos.

– Tá brincando, né? – o Dobe perguntou.

Nós dois suspiramos derrotados.

– Ei... Que é isso? Nós somos homens... Não serão baratas que nos derrotarão. Precisamos lutar! Nós estamos no topo da cadeia alimentar, esses bichinhos não são nada comparados a nós, homens fortes e robustos! Vamos entrar e matar essas baratas! – Itachi fez seu discurso encorajador.

– Sim! Vamos matar essas baratas, ou não me chamo Naruto Uzumaki! – o loiro gritou determinado.

– Vencerei o meu nojo! Preciso ver a Sakura na fantasia sexy! – gritei com a mão no peito.

– Vamos nessa! – gritamos em uníssono.

– Quem abre a porta? – Naruto perguntou.

– Espera, precisamos estar armados! – Itachi falou.

...

Estávamos os três, com tampas de panela como escudos, usando capacete de ciclistas e segurando chinelos, em frente a porta da zona de perigo -meu quarto. Itachi foi o escolhido para abrir a porta.

– No três! – ele sussurrou. – Um... Dois... – suspirou. – Três!

Ele abriu a porta e nós entramos -lembrando-nos das aulas do Jon Snow- com os escudos erguidos e apontando os chinelos como se fossem espadas. Nem sinal delas! O caminho até as osgas estava limpo. Me encaminhei para elas.

– Ei! Onde pensa que vai? – Itachi sussurrou para mim. – Temos que matar uma das baratas!

– O que? Elas voam! – sussurrei de volta irritado.

– Quer ver a rosinha de enfermeira ou não? – ele sussurrou de volta.

Foi quando vimos um ponto preto passar voando.

– Inimigo avistado! – Naruto sussurrou.

– Lembrem-se, escudos e chinelos erguidos! – Itachi ficou em posição de batalha.

Ai, meu Deus! Três de uma vez, voando... Meu nojo está maior do que nunca... Minhas pernas estão tremendo, a tampa da panela está tremendo, o chinelo também... Será que elas farejam o nojo? Elas vão me atacar!

Não, Sasuke, os engraçadinhos sempre morrem primeiro... Você está com dois palhaços, está seguro!

Olhei para Naruto e vi um dos inimigos subindo por sua calça. Arregalei os olhos. Viram? Os engraçadinhos primeiro!

– Naruto! Não se mova! – Itachi sussurrou. – Mata essa, Sasuke!

– O que? – sussurrei indignado.

– Sasuke... Amigo não abandona amigo! – Naruto fez uma carinha pidona horrível.

– T-tá! – gaguejei.

Certo, Sasuke, faça isso pelo seu prazer sexual! Faça isso para realizar seu fetiche! Faça isso para dar prazer à Sakura!

– Soldado, ataque! – Itachi gritou, apontando o chinelo em direção à perna de Naruto.

Corri em direção ao loiro e chutei a perna dele, a barata voou e o loiro caiu no chão segurando o tornozelo, gritando em dor.

– Soldado ferido... Recuar! – Itachi abriu a porta e saiu correndo.

Olhei para Naruto, gemendo no chão, e me abaixei para ajudá-lo. Foi quando vi uma barata voando na minha direção. Ergui o escudo e bati nela, ela voou para outro canto!

Cara, que louco... Sinto meu sangue ferver de adrenalina. Estou morrendo de nojo, mas a aventura está sendo interessante. Quando souberem o quão corajoso eu sou, serei contratado facilmente para qualquer hospital!

Vi outra barata voando... Vish! Sai correndo, deixando Naruto para trás.

– Vagabundos! – ele gritou quando fechei a porta.

Me encostei na parede ao lado da porta, recuperando o fôlego.

– Tivemos uma perda... Mas ele lutou bravamente. – falei para Itachi.

– Agora somos dois contra três, estamos em desvantagem. – meu irmão falou.

Naruto saiu do quarto mancando e batendo a porta com força. Ele nos olhou com raiva.

– Mano! Você está vivo! – Itachi abraçou o loiro.

– Imbecis... Me deixaram lá sozinho. – ele gritou, batendo no Itachi.

– Acho que vamos precisar de reforços. – falei.

– Quem poderia nos ajudar? – Itachi perguntou.

– Chama o Neji... – Naruto sugeriu.

– Não vou envolver mais nenhum imbecil! – falei. – Precisamos de um profissional. – eles concordaram.

Ouvi o alerta do Whats do meu celular e fui olhar.

Loira do Oral:

"Você quer que a Sakura use a fantasia sexy de enfermeira?"

Ela já estava sabendo? Então Sakura pediu ajuda também!

Eu:

"Não é da sua conta!"

Loira do Oral:

"Eu ia oferecer ajuda... Mas, ok!"

Estreitei os olhos.

Eu:

"Vai trair a sua melhor amiga?"

Loira do Oral:

"Não!

Farei um favor a ela...

Não farei isso por você, jamais faria algo por você!

Vou te oferecer minha ajuda para colaborar com o prazer sexual da minha irmãzinha!

Isso é pela Testuda, não por você!"

Ponderei um pouco e depois suspirei respondendo.

Eu:

"Aceito a sua ajuda...

Preciso matar uma barata."

Loira do Oral:

"Frouxo!

Chego aí em alguns minutos."

Eu:

"Não sou frouxo, apenas tenho nojo!"

Me virei para meus dois companheiros da "Guerra das Baratas" e sorri.

– Os reforços estão chegando! – falei.

– Quem? – eles perguntaram em uníssono.

– Surpresa! – não ia falar que tinha pedido ajuda a uma garota.

A Ino tem a maior cara de fresca, mas não tem nojo de quase nada... Já vi ela pegar rã com a mão pra proteger a Sakura.

Estreitei os olhos... Por que sinto que isso não vai sair de graça?

...

Isso é constrangedor! E não é só porque a Ino já me viu pelado e eu não consigo nem olhar direito na cara dela por causa disso... A loira dos infernos fica se achando só porque não tem medo de barata, acho que eu devia deixar um ratinho guardado, pro caso da Ino aparecer, sabe...

