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História Descendentes - Por favor, aceita? Sim!


Escrita por: ShipperHeart

Notas do Autor


Oi meus descendentes
Como estão?

Eu com capitulo novo logo na proxima semana do ultimo.

É eu sei, até eu me surpreendi em conseguir fazer esse logo depois que postei o ultimo
Mas se a inspiração vem, vc só aceita kkkkkk


Não sei se o proximo virá rápido, por dois motivos, tempo né?!
E que eu cortei meu indicador, embaixo na unha, em um grampeador, e ele dói quando toco ainda, isso aconteceu na terça dessa semana, e ainda dói.
No momento estou escrevendo na mão direita, apenas com o dedo do meio kkkkkk
Pq geralmente uso o indicador e o do meio
Então esperem até eu melhorar talvez shshshshsh

Aproveitem o caps
E dica, como eu estou fazendo as capas, eu sempre boto um resumo do que conta
Então sempre prestem atenção a elas kkkkkkkk

Capítulo 8 - Por favor, aceita? Sim!


Fanfic / Fanfiction Descendentes - Por favor, aceita? Sim!

*POV Meena*

 

Decifrar meus sentimentos.

 

Decifrar meus sentimentos.

 

Como eu posso decifrar o caralho dos meus sentimentos?!

 

- Senhorita Meena?

 

- Sim! - Digo levando um susto ao ser chamada - Me desculpe, estava meio distraída, por favor poderia repetir?

 

- Sim claro. Eu disse que, seria uma boa ideia, por uma imagem masculina ao seu lado, assim como a sua mãe era a imagem feminina. - Um dos empresários dizia, com certo receio na voz.

 

- Tem algum motivo para eu fazer isso? - Digo calma, afinal eles estavam ali para me auxiliar, eu não devia ser grossa com eles.

 

- Bem, querendo ou não, ter uma mulher no comando, passa a imagem de uma empresa totalmente e fortemente feminista

 

- Que significa?

 

- Seria, uma busca incessante em mostrar que a mulher é totalmente e completamente, superior ao homem.

 

Rio em descrença, apoio meus cotovelos na mesa.

 

- Mas nessa empresa, sempre trabalhou qualquer pessoa, porque essa implicância. Isso não faz sentido.

 

- Sabemos disso senhorita - Outro falou.

 

- Mas andamos vendo e várias empresas não quiseram fechar negócios com a gente, e após perguntarmos o motivo, a cada cinco, três eram por causa disso, mas em contrapartida, nunca fomos tão bem aceito pelo lado feminino.

 

- E vocês sugerem que eu tente agradar os dois lados, usando uma imagem masculina ao meu lado?

 

- Exatamente.

 

- Como a senhorita sempre aparece sozinha nos eventos, acompanhada apenas de Alex, ou sozinha, isso dá uma imagem a empresa, a que explicamos anteriormente.

 

- Por isso achamos, que se a senhorita, começar a aparecer com uma figura masculina ao seu lado, isso cairia por terra, e eles não teriam mais motivos para não fechar negócios conosco.

 

- Isso, claro, é uma opinião. A senhorita não precisa fazer, estamos estáveis por enquanto.

 

- É mas não sabemos até quando. Por isso, a senhorita podia fazer um teste. A senhorita pode fazer isso por um tempo, e se não funcionar ou a senhorita não gostar, esquecemos essa história, e tentaremos achar outra solução.

 

Fecho os olhos e respiro fundo, olho para uma das pessoas que eu mais confio na empresa.

 

- O que acha Nilima?

 

Nilima havia vindo, após aquele dia, do Karan e da Diya, ela veio pedir que a empregasse de novo.

 

Já que as suas duas filhas já estavam crescidas, e logo uma delas sairia de casa, a outra ficaria o dia fora, seu marido também fica o dia fora, ela decidiu que não ficaria em casa sozinha, e que voltaria a trabalhar.

 

E com toda a certeza a contratei novamente, a pondo junto com os sócios, ela seria uma de meus empresários mais confiáveis.

 

- Bom, acho que isso não haveria necessidade se estivéssemos em outra sociedade. Mas vale tentar, se isso ajudará a manter os pedidos e negócios, é uma oportunidade a se tentar.

 

- E você Phet?

 

- Concordo com o que Nilima disse, afinal isso não irá tirar o seu poder, apenas servirá para mostrar, que ambos os sexos são iguais e que ambos são representados nessa empresa.

