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História Desafio dos 42 - Sr.42: Burrice!



Notas do Autor


Olá, pessoas!
É, sabemos que demoramos um pouco além do costume dessa vez...
Sofremos um ataque terrível de aliens que queriam conquistar o poder dos 42! Fomos abduzidas por 42 aliens, atacaram nossos computadores com 42 meteoros, ainda surgiram serras elétricas com 42cm para nos matar!
É, desculpas...
Mas para compensar aí está um capítulo enorme com o nosso Uchiha lindo!
E muito obrigada a todos que estão lendo e comentando esta estória!
Ficamos muito felizes por saber que estão curtindo tanto quanto nós!
Chega de falar! Vamos para a estória!
Que a força esteja com vocês porque 42 não é mole não...

Capítulo 6 - Sr.42: Burrice!


Hoje eu acordei feliz! Quem não acordaria? Ontem dei carona à garota mais linda que já pisou na superfície terrestre. Certo que não rolou nada, e eu ainda fiz um comentário super idiota. Porra! Eu estava com a mina do meu lado e o que eu digo? “Achei que você fosse mais calma.”. Parabéns, Sasuke! Atropelou a garota e ainda fala bobagens.

Bem, ao menos darei carona hoje novamente. Preciso passar uma impressão melhor, então eu tinha que ir com uma roupa mais sofisticada do que as que sempre uso!

Coloquei uma camisa azul marinho de mangas longas, gola v, arregacei as mangas até o cotovelo, calça chino bege e um tênis preto. Por fim, ajeitei meu cabelo bagunçando ele.

– O que deu em você? Tá parecendo uma adolescente apaixonada! Pretende levar a sua namoradinha nerd para a cama? – ele tinha que vir com piadinhas.

– Eu vou dar carona a ela hoje! – omiti a parte que quase a atropelei e quebrei sua bicicleta.

– Nossa! Imagino que o carro deve estar cheio de pétalas de rosas pra criar um clima romântico... Por que não aproveita e a convida para um encontro? – ele riu. Idio... Espera!

Não é que esse traste tem razão? Vou chama-la para jantar comigo. Isso! Coragem, Uchiha!

Saí do apartamento e fui pra garagem. Logo cedo pedi pra um mecânico levar meu bebezinho para o conserto, então peguei o Audi S8. Sim, tenho dois carros. O caminho até a casa dela foi normal, mas quando cheguei lá, nossa! O Sasuke Jr. quase levantou... Ela estava perfeita! Nem acredito que ela hoje vai de short, e um bem curto ainda por cima, estou tendo a visão do paraíso! Eu iria sair para abrir a porta pra ela, mas é melhor eu ficar sentadinho, tentando manter minha sanidade.

Ela entrou no carro e eu travei uma batalha árdua para não olhar para ela... Eu poderia causar um acidente se olhasse demais, ou meu amiguinho poderia se animar e isso assustaria ela! Mantenha o foco no caminho, Sasuke, se controle!

Já estávamos perto da UFK... Agora era a hora, vou chama-la para jantar! Pigarreei para chamar sua atenção.

– Foi mal ter batido em você, quer sair comigo como um pedido de desculpas? – tentei parecer o mais indiferente possível.

De soslaio, pude ver que ela corou, ainda deve estar brava por eu ter quebrado sua bicicleta.

– P-pode ser. – ela aceitou, porra! Ela aceitou!

Chupa, sociedade! Terei um jantar com a garota mais inteligente e linda da UFK!

Ainda estava cedo quando chegamos. Ela desceu do carro e logo aquela amiga inconveniente veio correndo espalhafatosa para perto da rosada. Ah, qual é! Nem deu pra combinar o local e horário do encontro, porra! Vai se foder, loira do oral!

Fui para a sala de aula logo, sei que esperaria ainda uns 50 minutos para o professor chegar, mas fui. Me sentei atrás do lugar onde a rosada costumava sentar e, quando ela chegasse, eu falaria com ela.

A Karui veio me importunar de novo, que droga! A ruiva sentou na minha mesa.

– Então, Sasuke! Algumas pessoas estão dizendo que você veio com a nerd cor-de-rosa para a faculdade. – ela fez cara de nojo. – Você não merece alguém sem sal como ela! Por que não experimenta algo melhor? – disse, cruzando as pernas em minha frente.

– Não é da sua conta! – falei o mais frio que consegui.

Ela fechou a cara e foi sentar no lugar dela.

A porta se abriu e lá estava ela, linda! Olhei para as pernas da Sakura, disfarçando, lógico! Ela tremeu quando me viu... É, Sasuke, a mina tá com ódio da tua cara. Fez ela perder tempo por causa de seu pé, atropelou ela, quebrou sua bicicleta... As coisas não estão boas para mim.

Ela sentou e virou para trás, me encarando, mas se voltou para frente em um movimento rápido. Parece que sentar aqui não foi uma boa ideia!

– Sakura! – chamei e ela se virou para mim. Que olhos lindos! – Que tal a gente se encontrar amanhã? Você escolhe o local. – eu atropelei ela, nada mais justo.

– Ah... – ela ficou me encarando e eu arqueei uma sobrancelha. – Que tal ser na sua casa?

– Pode ser, eu preparo o jantar. – tomara que ela goste de pizza!

– Sim, tudo por sua conta. Você quase me matou ontem. – ela tá realmente irritada.

– Que horas eu te pego? – perguntei e ela arregalou os olhos.

– O-o-o q-que? Me p-pegar? – ela corou, só podia ser de raiva. – Na h-hora que v-você quiser!