Enfim, ela estava dando uma de sargento e isso foi pior do que o dia em que a Sakura veio aqui em casa quando eu estava com diarreia... Esse dia foi constrangedor, mas eu deixei a rosada ciente da situação, ela veio porque quis.

A loira do oral estava em pé e Naruto, Itachi e eu estávamos no sofá.

– Não acredito que vocês três têm medo de barata... – ela riu da nossa cara.

– Nojo! – falamos em uníssono.

– São três e voam! – me expliquei.

– Coragem Sasuke! Você é um homem ou um rato? – Ino berrou. Nesse momento eu bem queria ser um rato, só pra fazer ela sair correndo com medo. Loira maldita!

– Olha aqui, eu tenho nojo, tá? – esbravejei. – Tenha paciência comigo.

– Tô achando que o Sasuke vai desistir da fantasia. – Naruto murmurou.

– Isso tá sendo mais difícil do que convencer a minha ex-namorada a fazer anal. – disse Itachi. Ah, é, o traste já namorou.

– Você já namorou? – Naruto berrou incrédulo. É realmente difícil de acreditar quando ele diz que teve uma namorada por cinco meses. Cinco meses transando com uma única mulher, Itachi se superou.

– Pois é! – ele soltou um suspiro alto. – Aí eu tentei convencer ela, falei que já estávamos juntos há uns quatro meses e tal... Aí a ordinária falou "Olha aqui, eu uso calcinha desde que nasci e quando ela chega perto do cu, eu tiro!" – só pra ressaltar, ele imitou a voz da ex.

– É difícil acreditar que alguém te aturou por mais de uma semana... – disse a loira do oral. Ela devia falar por si mesma, o namorado dela já é quase um santo só por aturá-la.

– Vamos voltar pra barata... – disse o loiro. – Sasuke... – ele começou a rir da minha cara. – Você não vai conseguir, você é muito frouxo!

– Realmente. – a loira maldita concordou. – Tô achando que meus esforços irão para o ralo...

Juro que a minha vontade era de mandar aquela garota de volta para o inferno, mas eu -infelizmente- precisava dela. Detesto ter que admitir isso!

– Eu vou conseguir. – respirei fundo. – Só peço pra vocês terem paciência...

– "Só peço pra vocês terem paciência...". – Itachi me imitou, mas falou com uma voz extremamente feminina. – Porra, você tem quantos anos, cinco?

– Depende do momento... – respondi.

– Sasuke! – Ino berrou, segurou nos meus ombros e olhou nos meus olhos. – Honre o pinto que você carrega entre as pernas. – ouvi Itachi segurar um riso. – Prove que você é homem de verdade e mate a barata!

– Eu não vou conseguir sozinho... – murmurei. – Droga, acho que vou passar a maior vergonha do mundo na frente da minha namorada.

– Ah, com certeza não vai ser maior do que a vergonha que você passou quando ela veio aqui em casa naquele dia em que você estava com dor de barriga. – Itachi teve que fazer o favor de lembrar disso. Claro que ele começou a rir.

– Como foi isso, Itachi? – Naruto perguntou já rindo da minha cara.

– O Sasuke tava com uma dor de barriga daquelas. – meu irmão já chorava de rir. – Sabe, daquelas que você não pode nem rir normalmente. Aí a Sakura veio aqui em casa...

– Podemos esquecer isso... – interrompi antes que o Itachi terminasse a história.

– Vamos esquecer os problemas intestinais do Sasuke e nos concentrar na barata! – a sargento berrou. Maldita loira! – Tem que ser na frente da Sakura, certo?

– Sim... – respondi.

– Então é só usar Baygon, daí a gente joga a barata morta perto de vocês e você pisa nela. – Ino falou como se fosse algo bem simples... E era realmente simples.

Nós três nos entreolhamos. Verdade, era muito mais simples do que pisar nelas...

– Vai dizer que, mesmo sabendo que ela tá morta, você tem medo? – ela arqueou uma sobrancelha.

– Não é medo, é nojo... – falei baixinho. – É que seu plano é bem... Simples, sabe...

– Vocês não tinham pensado nisso? – ela estreitou os olhos e nós negamos com a cabeça. – E o que vocês estavam fazendo? – nos olhou desconfiada.

Nos entreolhamos de novo e baixamos nossas cabeças envergonhados.

– Tentamos esmagar elas... – respondi baixinho.

– O que? – a sargento berrou. – E vocês iriam colocar uma barata esmagada na frente dela pra ela perceber? A burrice do Naruto é contagiosa, por acaso?

– Ei! – o loiro gritou.

– Olha... Elas voam, não é tão simples assim! – falei.

– Não acredito que a Testuda namora com um homem tão medroso. – ela revirou os olhos. – Eu vou lá... Estão no quarto, certo? – ela apontou na direção do meu quarto e eu afirmei. – Cadê o Baygon?

...

Alguns minutos depois, Ino voltou com um envelope de papel na mão e um sorriso vitorioso. Ela estava impecável, como se nada tivesse acontecido... Ninja! Como ela derrotou essas baratas tão facilmente?

– Não sabia que criava osgas, Sasuke! São bonitinhas. – ela sorriu para mim.

Lógico que acha elas bonitinhas, o namorado anêmico dela parece com uma.

– São para comer baratas. – dei de ombros, mas já tinha me apegado a elas.

Ela aumentou o sorriso.

– Sabe que elas só comem as pequenas, né? – ela falou.

Arregalei os olhos... Todo esse tempo eu estava desprotegido? Meu Deus! Maldito Itachi que nunca passa informações completas.

A loira –não mais tão- inútil veio novamente para nossa frente, como se fosse um sargento, nos olhando de forma superior. Se acha só porque não tem medo de baratas e de rãs...

– Enfim, seus inúteis... Aqui estão as baratas! – ela mostrou o envelope e o abriu, mostrando os três bichinhos nojentos mortos. – É só jogar uma pra fingir que é voadora, depois você pisa em cima... Lembre-se, seja rápido, a Sakura é inteligente e pode perceber muito rápido que a barata tá morta. – ela me alertou.