 

Suspiro concordando.

 

- E quem eu poderia escolher.

 

- Não sabíamos se ia aceitar por isso, não pesquisamos.

 

- Mas podemos fazer isso agora mesmo.

 

- Eu acho que, se for para por alguém do lado da Meena, digo da senhorita Meena, deve ser alguém conhecido dela, não acham? Assim os dois agiriam mais naturalmente, do que alguém desconhecido. - Diz Alex ao meu lado.

 

- Uau, isso me deu um dejavu bem louco. - Nilima fala sorrindo.

 

Franzo o cenho, mas lembro do motivo de meus pais terem se conhecido.

 

- E quem você me indicaria?

 

- Seu amigo Hansol, vocês se dão naturalmente bem, e ele tem uma aparência e perfil bons. - Alex diz dando de ombros.

 

Hansol?

 

Um tempo a mais com Hansol.

 

Seria uma ótima chance de entender esses sentimentos. Isso é uma ótima ideia

 

- ISSO! - Digo alto - Me desculpem, isso é uma ótima indicação, irei conversar com ele, enquanto eu vejo se irá aceitar, quero que procurem algum lugar público, ao qual eu fui convidada e mandem para a Alex, para ela decidir em qual devo ir. Se ele não aceitar irei pedir ao meu primo. Entendido?

 

- Sim senhorita.

 

- Ótimo, informarei vocês quando chegar do almoço. Reunião brevemente encerrada.

 

[...]

 

- Como é?

 

Suspiro. Acho que ele não quer muito aceitar.

 

- Você quer trabalhar comigo, temporariamente?

 

- Isso eu entendi, entendi que está me oferecendo um emprego. Mas eu quero saber novamente, o que eu vou fazer?

 

- Vai ser meu acompanhante em qualquer lugar público que eu for, sendo assim será a imagem masculina da empresa. - Digo comendo uma batata frita junto com um pedaço de carne.

 

- Mas eu tenho aula o dia inteiro. - Ele diz, parecendo que iria aceitar se não fosse isso.

 

- Eu posso conversar com o diretor, e dizer que você está fazendo um estágio na minha empresa, e pedir que ele mude suas aulas apenas para um período. Ai dependendo de quando eu precisar de você, é quando você vai estudar.

 

- Mas . . .

 

- Por favor? Você irá receber por isso. - Ele olha para cima  - Você está me devendo uma Hansol.

 

- Tudo bem - Ele diz sorrindo - Mesmo eu sendo completamente tímido, eu aceito.

 

- Tímido meu cu, você é um ator, atores não podem ser tímidos.

 

- Vai a merda - Diz ele rindo e o acompanho - Bom se eu irei receber salário, quem sabe, daqui para frente, você me deixe pagar a conta?!

 

- Quem disse que você não paga?

 

- Que tal o valor da carteira que nunca diminui?

 

Sorrio amarelo, e volto a comer.

 

Esse tempo a mais com ele, me faria ver o que tem comigo.

 

[...]

 

- Muito bem ele aceitou. E eu consegui convencer o diretor dele. E aqui está nosso modelo masculino.

 

Digo puxando sua mão para dentro da sala de reunião. Ele apertava nervoso minha mão, fiz um carinho e o aperto pareceu ficar normal. Ando até a cadeira principal, e o faço sentar ao lado de Nilima, que sorriu carinhosa para ele.

 

- O que acham?

 

- Ele parece meio . . .  - Começa um deles.

 

- Tímido. - Termina o outro.

 

- Minha mãe também era e olha onde ela está! - Digo me referindo ao fato de ela ser uma das imagens mais bem vistas e seguidas. Eles cochicham concordando. Sinto uma mão no meu braço que estava apoiado na cadeira.

 

Sorrio, e levo sua mão até a minha, entrelaçando nossos dedos, isso sempre o fazia sentir meu apoio e se acalmar.

 

- Então, vocês disseram que eu podia escolher caso aceitasse, eu estou aceitando e agora escolho Hansol. Ele é um ótimo ator, tenho certeza que conseguirá mascarar o nervosismo até se acostumar. E por favor não exijam tanto de um pessoa que nunca entrou nesse mundo.

 

- Mas ele não é filho de um dos nossos contabilistas?

 

- E do chefe da segurança. Sim, sou filho deles, mas eles nunca precisaram aparecer nas câmeras, e por isso eu também nunca precisei.

