1. Spirit Fanfics >
  2. Descendentes >
  3. A Apresentação

História Descendentes - A Apresentação


Escrita por: ShipperHeart

Notas do Autor


Voltei.

Li todos os três comentários no meu aviso que apaguei
E irei pensar em escolher Iris e Kadam ou Li e a Lynn
como os padrinhos do Dylan.

Ou talvez eu nem bote ninguém, pq é muito personagem,
e essa fic de personagem, já tem o bastante hshshshshshs

mas enfim

Espero ter lhe esclarecido com a arvore genealógica que fiz


E para esse capitulo, teremos um pulo de tempo.
Com direito a pov de personagens da outra fic
e musica

por isso se quiserem a escutar na hora certa o link estará no final


Bom acho que era só isso.


Divirtam-se

Capítulo 7 - A Apresentação


Fanfic / Fanfiction Descendentes - A Apresentação

*POV Sohan Karan*

 

Sabe a sensação de que perdeu seu melhor amigo para uma mulher?

 

Pois é, essa sensação já está comigo há bastante tempo, mas agora ela virou oficial, a um mês que eu vejo Raj e Suria andar de mãos dadas, se abraçar em qualquer canto, sorrir um para o outro.

 

Tudo bem que, isso era normal, quando eles eram amigos também faziam isso.

 

Mas agora tem o fato, de que eles se beijam.

 

E isso no começo era estranho, mas agora acostumei.

 

- Qual é Karan, eu ainda sou seu amigo, vem cá me dá um beijinho. - Fala ele, quando eu estacionei o carro na frente da casa dos seus dindos.

 

 Eu vim buscar Diya para ela me ajudar com a decoração, já que a minha mini fábrica, está quase pronta. E ele aproveitou para vir ver a namorada, com a desculpa de me fazer companhia no caminho de ida.

 

- Me ama nada, me trocou sem dó nem piedade. - Falo em um to choroso e me abanando.

 

- A meu amor, fala assim não, eu te amo. - Ele se estica,  e eu abro a porta correndo e saio.

 

- Nem vem, seu cachorro traíra - Vejo ele tirar o cinto apressado, corro até a porta e aperto a campainha.

 

- Vem cá neném, eu te amo - Ele me abraça por traz e tenta beijar minha bochecha, boto a minha mão na sua cara a empurrando.

 

- Eu devia me preocupar com isso? - Levo um susto ao ouvir a voz de Suria, e olho para a porta, e vejo ela escorada de braços cruzados com um sorriso de canto.

 

- Claro que não, ele é meu boy, e você, minha namorada - Raj diz aproveitando minha distração e conseguindo beijar minha bochecha, faço cara de nojo, mas na realidade, nem me importava.

 

Ele se separa de mim, dando a volta e ficando de frente para Suria, segurando sua cintura e dando um selinho rápido.

 

- Ok pombinhos, eu preciso que a ladra de melhor amigo me diga onde está Diya.

 

- Ela está aproveitando o sol,  tomando um banho na piscina  - Sorrio e deixo os dois que estavam com as bochechas vermelhas, mas antes de ir muito longe, sinto uma mão me segurar - Karan, seja lá o que você anda fazendo com a Diya, continue, porque hoje, pela primeira vez em anos, eu consegui conversar com ela um pouco, sem discussão sem xingamento, por isso, obrigada.

 

Sorrio. Mesmo não sabendo o que eu poderia estar fazendo para mudar ela, nem que fosse um pouco, faz eu me sentir feliz.

 

Fiquei alegre em saber que ela estava mudando por apenas estar comigo, me ajudando em cada passo da minha mini fábrica, acho que isso a fez perceber que, ela pode ser boa em algo.

 

- Oi Nilima!

 

- Oi querido, como vai?  - Ela diz pondo os óculos no cabelo, e deixando o livro de receitas de lado, para me abraçar - Estou tentando fazer algo novo para essa família comer, pedi que Vera tirasse o dia de folga.

 

- Vou bem obrigado, faz tempo que não me dá uma recaída, e isso é realmente muito bom.

 

- Que ótimo. - Ela sorri verdadeiramente feliz, sorrio com seu carinho.

 

- Quer que eu a ajude, sou ótimo cozinhando, segundo minha mãe.

 

- No que você não é bom meu querido?  Mas se quer me ajudar, mãos na massa.

 

 Vou até a pia, e lavo as mãos . Percebi que ela estava tentando fazer biscoitos recheados, os preferidos das gêmeas.

 

- Você vai fazer o que eu acho que vai fazer?

 

- Ok, não é algo novo, mas é algo que eu não faço a muito tempo, e acho que as duas merecem, não brigaram nenhuma vez hoje, e semana que vem, Suria vai se mudar para o apartamento e Diya irá começar a trabalhar não é mesmo - Ela pisca para mim, e eu concordo - Então, preciso aproveitar o tempo que ainda tenho com as duas juntas. Mas  não me lembro porque a massa não está ficando como tem que ficar.

 

- É por causa da farinha Nilima, acho você está botando pouca.

 

- Será?

 

- Só testando para descobrir.

 

 

 

*POV Diya*

 

- Está de bom humor hoje filha? Faz tempo que eu não a vejo nadando.

 

- Eu consegui pai - Digo sorrindo e me apoiando na beirada da piscina - Ele sorri e se aproxima.

 

- O que você conseguiu? - Ele ainda estava com uma blusa social branca, com certeza tinha acabado de chegar.

 

- Eu consegui conversar com a Suria por dois minutos, sem gritarmos uma com a outra - Digo animada, papai ri e me olha carinhoso.

 

- Nunca mais duvido da sua mãe. - O olho de lado e ele apenas nega - Você tem visita filha.

 

Quem?  Franzo o cenho, vejo papai sair e entrar dentro de casa.

 

Respiro fundo, e mergulho, a água realmente estava muito boa, subo em seguida, isso iria arrumar meu cabelo, me apoio na beirada e dou impulso, saindo logo em seguida, olhei em volta.

 

Droga esqueci a toalha. Tiro o excesso com a mão, e ando em direção a casa, entrei na cozinha, já vendo quem era minha visita.

 

- O que você está fazendo? - Me escoro no batente da porta e bota a mão na cintura. Ele parecia estar lavando a louça. Ele olha para mim sorrindo, o sorriso some, ele engole em seco.

 

- Nesse momento? - Concordo com a cabeça - Nesse momento estou querendo muito ser uma gota de água .  - Ele sorri de lado e levanta as sobrancelhas. Franzo o cenho não entendendo - Belo maiô Diya.

 

Arregalo os olhos me dando conta de como eu estava, sinto minhas bochechas esquentarem.