– Ok! Vou te buscar na sua casa às 19! – respondi. Espero que ela não se atrase.

O professor Kakashi ainda demorou 34 minutos para chegar à sala. Cara, eu odeio atrasos! Não troquei nenhuma palavra com a Sakura, mas fiquei a observando discretamente durante a aula. De vez em quando ela me olhava, e eu fingia prestar atenção à aula. Não posso deixar perceberem que não sou o “gostosão pegador”, assim não conquistaria nenhuma garota! Tenho que manter minha pose de indiferente!

O resto da manhã foi normal! Fiquei agradecido por não ter tido tempo de encontrar os imbecis dos meus amigos, assim não tiravam sarro de mim só por eu ser virgem. Nas outras aulas me sentei no canto de sempre, observando a rosada com discrição. Ênfase no discrição, por favor!

Na saída, Sakura me acompanhou até o carro. Quando entramos, ela cruzou as pernas, fez um bico super sexy e estava com um olhar pra lá de sedutor... Não sei se era coisa da minha cabeça, mas não pude deixar de olhar. Porém, quando o fiz, ela se virou de vez para a frente. Olhei malmente pela janela e vi Gaara entrando no carro dele junto com a irmã. Pareço legal –ou não-, mas desejei que ele morresse. Ela estava fazendo aquilo para ele e aquele desgraçado sequer dava bola! Se fosse comigo, eu pegaria ela de jeito e perderia o lacre aqui mesmo, dentro do carro!

Me recostei no banco um pouco irritado, mas me acalmei.

– Lembre-se! Às 19! Não gosto de atrasos. – falei indiferente.

– C-certo! – ela gaguejou, devia estar envergonhada por ter sido pega admirando o cabeça de fósforo.

...

Eu estava de saída para comprar refrigerante e cerveja - não sei se a Sakura gosta de cerveja, então era melhor prevenir -, quando vi o Itachi entrando na sala apenas de cueca box. Isso é a visão do inferno!

– Itachi, você tem que sair de casa hoje. – falei.

– Eu, heim! Por quê? – perguntou visivelmente indignado.

– A Sakura vai vir aqui, marquei um encontro! – respondi.

– Você? Marcou um encontro? – ele começou a gargalhar feito hiena. – Sério?

– Seríssimo! – respondi enquanto pegava as chaves do carro e do apartamento.

– Por que marcou um encontro em casa? É trabalho escolar por acaso? Marca logo num motel!

– Itachi... Só vai embora de casa, ok? – falei, já saindo do apartamento.

...

Já havia comprado as bebidas e pipoca, vou sugerir assistirmos um filme. Se for terror, ela pode me abraçar nas horas dos sustos, se for aqueles romances melosos idiotas a gente entra no clima também. Isso, filmes são ótimos para criar um clima e eu poderei levar Sakura Haruno para a cama! Isso Sasuke, vai nessa.

Agora, preciso ir até a farmácia, meu pé ainda dói um pouco, ao menos não teve que amputar. Aproveito e me preparo para a noite de hoje, preservativos são importantes.

No caminho vi o Naruto passando na frente de uma praça. Buzinei, chamando sua atenção, péssima ideia...

– Teme! – ele veio correndo daquele jeito estabanado dele. – Vai me levar pra casa de carona? Por isso é bom ter um amigo que dirige!

– Bom saber que você valoriza mais o fato de eu saber dirigir do que a nossa amizade. – dramatizei.

– Larga de boiolagem! – ele revirou os olhos. – Me leva na farmácia? Minha mãe mandou eu ir comprar umas paradas pra ela e eu não tô a fim de fazer isto sozinho...

– Eu estava indo lá... O que vai comprar? – perguntei enquanto ele entrava, depois dei a partida.

Naruto ficou calado por um tempo e depois falou entredentes, olhando pela janela:

– Absorvente. – ele suspirou e eu ri.

Dirigi até o local e eu vi duas garotas saindo da farmácia. Novamente a visão do paraíso: a Sakura de short curto! A bunda dela é perfeita. Deve ser uma sensação divina apertar aquela área! Cara, se não fosse pelo Naruto, eu teria esbarrado com ela dentro da farmácia em uma incrível coincidência... Loiros são mesmo inconvenientes.

– Sasuke? – Naruto me chamou. – Você tá em transe, parece que viu a Gisele Bündchen. – vi algo muito melhor.

– Vamos logo. – falei saindo do carro

Entramos na farmácia e o loiro foi olhar os absorventes. Ouvi as atendentes falando algo sobre um pinto enorme e camisinhas. Ignorei e fui para perto do loiro.

– Sasuke... – o olhei. – Você gostaria mais com abas ou sem abas? – ele me mostrou dois pacotes.

– E eu lá vou saber? – franzi minhas sobrancelhas.

Ele colocou os dois pacotes na cesta.

– Agora que estou lembrando... Você não tinha um encontro com a Sakura hoje? – o Dobe perguntou.

– Sim! Mas ainda não está na hora. – falei enquanto olhava aqueles inúmeros pacotinhos. Cara, serve tudo pra mesma coisa, faz diferença se tem ou não aroma, abas e outras frescuras?

– Tá prevenido? – me olhou sacana.

– Tô, já pedi as pizzas. – dei de ombros.

– Não, sonso! Tô falando de camisinha! – eu juro que vou matar meu melhor amigo algum dia! Daí vocês se perguntam: Por que? Porque ele simplesmente gritou ao dizer esta frase e uma farmacêutica já veio até nós.

– Boa tarde, meu nome é Mirys, em que posso ajudar? – ela falou olhando para nós dois.