 

Hansol fala pela primeira vez, e vejo rostos surpresos.

 

- Por que da surpresa?

 

- Sua voz.

 

- O que tem ela?

 

- É potente, transmite confiança, ao contrário das feições

 

- E isso é bom? - Pergunta ele, enquanto eu acariciava sua mão por baixo da mesa.

 

- Na verdade é muito bom, pois se precisar conversar com alguém, basta disfarçar suas feições.

 

- Ele faz faculdade de artes, ele consegue fazer isso.  - Digo o olhando, ele olha para mim, respira fundo, fecha os olhos, e ao abrir suas feições já tinham mudado.

 

- É claro que eu consigo - Seu rosto assim como sua voz, mostravam confiança. - Mas eu não sei se irei me acostumar - Ele volta ao normal.

 

- Não se preocupe, tenho certeza que consegue querido - Nilima diz, e até mesmo Phet concorda.

 

- Então já estamos decididos senhorita.

 

- Concordamos com sua escolha.

 

- Ótimo, Alex recebeu os convites?

 

- Sim, e já os separei com os que eu achei mais relevante e com um número razoável de pessoas, para que seu amigo não pirasse já no primeiro.

 

- Obrigado - Diz Hansol suspirando.

 

- Se não quiser fazer isso, tudo bem Hansol, eu te fiz aceitar, mas não quero que faça nada forçadamente.

 

- Não está tudo bem, se é para te ajudar, eu consigo. - Sorrio de lado, e volto a olhar Alex.

 

- Bom de nada Hansol. E os convites que temos é: Para uma inauguração de uma empresa de jóias filiais;  O aniversário de um empresário que tem ideia de se filiar a nós; Um pedido para que você corte a fita inaugural de uma balsa que é uma das que mais transportam nossas coisas; Você tem a inauguração da empresa do Sohan Karan; E é só. foram as que eu achei mais relevantes.  E talvez queiram saber que as quatro tem dias completamente diferentes, ou seja, dá para ir nas quatro. Sendo a do Sohan Karan uma das últimas.

 

- Então confirme minha presença nessas quatro e deixe explícito que levarei acompanhante.

 

- Sim senhorita. E quer que eu faça o contrato temporário do Hansol?

 

- Eu adoraria, “sabe como me complico com contratos” - Sussurro a ela, ela sorri e sai da sala. - Muito bem, obrigada por me avisarem, espero que a solução que me deram, funcione. Podem voltar ao trabalho, reunião encerrada.

 

Todos se levantam, e cumprimentam com a cabeça, Nilima deixa um beijo na cabeça de Hansol e na , e sai junto aos outros.

 

- Você faz isso todo dia?  - Ouço Hansol falar, e sinto que ainda não havíamos largado a mão um do outro, eu sentia que isso era bom, e que barrava alguns sentimentos ruins.

 

- Felizmente não - Sorrio me encostando a cadeira - Geralmente fico na minha sala assinando papéis, às vezes fico vendo como estão os gráficos, às vezes quando eu posso, passo em cada andar para cumprimentar e ver como está o trabalho de cada setor, e escutar talvez suas reclamações. E nos dia de sorte, eu não faço nada e consigo dar uma cochilada no sofá do escritório.

 

- Uau, se eu já não reclamava quando você sem querer dorme conversando comigo, agora mesmo que nunca irei reclamar.  - Rio de seu comentário e sinto ele fazer um carinho em minha mão - Irei trabalhar bem, não se preocupe, pois acima de qualquer vergonha, te ajudar vem em primeiro.

 

Sorrio, e sinto algo deixar meu coração quente.

 

- Obrigada Hansol, o que eu seria sem você?

 

- A mesma, só que sem um amigo gato para usar de modelo - Ele pisca um dos olhos.

 

- Idiota.  - Sorrio para ele - Bem vindo a empresa.

 

 

 

*POV Suria.*

 

Eu estava de casa nova, ou melhor apartamento novo.  Raj havia me ajudado com a pintura, os móveis e a mudança.

 

Eu sei que antes ele também iria fazer isso, mas parece que falar que meu namorado me ajudou, me faz sentir algo tão bom.

 

“A quem te ajudou com a mudança?”

 

“ Meu namorado!”

 

Isso dá mais impacto. Sorrio com meu pensamento.

 

- Do que você está sorrindo? - Ouço sua voz falar, e logo sinto seu corpo em cima do meu.