 

- Idiota, para de ficar olhando. - Digo pegando a primeira coisa que encontrei, e batendo nele, que no caso era um pano de prato.

 

- Diya, isso não é estar nua, não se preocupe ok? Por acaso fica acanhada assim também quando vai na praia ?

 

- Quando eu vou na praia ninguém fica me olhando e me dando cantada indireta.

 

- Quem disse que foi uma cantada indireta?  - Olho para baixo. Idiota óbvio que não foi uma cantada. Aliás porque eu estou esperando ser cantada pelo Karan? - Foi uma cantada bem direta.  E se não quiser outras acho bom por uma roupa, ou apenas para de ficar nessa pose, porque você pode não querer, mas é possível me seduzir desse jeito - Rio alto, nego e passo por ele lhe dando um tapa na nuca - Ei, isso dói.

 

- Mas era para doer. Agora para de dar em cima de mim.

 

- Paro no dia que você se tornar uma pessoa nada atraente, aí eu paro - Ele me olha por cima do ombro, já que havia voltado a lavar louça, e pisca sorrindo.

 

- Você adora fazer isso né?

 

- Claro, gosto de ver suas reações as minhas gloriosas cantadas.

 

- Meu pau na sua cara.

 

- Se você tivesse um, eu juro que viraria gay por você.

 

- Você está impossível hoje - Digo rindo e saindo da cozinha.

 

- Você que faz isso em mim gatinha.

 

Reviro os olhos e continuo andando.

 

“Arun solta isso! Essa é uma peça cara da moto”

 

“Essa moto é mais importante que eu? Eu estou aqui e você prefere dar atenção a moto. Por isso tenho que me livrar da concorrência”

 

Escuto eles conversarem na garagem, sorrio. Eu fiquei bem feliz com a notícia, não consegui dizer isso com palavras a Suria, mas quando ele veio pedir permissão aos nossos pais, eu consegui sorrir para ela.

 

Realmente, passar um tempo com Karan, meio que estava me, “libertando” dos meus próprios limites.

 

E isso me assusta.

 

Não o, eu estar me libertando, mas sim a velocidade que ele está conseguindo fazer isso.

 

Isso era o mais assustador.

 

[...]

 

- O que iremos fazer?

 

- Decorar - Ele diz, olha para os dois lados, e pega mais dois biscoitos, que já haviam sido retirados a tempo do forno, e todos já haviam comido, inclusive ele. Mas parece que ele não tem fundo, não sei como não engordava  - Não se preocupe, eu queimo tudo isso depois em exercícios.

 

- Como sabe que eu estava pensando nisso?

 

- Sua cara, estava com uma expressão diferente, então eu associei . Agora vamos - Ele passa por mim correndo e pegando minha mão, quase caiu com a ação repentina, mas consigo correr junto antes que isso acontecesse.

 

- Filha aonde vai? - Ouço meu pai falar quando passamos pela sala.

 

- Eu não sei - Falo rindo, não tenho tempo de ver sua reação ou resposta, pois já estava na rua. Se meu celular não estivesse na minha mão, eu não o estava levando.

 

Karan parecia realmente muito animado.

 

- Vamos Diya, vamos nos divertir.  

 

- Claro é muito divertido sair para comprar tintas, onde todos te olham e cochicham. - Digo revirando os olhos.

 

Ele olha para mim, sua porta já estava aberta, ele suspira e seus ombros descem, ele fecha a porta, dá a volta no carro, franzo cenho, ele para na minha frente, e segura meu rosto com as duas mãos, e me olha nos olhos, tento desviar, mas ele vira meu rosto sempre que eu mudava a direção dos meus olhos, até que desisto e olho para ele.

 

- Vou repetir novamente. Nada, nem ninguém, pode te julgar. Nada, nem ninguém, é melhor ou pior que você. Ninguém além de você mesma, pode te julgar, entendeu?  - Respiro fundo, tentando silenciar a voz  na minha cabeça, que me dizia sempre que eu era inferior, demorei alguns segundos, mas parcialmente, eu a calei.

 

- Entendi.

 

- E quando se sentir ameaçada, mande essa voz na sua linda cabeça - Ele tira uma de suas mãos do meu rosto e bota apenas o indicador no topo da minha cabeça - Essa voz, mande ela se fuder. Mande ela se fuder até ela ficar em silêncio, dai sim, você fala o que quer, porque assim ela não irá controlar aquilo que irá sair.

 

- Me desculpe, mas eu acho que. . . .

 

- Acha que me ama, eu sei.

 

- Não, eu acho que não con. . .

 

- Shii - Ele pede pondo um dedo na frente da minha boca - Eu não quero ouvir essa frase, porque essa frase que irá sair, não será dita pela Diya, e sim pela voz filha da puta, apelidaremos ela assim, te fazendo as dizer. As únicas palavras que quero ouvir a Diya falando são?

 

“Eu não consigo”

 

Essas eram as palavras que se repetiam na minha cabeça.

 

“Vai se foder”

 

Penso sorrindo e fechando os olhos.

 

“ Eu não consigo”

 

“Vai se foder”

 

“Eu não consigo”

 

“Vai se foder”

 

“Eu não consigo”

 

“Vai se foder”

 

“ Eu. . “

 

“Vai se foder”

 

Silêncio. Nada mais sussurrava na minha cabeça.

 

Abro os olhos, Karan me olhava esperando o que eu iria dizer. Sorrio.

 

- Eu acho que posso tentar fazer isso. - Ele sorri e levanta a mão para cima, levanto a minha e fazemos um high five.

 

- Essa é minha garota, agora vamos gatinha, temos muito serviço pela frente.

 

 

 

*POV Meena*

 

- Você vai querer ir comigo?

 

- Aonde?

 

- Hoje é a apresentação de Nik, em uma feira na escola dele. Alex disse que ficaria estranho, eu aparecer acompanhada, mas eu queria que você fosse, porque agora o Raj está namorando, e com certeza Suria vai junto, então irei ficar sozinha.

 

- Eu até queria, mas tenho ensaio hoje, essa semana vai ser a apresentação da peça que Maya está orquestrando, e faço um dos papéis principais, então não poderei ir.

 

- Tudo bem então, mas está me devendo uma. - Ele sorri concordando.

 

Terminamos o almoço. Paguei, como sempre, a conta, e o dinheiro que ele me dava para dividir, eu dava um jeito de botar nas coisas dele de volta. Ele não trabalhava, apenas ganhava mesada dos pais, por ajudar na casa e por se esforçar nos estudos.

 

Então não havia necessidade alguma de pagar, mas o instinto de macho nele era forte, por isso eu fingia que ele pagava, para aplacar esse “Instinto” .