– Senhor! Sim, Senhor! – Naruto gritou, se levantando e batendo continência.

Ino olhou feio para ele e o idiota se sentou envergonhado.

– Ok! Depois é só se divertir e dar prazer a minha Testudinha. – sua não, minha! – Depois você me agradece. – ela sorriu.

Ótimo! Estou a poucos passos para ver minha rosadinha numa roupa sexy de enfermeira. Isso, Sasuke, vai que é tua!

...

A visão de Sakura Haruno

Segundo dia depois da aposta

Sabe qual é o melhor lugar para achar uma rã? A fazenda do tio Madara!

Tá, admito que pedi à Ino para ir comigo procurar no campus da faculdade e em uns parques que tem perto de casa, mas não achamos. Fazer o que, né? Que triste -sintam a ironia.

Ino estacionou a Mercedes novinha dela, saímos do automóvel. Antes de virmos para a fazenda, eu liguei para o tio Madara e ele prometeu guardar segredo sobre a minha vinda.

Caminhamos até a casa principal, e aquele coroa incrivelmente conservado nos recebeu com um abraço, na verdade ele ia apenas apertar minha mão, eu que o puxei para um abraço. Mas a Ino foi só um aperto de mão mesmo.

– Boa tarde, tio Madara! – exclamei contente. É, ele me deu um pouco de intimidade para chamá-lo assim. – Essa é a Por... Digo, Ino, minha melhor amiga.

– Sou Madara Uchiha, é um prazer. – os dois sorriram um para o outro. – Que prazer em revê-la, Sakura. Vamos entrar. Querem comer algo? – perguntou enquanto passávamos pelo hall de entrada e íamos até a cozinha.

Eu não quero me passar por esfomeada, mas, meu Deus, o cheiro de bolo de chocolate estava penetrando minhas narinas com muita potência... Tá, parei. Essa aposta está mexendo com os meus nervos. Ino parecia estar sentindo o mesmo.

– Só um pequeno pedaço, por gentileza. – sorri. Eu queria falar: “Pode me mandar tudo que eu raspo até a bandeja.”... Mas me contive.

Quando eu falei "pequeno pedaço", o tio Madara realmente me deu um pequeno pedaço de bolo, então eu repeti algumas poucas vezes, vulgo cinco. A Ino comeu só dois pedaços. Dois big pedaços, devo dizer.

Ele permitiu que nós andássemos pela fazenda atrás de uma rã e me deu até uma caixinha para colocá-la.

Começamos a andar e andar, a Ino reclamava de pernilongos, e agora estamos aqui, de frente para um laguinho que eu nem sabia da existência. No centro dele tem uma Vitória-Régia e em cima dela tem o que? Não apenas uma, e sim duas rãs! E estavam copulando, devo ressaltar.

Que nojo! Estavam fazendo mais rãzinhas para o mundo. Se já não bastasse as que tem.

– Meu Deus, quantos girinos. – Ino apontou para a água maravilhada e eu pude ver aquele batalhão maligno. Comecei a respirar descompassadamente. – Calma, não desmaia. – Ino tocou o meu ombro e colocou um pé dentro da água.

– Não, Ino! Não faça isso! – exclamei assustada, enquanto via ela ir para perto das rãs. O lago não era muito fundo. Batia na metade das coxas. – Sai daí, Porca! Você vai pegar esquistossomose, retardada! – gritei, mas ela me olhou irritada, depois de revirar os olhos e bufar.

Ela pegou rapidamente as rãs que estavam grudadas e saiu do laguinho.

– Pronto, Testuda, agora é só matar. – aproximou aquelas coisas de mim.

– Ai, que nojo, afasta esse troço! – gritei dando seis passos para trás.

– Me dá a caixa, retardada. – apontou e eu fiz o que ela pediu. Assim que ela colocou aqueles seres infernais dentro da caixa, eu pude respirar mais calmamente. – Para de frescura, elas estão dentro da caixa. – bufou.

– Mas e se elas derreterem o papelão com a gosma ácida? – falei com a voz demonstrando todo o meu desespero.

– Gosma ácida? De onde você tira isso? – Ino franziu as sobrancelhas. – E não é gosma, é muco. – deu de ombros começando a andar.

Segui Ino por uma distância que, se escapassem, as rãs não poderiam pular em mim.

Onde eu estava com a cabeça quando eu aceitei essa aposta? Deveria usar logo aquela merda de fantasia... Pensando bem, é melhor eu matar logo uma dessas rãs.

...

– Mana, esse bolo do tio Madara é realmente divino. – comentei dentro do carro, enquanto dava mais uma mordida no pedaço que peguei antes de sairmos da fazenda.

– O tio Madara é gato. Os genes Uchiha são maravilhosos. Seu filho será lindo e o meu filho será do sexo oposto para casar com o seu! – revirei os olhos. – Me dá um pouquinho do bolo. – Ino pediu e abriu a boca, sem tirar os olhos da estrada.

Aproximei o pedaço e quando eu pensei que a Ino ia dar uma mordidinha, ela deu um mordidão e quase arrancou meu dedo.

– Ai, Porca maldita! – exclamei, balançando a mão em dor, enquanto via Ino mastigar todo o resto do meu bolo, com um sorriso vitorioso. – Roubou meu bolo, capeta!

– Se quiser de volta. – comentou sem engolir e abriu a boca, mostrando-me todo o alimento mastigado.

– Argh, que nojo! – fechei os olhos e virei a cara. – Depois reclama quando te chamo de "Porca". – resmunguei, fazendo-a rir. Fiz uma careta de nojo quando um miúdo pedaço molhado de baba caiu no meu braço. – Eca, Porca! Tem álcool em gel? - perguntei, abrindo o porta-luvas.

– Para de ser fresca, Testa. – Ino reclamou.

Álcool em Gel? Alguém?

...

A situação estava horrível!

Tinha duas rãs soltas pelo meu quarto e eu só estava vendo uma. E todos sabem que é um problema quando você não consegue ver a rã.