 

Eu estava deitada no sofá, descansando, a mudança tinha durado o dia todo, e ainda tinha coisas a ser por no lugar, ou tirar do pacote, já que tinha coisas novas e até mesmo comida.

 

Abro os olhos e fito os seus, eles estavam azuis.

 

- Não era nada. Mudando de assunto, está feliz? - Falo abrindo as pernas e as entrelaçando na sua cintura, e passo meus braço pelo seu pescoço, ele sorri e se deita melhor em cima de mim, se apoiando nos cotovelos para manter seu rosto acima do meu.

 

- É claro que eu estou feliz, sua companhia sempre me faz feliz - Ele se abaixa deixando assim um selar carinhoso.

 

- Sabe nem parece que não éramos namorados há um mês atrás. - Digo fazendo um carinho em seu cabelo.

 

- Parece sim, porque há um mês atrás eu não podia fazer isso - Ele se abaixa novamente e sela nossos lábios, mas dessa vez o prendo no lugar, e faço nosso ósculo se aprofundar.

 

A sensação de ter os lábios de Arun aos meus, era a mesma que eu sentia ao correr, uma aceleração no coração e puro prazer.

 

Apesar de ele sempre ser carinhoso, ele não era assim quando começávamos a nos beijar com fervor.

 

Eu quase enlouquecia quando sua língua adentrava minha boca, e ali fazia mil e uma voltas, fazendo o que bem entendesse com a minha própria língua, além disso, também haviam suas mãos, que com o passar dos dias, elas se tornavam cada vez mais confiantes ao meu corpo.

 

Sem ao menos notarmos nosso corpos já se movimentavam ao encontro do outro. Eu estava começando a ficar com calor e falta de ar, acho que Arun também estava porque separou nossas bocas, mas me surpreendeu ao levar ela ao meu pescoço.

 

- O que . . . AH!  - Deixo sair vergonhosamente um gemido ao sentir ele morder e chupar a pele sensível do meu pescoço .

 

Ele sai do meu pescoço e sorri sacana para mim.

 

- Eu tinha que fazer isso, queria ver se sabia - Ele me dá um selinho rápido. - Mas você gemeu só por causa disso?

 

- Meu pescoço, é uma região sensível. A não, nem vem me olhar assim, sai, tira sua cabeça daí, Raj - Digo rindo nervosa, porque agora ele passava o nariz calmamente ali, e isso estava me arrepiando.

 

Solto um suspiro quando ele começa a beijar ele, fecho os olhos, aquilo era realmente muito bom.

 

- Opah!  - Levamos um susto e nos afastando, vendo Kelsey se virando de costas - Me desculpem, a porta estava encostada ai fui entrando, me desculpem, não quis atrapalhar.

 

- Mas não estávamos fazendo nada. - Diz Raj sem sair de onde estava, faço um sinal para ele sair de cima de mim - “Por que? Aqui está bom”. Nego com a cabeça e o empurro para trás, fazendo assim eu conseguir me sentar, e o tirar de cima de mim.

 

- E você nasceu magicamente, me conta outra Raj. Enfim, vim te buscar, fui no mercado e lembrei que você estava aqui, e que não tinha avisado se ia dormir, então decidi passar aqui. Mas acho que devia ter ligado primeiro. Enfim, estou lá na portaria te esperando. Boa noite Suria.

 

- Boa noite Kelsey.  

 

Vejo ela sair apressada e fechar a porta.

 

- Agora fiquei pensando em como eles me fizeram - Diz ele com uma cara de desgosto.

 

Nego com a cabeça. Me levanto e puxo sua mão. - Eu não quero ir embora, pede para eu ficar.

 

- Você tem uma prova para entrar em uma faculdade, lembra?

 

- Estou nervoso, será que consigo passar?

 

- Por que não conseguiria ? - Digo pegando o cartão e abrindo a porta, ele passa e passo fechando.

 

Automaticamente seguramos a mão um do outro, enquanto andávamos até o elevador.

 

- E você não pretende fazer nada? - Ele fala sorrindo.

 

- Acho que vou terminar a faculdade que eu tranquei para fazer minhas viagens, e após me formar em contabilidade, pedir um emprego nas empresa Rajaram, ou quem sabe na fábrica do Karan, ele vai precisar de alguma contadora, certo?

 

- Certo. Eu posso falar com ele, se quiser - Aperto o botão do elevador.