 

- Vamos?

 

- Claro - Ele responde sorrindo - Sabia que meu professor disse que sou um dos melhores alunos que ele já ensinou?

 

- É claro que é. Só agora ele percebeu? Vou dar um óculos de presente ao seu professor.

 

- Você me elogia demais, não sei se agradeço ou desconfio.

 

- Agradeça, pois eu nunca minto para você, agora entre no carro, tenho que terminar meu serviço cedo.

 

Entramos, e ambos botamos o cinto ao mesmo tempo, ligo o carro, e vou em direção a faculdade.

 

- Se for assim, não precisa me levar para casa hoje, pai vai vir no mercado, no mesmo horário que eu saio, posso pedir para ele me buscar.

 

- Mas não vejo problema em te buscar, dá tempo.

 

- Não precisa, eu chamo meu pai, ai assim, você vai mais cedo.

 

Sorrio triste.

 

- Tem certeza?

 

- Tenho, não se preocupe, e mande boa sorte ao Nik. - Estaciono o carro, ele se estica e me dá um beijo na bochecha. - Até amanhã, e bom trabalho.

 

- Até, e boa aula.

 

Ele sai acenando. Sorrio triste, alguma coisa estava estranha comigo.

 

Um sentimento diferente, ruim.

 

Balanço a cabeça, e ligo o carro, já indo direto pra empresa. Hoje eu tinha que fazer tudo rápido, eu não irei perder por nada a apresentação do meu irmãozinho.

 

[...]

 

- Cheguei! - Digo já indo direto as escadas.

 

- Ótimo, bem vinda filha. Agora vá se arrumar - Mamãe aparece na porta do seu quarto, assim que passo pela frente, vejo papai abotoando sua camisa, e quando me vê sorri e me manda uma beijo, sorrio e passo correndo para meu quarto.

 

Irei me arrumar, já que sou a imagem da empresas Rajaram, mas não irei exagerar, afinal esse não é meu estilo.

 

Respiro fundo. Vamos lá Meena, você consegue.

 

 

 

*POV Kelsey*

 

Ok.

 

Meena acabou de chegar;

 

Raj foi buscar Suria;

 

Nik está tomando banho e Ren . . . Ren está me olhando e sorrindo de lado.

 

Porque ele está fazendo isso?

 

- Que foi?

 

- Está tão concentrada em arrumar os outros, que eu acho que está esquecendo de si mesma amor.

 

Franzo o cenho, e olho para mim, eu ainda estava de roupão. Bufo olhando para cima.

 

- O que eu seria sem você querido - Beijo seus lábios em um selinho, me separo e já vou tirando o roupão - Você viu aquele meu conjuntinho branco? - Digo dentro do closet já procurando nas gavetas.

 

- Amor? - Olho para ele - Você as está usando. - Olho para baixo, e lá estava meu sutiã e calcinha brancos  -  Você está muito nervosa, se acalme Iadala.

 

- Mas, é a primeira vez que vamos todos juntos em uma apresentação, grande, dele. E se o fizermos passar vergonha, e se ele ficar nervoso com os paparazzis, e se eu não for vestida certo, porque às vezes eu posso ir simples demais, fazendo assim ele passar vergonha pelas outras mães estarem arrumadas, ou ir arrumada demais e as outras mães estarem simples. E se. . .

 

Minha fala é interrompida pelos lábios dele.

 

- Se acalme Iadala. Sua mania de falar muito ao estar nervosa, está aumentando com a idade

 

- Idiota - Digo lhe dando um tapa do peito, ele ri e me abraça. Suspiro satisfeita, e abraço sua cintura - Obrigada - Digo mais calma.

 

- De nada. Agora me escute amor, primeiro, é uma escola particular, e iremos em um festival de apresentações, então as mães estarão média, nem tão arrumadas e nem tão simples. Segundo, ele já está acostumado com nossa vida. Terceiro, ele é nosso filho, e nos ama, em momento algum, ele acharia que o envergonharemos, ele mesmo diz isso, então porque contestar.  - Ponho meu rosto em seu pescoço e sinto ele passar uma das mãos nas minhas costas desnuda - Achei que essa insegurança sua, eu havia a aniquilado anos atrás.

 

- E aniquilou mas , é que, eu não quero decepcioná-lo, ele trabalhou tanto, e quer tanto nos ter lá. Que eu tenho medo de não ser como ele quer. Ele é nosso caçulinha, quero mimá-lo até não dar mais, porque daqui a pouco está grande igual os gêmeos.

 

- Mas nem por isso você deixa de mimá-los, Kells, isso não é desculpa. - Olho para ele - Não faça esse bico, se quiser fazemos um depois - Ele sorri de lado.

 

- E sua tara aumenta mais ainda com a idade.

 

- Não, o que aumenta com a idade, é meu amor por cada pedacinho de seu corpo, isso aumenta cada vez mais Iadala.

 

Olho para ele, seus olhos azuis, as ruguinhas pouco aparentes em torno dos olhos, os raros fios brancos, e o sorriso largo. Quarenta anos, e esse homem ainda me arranca suspiros.

 

- As vezes eu fico pensando, o quanto eu fui abençoada por ter você na minha vida - Ele sorri abertamente dessa vez, e leva uma das mãos ao meu rosto, acariciando com carinho.

 

- Então temos pensamentos ligados Iadala. Agora vá se vestir - Concordo sorrindo, ia me virar, mas penso em algo melhor, e olho sorrindo para ele - Que foi meu amor ? - Ele pergunta sorrindo.

 

- Escolhe para mim? - Ele ri e concorda, dando a volta e indo até o roupeiro. Ele já estava arrumado, blusa social branca, calça jeans e um sapato. Ele põe as mãos na cintura, o que dava um aumento nos músculos das costas. Olho para cima - “Obrigada Durga por ter me dado um homem tão gostoso, e que me ama”.

 

- Que?  - Nego sorrindo - Acho que achei algo perfeito. Eu lembro que você fica linda nessa roupa, aliás em qual você não fica né?

 

- Seu bobo, mas realmente essa combinação é perfeita. Obrigada Ren, querido e amado marido  - Digo lhe dando um selinho e pegando a saia  branca longa, estampada com flores e a regata branca.

 

Olho em volta procurando um sapato, enquanto ia vestindo a roupa, sorrio ao ver a sandália sem salto, porque aprendi que nas fotos que era com salto, eu ficava maior que o normal. E também, que eu machuco meu pé toda vida.

 

- O cabelo você acha que eu devo ir com ele . . . .