Ino estava com o celular na mão. Maldita, não vê que estou quase perdendo a batalha?

A rã visível estava na porta do quarto, eu ia me aproximando lentamente... Mentira eu estava parada perto da cama. Ela pulou no chão e eu gritei, subindo em minha cama e usando um travesseiro como escudo.

– Larga esse celular e prende esse dinossauro! – gritei, apontando para a rã que estava parada no meio do meu quarto.

– Sakura, cala a boca! Eu estou gravando. Vou enviar o vídeo de você matando a rã para o Sasuke. – Ino reclamou.

– Já tá gravando? – perguntei incrédula. Ela realmente vai mostrar para o meu namorado o chilique que eu estou dando?

– Há uns quatro minutos, para ser mais exata. – falou. – Desde que eu soltei as bichinhas... Acho que vou chamá-las de Coco Chanel e Christian Louboutin. O que acha? – só ela para colocar nomes de grandes estilistas em um casal de monstros.

Prendi um grito na garganta quando a Ino deu um leve chute naquele anfíbio que deu um pulo para mais perto de minha cama. Fiz uma careta como se tivesse visto o Jason Voorhees e dei um passo para trás, sentindo algo gosmento e gelado no meu pé.

Aí vem aquele momento de desespero quando você lembra: Onde está a outra rã?

Abaixei o olhar vendo o outro bicho subir no meu pé e encostar aquele papo gordo em meus dedos ao coaxar.

Gritei alto o suficiente para ser ouvida da lua e dei um chute, jogando o monstro para longe. Eu acho que exagerei no desespero, porque eu caí da cama, sentada, esmagando alguma coisa pequena e macia. Acho que foi o chaveiro da Ino.

Ouvi a loirinha murmurar um: "Puta merda! Não acredito que ela matou!". Mas eu acho que ouvi errado.

– Ai, ai... – choraminguei me levantando. – Acho que fraturei meu ílio.

Assim que fiquei em pé, senti alguma coisa -que estava presa no meu short- cair raspando levemente em minhas pernas. Olhei para trás vendo a rã esmagada.

– Ai que horror, eu caí em cima dela! – gritei em nojo e corri para o meu guarda-roupa, abrindo o botão do meu short, enquanto procurava outra peça de roupa. Peguei outro short e me troquei na frente da câmera mesmo. Ora, o medo é maior.

– Você conseguiu matar... Eba! – Ino exclamou. Impressão minha ou era falsa alegria? Ela ficou me encarando, com a câmera virada para mim. – Não vai pegar seu "troféu"?

Não posso acreditar que eu matei uma rã! Quero pular de alegria, mas...

– C-calma, tô tremendo. – falei com a voz trêmula. – Quando o trauma passar, eu pego.

Depois de um minuto tentando controlar a respiração, aproximei-me da rã morta e, com muita dor no coração, peguei-a pela pontinha daquele dedinho nojento, deixando meu braço bem esticado e segurando um travesseiro entre a minha mão e meu corpo. Quanto mais longe aquele troço estiver de mim, mais segura estarei.

Olhei de relance para a rã e juro que vi aquele monstro se mexer.

Vi um brilho alegre no olhar da Ino.

– Sakura... – fingiu receio e a olhei confusa. – A rã. – avisou e levei meu olhar para a criatura com uma perninha quebrada e alguns miolos saindo pela boca. Visão mais assustadora que tive na vida.

Ela estava se mexendo. Tipo, se mexendo muito mesmo. Estava tentando se livrar de minha mão e meu coração acelerou muito. Um grito ficou preso na garganta e aposto que minha cara estava ridícula.

Sério, foi reflexo, mas eu desmaiei.

...

Acordei meio desnorteada. Olhei para o teto branco do meu quarto e depois para o lado, vendo Ino com o notebook que o Sasuke me deu -alegando que o que eu tinha era velho.

– Tive um pesadelo com duas rãs e uma porca. – falei com a voz rouca. Ouvi a Porca rir. – O que foi?

– Nada... Só que você ainda tem que matar um rã... Ou vai desistir?

Arregalei os olhos, me levantando e olhando para o chão do quarto e depois atrás do meu short.

– Relaxa eu limpei o chão e lavei seu short. – a Porquinha colocou as mãos nos meus ombros, me fazendo sentar. – Esse aí tá limpo, você trocou antes de desmaiar.

– Não quero mais aquela porcaria. – gritei.

– Ok! Eu jogo fora, se acalma! – ela riu.

– Não ria! Não foi você que sentou numa rã! – esbravejei.

– Relaxa, Testa! Eu te protejo dos dinossauros. – ela gargalhou.

Arregalei os olhos de novo me levantando de vez e olhando para os lados. É, porque enquanto você está vendo a rã, ainda dá pra fazer algo, o maior problema é quando você não vê mais ela, aí é sinal de morte -sua morte, não da rã.

– O que fez com os monstros? – não sei explicar como a minha voz estava, saiu meio esganiçada, meio rouca... Mas o desespero nela era quase palpável.

– Estão na caixinha, você machucou muito a Coco, a bichinha nem tava conseguindo pular, tadinha. – como ela pode estar com pena de um animal tão horrendo?

Olhei incrédula para ela. Eu quase morri por causa daquelas criaturinhas e minha melhor amiga, quase irmã, está com pena delas?

– Acho que vou levar para o pessoal da UFK cuidar delas... O que acha? – ela perguntou e me olhou.

Arqueou uma sobrancelha quando viu minha situação. Eu respirava pesadamente, tinha lágrimas nos olhos... Que foi? Eu ainda estou chocada, tá?

– Sakura, relaxa, eu tô brincando, já me livrei da Coco e do Chris. – a olhei desconfiada... Sério que ela tá chamando os monstrinhos por apelidos? – Mas, se quiser continuar com a aposta, eu vou buscar. – deu de ombros.

– É mais fácil eles me matarem. – falei me sentando.

– São bichinhos inofensivos e minúsculos, Testa! – ela falou.

– Ratos são fofos. – rebati.