– Bem na hora! – o loiro sorriu... Isso não vai prestar. Andar com o Naruto é pedir pra passar vergonha. Por que diabos eu buzinei? – Meu amigo vai receber a namorada e não se preparou... Ele precisa de camisinhas!

– Eita! Todo mundo resolveu transar hoje? – ah, tá brincando que agora eu vou ser zoado por essa tal de Mirys! – É a primeira vez, jovem? – perguntou a mim, mas antes que eu respondesse, o meu amigo, que em breve estará morto, prontamente respondeu em meu lugar.

– É, se ele não fizer hoje, pode morrer sem uso algum. – esquartejar, esfolar, empalar, queimar, afogar... Qual morte seria melhor?

– O tamanho do seu pênis é normal? – Mirys perguntou na maior naturalidade.

– Que tipo de pergunta é essa?! – berrei feito um doido e Naruto riu.

– É que veio uma menina aqui que ia transar com uma cara meio avantajado, sabe... Enfim, a camisinha pode rasgar.

– Dane-se, essas porcarias foram feitas para esticar. – eu nem sabia o que dizer diante daquilo. A pessoa nem sabe meu nome e já pergunta o tamanho do meu companheiro? – Vamos embora daqui, por favor, daqui a pouco ela vai estar querendo medir. – saí arrastando o loiro para o caixa.

– Sasuke, compre pílulas também! – ele me parou.

– O que? Eu não tenho útero. – o olhei indignado.

– Não. – revirou os olhos. – Mas ela tem, e você deve estar prevenido para o caso da camisinha furar ou arrebentar na hora da transa. Não quer que isso aconteça, né?

– Eu quero que você morra! – bradei.

– É assim que você trata seu melhor amigo que está te ajudando com a perda do seu cabaço? – ele dramatizou. – Olha, você deveria agradecer. Na minha primeira vez eu não tive ninguém para me aconselhar. – claro, estava bêbado! – Deveria se sentir privilegiado por ter um amigo te apoiando nesse momento tão íntimo e delicado.

– Isso! Você encontrou o “x” da questão! Íntimo! Um momento íntimo, portanto não se meta! – bradei irritado. – E eu nem sei se a Sakura... – abaixei o olhar e falei baixo. – Enfim...

– Sasuke, é como o Itachi diz. – o que? Agora ele ia usar uma das filosofias do Itachi? – Você precisa ter mais atitude, seja homem! – ele me encarou sério. – Agora... Me escute bem... – Naruto segurou meus ombros e me olhou nos olhos. – Você se lembra daquela festa que eu fiquei trilouco e transei pela primeira vez?

– Lembro! – suspirei. – Você disse que acordou sem saber direito o que tinha levado pra cama.

– Pois é, ainda bem que era uma menina gatinha... – ele pareceu agradecer mentalmente por isso. – Enfim, passaram alguns dias e ela não embodava.

– “Embodava”? – o olhei confuso.

– Sim, ela não ficava de bode, vulgo menstruava. – ele falou como se eu tivesse obrigação de entender os dialetos estranhos dele. – Pois é, eu tinha 14 anos e jurava que tinha engravidado a menina, mas por muita sorte, era alarme falso.

– Tá, e daí? – indaguei. – Você salvou um ser humano de carregar seus genes.

– Você não quer passar por isso, né? – ele perguntou sério e eu neguei. – Então compre as pílulas e livre o mundo deste mal de surgir um mini Sasuke! Acha que precisa de Viagra? – ele falou a última parte com tamanha seriedade que fiquei na dúvida se ele estava brincando ou falando mesmo pra valer.

Porra! Ele acha que eu sou o que? Um velho tentando levantar o bilau ou um jovem de 19 anos exalando testosterona? Naruto é uma criatura muito sem noção.

– Dobe, eu posso levantar meu amiguinho sem ajuda de remédios. – ainda não consigo crer que eu, Sasuke Uchiha, disse tal coisa. Eu nem sabia se a Sakura ia topar transar comigo, eu queria me aproximar dela antes.

– Você precisa bater uma pra ela todos os dias. – o loiro deu de ombros. Cara, juro que pensei em sufocá-lo com uma das camisinhas que ele tinha colocado na cesta.

– Naruto, o que a atendente vai pensar de mim? – indaguei totalmente vermelho enquanto a atendente me olhava como se eu fosse um maníaco.

– Ah, não tem problema não. – a mulher riu. – Agora há pouco veio uma menina com uma amiga pior que seu amigo. A coitadinha virou um tomate de tanta vergonha.

Como vi a Sakura e a loira do oral saindo da farmácia, tive a ligeira impressão de que a amiga inconveniente era a Ino e que o tomatinho era a Sakura... Ah, como amo tomates!

Puxei o Naruto para o caixa, louco para sair logo daquele local impuro. Enquanto passavam os produtos, achei que teria paz.

– Você sabe colocar camisinha, né? – por que diabos ele tinha que berrar? As atendentes riam da minha cara, e uma velhinha me analisou dos pés à cabeça. – Ah, todo mundo aprende na escola, você deve saber na teoria. É bem fácil, o segredo é não deixar ar dentro dela, ou então pode estourar.

Finalmente saímos daquele local, nunca mais piso naquela farmácia e nem ando com o Dobe para canto algum. E, olha só, esqueci de comprar algo para o meu pé, graças a esse idiota. Não volto nem a pau!

...

Não sei pra que diabos o Naruto inventou de dar uma passadinha na minha casa, no mínimo queria comer, aposto. Assim que chegamos, nos deparamos com um cheiro de queimado que denunciava que meu irmão estava na cozinha. Ótimo!