 

- Solto  - Sorrio de lado ao ouvir essa resposta. Ele tinha um certo fascínio em me ver de cabelo solto. E eu, como a boba apaixonada, que ainda sou, sempre atendo seu pedido.

 

[...]

 

- Então como estou?  - Digo levantando um pouco a saia e dando uma volta. Ele estava sentado em cima da cama, ouço um assobio, mas esse não tinha vindo de Ren, já que ele apenas estava me olhando e sorrindo. Olho para a porta, vendo Raj ali.

 

- Uau mãe, não sei porque, mas acho que você vai ser a mãe mais linda de lá - Sorrio balançando a cabeça em negação.

 

- Filho, estou casado a dezenove anos com essa mulher, e tenho a certeza que ela é a mulher mais linda do mundo. - Ren tinha se levantado e agora estava do lado do filho, ambos me observando.

 

- Seus bajuladores. - Dou um beijo na testa de Raj, e um selinho demorado em Ren. - E vocês três são os homens mais lindos que eu conheço. Agora vou ver como estão os outros, trouxe a Suria, Arun?

 

- Trouxe, ela já veio arrumada, está lá na sala.  - Eu e Ren olhamos para ele - Que foi?

 

- Vá logo para a sala, fazer companhia a ela, onde já se viu deixar a namorada sozinha. - Diz Ren dando um leve tapinha da nuca de Raj - Quando eu namorava sua mãe, eu não a deixava sozinha assim.

 

- Não deixa até hoje - Ele resmunga, o olho repreendedora - Enfim, eu só vim avisar que eu cheguei, e que, tia Clary e tio Jace vão à apresentação.

 

- Ah que bom, Nik vai ficar feliz, vou lá ver como ele está indo. Você vai fazer companhia a Suria, e amor vai ver como está a Meena.

 

- Você também reparou? - Ele diz baixinho enquanto Raj ia para as escadas.

 

- Claro que sim, ela parecia . . .

 

- Triste? - Ele completa, e eu concordo - E você sabe o porque?

 

- Acho que tem algo a ver com nosso afilhado e a ligação do Fred.

 

- Será que ela . . .

 

- Tenho quase certeza, só o que falta é ela mesma perceber isso.

 

- Vou lá então - Concordo e ele sai em direção ao quarto dela, vejo ele bater na porta - Filha? Posso entrar? - Ele olha para mim e pisca um dos olhos, e depois entra.

 

Jovens. Sorte que já passei essa fase. Vou andando até o quarto de Nik, onde o mesmo enfeitou sua porta com seu nome em uma letra curvilínea muito bonita.

 

- Nik? Filho posso entrar?

 

- Pode mãe - Giro a maçaneta.

 

Seu quarto estava uma bagunça de roupas, enquanto o próprio estava só de cueca.

 

- Anik? - Ele sorri envergonhado - Se precisava de ajuda para escolher a roupa, porque não foi pedir? - Sorrio carinhosa.

 

- Por que eu estava tentando fazer isso sozinho? - Olho para ele fazendo um sinal com a mão, para que ele continuasse, ele sorri coçando a nuca, uma das coisas que ele fazia igual a Ren - E eu não quis incomodar quando vi que não ia conseguir?

 

- Isso, viu como se abrir com a mamãe faz bem? - Ele nega sorrindo e olhando para cima, e era nessas horas que eu me via nele. - Muito bem, vamos ver essas roupas.

 

- E mãe?  - Olho para ele esperando sua fala - Você está linda.

 

Não seguro o sorriso que se formou em meu rosto, pego as roupas, e vou até ele, o abraço, cinto ele abraçar minha cintura.

 

- Obrigada meu bebê. E não precisa ficar nervoso, você vai arrasar, nós e seus dindos vamos estar lá para te apoiar. - Me separo dele, o dando um beijo na cabeça e lhe entregando a roupa.

 

- Eles vão? - Seus olhinhos dourados brilhavam felizes.

 

- Vão. Por isso, vá se arrumar logo. - Ele começa a botar a roupa, esse menino não tinha vergonha de mim, nem do pai dele. - E filho? - Digo juntando as roupas no chão.

 

- Diga.

 

- Você vai querer entrar junto com a gente, ou quer que eu peça para alguém te levar antes? Por que você sabe, tem sempre bastante gente quando o assunto é nossa família e . .

 

- Quero entrar junto, quero que todos saibam de quem sou filho. - Sorrio e vou até ele arrumar a gola da camisa.

 

- Então fico feliz, porque eu queria entrar junto com você, para que todos soubessem que o aluno que fez a melhor apresentação é meu amado e lindo filhote - O aperto em um abraço, ele começa a rir e me abraça de volta.

 

- Mãe eu preciso me arrumar.

 

- Ó é verdade - Digo nos separando e pegando suas mãos enquanto começava a girar pelo quarto, ele começa a rir alto, e depois pular enquanto girávamos - Melhor?

 

Digo parando e me referindo ao nervosismo de antes. Sua respiração estava um pouco acelerada mas o sorriso não saia de seu lindo rostinho.

 

- Bem melhor, obrigado mãe. - Lhe faço um carinho no rosto, o qual ele fecha os olhos aproveitando.

 

- De nada. Agora vamos ajeitar esse cabelo rebelde.

 

 

 

*POV Ren*

 

- Que foi pai?  - Pergunta ela em um tom carinhoso.

 

- Uau princesa - Digo indo até ela e lhe segurando a mão, para lhe girar. - Você está incrível, acho que irei reforçar a segurança - Digo saindo.

 

- Pai - Ela diz rindo e segurando minha mão - Sabe que não precisa reforçar nada, se o motivo for, não querer que os outros vejam sua filha. Aliás, obrigada.

 

Sorrio, e vou até sua cama me sentar, dou duas batidas do meu lado. Ela estranha, mas se senta. Pego suas duas mãos e a seguro na minha.

 

- Sabe filha, quando você tinha treze anos, eu lembro que você veio me contar um segredo, juro que o guardo até hoje - Ela fica vermelha - E lembro também que naquele dia, você me prometeu que sempre contaria tudo que estivesse acontecendo . .  - Termino a frase para que ela continuasse. Ela sorri de lado.

 

- Aqui - Diz apontando a própria cabeça - E aqui - Ela aponta para o coração. Sorrio feliz por ela ter lembrado.

 

- E um Rajaram?

 

- Nunca descumpre uma promessa. - Ela completa de novo, enquanto olhava para baixo.

 

- Meena eu sou seu pai, e sei quando você não está no seu normal. Seja o que estiver aí dentro, me diga, eu posso te ajudar.

 

- E se eu não souber o que está acontecendo?

 

- Ai usaremos a parte Hayes da nossa família. Que é?