– Ratos trazem doenças, roem, assim podem nos machucar e estragar roupas, e não são minúsculos, tem uns bem grandes, tá? – ela bufou irritada.

– Rãs podem... – eu pensei em o que usar como argumento. – Matar alguém de susto.

– Sakura... Você perdeu a aposta. – ela sorriu.

– Não perdi não! Ele ainda tem que matar uma barata voadora na minha frente! – cruzei os braços.

– Pelo menos ele não vai queimar os presentes que te dei. – maldita. – Vou buscar água para você... – ela falou saindo. – Têm calmante por aqui? – perguntou escorada no batente da porta do quarto.

– Vai se ferrar! – gritei jogando um travesseiro nela, mas ela é ninja e fechou a porta antes.

Olhei para o lado e vi alguma coisa pequena sobre os lençóis. Saí correndo porta a fora, tropeçando no lençol, e segui minha salvadora.

– Vou com você, Ino! – me agarrei ao braço da loira, me tremendo.

Quando voltamos para o quarto, me agarrei novamente na Ino e apontei para a coisa pequena.

– O-o que é a-aquilo? – perguntei.

– Ué... Aquele foi o chaveiro que você me deu. – ela pegou o chaveiro de porquinho e me mostrou. – Você está paranoica, Saky... Quer que eu durma com você? Ou vai arriscar dormir com o Sasuke? Também pode dormir com seus pais. – ela riu.

– Durma aqui! – falei rapidamente.

Era a opção mais segura. Se o Sasuke dormisse aqui, meu pai podia matá-lo.

Matar uma rã... Onde eu estava com a cabeça quando aceitei? Mas sei que o Sasuke não consegue matar uma barata. Posso ficar tranquila.

Olhei para o lado e me sobressaltei.

– Porca, guarde o seu chaveiro, por favor. – falei novamente em desespero.

– Imagina se fosse um chaveiro de sapinho. – ela revirou os olhos guardando a chave do carro dela, que continha o chaveiro.

Provavelmente, não dormirei hoje... E não é por causa das conversas com a Porca, é por apreensão pelas rãs.

...

O dia decisivo por Sasuke Uchiha

Acordei um pouco mais animado esta manhã... Vou chamar a Sakura aqui, daí é só colocar o plano em ação.

Recebi uma mensagem no Whats.

Loira do Oral:

"A Sakura não dormiu, aproveite que ela está grogue e coloque o plano em prática."

Ótimo, melhor ainda!

Vou acabar ficando com peso na consciência... Não! Isso será bom para nós dois!

Liguei para Sakura vir almoçar aqui e ela aceitou... Pela voz, deve estar grogue mesmo.

Fui até o quarto do meu amado irmão -sintam a ironia- e bati na porta... Vai que ele esteja nu, não quero ver.

– Que foi? – ele perguntou abrindo a porta... E estava nu. Não queiram ver, é horrível!

– A Sakura vem almoçar aqui, não faça barulho, temos que fingir que estou só com ela... Quando a gente estiver assistindo filme, jogue a barata... Cuidado para não jogar em mim. – gritei a última parte.

– Deixa ver se eu entendi... Eu tenho que fingir que não estou em casa e ficarei sem almoço até ela sair daqui? – ele me olhou incrédulo.

– Basicamente... – afirmei.

– Se eu não comer, não colaboro. – ele cruzou os braços.

Maldito... Sorte que o conheço e sei que ele é volúvel.

– Compro um pacote grande de Doritos, um pote de Nutella e uma caixa de cerveja... Se você cumprir o plano direitinho.

– Pode deixar, maninho... Você terá sua enfermeira sexy. – ele sorriu fazendo pose de "nice guy".

Foi algo horrível de se ver, ele fazendo essa pose estando nu. Ainda bem que verei a Sakura de enfermeira altamente sexy como recompensa.

...

O dia decisivo por Sakura Haruno

Terminei de tomar banho... Não sem antes mandar a Ino entrar no banheiro e verificar se a barra estava segura. Estava me vestindo, quase caindo de sono.

– Testa... – a Porca me chamou risonha. Olhei para ela um pouco irritada. – Sua calcinha está ao avesso. Melhor ajeitar... Sabe, em caso de vocês... – ela fez um gesto obsceno com os dedos.

Ajeitei a calcinha, vesti uma blusa branca com a imagem da Audrey Hepburn -Diva das Divas do cinema- e um short azul claro.

Cara, tô com tanto sono que acho que posso dormir em pé. Me virei para cama e quase morro de susto. Meu coração acelerou e eu cai dentro do meu guarda-roupa.

– Ah, qual é, Testa... Isso é um porquinho rosa, não uma rã, e foi você quem me deu... – Ino balançou o chaveiro da chave do carro dela na minha frente.

– Me lembre de comprar um maior... – falei.

– Seu príncipe medroso vem te buscar? – ela perguntou.

– Ele não é medroso, Porca! – reclamei revirando os olhos. – Quer ir me deixar?

– Eu vou para a casa do Sai, é caminho. Ou quer que eu saia e te deixe só? Seus pais foram fazer compras... – ela sorriu debochada.

Arregalei os olhos.

– Nem pensar... Não fico só depois daqueles monstros quase me matarem. – gritei em desespero.

– Nem comigo aqui você dormiu. – Porca maldita, fica rindo da minha desgraça... Vou me unir ao Sasuke e comprar ratos pra ela.

...

Por que aceitei carona da Ino?

– Quer ir ao Sex Shop de novo? Podemos comprar uma fantasia da Mulher Gato... Sasuke é meio nerd, deve gostar... Você veste quando for usar o chicote que a Temari te deu. – ela ligou a seta para a direita, fazendo menção de dobrar para a rua daquele lugar impuro.

– Nem pensar, Yamanaka! – esbravejei. – Se entrar nessa rua, arranho o seu carro.

– O que? Troquei de carro há apenas... – ela falou alarmada depois deu um sorrisinho. – 42 dias. – tinha que ser. – E é uma Mercedes Classe S, não é tão barato... - como se ela não tivesse dinheiro pra comprar outro carro. – Procure uma fantasia feminina do Darth Vader, dá certo com a camisinha fluorescente.