– Itachi, o que você fez de bom pra gente comer? – Naruto já chegou berrando e correndo para a cozinha. Típico de um amigo esfomeado, desses que já chegam na sua casa perguntando o que tem de bom na geladeira.

– Ei, Naruto! – Itachi o cumprimentou enquanto usava uma tampa como escudo. Tinha alguma coisa pegando fogo na frigideira.

– Itachi, o que você tá fazendo? – indaguei já lançando um olhar de "eu não vou limpar isso!".

– Fui fritar um ovo, mas uma gata me ligou, aí eu saí pra atender o celular e esqueci do ovo. – ele desligou o fogão e jogou o ovo carbonizado no lixo. – Acidentes acontecem, né?

– Verdade! – Naruto deu um tapinha no ombro dele. – Eu já queimei pipoca de micro-ondas. É trágico mesmo.

– Itachi, nós moramos sozinhos há uns cinco anos, e você ainda não aprendeu a cozinhar? – revirei os olhos. – E não espere que eu limpe essa bagunça!

– Ah, depois eu arrumo. – ele simplesmente jogou as louças na pia, seguiu para a sala e se jogou no sofá. Naruto e eu fomos juntos, após ele pegar um pacote de batatas fritas no armário, e o loiro se jogou no sofá ao lado do meu irmão.

– Mano, tenho uma coisa pra te contar. – Naruto pareceu uma velhota fofoqueira falando. - Hoje seu irmão perde o cabaço.

– Começou! – revirei os olhos e me joguei no outro sofá, já aguardando as piadinhas que viriam.

– Sério que ele vai perder? – indagou meu irmão. – Qual foi a macumba?

– Sakura vai se encontrar com ele hoje, aposto minhas fichas no Sasuke. – Naruto falou com a boca cheia de batatas. – Eu creio que dessa noite não passa.

– Naruto, não o superestime! – Itachi colocou a mão no ombro do loiro, como se quisesse consolá-lo. – Sasuke nasceu de cesariana que foi pra não passar nem perto.

– Idiota! - mais uma vez meu rosto estava queimando de vergonha, constrangimento, ódio e vontade de matar aqueles dois.

– Porra, Sasuke! – Naruto começou a gargalhar feito um louco. – Espera aí, eu também nasci de cesariana...

– Dane-se, o problema é o Sasuke, não você. – Itachi deu de ombros – Não acho que ele tenha coragem o suficiente pra tomar alguma iniciativa.

– Ah, mas ele tem que tomar! – Naruto estava decidindo por mim – Vai por mim, ele já tá prevenido e eu o obriguei a comprar até pílula do dia seguinte.

– Vai vencer e ele não vai usar... – Itachi começou a gargalhar – Mano, só gastou dinheiro à toa.

– Itachi, cuida da tua vida sexual que eu cuido da minha, falou? – esbravejei puto de raiva.

– Você nem tem vida sexual! – Itachi falou e os dois manés começaram a rir da minha cara. Estão vendo como sofro bullying dentro da minha casa só porque sou virgem? É realmente humilhante!

– Ah, eu ia adorar ficar aqui falando da castidade do Sasuke, mas tenho que ir! - Naruto se levantou e eu agradeci mentalmente por meu melhor amigo estar indo embora. Não que eu não goste dele, mas Naruto é um ser inconveniente.

– Falou! - me despedi e ele continuou me olhando com cara de pidão.

– Sasuke, eu tava contigo, agora me leva em casa - mereço...

...

Eu já estava pronto para ir buscar a Sakura, talvez eu esteja arrumado demais para um encontro dentro de casa, mas que se foda! O encontro era com a Sakura e, se eu queria conquista-la, eu tinha que fazer jus a minha fama de bonitão pegador.

Cheguei à sala e o traste ainda estava aqui, só de cueca, jogado no sofá da sala. Ao menos tinha lavado a louça e o apartamento estava apresentável, as pizzas já tinham chegado e as bebidas estavam geladas.

– Vai embora, Itachi, já estou indo buscar a Sakura. – falei enquanto abria a porta.

– Pega a minha moto, eu te empresto! – ele falou.

– Moto? – arqueei uma sobrancelha.

– Tá brincando, vai pegar ela de carro? – ele parecia horrorizado.

– O que é que tem? – perguntei.

– O que é que tem é que, na moto, a mina vai se agarrar em você e de carro nem contato físico tem! – ele falou como se fosse óbvio.

– Ah, mano! Tchau... E vaza daqui! – fechei a porta.

Eu estava indo direto para a casa da Sakura para buscá-la, ainda eram 18h42min, estava um pouco cedo, portanto, quando cheguei lá, estacionei o carro, esperei dar o horário e então buzinei, saindo do automóvel em seguida.

Ela demorou um tempinho a surgir, será que tinha desistido? Não estava pronta ainda? Mas, finalmente, ela apareceu. Estava trêmula. Será que ela estava com tanta raiva de mim assim? Argh! Não pode dar nada errado.

Ela estava linda -como sempre- com aquela saia curta, e bota curta nisso, e aquela camisa meio transparente. Estava totalmente sexy! Sossegue aí embaixo, amiguinho!

Abri a porta do carro meio nervoso e ela entrou. Logo depois entrei também e dei a partida. Ela cruzou as pernas e se recostou, confortável, no banco. Meu Deus! Eu não me aguentei, tive que olhar.

– Você está... bonita! – merda! Eu falei sem querer, mas era verdade!