 

- Nunca desistir sem tentar. - Ela diz rindo. Passo meu braço pelos seus ombros, e ela encosta a cabeça no meu - É diferente pai, é estranho e . .. Ruim.

 

- Essa sensação é para algo ou é para alguém? - Ela suspira - Não precisa me dizer nomes se for uma pessoa, eu irei respeitar isso, só quero entender para poder te ajudar.

 

- Uma pessoa. E, eu sinto que, eu fui trocada, que estou sendo deixada de lado, que eu estou perdendo a importância para ele. Que talvez eu possa estar com ciúmes da pessoa por quem ele me trocou, e eu não gosto de sentir isso pai - Ela fecha os olhos e vejo uma lágrima cair, aquilo me partiu o coração de uma maneira que fiquei até sem ar por alguns segundos. - Eu tento ser forte pai, eu tento. Mas as vezes eu sinto isso, e eu vejo que, talvez todos estivessem certos, na questão de que, eu não passo de uma adolescente imatura que devia crescer e amadurecer para depois administrar uma empresa.

 

- Deu?  - Ela suspira e concorda, levo minha mão ao seu rosto e seco a lágrima que havia caído antes - Está vendo isso? - Mostro a ela a lágrima. Ela concorda - Isso é algo que, me parte o coração ver você derramando, mas também é algo que me mostra o quão forte você é. Poucos são forte o suficiente para as deixar cair na frente de outra pessoa.

 

Ela fungou o nariz fazendo um som engraçado, no qual ela mesmo riu de si.

 

- E isso é normal filha, esses sentimentos, tantos os bons quanto ruins. Não importa a idade, eles irão aparecer. E se você os está sentindo, tente decifrá-los, porque é isso que irá definir se você é madura o bastante. Os definir, ver porque estão aflorados e não ser controlados por ele, isso faz de você uma pessoa madura e forte.

 

- Então tenho que saber porque estou sentindo isso? Mas ao mesmo tempo não se deixar ser levada por eles, ao ponto de comandarem minha vida? - Sorrio orgulhoso.

 

- Exatamente, minha princesa  - Beijo sua testa - Você é mais do que suficiente para administrar a empresa, ok? Mas se precisar de ajuda, de um tempo, isso não a fará ser menos forte ou qualquer coisa que você pensar. Apenas vai mostrar que você é humana - Digo sorrindo de lado, e fazendo um carinho nos cabelos que eram iguais aos meus.

 

Sinto ela me abraçar pela cintura, e por seu rosto de lado no meu peito.  

 

Sorrio com a nostalgia que isso me trazia. Quando ela tinha um pesadelo, estava triste, nervosa, com sono, seja qual fosse, ela sempre pedia colo, e ficava com o ouvido acima do meu coração, enquanto mantinha os olhos fechado.  Kelsey sempre diz que isso era o calmante natural dela.

 

- Obrigada por existir pai. E obrigada por sempre estar aqui para mim.

 

Fecho os olhos e respiro fundo, abraço seu pescoço e beijo seus fios negros.

 

- Obrigado, por ser uma das razões da minha vida, e para sempre estarei aqui para você. Não tenha medo de vir conversar, pedir um cafuné ou até mesmo, pedir um colo. - Ouço ela rir e se afastar - Mais um conselho filha, abra a sua mente para seu coração, deixe fluir qualquer sentimento que estiver aqui - Aponto seu coração - Mesmo que aqui, ache que é errado ou impossível - Digo apontando para sua cabeça.

 

Ela respira fundo, sorri e concorda. Me levanto, beijo sua cabeça novamente, e lhe faço um carinho no queixo.

 

- Obrigada pai.

 

- Se sente um pouco melhor?

 

- Não, mas agora eu sei o que tenho que fazer para me sentir.

 

- Ótimo - Digo sorrindo e abrindo a porta - Então, de nada .

 

Vejo ela se abaixar para pegar o sapato, e sorrindo digo.

 

- E se não resolver, converse com Hansol sobre isso - Ela levanta a cabeça, e sua feição é de surpresa.

 

- Como . . . Como você sabe?

 

- Eu sou seu pai, esqueceu? Te conheço desde a ponta da unha do mindinho até a raiz do primeiro cabelo. - Ela sorri envergonhada. - Promete não deixar aqui - Aponto para a minha cabeça - Interferir aqui. - Digo e aponto para meu coração - Eu e sua mãe nos machucamos uma vez por causa disso.

 

- Prometo tentar não fazer isso pai - Sorrio e saio do quarto fechando a porta.

 

Sorrio ao ver Kells e Nik saindo do quarto dele.

 

- Olha vejam só, se não é meu pequeno grande superstar - Digo o pegando no colo, ele já era grande, óbvio, mas eu ainda gostava de fazer isso, e ele nunca reclamou.

 

- Não sou um superstar pai - Ele sorri envergonhado, o boto no chão, e arrumo sua blusa polo - Pelo menos, ainda não. - Ouço Kelsey rir feliz com esse comentário. E me olhar, automaticamente sorrio junto.

 

Ela ficava tão linda sorrindo.

 

- Vamos descer então, para esperar a Meena? - Vejo Nik concordar e segurar minha mão, e com a outra, segurar a de Kelsey.

 

Estava orgulhoso, ele havia treinado muito. Todo dia depois da escola ele ia na cada da Clary e do Jace, para aprender a tocar, e depois que aprendeu, ele pediu para que alugássemos uma piano, para ele treinar em casa.

 

Mas o surpreendemos e compramos um para ele, e botamos na sala dos fundos, para que ele pudesse tocar enquanto olhava para o jardim, o qual ele adorava observar.

 

E ele não deixou a gente escutar qual música seria. Por isso estou ansioso, mas tenho certeza que ele vai fazer muito bem e arrancar aplausos de todos na platéia.

 

- Estou pronta - Meena diz descendo as escadas, no mesmo vestido de antes, um vinho meio rodado. Simplesmente linda e com o mesmo gosto que a mãe.

 

Olho para Nik, assim como todos na sala, até mesmo Suria.

 

- Está pronto filho?

 

Ele olha em volta, respira fundo, suspira e sorri olhando para mim.

 

- Estou pronto.

 

 

 

*POV Anik Kishan*

 

Era hoje!

 

A apresentação que levei quase um mês para ensaiar, ia ser hoje.

 

Eu estava nervoso.

 

Tio Jace me ensinou tudo muito bem, eu não poderia ter pedido para alguém melhor do que ele me ensinar .

 

Ele disse que eu aprendi rápido, para alguém que nunca nem encostou em um piano.

 

Deve ser um dom que veio do papai, ele tem bastante facilidade com instrumentos musicais.