 

- Eu tenho boca sabia? - Ele ri e me abraça.

 

- Sei, sei muito bem - Ele me dá um selinho demorado, separando apenas pelo barulho das portas abrindo. - Mas mesmo assim, eu posso ver se ele precisa, aí se precisar, falo para ele vir falar com você e você faz uma de difícil e depois aceita - Ele pisca e eu rio alto.

 

- Só você mesmo, seu bobo.

 

Mais cinco andares para chegar ao saguão.

 

- Sabe, ficou lindo esse chupão.

 

É verdade o chupão, tinha esquecido dele. Aproveito que a porta do elevador é espelhada e olho meu pescoço.

 

- Raj que isso, você disse que nunca tinha feito! - Não achei que ia ficar daquela cor.

 

Estava vermelho, mas eu sabia que ia escurecer e virar um quase roxo.

 

- E eu nunca fiz - Ele fala sorrindo.

 

- Pois bem, direitos iguais aos dois - Boto minhas mãos em seus ombros e me impulsiono, ele mesmo surpreso, segura minha cintura, entrelaço minhas pernas na sua - Vira a cabeça para o lado - Digo segurando em seu ombro, e a outra segurando seu cabelo.

 

- Sério? Já estamos chegando ao saguão.

 

- Vai ser rápido.

 

- Mas o problema é esse, não quero que seja rápido - Diz ele contrariado mas mesmo assim deixando seu pescoço a vista para mim, sorri sapeca, e mordi com força - SURIA!

 

Sinto suas mãos apertarem minha cintura, e ouço um suspiro ao eu começar a sugar a pele.

 

E depois que termino, ainda dou um beijinho. Bato em seu ombro, mas ele não me solta.

 

Seus olhos estavam fechados, mas quando ele abriu, aquele azul intenso estava os colorindo.

 

Será que essa cor, significava . . .

 

Ouço o som do último andar, me desço de seu colo, mas ele não solta a minha cintura, ou deixa de me olhar.

 

- Isso é maldade Suria.  

 

- Aqui se faz aqui se paga.

 

- Mas quando eu fiz, estávamos em um sofá, onde você poderia fazer o que quisesse depois, e não em um elevador prestes a se abrir.

 

Rio e o abraço. Ele suspira e me abraça em seguida.

 

- Como você consegue fazer isso comigo?

 

- Isso o que?

 

- Me enlouquecer com tão pouco. Ainda bem que só faz isso agora, porque se você fizesse isso na minha época de adolescente, aposto que eu teria algo ereto no meio das pernas, nesse momento.

 

- RAJ!

 

- Que foi, estou sendo realista. - Escondo meu rosto em seu peito, enquanto sentia ele me abraçar mais forte, e o som das portas se abrindo.

 

Me separo dele, e o acompanho até onde estava Kelsey, que conversava com a senhora da portaria.

 

- Tchau, durma bem - Ele segura meu rosto com as duas mãos.

 

- Tchau, avisa quando chegar, durma bem. E Raj?

 

- O que?

 

- Acho que te amo - Digo segurando suas mãos em meu rosto. Ele sorri, e seus olhos ficam azuis cobalto.

 

- Eu tenho quase certeza que te amo.  - Agora foi minha vez de sorrir.

 

Aproximo meu rosto do seu, e lhe dou um beijo simples, já que tínhamos platéia.

 

Nos separamos, e Kelsey vem até nós, e me dá um beijo na testa.

 

- Boa noite querida.

 

- Boa noite Kelsey.

 

Ela ia sair, mas olha para mim e depois para Raj, e sorri.

 

- Fazendo nada, né Raj - Ela toca nossos pescoços, exatamente onde estavam os chupões. - A minha sorte é que seu pai não faz mais isso em lugares que apareçam.

 

- E onde ele faz? - Raj fala.

 

- Quer mesmo saber?

 

- Não! - Ele fala arregalando os olhos.

 

- Seu bobo, ele faz mais para baixo, onde eu posso esconder com a gola da blusa, ou que não fique tão aparente que use maquiagem.  Só pensa o que não deve né senhor.

 

- Eu não pensei nada, e ainda bem que não fiz.

 

- Vamos logo para casa. - Ela fala rindo e saindo.

 

- Agora eu irei ficar sozinha. - Faço beicinho, Raj sorri e me beija.

 

- Não por muito tempo, vou dar um jeito nisso. Até amanhã.