Ela me encarou com os olhos arregalados e a boca semiaberta, totalmente convidativa... Será que ela gostou do elogio ou estava indignada? Espero que seja a primeira opção!

Ao chegar no estacionamento do prédio, saltei do carro e fui abrir a porta para Sakura. Porque, claro, eu sou um cavalheiro.

Segurei em sua mão e percebi que esta estava gelada e trêmula. Meu Deus, ela tá puta com alguma coisa! Senhor, que não seja por minha causa!

Ela murmurou algo que eu não escutei muito bem. E eu sou o tipo de pessoa que tem receio de perguntar “o que você disse?” várias vezes e a pessoa se cansar de mim.

Ela foi andando estranho até o elevador. Foi engraçado, parecia um tiranossauro com câimbra, imaginem a cena!

Pegamos o elevador e o meu lado pervertido foi ativado. Uma trepada no elevador seria legal, acontece muito nos filmes... Não, melhor não, tem câmera aqui. Mas que merda eu tô falando?

Abri a porta do apartamento, eu já estava super nervoso! Estaria a sós com a rosada e então... Espera, espera aí! Que palhaçada é essa?! Meu irmão arreganhado, sem camisa, enquanto assistia um documentário sobre a rainha Cleópatra no History Channel! Tá de sacanagem, né?

– Itachi! – joguei uma almofada naquele imbecil. – Eu falei pra você sair... – disse entredentes, espero que ela não tenha escutado.

– Ah, oi! – falou a criatura que eu me recuso a chamar de irmão. – Então, Sasuke, essa é aquela sua... – lancei um olhar mortal. Mano, se ele abrisse a boca, eu juro que iria arrancar a língua dele fora!

– O-oi, meu nome é Sakura. - apresentou-se. Ah, maravilha Itachi! Agora ela tá tão irritada que está até gaguejando!

– É, eu sei que o seu nome é Sakura... – Itachi falou baixinho, mas deu pra ouvir. Tive que lançar outro olhar mortal para este vagabundo inútil. – Digo... Oi, Sakura! Meu nome é Itachi, sou o irmão mais velho do Sasuke e o mais bonito. – como é narcisista...

– Você é lindo, mas não é o mais bonito. - Toma essa, rapá! Sakura 1, Itachi 0!

Mal posso acreditar que ela realmente disse isso. Então... Quer dizer que ela me acha o mais bonito? Vou me gabar pelo resto da minha vida. Senhor, preciso de ar.

– Ouviu essa? – falei com um sorriso de canto, debochado, para o meu irmão. – Depois dessa humilhação, se eu fosse você, evaporava desse mundo! – completei ao ver a cara de paspalho.

– Pelo menos eu transo! - ele disse.

Meu sangue congelou nas veias. Maldito filho da minha mãe! Esse cara tem o objetivo principal de foder com a minha vida.

– Vai se ferrar, Itachi! – taquei uma almofada nele, como um recurso desesperado. Só Deus sabe o quanto me segurei para não gaguejar. – Então, Sakura, vamos assistir um filme enquanto comemos? – mudei de assunto. Sakura parecia no mundo da lua. – Sakura?

– Hã? Ah... O que? – ela pareceu sair de um transe.

– Vamos assistir um filme enquanto comemos? – repeti a pergunta e Itachi falou algo que eu prontamente ignorei.

– Filme? E o jantar? – ela perguntou.

Poxa, quer dizer que ela só veio aqui para comer? Depois dessa, se eu pudesse me trancava no quarto até o século seguinte.

– Eu pedi pizza, espero que goste de quatro queijos e calabresa... – respondi indo para a cozinha esconder a minha cara de derrota. Ok, se ela queria comer, eu daria comida a ela. – Quer pipoca também? – perguntei voltando à sala.

– Eu quero, faz da natural pra mim. – Itachi falou.

Sakura estava parada no meio da sala, parecia transtornada. Ergui uma sobrancelha, mostrando os pacotes de pipoca. Ué... Ela não gosta de pipoca?

– Faz da de manteiga. – ela respondeu e eu voltei para a cozinha.

Coloquei os três pacotes no micro-ondas. Nem sei se dá problema, mas é tudo a mesma coisa, certo?

– Que bonitinhos! – ouvi Sakura falar e rir... Essa não! As fotos constrangedoras!

– O que? – Itachi berrou. – Merda! Esqueci de tirar essas fotos daqui.

– Itachi, você sabe que às vezes a mamãe chega de surpresa. – falei, fingindo o pleno, entrando na sala e colocando as pizzas sobre a mesinha de centro. – Ela gosta de encontrar o apartamento do jeito que ela decorou.

Vi Sakura pegar mais uma.

– Olha que fofo o Sasuke bebê! – ela falou.

Praticamente corri para a cozinha quando ela disse isso. Eu estava vermelho. Cara, que vergonha, primeiro encontro e ela já está vendo minhas fotos de quando eu era bebê!

As pipocas estouravam e eu não ouvi mais o que eles falavam, apenas quando voltei para a sala com três baldes de pipoca que pude ouvir o Itachi:

– Toda vez que a mamãe vem, ela coloca essas fotos horríveis expostas, e ainda diz que é bonitinho.

– E ai de nós se mexermos na decoração dela. – falei rindo e colocando os baldes sobre a mesinha de centro. – Às vezes ela chega de surpresa.

– Quando ela avisa, a gente até dá uma limpadinha na casa e decora. - Itachi completou... Agora a garota vai pensar que nosso apartamento é um chiqueiro.