 

Eu realmente estava nervoso, queria os orgulhar do meu esforço. Mas olhando para cada um naquela sala, eu pude ver que, eu já os orgulhava, e isso me fez, ficar extremamente calmo e confiante.

 

Bom isso, até chegarmos em frente a escola.

 

- Eu queria saber como eles sabem das coisas tão rápido - Ouço Suria falar, enquanto eu tentava voltar a ficar calmo.

 

- Sinceramente eu não sei, mas se eles estão aqui, aproveitemos que são poucos.

 

Olhei, e nos meus cálculos haviam uns doze.

 

- Mãe, isso é pouco?  Eles não vão estar na apresentação né?

 

- Eles geralmente estão em mais de vinte, então isso é pouco maninho - Meena diz sorrindo calma.

 

Como ela podia estar calma?

 

- Não filho, eles só podem tirar fotos de nós aqui de fora, eles não podem entrar se não tiverem filhos nessa escola. - Meu pai diz estacionando - Vamos?

 

Olho a distância que a porta do colégio ficava, e papai estacionou no estacionamento em frente a elas. Ir à noite para a escola era diferente, tudo parecia maior.

 

- Vamos querido. - Mamãe diz saindo do carro, papai sai em seguida. Espero os três, Meena, Raj e Suria saírem, e saio também. - Vem filho, fica perto da mamãe.

 

Ando até ela, seguro sua mão, acho que ela sentiu meu nervosismo voltando, porque ela olhou para mim sorriu, se abaixou e me deu um beijo na testa. Sinto papai segurar minha outra mão, e por trás vejo Raj dar o braço para as duas, Meena e Suria.

 

E assim começarmos a andar.

 

- Está bonita a decoração né filho? “Apenas sorria, eles não podem mostrar seu rosto de qualquer forma, então não fique com medo”

 

- “Eu não estou com medo, estou só . . . “

 

- Nervoso - Todos completam, e eu sorrio concordando.

 

- Depois que você ver o Dylan, acho que você deve ficar menos - Arun diz, e pensando bem, isso é verdade.

 

Respirei fundo, era só achar o Dylan.

 

“Esse é seu filho caçula?”

 

“ Qual o nome dele?”

 

“ Porque a família toda está aqui?”

 

“Suria, você está assumindo compromisso com esse rapaz?”

 

“Você é filho de Alagan e Kelsey?”

 

“Por que apareceu fotos suas batendo e outra pessoa?!”

 

“ Meena ele é seu irmão?”

 

“Os dois são seus irmãos?”

 

Eu não sabia que poderia existir tantos flashs ao mesmo tempo, eu tentava sorrir, mas acho que não estava tendo sucesso porque eu estava sendo cegado, o que os impedia de irem para cima de mim, era meu pais e os seguranças que apareceram ao papai apertar o ouvido e falar “Erick, agora” . Olhando bem, papai parecia ter uma espécie de escuta no ouvido.

 

E se eu me lembro, tio Erick era o chefe da segurança, da empresa. Pelo visto papai ainda podia contratar os seguranças da empresa.

 

Finalmente, com a ajuda dos seguranças, conseguimos entrar, uns dois seguranças ainda continuam ao nosso lado.

 

Olhei para frente, vendo o corredor sendo apenas ocupado por enfeites, e alguns professores, que seriam os “guias” .

 

- Querem ajuda? - Pergunta uma das professoras, eu não tinha aula com ela.

 

- Não obrigado, nosso filho estuda aqui. - Papai responde, e só aí ela repara em mim.  - Pode nos guiar Nik.

 

- Vai ser lá na sala de apresentações.  

 

[...]

 

- Que tantos pais - Mãe diz impressionada - Será que temos lugares, ou é por ordem de chegada?

 

Todos sem exceção estavam nos olhando, engulo em seco.

 

- Pedi que a diretora guardasse um lugar na frente para vocês, já que a preferência é dos que irão estar no palco.

 

- Que ótimo, então vamos. - Eles começam a andar mas eu estanco no lugar.

 

Teríamos que andar por todos, até chegarmos na primeira fila. E meus colegas estavam lá, aqueles que sempre ficam sussurrando as minhas costas. Eu não queria, eu . . .

 

Dylan!

 

Dylan estava lá conversando com seus pais, e pareceu que ele viu que eu o olhava, pois seu rosto virou e encontrou o meu. E ele sorriu, aquele sorriso me fez ficar calmo, ele estava lá no final, nada daria errado.

 

- Filho? Nik! - Ouço a voz de papai e levo um susto - Porque está parado? - Nego com a cabeça - Então vamos, o show não pode esperar. “Vamos mostrar aos seus colegas os seus pais.”  

 

Rio, e concordo.

 

Voltamos a andar em direção as primeiras cadeiras, vez ou outra meu pai cumprimentava alguém, e mamãe também. Olhei meus colegas e os mesmos estavam com os olhos arregalados.

 

“Esses são os pais dele?”

 

“Ouvi uma das professoras dizer que foi um tumulto a chegada deles, eles trouxeram até seguranças”

 

“Aposto que nem são tão famosos assim, trouxeram seguranças só para fazer média”

 

- Hey Nik? - Olho para traz, Meena olhava para mim sorrindo - Depois me mostra a diretora, eu preciso falar com ela.  - Concordo - E Nik, não preste atenção neles, logo eles irão morder a língua.

 

Franzo o cenho, mas concordo.

 

- Nik! - Ouço ele falar alto e vir correndo e depois pular em mim, por sorte consegui pega-lo - Finalmente você chegou seu idiota.

 

- Dylan, não amasse a roupa do seu amigo - Ouço tia Ana falar - Que bom que chegaram, não aguentava mais conversar só com o Damon.

 

- É assim senhora Anamika? - Ela ri e lhe dá um beijo na bochecha. - Mas e vocês Hayes Rajaram, não conseguem chegar sem chamar a atenção? Filha, sua mãe já disse, desce do colo do Nik.

 

 Ouço ele suspirar e descer, e depois olhar para mim revirando os olhos, sorrio.

 

Papai e mamãe largam minha mão para se sentarem ao lado deles, Raj e Suria também, mas Meena ficou em pé ao meu lado.

 

- Que foi mana?

 

- Estou vendo se tia Clary e tio Jace já chegaram, eles também devem sentar aqui na frente.

 

- Que tal aqueles dois góticos que acabaram de chegar? - Dylan fala apontando, me viro e vejo os dois. Dindo olha para nós e sorri, e fala algo a dinda que olha para nós e também sorri, e logo começam a andar na nossa direção.

 

- Conseguimos chegar a tempo - Dinda diz se abaixando e beijando minha testa.