– Porca... Eu não vou nem usar a fantasia de enfermeira. – falei entredentes.

– Vai sim... – ela disse confiante. – Se ele matar a barata... Sabe, você é super ingrata, comprei a fantasia com todo carinho e você não quer usar. – ela fingiu estar chateada.

– Podia ter usado o dinheiro da fantasia com doces... Eu ficaria extremamente grata. – dei de ombros.

Ela estacionou na frente do prédio que o Sasuke mora.

– Chata... Vai lá dar prazer ao seu moreno delícia que eu vou dar prazer ao meu branquelo delícia. – ela sorriu maliciosa.

– Vadia! – falei saindo do carro e ela me mostrou o dedo do meio.

...

Nem acredito que estávamos sozinhos no apartamento... Almoçamos tranquilamente sem menção aos 42, sem machucados, sem ataques de alergia, sem micos e, o melhor de tudo, sem Itachi, Ino ou pais contando histórias constrangedoras. Dá pra acreditar? Não, né? Mas essa foi a realidade.

Estávamos assistindo "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei". Eu estava quase dormindo, não pelo filme ser chato... É ótimo, um de meus favoritos -Légolas é tudo de bom-, mas eu não dormi essa noite, graças aos monstros saltitantes e nojentos, então me dê um desconto.

Foi quando vi algo pequeno passando por cima da gente. Gritei em desespero, quase caindo do sofá... Não acredito que tem rã no apartamento do Sasuke! Nunca mais piso aqui!

– Sasuke, tira isso daqui! – gritei cobrindo o rosto.

Depois de alguns segundos sem movimento, descobri o rosto, o olhando. Ele parecia estar meio duro, mas se levantou rapidamente e pisou no bicho.

– Eca! Você pisou numa rã? – gritei e cobri o rosto de novo horrorizada.

Quando descobri o rosto de novo, vi que ele permanecia duro.

– Sakura... Me ajuda... – o rosto do Sasuke demonstrava pânico e ele tremia.

– Nem pensar! – gritei.

– N-não é uma rã... – Sasuke estava tenso.

Me levantei com receio e puxei Sasuke pelo braço. Ele caiu sentado no sofá, com os olhos arregalados, boca entreaberta, todo duro e com as mãos trêmulas.

Estranhei e olhei para o chão. Meu maxilar deve ter ido parar nos meus pés.

Não... Acredito! Sasuke, o meu Sasuke, o meu príncipe medroso, o rapaz que não tem medo de monstros saltitantes e nojentos, mas tem medo de baratas inofensivas... Não consigo acreditar!

Tem uma barata esmagada no chão... Tem a porra de uma barata voadora esmagada no chão!

Sasuke... Matou... Uma... Barata... Voadora!

Coloquei as mãos na cabeça em desespero... Não, não, não, não... Isso não pode estar acontecendo... Não pode ser verdade!

Vou ter que usar a merda da fantasia!

Olhei incrédula para Sasuke, que ainda estava em choque.

– Vaiterqueusarafantasia! – ele murmurou.

Sentei no sofá, ao lado dele, com os olhos arregalados, boca entreaberta, toda dura e com as mãos trêmulas.

– Vouterqueusarafantasia! – murmurei.

Sasuke se virou para mim, parecendo o C-3PO, de tão duro.

– Limpe o chão... – ele pediu.

O olhei com as sobrancelhas franzidas.

– Você quem matou, limpe... – falei.

– Não consigo... Tenho nojo... – nojo, sei...

– Larga de frescura, Sasuke! – esbravejei.

Ele olhou para a barata, se levantou lenta e hesitantemente, cambaleou um pouco e desmaiou, caindo sobre o tapete.

Esse é o meu herói!

...

A visão de Sasuke Uchiha

O dia do prêmio

É, ganhei a aposta! Claro que nunca, jamais, never, em hipótese alguma contarei para a minha namorada que ganhei por trapaça. Ela arrancaria o Sasuke Júnior e o colocaria numa lança, exposto em praça pública -cada semana em uma praça diferente. Isso definitivamente não seria legal.

– Se anima! – falei enquanto dirigia rumo a um motel, motel de luxo, diga-se de passagem.

Sakura estava emburrada, envergonhada, constrangida e olhava, aparentemente calma, pela janela. Conhecendo a rosada como eu conheço, ela deve estar pensando na melhor maneira de me matar, após me torturar, e expor o cadáver... É, minha namorada é perigosa!

– Eu tenho certeza de que você trapaceou... – Sakura falou firme. – Só não sei como... – murmurou baixinho.

Ótimo, se ela não tem provas, então eu fui honesto do início ao fim.

– Fala logo que eu sou mais corajoso. – me gabei.

– Nunca! – ah, como é orgulhosa...

Meu coração parecia bater mais rápido que o normal, estávamos chegando no motel, logo eu veria a minha rosada vestida de enfermeira sexy... Calma, Sasuke Júnior, nós já vamos nos divertir...

Entramos no quarto do motel, cujo número era 420... Coincidência? Não, esse número nos odeia mesmo.

Ao abrir a porta, me deparei com um ambiente meio avermelhado, mas bem iluminado em cada canto com cores quentes. Havia uma cama redonda -sim, redonda- com decoração vermelha e algumas pétalas brancas​. E perto desta cama havia uma barra de pole dance... Por um segundo imaginei a Sakura naquela coisa com roupa de enfermeira... Ai, que tesão... Credo, pareci meu irmão agora... A que ponto eu cheguei?

Mais para o lado daquela pilastra, tinha uma banheira de hidromassagem muito convidativa. Será que ela topava fazer sexo na água? Sei lá, deve ser legal.

Eu devia estar com uma baita cara de orgasmo, porque minha namorada me encarava com uma cara de "Sério mesmo, Sasuke?".

– Toma! – joguei para ela a bolsa com a fantasia.