– Bem, já que o Itachi me impediu de ver as fotos... – ela fez um biquinho lindo, mas eu fingi que não vi. – Vamos escolher o filme, né? – ela sentou no meio de nós dois no sofá, cruzando as pernas, o que levantou a saia. Merda! Foquei na TV desligada, senão eu iria agarrá-la na frente do inconveniente. – Que tal terror?

...

Estávamos assistindo “O Albergue”. Em uma das cenas de sexo, com uma garota cavalgando sobre o cara, Itachi se pronunciou:

– Ah, como eu queria uma mulher dessas pra fazer isso em mim! – ele suspirou.

– Itachi, por favor... – repreendi. Além de estar aqui, fica falando coisas desnecessárias... Mereço.

– Ah, Sasuke, vai dizer que você não queria? – Itachi me olhou malicioso e Sakura corou. Eu adoraria que ela fizesse aquilo em mim. Cara, ela estava aqui do meu lado, com as pernas expostas. Mas o infeliz do meu irmão está aqui, atrapalhando tudo.

– Itachi, não seja inconveniente! – bufei um pouco corado.

Eu estava muito apertado e minha bexiga praticamente implorava para que eu fosse mijar, portanto, tive que pausar o filme, o que fez meu irmão quase dar um piti, e fui ao banheiro, deixando Itachi e Sakura sozinhos na sala. Ai dele se tentasse encostar um dedo nela, eu arrancaria o pinto dele com uma faca de pão!

Ainda bem que tenho um quarto com banheiro, o que me salva de dividir um com Itachi. Quando eu estava saindo, ouvi “Smell Like a Teen Spirit” de Nirvana, meu toque de celular. Eu o tinha deixado sobre a minha cama minuciosamente arrumada... Se a Sakura quisesse sexo, eu tinha que passar boa impressão! Nem olhei de quem era a chamada, simplesmente atendi e escutei um certo loiro berrar do outro lado da linha.

– Já pegou a rosadinha? – era o Naruto. Puta que pariu, ele não cansava de me importunar... Ainda bem que eu não atendi aquilo perto da Sakura.

– Viado! – esbravejei. – Tonto, por que está me ligando?!

– Ainda não pegou? Ih, tá difícil, heim? – ele debochou e eu juro que ouvi a voz do Neji caçoando de mim do outro lado também. Aqueles desgraçados.

– Naruto, por favor, nós estamos vendo filme agora.

– Mano, manda essa timidez pra puta que pariu e agarra a rosinha de jeito! - pelo tom de voz, Naruto devia estar em alguma social na casa de alguém e já tinha bebido.

– Naruto, tchau! – desliguei, coloquei o celular no silencioso e o larguei lá no quarto mesmo. Eu não iria arriscar deixar a Sakura ouvir as obscenidades daquele ser.

Assim que voltei para a sala quase tive o coração colocado pra fora. Sakura estava praticamente debruçada em cima do meu irmão enquanto apertava as bochechas dele. Primeiro eu senti inveja e depois ódio... Cara, ele era meu irmão e estava sendo fura-olho! Pensei em pegar uma faca na cozinha e fazer logo o serviço, mas queria poupar a rosada de tal cena... Respirei fundo, tentei me controlar e agir como se aquilo não estivesse me abalando.

– O que vocês estão fazendo? – perguntou com o cenho franzido. Cadê o autocontrole?

– Eu peguei a pipoca dela e ela ia me bater. – Itachi falou depois que Sakura o soltou. – Ainda bem que você me salvou. Você tem o coração extragrande, irmãozinho! – não entendi por que ele riu.

Sentei de novo e reparei a rosada de cabeça baixa. Será que ela queria ficar a sós com o meu irmão?

– Dá play logo irmãozinho! Por que parou logo aos 42 minutos de filme? – Itachi falou.

– Humpf! Vai se ferrar! – respondi.

Dei play no filme e pouco tempo depois Itachi acabou a pipoca da Sakura. Pra que ela deu a pipoca a ele? Ela gostava dele?

– Sasuke, você poderia fazer uma pipoca extragrande para a gente? Deixa quieto, não acho que você tenha potência para isso! – mais uma vez ele riu e eu não entendi o motivo.

– Ah... – olhei o filme de novo. – Presta atenção no filme, Itachi.

– Poxa... – ele encostou no sofá novamente. – Sabia que, ao todo, eu já vi 42 filmes de terror, Sakura?

– É mesmo? – Sakura falou ríspida. – Que legal! – o tom de ironia foi perceptível.

– É... 42 não é mole, não... – ele riu novamente.

Sakura sussurrou algo para ele... Agora estão de segredinhos, é? Eu chamo para um encontro, ela só vem por causa da comida e ainda quer ficar com meu irmão? Eu não deixarei isso acontecer.

– Dá pra pararem de segredinho, os dois? – repreendi.

– Olha só! Faltam 42 minutos para terminar o filme. – Itachi falou depois de um tempo. – Ei, Sakura, sabia que o Sasuke gosta de Star Wars? Ele tem até réplica do sabre de luz do Darth Vader. E tem uma miniatura do sabre do Luke... Quer saber o tamanho? – por que ele disse isso? Não é algo com o que um homem deva se gabar para uma garota.

– Parem de conversa, vocês dois, porra! – falei extremamente irritado. – A parte legal do filme vai começar.

Quando começou a passar as partes sangrentas, Sakura se agarrou em mim, escondendo o rosto em meu ombro. Chupa, Itachi! Você não vai roubar minha garota!