 

- Você está lindão Nik - Dindo fala me puxando para perto de si, enquanto me abraçava e me dava um beijo na cabeça - Não precisa ficar nervoso, você vai ir muito bem, confie em si mesmo .

 

- Obrigado, e obrigado por terem vindo.

 

- Nunca perderíamos nosso afilhado em uma apresentação - Tia Clary diz já sentada, após cumprimentar a todos, e beijar seus sobrinhos. - Apresentações me trazem tantas recordações.

 

- Nem me lembre desse tempo de dançarino Clarissa - tio Jace diz, indo se sentar ao lado da esposa.

 

“Alunos que irão se apresentar, por favor, já venham se arrumar”

 

Ouvi a voz do vice diretor falando, olho nervoso para Dylan, ele sorri também nervoso.

 

- Hey vocês venham cá - Tia Ana diz e vamos os dois, eu fico no meio dos meus pais e ele nos dele. - Não fiquem nervosos. Vocês ensaiaram muito, e tenho certeza que sabem fazer tudo de cór .

 

- Vocês conseguem, acreditamos em vocês.  - Papai diz segurando minha mão.

 

- E qualquer coisa, finge que está todo mundo pelado e que vocês só estão tocando para nós. - Raj diz, o que faz nós dois rir.

 

- Agora, pode me levar até a diretora, Nik? - Concordo, e começo a andar, e automaticamente seguro a mão dela. E ao irmos para trás do palco, encontro de cara a diretora. - É ela?

 

- É . - Vejo Dylan fazer um sinal de que iria conferir as coisas, concordo. - O que você vai falar com ela?

 

- Coisas da empresa, aliás, se eu subir ao palco, você quer ir junto. - Nego rápido - Tudo bem, mas irei citar seu nome. Eu ouvi os cochichos e quero não os ouvir mais. Ninguém fala do meu caçulinha. - Senhora Agnes?

 

- Sim? - Ela fala olhando em volta, e quando vê quem a chama, ela sorri - É você querida, que bom que chegou cedo, poderemos assim assim fazer o anúncio antes das apresentações. Que bom que sua família veio Anik, faça bonito e os orgulhe. - A diretora fala, ela me conhecia bem, pois eu sempre a ia ver para conversar sobre meu “isolamento” quando Dylan não vinha, afinal ele era meu único amigo, tirando os professores.

 

Meena se agacha com cuidado por causa do vestido, e segura minhas mãos.

 

- Eu sei que música vai tocar - Faço uma cara de decepcionado - Não faça essa cara, eu ouvi sem querer você ensaiando. E quero que faça igual a música. Sua música é algo que inspira, nos inspira a querer vencer os obstáculos, então, faça o mesmo que a música. Vença o nervosismo e de um show. - A abraço com cuidado para ela não se desequilibrar e cair.

 

- Então grave, por que você vai se surpreender. - Digo e saio correndo, ouço ela rir.

 

Eu vou mostrar quem eu sou.

 

Vou mostrar o que eu tenho.

 

Vou mostrar de quem sou filho.

 

 

 

*POV Kelsey*

 

- “Boa noite a todos. Sejam mais que bem vindos ao festival anual de talentos escondidos. Onde nossos alunos nos surpreendem ao mostrar seus dons e habilidades, em apresentações abertas aos pais e familiares. “

 

Batemos palmas ao fim de sua fala. Eu estava nervosa, eu sabia que Nik seria uma das últimas apresentações, e por isso eu estava em nervos com a expectativa.  Ren segurava minhas mãos e eu apoiava meu rosto em seu ombro.

 

- Ele vai ficar calmo e conseguir né amor?

 

- Claro que vai, ele é um Hayes Rajaram, ele não nega as origens.  - Sorrio concordando.

 

- E hoje temos aqui a presença de pessoas importantes, pessoas que a sete anos patrocinam essas apresentações, por favor uma salva de palmas a nova dona das empresas Rajaram, Meena Hayes Rajaram.

 

“É o sobrenome do Anik”

 

“Não acredito que essas apresentações são financiadas pela família dele”

 

Meus ouvidos ao captar o nome de Nik, começam a prestar atenção na fileira ao lado, onde havia um grupinho de crianças, na idade do Nik, suspeito ser os colegas dele.

 

- Amor, porque os colegas dele ficaram tão surpresos, ao saber de quem nosso filho é parente?

 

- Porque nosso filho nunca se gabou por causa disso. Ele falava de quem era filho, mas ele me disse que não dizia no que trabalhávamos. Ele não via a necessidade das pessoas o tratarem diferente só por saber de quem ele era filho.

 

- Criamos ele muito bem, não é mesmo?

 

- Assim como todos.

 

- Boa noite. Obrigada diretora e obrigada a todos pelas palmas, não havia necessidade. - Meena parecia tão adulta lá em cima, até seu porte mudava ao discursar. - Como a nova dona da empresa, fico contente em dar continuidade aos investimentos de meu pai. Meu irmão caçula estuda aqui desde os seus seis anos, então eu fico feliz em ajudar uma escola que o está educando e o preparando para a vida. Mas além disso meu pai viu que nessa escola, havia muitos alunos com talentos escondidos, e que não estavam sendo notados. Por isso meu pai decidiu ajudar essa escola financiando as apresentações e chamando todo ano, caça talentos, para essas apresentações. E eu fico mais do que feliz em dizer , que esse ano, eu consegui trazer, sete caça talentos.

 

As palmas e assobios foram ouvidos, inclusive  de onde eu estava, até mesmo Anamika estava assobiando. Olhei para Raj e ele fazia o maior estardalhaço para a irmã gêmea.

 

- Por isso alunos, deem o seu melhor, porque seu talento pode ser visto por um deles. Boa sorte a todos, e um ótima apresentação.

 

Ela diz saindo e sendo aplaudida, ela vem depressa até nós e senta ao meu lado.

 

- Ai que nervoso, fiquei com medo de gaguejar e envergonhar o Nik.

 

- Que nada filha, olha lá quem está atrás da cortina - Eu olho junto a Meena e vejo a cabecinha dele, e logo um positivo com o polegar, e em questão de minutos ele já não está mais lá.

 

- Obrigada Meena, pelo apoio aos nossos alunos, e agora, iremos dar começo as apresentações.

 

[...]

 

Foram apresentações realmente muito bonitas.

 

Acho que Meena os ajudou a se empenharem, porque eu via o esforço de cada um.

 

Mas a apresentação que eu mais estava esperando havia chegado.

 

- “E agora por último, mas não menos importante, os alunos Anik Kishan e Dylan.