Sakura me olhou como se perguntasse "Tem certeza?", eu apenas assenti e ela revirou os olhos antes de ir para o banheiro, pisando forte no chão. É, ela está puta de raiva, mas dane-se, eu ganhei -trapaceando, mas ganhei.

Sentei-me na cama redonda com lençóis vermelhos e fiquei esperando a minha namorada. Liguei o som e estava tocando "Still Loving You" do Scorpions, sempre achei que essa música fosse a cara de um motel. Pois é, eu estava certo!

A música já estava quase acabando e nada da rosada, será que demora tanto pra vestir uma roupa que mal cobre o corpo?

– Sakura, tá viva? – berrei.

– Eu não vou sair assim. – ela falou meio receosa. Então já estava pronta, heim?

Um sorriso malicioso brotou nos meus lábios, o Júnior já estava querendo pular para fora da cueca, meu coração já estava quase saindo pela boca e minhas mãos suavam tão frio, que parecia que eu tinha passado elas no gelo.

– Você não vai ficar a vida toda aí dentro, Sakura! Uma hora você vai ter que sair.

Ouvi passos e logo vi a maçaneta da porta girando. Na mesma hora a música do Scorpions acabou e começou a tocar "Bad Medicine" do Bon Jovi. Essa música combinou perfeitamente com a situação.

Quando a porta abriu, tive a visão do paraíso e o Júnior quase rasgou a minha calça, querendo seu momento de prazer.

...

A visão de Sakura Haruno

O dia do pagamento

Saí do banheiro com um constrangimento enorme com aquela "roupa" nada descente que eu estava usando! Sério mesmo que meu namorado gosta disso? Da próxima vez eu vou obrigá-lo a se vestir de Batman! Sim, eu tenho fetiches pelo homem-morcego.

Eu usava um lacinho branco na coxa direita e uma micro calcinha fio dental de renda, também da cor branca. O vestidinho era bem justo ao corpo, o que criaria curvas mesmo se a pessoa não tivesse. Meus peitos estavam bem amassados naquela roupa e com um decote bem grande. Em meu pescoço havia uma cruzinha de chocolate, que a Tenten comprou para mim no Sex Shop... Sim, o Sasuke quem mandou eu trazer a bendita cruz!

Ah, sem contar a tiara de enfermeira que estava em minha cabeça, o único objeto descente desta roupa inteira. Se é que isso pode se chamar de roupa!

Pra piorar a minha situação, começou a tocar uma música que, ironicamente, combinava perfeitamente com o momento. Maldito Sasuke! Eu sei que ele, de alguma forma, trapaceou. Meu namorado jamais mataria uma barata voadora, é mais fácil o Itachi virar gente!

Eu estava me sentindo uma vadia com aquela roupa, mas Sasuke amou, uma vez que nem piscava enquanto olhava para mim e sorria de maneira maliciosa. É, meu namorado é um tarado pervertido. Não nega ser irmão de quem é, isso já tá no sangue! Será que meu sogro e o tio Madara também são assim?

Mas, eu perdi uma aposta, agora precisaria pagar o preço, certo? Relaxa, Sakura, ele não é um estranho, é seu namorado, vocês se amam e já transaram até com camisinha que brilha, o que pode ser mais constrangedor do que isso?

Com o rosto queimando de vergonha, caminhei lentamente até o pervertido que estava na cama, subi nele, deitando-o gentilmente. Já estava na cara que Sasuke queria que eu comandasse o negócio, embora eu prefira que ele fique no comando. Perdi uma aposta e também não posso ser passiva o tempo todo.

Distribuí vários beijos pelo rosto dele, deixando marcas de batom vermelho em suas bochechas, nariz, queixo, testa e, por último, boca.

Comecei investindo em selinhos delicados, depois intensificamos nosso beijo. Sasuke segurava forte em minha bunda, fazendo pressão para baixo, me fazendo sentir sua ereção -mesmo que ele ainda estivesse vestido. Ele subiu com as mãos para as minhas costas, depois descia pela minha cintura e parava na minha bunda novamente. Nunca entendi a tara que o Sasuke tem de apertar ali.

Sério, comecei a curtir aquilo.

Ainda beijando meu namorado, levei minha mão direita até o criado mudo e peguei o par de algemas, as com plumas cor de rosa... Sim, o Sasuke pegou aquilo e esperava que eu usasse -ainda bem que joguei os dadinhos no lixo antes que ele fosse revistar a minha casa.

Retirei sua camisa vermelha antes de algemá-lo na cabeceira da cama. Sasuke sorriu malicioso e soltou alguns gemidos baixos quando eu comecei a distribuir beijos pelo seu peitoral. Percebi que ele se arrepiou todo e sorri satisfeita.

Retirei sua calça, deixando somente com a cueca box branca. Sentei sobre seu membro ereto e rebolei de forma que o fez jogar a cabeça para trás e revirar os olhos.

– Não me tortura desse jeito, Sakura...

Mordi o lábio inferior e sussurrei no ouvido dele:

– Shhhh... Eu que mando hoje, esqueceu?

Sasuke sorriu e mais uma vez ficou arrepiado quando passei as unhas delicadamente pela nuca dele.

Tirei sua cueca e o Sasuke Júnior saltou para fora, já estava prontinho para a ação. Delicadamente comecei a masturbá-lo, Sasuke arqueou as costas enquanto gemia de prazer. Bom trabalho, Sakura, você está sendo uma ótima enfermeira.

Distribuí beijos pela região sensível antes de colocá-lo na boca, sentindo o membro quente e pulsante enquanto o chupava.

Sasuke não queria um tratamento especial para o seu amiguinho? Então, fiz o melhor que pude! Eu já conhecia muito bem o corpo do meu namorado, bem o suficiente para saber que faltava muito pouco para ele gozar. Foi quando parei com as minhas carícias.

– Poxa... – ele me olhou com desaprovação e eu comecei a rir.

– Agora que a diversão começou... – falei de maneira sedutora, eu estava começando a entrar no personagem.