– Ih! Olha só, Sakura! – Itachi alarmou e ela olhou na hora que colocaram uma bola na boca do Paxton. – Será que existe um pau grande suficiente para ter uma bola desse tamanho? – o que? Mas que porra ele tá falando?

– Cala a porra da boca, Itachi! – joguei uma lata de cerveja seca nele. – Vai constranger a Sakura! – coitada, já estava corada. Itachi, seu idiota!

Continuamos a ver o filme, tranquilamente, até surgir uma serra elétrica.

– Se a lâmina dessa serra tivesse uns 42cm, ela teria sua potência mais bem aproveitada... Sabe, faria movimentos mais rápidos e fundos, entende? Imagina se brilhasse no escuro... Cara, iria ajudar muito o Paxton! – se eu matasse o Itachi na frente da Sakura, eu ainda teria chances de conquista-la?

– Acho que vou comprar uma e usar em você, maldito... Cala a boca! – bradei irritado.

Passou mais um pouco do filme, o protagonista já fugia do local que ele estava preso.

– Olha só, olha só! – Itachi falou todo animado, apontando para a tela. – 42.000! O preço pra torturar americanos!

– Era 25.000, Itachi, fica quieto! – gritei.

– Se fosse 42, eles fariam um trabalho extraordinário. – vou jogar ele da janela, sério!

Já perto de terminar o filme, uma mina se jogou na frente de um trem.

– Essa mina deve ter sido estraçalhada em uns 42 pedaços... O que vocês acham? – acho que deveria ser ele no lugar da garota!

– Acho que você deveria ficar calado... – falei.

A Sakura estava abraçada comigo, talvez eu tenha mesmo uma chance de ficar com ela... Se eu não estragar tudo mais do que já estava!

Finalmente o filme acabou.

– Esse cara tem potência! Acho que ele consegue levantar 42 kg como se fosse uma pena! Duvido que você consiga o mesmo, Sasuke, acho que você precisaria tomar algo pra te dar força... O que você acha, Sakura? – Itachi abriu um sorriso sacana para a menina.

– Ela acha que você é um imbecil... Por que essa cisma toda com o número 42? – e com potência extra e brilho no escuro, essa parte eu deixei quieto.

– Ué... 42, resposta para a vida, o universo e tudo o mais! Nunca leu “O Guia do Mochileiro das Galáxias”? – ele deu de ombros. Vindo dele, não acho que seja só isso.

– A-a-acho que eu v-vou em-embora! – Sakura falou com a voz fraca, de cabeça baixa, vermelha, trêmula. Ah, que droga, deveria estar puta de raiva... E a culpa é toda do idiota do meu irmão!

– Eu vou te levar! – me prontifiquei.

Fui logo deixar os baldes de pipoca na cozinha porque sabia que Itachi não o faria.

– 21h42min! Viu como 42 é marcante? Douglas Adams que estava certo. Venha mais vezes aqui, Sakura! Umas 42 vezes para ganhar mais intimidade com a casa. O Sasuke tem uns adesivos que brilham no escuro, tem até a letra “v”. Ele amaria te mostrar. Tenho certeza que você vai gostar.

– Vamos embora, antes que ele fale esse maldito número novamente. – me apressei, antes que ele falasse que tenho figuras de ação também. Ela ia pensar que sou uma criança.

Descemos para a garagem utilizando o elevador. Ficamos em silêncio, ela nem me olhava. Droga! Estraguei tudo.

Abri a porta para ela, que entrou sem dizer nada. Ela passou o caminho todo em silêncio, com a cabeça baixa encostada no vidro da janela e o rosto muito vermelho. Itachi é um pé no saco, destruiu o meu encontro. Finalmente chegamos à casa dela, mas não destravei a porta.

– Tudo bem com você? – perguntei preocupado.

Ela balançou a cabeça, afirmando, mas seu rosto dizia o contrário, afinal ainda estava uma pimenta.

– Você não gostou? – perguntei mais preocupado ainda, mas ela não respondeu. – Era pra ser uma noite divertida... Itachi estragou tudo... Desculpa por ele. – vou matar o meu irmão.

– Tudo bem! – ela falou muito baixo, mas consegui ouvir.

– Até amanhã, então? – perguntei esperançoso.

Ela sorriu pequeno, confurmando, então destravei a porta, ela saiu e eu fiquei parado esperando que ela entrasse em casa. Ainda passei um tempo ali, tentando me acalmar, senão eu causaria um acidente. Devo ter passado uns 15 minutos antes de dar a partida.

Meu pé ainda estava incomodando um pouco e me lembrei que não comprei nada para ele. Então passei em uma farmácia, lógico que não a mesma de hoje mais cedo. Me recomendaram um spray e comprei uma tornozeleira para imobilizar.

Cheguei em casa, arruinado, derrotado e furioso. Não fiquei com a Sakura, flagrei ela com as mãos no meu irmão, que fazia biquinho, e ela ainda voltou para casa com raiva. Argh!

Quando estava em frente à porta do meu apartamento, tive que respirar bem fundo e contar até dez... Dez vezes! Maldito Itachi! Tô com tanta raiva que é bem capaz de eu puxar o pau dele pela garganta!

O que esse inconveniente fez para foder com a noite foi a misteriosa e patética cisma com o número 42. Além, é claro, de sua presença indesejável. Ele deve ter assustado a menina!

Eu já estava quase mais calmo, até levantar a cabeça e ver o número do meu apartamento na porta.

402...

Minha revolta voltou com tudo, e procurei as chaves no bolso da calça. Quase não consigo enfiar aquela porra na fechadura e, quando consegui, quase quebrei a maçaneta ao entrar. Mas me controlei, senão mamãe me mataria. Definitivamente irei exigir uma explicação para o demente do meu irmão filho da -que me perdoe mãe- puta!