 

- Até!

 

Ele corre até Kelsey e a abraça pelos ombros.

 

Olho para a senhora que sorria.

 

- Que foi? - Pergunto sorrindo.

 

- Falei que vocês tinham química.

 

 Sorrio vermelha e volto para o elevador.

 

[...]

 

Sai do banho, e pego o celular vendo que tinha duas mensagens.

 

Uma do Raj me dizendo que chegou, e me desejando boa noite.

 

E outra, era de um aviso que teria uma corrida hoje, a meia noite.  Olho o relógio, onze e meia.

 

Mordo o lábio, me perguntando se devia ir. Sorrio e confirmo presença.

 

[...]

 

Desacelero a moto, ao chegar perto de onde estavam as pessoas.

 

- Meus olhos estão me enganando, ou temos Suria aqui conosco.- Desligo a moto, ao ver Lily falando. Tiro capacete e sorrio.

 

- Nem faz tanto tempo assim, Lily.  - Eu não participava das corridas há um mês, eu estava tão ocupada com Raj, mudança que nem senti falta de correr.

 

Mas como hoje, Raj não estaria comigo, eu decidi vir.

 

- Muito bem então, vá para a sua posição garota, logo começa. Vai ser a pista de sempre.

 

Sorrio, eu sabia alguns atalhos que me faria vencer com certeza. Ligo a moto, e a levo até a posição.

 

- Hey Suria - Ouço a voz de alguém conhecido, mas não estava vendo quem era, tiro o capacete e desço da moto. E na plateia, vejo a que seria, minha “Fã número 1” Sorriu indo até ela. - Quando eu soube que você confirmou presença para essa corrida, eu vim às pressas. Estou torcendo por você.

 

- Obrigada Emy.

 

Sorrio e volto ao meu lugar. Subo na moto, e quase que meus olhos saem do lugar, com o revirar de olho que dei ao perceber quem ia competir também.

 

Caras nojentos, que sempre tentavam dar em cima de mim.

 

Mas por sorte, hoje eles não estavam investindo, apenas sorriam, de um jeito sinistro.

 

Pus as luvas e o capacete. Lily já estava indo, para indicar a partida. Ligo a moto, freando a roda da frente, e deixando a de trás, chegar a sair fumaça.

 

Ao a bandeira ser agitado, o som de pneus cantando foi lindo de se ouvir. Mas por sorte fui uma das primeiras a sair em disparada.

 

O vento batendo no meu corpo. A velocidade absurda. A adrenalina da corrida.  Ser livre.

 

Era isso que me fazia bem. Poder sentir os ventos se partir para meu corpo passar.

 

A única outra coisa no mundo que me dava essa mesma sensação. Era estar com Raj, estar em seus braços, sentir seu carinho comigo. Ele era a única coisa que poderia substituir isso.

 

Sorri vendo o atalho, virei e segui, eram duas voltas. Acelerei mais um pouco, e sorri.

 

Passei a primeira vez, e sorri ao ver que o resto estava longe de chegar. Afinal estava a maioria de carro, e eles não conheciam a pista como eu.

 

Acelerei mais um pouco, essas corridas eram boas, porque não tinha regras, a não ser não poder sabotar o outro, mas tirando isso, a corrida não dizia que tinha que percorrer o caminho todo.

 

Sorri ao chegar ao atalho novamente. Acelerei e deitei o corpo, para ir mais rápido.

 

Eu conseguia ouvir a plateia gritando já.

 

A linha de chegada, estava ali. Acelerei mais um pouco, e consegui passar.

 

Os gritos e a voz de Lily dizendo que eu haviam ganho, me fez sorri.

 

Apertei os freios.

 

Meu sorriso sumiu.

 

Porque a moto não estava parando?!

 

Freei de novo, mas não tinha mudança no ritmo da moto.

 

Arregalei os olhos, porque ela não estava freando.

 

Olhei para os lados, desesperada. Achei grama ao lado da pista, mas era meio perigoso, porque estava vindo os carros da corrida.

 

Foda-se.

 

Fui para perto, e com dificuldade pulei para o lado.

 

Só fechei os olhos, e senti o impacto, e logo meu corpo rolando, até bater nos carros que estavam estacionados ali.

 

Senti algumas partes do meu corpo, umedecer, devia ser sangue. Já em outras partes eu sentia arder, com dificuldade, consegui tirar  o capacete, e respirar direito.