Fiquei de pé na cama, com um pé de cada lado do corpo dele. Sasuke me olhou com expectativa e, mesmo que eu tivesse morrendo de vergonha, devo admitir que não estava pior do que na minha primeira vez.

Devagar, retirei a calcinha fio dental branca que eu vestia, mas continuei com o corpo -não totalmente- coberto pelo vestido branco. Ah, claro, ainda tinha a tiara branca com uma cruz vermelha na minha cabeça.

Peguei uma camisinha de menta numa taça de vidro que tinha no criado mudo, ao lado da cama. Tinha de vários sabores, mas fiquei com vontade de experimentar a de menta, Ino falou que é maravilhosa.

Rasguei o pacotinho verde e coloquei o preservativo no Júnior antes de sentar sobre ele.

Segurei nos ombros do meu namorado e comecei os movimentos de vai e vem. Não sei por que diabos meu moreninho delícia não parava de olhar para o teto... Ah, homens...

Aquilo estava muito gostoso, a camisinha de menta dava um ardor muito bom, tenho certeza de que Sasuke também estava sentindo.

Parei com os movimentos, mas o Sasuke Júnior continuava dentro de mim. Peguei as chaves das algemas e soltei o Sasuke. Assim que fiz isso, o Uchiha me segurou com força e inverteu nossas posições antes de tirar o resto da minha fantasia, ele tirou com tanta força que o fino tecido branco rasgou. Bem, pelo menos eu não iria mais usá-lo, mas temia que Sasuke arrumasse mais fantasias assim. Espero que ele não tenha mais nenhum tipo de fetiche.

Arfei quando o moreno me penetrou novamente, dessa vez com força. Foi quando percebi o espelho no teto... Ah! Por isso que Sasuke ficava olhando para cima com cara de bobo.

Agora eu estava na mesma situação, ficava olhando para cima, tendo a visão perfeita do corpo nu do meu namorado de costas. Ah, aquele bumbum lindo, me deixa louca. Passei as mãos pelas costas dele e cravei minhas unhas ali. Sasuke resmungou, ele não gosta quando eu faço isso, mas aquele bumbum é uma tentação. E, o melhor, eu estava tendo a visão perfeita dele enquanto transava.

Ah, um teto nunca foi tão excitante.

Eu ficava encarando o espelho com uma cara de tarada, devido aos movimentos de vai-e-vem que meu namorado fazia sobre mim. Mas que bunda perfeita ele tem! Meu Deus!

Mordi o lábio inferior quando ele chupou o meu pescoço junto com o chocolate, tentei conter um gemido, o que foi em vão.

Era mão boba pra lá, mão boba pra cá, uma apertadinha aqui, outra acolá...

Parecia que a camisinha de menta estava perdendo sua qualidade, ela era boa, mas não durou muito. Dane-se, eu estava gostando de qualquer jeito!

Inverti as posições, afinal, sou eu quem manda aqui.

Inclinei meu corpo em direção ao dele e percebi que ele olhava para o teto, mais especificamente, minha bunda.

– O que está sentindo? – sussurrei bem perto de seu ouvido e o vi se arrepiar.

– Tudo. – falou com voz sedutora.

Sentei-me em seu abdómen e sorri maliciosa.

– Eu vou cuidar de você. Relaxe! – enquanto dizia a última palavra, eu desci minha mão até o seu membro e o masturbei mais forte do que da primeira vez.

Ele revirou a cabeça de prazer e chamou-me pelo nome. Ele tentou me agarrar diversas vezes, mas eu sempre o impedia, eu definitivamente queria torturá-lo.

Sasuke me puxou com força para um beijo e nossas intimidades roçaram, e isso acabou arrancando gemido de nós dois.

Senti uma mão descer até minha intimidade e me penetrar sem demora. Arfei em seu ouvido contendo os gemidos. Seus dedos eram ágeis e muito bons. Algo queimava dentro de mim, eu estava prestes a me desmanchar em seus dedos quando ele parou e retirou lentamente seus dois dedos.

Ele me abraçou calmamente deslizando as mãos pelas minhas costas, isso me fez arrepiar todinha.

Foi me virando lentamente e, quando percebi, já estava embaixo dele novamente, vendo aquela bunda perfeita pelo teto espelhado. Nossa, eu acho que vou pôr um espelho no teto do meu quarto, porque... Uau! É de tirar o fôlego!

Sasuke foi beijando lentamente minha barriga e desceu por completo em minha intimidade e a abocanhou. Tive um orgasmo naquela hora. A língua dele passeava descaradamente em meu clitóris, e sugava. Ele estava cada vez melhor nisso!

Sasuke subiu novamente e me penetrou com uma estocada mais forte enquanto massageava meu busto esquerdo e sugava meu pescoço. E então, gozamos quase que ao mesmo tempo.

Suspiramos em completa satisfação e deitamos um ao lado do outro nos olhando através do espelho no teto.

Cruzamos nossas mãos e pensamos o mesmo: “Precisamos de um espelho no teto de nossos quartos!”.

...

Aquele banheiro era maior do que o meu quarto. Na verdade, era maior do que o quarto do Sasuke!

O moreno entrou na bela banheira e estendeu a mão para que eu também entrasse ali.

– Sasuke... – cruzei os braços. – Gozaram aí dentro!

– Sakura... – ele riu e revirou os olhos. – Isso é uma suíte de motel! Se duvidar, gozaram até na maçaneta. – eca!

– Bobo. – claro que não contive o riso. Sasuke é bem-humorado e idiota ao mesmo tempo, é uma combinação engraçada.

Resolvi ceder e entrei na banheira, me sentando no colo do Sasuke, ficando de frente para ele, e lhe beijei na boca.

Meu namorado pervertido tem as mãos muito bobas, ele apertava meus seios, minha bunda, passava os dedos pela minha parte íntima... Ele tem um fogo que eu não consigo explicar, mas admito que gosto.

Olha, fiquei constrangida de início, mas até que não foi tão ruim perder a aposta... Mesmo que eu ache que ele trapaceou... E eu descobrirei como!


Notas Finais


E aí, gostaram?
Até os comentários =D


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