Fechei a porta com força. Com certeza algum vizinho reclamaria, tô nem aí!

– E aí, mano... Demorou. – Itachi, que usava uma camisa azul com o número 42, me lançou um sorriso malicioso. – Comeu ela, foi?

– Argh, Itachi! – me sentei e joguei uma almofada nele – Ideio essa expressão.

– Tá! – ele bufou – Fizeram amorzinho?

– Itachi, sai da minha frente ou eu te jogo pela sacada. – bradei irritado.

– Poxa... Pelo jeito você decepcionou a coisa rosa. - ele me lançava um olhar ardiloso, como se soubesse de algo que eu não sabia.

– Por que eu a decepcionaria? – perguntei. Sou virgem mas tenho pegada, ok?

– Ora, porque seu pau só tem metade do tamanho que ela esperava...

– O que? – berrei. – Que história é essa?

– Não sei o motivo disso, mas a rosinha e a amiga dela pensavam que o Sasuke Júnior media 42cm. – Itachi caiu na gargalhada e eu estava com a cara no chão. – Ela teve só metade disso, com certeza foi uma decepção. Sabe, é como abrir um pote de sorvete e ver que tem feijão dentro dele.

– De onde você tirou isso? – na moral, não dava pra acreditar. Como a melhor aluna da turma de medicina acharia que isso é humanamente possível?

– Sasuke, eu juro por nossa mãe, ela acha que seu companheiro de guerra mede 42cm... Quer dizer, companheiro de guerra não, tá mais pra um colega de quarto, já que você não transa mesmo...

– Vai se ferrar... Eu não transei com ela... E não acredito na sua história. Você ferrou com tudo, só isso. – falei irritado.

– Não transou? E essa demora toda, você tentou e ela não quis, foi? Ela estava mais preparada que você! O que tinha na bolsa dela, dava para vocês foderem até a velhice. – ele gargalhou. – Realmente você foi uma decepção.

– Ela queria transar comigo? – sim, meus caros, foi a única coisa que absorvi do que ele falou.

– Sasuke, todas as garotas da UFK, talvez da cidade inteira, querem transar contigo. Algumas até dizem que já transaram. – ele falou como se fosse óbvio. – Tu é tão tapado que não sabe o que falam de ti? Como acha que um virjão como você ganhou fama de gostosão pegador?

– O que? Quem inventou isso? – como assim inventam que transam comigo? – Ah, não importa. Eu não sou frufru como você, pra tá ouvindo fofoca.

– Frufru é você, que nem percebeu que a nerd cor-de-rosa, que estava quase sentada no seu colo e com as pernas quase totalmente de fora, queria dar pra você. Ela tava piscando pra receber 42cm. – ele explodiu em gargalhadas.

– Não fala assim dela, porra! – gritei. Se meus amigos e irmão tivessem 10% da inteligência dela, eles seriam mais suportáveis.

– Relaxa, irmãozinho. Pela forma que ela reagiu as minhas brincadeiras, ela não pretendia usar os apetrechos dela. Acho que ela gosta de ti... – ele começou, parecia que as piadinhas haviam parado. Parecia... – E deve tá se guardando para você, assim como você está se guardando para ela... Que lindo! Um casal de virgens, nem vão saber onde enfiar o negócio.

– Vai se foder, porra! – gritei indo para o meu quarto.

Bati a porta com força, me joguei na cama e fiquei olhando para o teto. Porra! Como pude ser tão burro? Ela não estava com raiva, ela estava sem graça e nervosa... Ela gosta de mim e não é só pela minha beleza ou dinheiro. Caralho, eu já havia conquistado a Haruno e nem sabia! Amanhã mesmo deixarei tudo claro para ela, e aí poderemos ter um encontro decente sem esse traste atrapalhando.

Sabe, é engraçado como as coisas funcionam. Até semana passada eu era um estudante de medicina normal com uma coisa bem grande. Bem, ainda sou um estudante de medicina normal com uma coisa grande, mas algo mudou, mudou completamente o sentido das coisas.

Ela! Com seu sorriso marcante, seu modo engraçado de agir e como ela fica corada quando está com vergonha. Em tão pouco tempo ela me deixou vidrado, acabei pensando sempre nela, mas, quando finalmente estávamos juntos, não sabia o que pensar. Tantas emoções diferentes, alguns gritos irritantes por causa de uma bicicleta quebrada, mas eu adorei ouvir cada um deles.

É estranho dizer isso, mas acho que as melhores coisas que fiz na minha vida foram machucar o pé e atropelar uma bicicleta. As melhores coisas que ela fez foram cuidar do meu pé e ter uma bicicleta, para, assim, entrar completamente na minha vida.

Sakura. Bastam três sílabas para preencher meu pensamento por horas, talvez até para sempre. Gostando dela? Não tinha nem como negar.

Não sou de ficar me declarando e nunca tinha me apaixonado na vida, ao menos não de verdade. Confesso que só pude decifrar meus próprios sentimentos com a ajuda do infeliz do meu irmão e o maldito número 42.

Finalmente esse otário fez uma coisa que presta, nunca fui tão grato a ele. Viu, Sakura? Pensar em você me deixa tão perturbado que começo a pensar nessas coisas. Credo!


Notas Finais


E esse é o fim da visão do nosso Sr.42.
No próximo já voltamos com o curso normal da estória!
Críticas? Sugestões? Apostas sobre os 42? haha
Até os comentários!


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