 

Ouvi um som alto, e com força de vontade consegui virar a cabeça para olhar, e ver minha moto pegando fogo, pela batida dada em um muro da pista. 

 

Fechei os olhos, meu corpo todo doia.

 

Escuto passos rápidos. E logo vejo Lily.

 

- Meu deus Suria, você está bem. Para quem eu posso ligar para vir te socorrer. -  Tento levar minha mão ao bolso da jaqueta, mas grunho com a dor. - Deixa que eu pego. Queria poder chamar uma ambulância, mas sabe que isso não posso fazer. Qual nome?

 

Apenas um vinha a minha mente.

 

- Raj . . .  

 

- Achei. Está chamando. O que aconteceu Suria.

 

- Meus freios - Minha garganta doía ao falar. - Eles não estavam pegando.

 

- Sabotagem? Alô? . . .  Raj? Sim, é o celular dela, aqui é uma amiga, ela sofreu um pequeno acidente de moto, e ela está . . . Onde nós estamos? Na pista abandonada, perto dos galpões. Alô? Alô?

 

- Eu acho que alguém, conseguiu cortar os freio Lily, por favor ache quem é, e expulse antes que aconteça com outro.

 

- Depois vemos isso, por agora deixa eu tentar ligar para ele de novo.

 

- Não se preocupe - Digo sorrindo culpada - Se o conheço bem, ele está vindo direto para cá.

 

Me desculpa Raj, mas eu preciso de você agora.

 

 

 

*POV Raj Arun*

 

Boto meu sapato, e saio correndo do quarto com o celular na mão. Mando uma mensagem às pressas a mamãe, avisando que pegaria o carro dela, e que eu iria estar na Suria.

 

Para que, quando ela acordasse, não se assustasse com minha ausência e a do carro.

 

Pego a chave, e entro na garagem as pressas, entro no carro e abro o portão do carro, desligando os alarmes, ligo o carro e acelero saindo, aperto o botão e fecho a garagem, aperto o outro controle e abro o portão de saída.

 

Passei com pressa por ele, e apertei o botão de fechar e de ligar o alarme.

 

Já to indo Suria.

 

[...]

 

Mal desligo o carro e já estou abrindo a porta e saindo.  Vejo gente terminando de apagar uma fogueira. . . . Não espera, aquilo não era fogueira, era uma moto.

 

Pequeno acidente?

 

- Suria?! - Falo alto olhando em volta, vejo uma moça vir correndo.

 

- Raj?

 

- É, cadê a Suria?!

 

- Me siga - Ela começa a correr para uma parte afastada da pista, mas muito mais perto do acidente, vejo uma silhueta sentada, e corro mais rápido que a guria que me guiava.

 

- Suria! - Digo alto e ela me olha, mesmo a distância, eu podia ver o alívio e as lágrimas contidas em seus olhos.

 

Consigo chegar até ela, e me ajoelho no chão, e começo a conferir seu corpo.

 

Quando vi que não tinha nada quebrado, suspirei aliviado, e a abracei. Sinto ela apertar com força minha camisa.

 

Ela estava com medo.

 

- Está tudo bem, eu estou aqui agora, e vou te levar para casa. Prometo tentar não te machucar. - Olho para a mulher ao lado - Obrigado por me ligar - Ela concorda e me entrega o telefone, o guardo no bolso. Levanto e com cuidado pego-a no colo, a ouvindo resmungar pela dor.

 

A levo até o carro, que agora parecia estar bem longe.  Avisto ele, chego e com dificuldade, abro a porta do passageiro, e a boto com cuidado, deito um pouco o banco para que ela ficasse mais confortável.

 

Fecho a porta, dou a volta e entro, já o ligando e saindo em direção ao apartamento dela.

 

- Raj, me desc . . .

 

- Nem termina essa frase. Somos amigos, e agora, parceiros, certo? Estamos aqui um para o outro sempre. - Olho rápido para o lado, e pego sua mão, voltando a olhar a estrada.

 

Olho seu corpo rapidamente, e lembro que no apartamento não tinha visto se tinha curativos de primeiros socorros. Lembro que tem uma farmacia perto do apartamento, acelero em direção.

 

Bufo ao sinal vermelho, olho para ela, que estava de olhos fechados, e onde eu consegui ver lágrimas caindo.

 

- Suria, está com a boca seca ou com muita vontade de tomar água? - Afinal se a resposta fosse positiva, significava que ela está com uma hemorragia interna. Agradeço até hoje por ter uma avó enfermeira.