 

Era agora, as cortinas abriram, e as luzes se apagaram, focando apenas no piano, que logo foi ocupado por Nik.

 

 

 

*POV Narradora*.

 

Anik respirava rápido, o nervosismos estava para consumi-lo, mas ele lembrou das palavras de seu amigo.

 

“Eu vou estar no palco com você, não se preocupe, se for para passar vergonha, passamos juntos”

 

Respirou fundo, e levou seus dedos ágeis ao teclado, onde a música começou a fluir instantaneamente.

 

Kelsey sorriu, sabia qual era a música, a mesma apertou a mão que estava entrelaçada ao do marido que a olhou com carinho e sussurrou.

 

“Ele está conseguindo”

 

Todos prestavam atenção ao som limpo do piano.

 

Dylan sorria ao ver seu amigo tão concentrado, mas logo se preparou pois seria sua deixa para começar.

 

Jace estava orgulhoso do afilhado, ele havia feito muito mais que decorar, ele tinha aprendido.  

 

Meena cutucou o irmão e apontou os colegas de Anik, os mesmos estavam com os olhares fixos no mesmo, afinal não sabiam que por traz daquele menino, havia um talento escondido.

 

Na verdade, nem eles sabiam direito porque implicavam com o garoto. Só sabiam que ele era diferente, vivia sozinho ou com o único amigo dele. Isso os fazia achar no direito de falar dele pelas costas.

 

Anik respirou fundo, pois o refrão estava chegando e era a parte mais difícil.

 

“Estando no hall da fama”

 

Todos sem exceção estavam surpresos ao ouvir a voz dele soar sendo logo em seguida acompanhada de uma bateria,que por causa da luz que ascenderam puderam ver que era Dylan.

 

“E o mundo conhecerá o seu nome”

“Porque você brilha com a chama mais viva”

“E o mundo conhecerá o seu nome”

“E você estará nas paredes do hall da fama”

 

Ana assim como Kelsey estavam chorando emocionadas. Seus filhos nunca paravam de as surpreender.

 

- Quando esse menino aprendeu a tocar bateria? - Ana diz rindo ao marido, que estava com os olhos embaçados, conseguindo apenas levantar os ombros para responder a pergunta da amada.

 

Seu filho, seu um em cem, seu maior milagre, estava essa noite brilhando mais do que tudo nesse lugar.

 

“Você pode completar o desafio, você pode dar tudo de sí”

“Você pode caminhar pelo inferno com um sorriso”

“Você pode ser o herói”

“Você pode conseguir o ouro”

“Quebrando todos os recordes, que eles achavam que nunca seriam quebrados”

“Faça-o pelo povo”

“Faça-o pelo seu orgulho”

“Você nunca saberá sem ao menos tentar”

“Faça-o pelo seu país “

“Faça-o pelo seu nome”

“Porque haverá um dia que você se encontrará“

“Estando no hall da fama”

“E o mundo conhecerá seu nome”

“Porque você brilha como a chama mais viva”

 

- “Você está brilhando agora Nik, assim como todos os dias, mas agora não sou só eu que estou vendo”

 

Dylan pensa olhando o amigo, dando tudo de si, e jogando tudo fora através da sua voz.

 

“E o mundo conhecerá seu nome”

“E você estará nas paredes do hall da fama”

 

Nik sorriu, sua parte favorita era agora.

 

“Seja um campeão”

“Seja um campeão”

“Seja um campeão”

“Seja um campeão”

(Nas paredes do hall da fama)

 

Os amigos no palco, se olham e sorriem.

 

“Seja um estudantes”

“Seja um professores”

“Sejam políticos”

“Sejam pregadores”

“Sejam crentes”

“ Sejam líderes”

“Sejam astronautas”

“Sejam aqueles que buscam a verdade”

 

Anik respira e repete.

 

“Seja um estudantes”

“Seja um professores”

“Sejam políticos”

“Sejam pregadores”

“Sejam crentes”

“ Sejam líderes”

“Sejam astronautas”

“Sejam campeões”

“ ESTANDO NO HALL DA FAMA”

 

Nesse momento, os dois no palco tinham a plateia em pé, e com direito a acompanhamento.

 

Nik por um momento desviou os olhos das teclas para olhar sua família, e ver o sorriso no rosto de cada um, era o que ele mais poderia desejar.

 

“E o mundo conhecerá seu nome”

“Porque você brilha como a chama mais viva”

“E o mundo conhecerá seu nome”

“E você estará nas paredes do hall da fama”

 

Dessa vez, era a vez dos dois cantarem juntos, Dylan não estava muito confiante, por isso seria a voz de fundo apenas.

 

“Sim você pode ser o maior”

(Seja um campeão)

 

“ Você pode ser o melhor”

(Seja um campeão)

 

“Você pode ser o King Kong batendo no seu peito”

(Seja um campeão)
 

“Você pode vencer o mundo”

(Seja um campeão)
 

“Você pode vencer  guerra”

(Seja um campeão)

 

“Você pode jogar suas mãos para cima”

(Seja um campeão)
 

“Você pode bater o relógio”

(Seja um campeão)
 

“Você pode mover uma montanha”

(Seja um campeão)
 

“Você pode quebrar rochas”

(Seja um campeão)
 

“Você pode ser um mestre, não espere pela sorte”

(Seja um campeão)
 

“Dedique-se e você se encontrará”

(Seja um campeão)
 

“Estando no hall da fama”

 

Após essa última frase, Nik sorri cansado e continua tocando, mas dessa vez olhando o amigo, que havia parado  com a bateria.

 

E por fim, a última nota.

 

O salão é preenchido por palmas, e choro por parte da família.

 

“Meu irmãozinho Suria”

 

Arun dizia chorando, batendo palma e escorado na namorada.

 

Suria ria ao ampará-lo.

 

Raj não havia se dado conta do quanto o caçula da família já estava crescido.

 

Kelsey não esperava que ela fosse ouvir o filho cantando com tanta vontade, principalmente palavras que incentivam qualquer um.

 

Ren não tinha vergonha de mostrar as lágrimas em seu rosto, pois elas eram de alegria e orgulho puro, seu filho, seu orgulho, mostrou a todos quem ele realmente é.

 

Um campeão.

 

Nik sorriu, se levantou do banquinho, foi até o meio do palco, esperou Dylan aparecer ao seu lado, para entrelaçar seus dedos e assim, reverenciar a plateia que gritava e aplaudia com tanto fervor.

 

Ambos haviam mostrado seu talento, haviam dado uma lição, mesmo essa não sendo a intenção, em quem achava que os dois eram nadas.

 

Afinal seja quem for, você pode ser um campeão, e acabar estando no hall da fama.

 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...