 

- Não, eu não estou.

 

- Que bom, então tudo ficará bem, eu estou aqui - Digo me esticando e beijando com carinho sua boca e encostando minha testa na sua. - Eu estou aqui.

 

[...]

 

Demorou um tempo, mas chegamos ao prédio, deixo o carro na vaga dela, e saio apressado para o outro lado, pego as sacolas no banco de trás, e depois vou até o banco do passageiro, e tento tirar ela com cuidado do banco, mas não adiantou porque ela praguejou de dor.

 

- Me desculpa.

 

- Está tudo bem, está tudo bem. - Ela fala mordendo os lábios.

 

Vou até o elevador, e agradeço quando ele abre vazio.  

 

Após alguns minutos o elevador chega no nosso andar.  A ponho no chão, e procuro em seus bolsos o cartão, quando o acho, abro a porta, pego a sacolinha que tinha posto no chão, e a pego no colo novamente.

 

- O treino com o papai está servindo para alguma coisa, não acha?  - Olho para ela enquanto chutava a porta para fechar, ela sorri e fraquinho nega com a cabeça.

 

A deixo no sofá, sentada.

 

- Eu já volto. - Ela concorda, vou até a cozinha, pego um potinho, e depois vou até seu quarto, e pego uma roupa leve, uma blusa grande, e uma calça larga.

 

Boto tudo ao lado dela, com cuidado, tiro o casaco dela, que por ser de couro, deu uma ajuda no amortecimento.  Nós já fizemos isso tantas vezes, que eu não tinha mais vergonha, e muito menos precisava pedir.

 

Tirei a blusa que ela estava também, a deixando só de sutiã. Pego o potinho e despejo o álcool que eu havia comprado, dentro dele, abro o pacote de algodão, assim como as gases e os curativos.

 

Molho o algodão e passo em uma ferida no ombro.

 

- DROGA! - Sorrio sem mostrar os dentes e continuo passando - Essa merda sempre arde como o inferno.

 

- Não se machuque mais que não irá mais sentir. - Digo concentrado tentando limpar, após isso ponho um curativo.

 

- Raj eu . . .

 

- Não quero que se desculpe, ou algo do tipo ok?! Você faz isso porque gosta, gosta da adrenalina, eu sei, eu te conheço, e eu não vou te impedir de fazer isso - Digo já limpando outra ferida.

 

- Raj . .

 

- Eu não irei te impedir, eu prometo. Mas eu só queria que . . .  - Vejo seus braços,e não tem mais nenhum ferimento, e nem no tronco, pego a blusa, e a boto nela, me ajoelho à sua frente, e seguro seu rosto com delicadeza - Eu só quero que tome mais cuidado - Sinto lágrimas caindo sem minha permissão - Só isso que eu queria.  - Me escoro em seu peito, e sinto ela me abraçar pelo pescoço.

 

- Está tudo bem eu me. . .

 

- Eu tenho medo, lembra quando você perguntou se eu temia por você, sim eu temo. E quase morro ao te ver machucada desse jeito, eu nunca saí tão rápido da minha casa a minha vida toda, o quanto eu sai quando recebi a ligação. Eu não quero te perder.

 

- Eu vou parar de correr - Escuto ela dizer enquanto acariciava meu cabelo.

 

- Não quero que deixe de fazer o que gosta por mim, por favor, eu só quero...

 

- Mas eu decidi isso hoje, depois do que aconteceu. E não é por você, é por mim.  Porque te ver chorar, ou se preocupar comigo, me machuca mais do que qualquer coisa, não quero mais ter que te ligar no meio da madruga pedindo para vir me socorrer. Se for para ligar, que seja porque quero você aqui comigo. E eu não gosto da razão de eu e você estarmos acostumados com a minha seminudez, pelo motivo de ser você sempre a cuidar dos meus machucados. - Me separei do abraço e olho seu rosto, ela sorria e em seus olhos não tinha tristeza por estar deixando de lado aquilo que ela sempre amou fazer - Hoje eu percebi que aquelas corridas, podem custar minha vida, e se eu perder minha vida, eu perco você, e eu não quero isso. - Ela se aproxima, fazendo uma cara de desconforto, e sela nossos lábios - E além do mais, existem outros tipos de coisas que fazem sentir adrenalina.

 

- Bungee jump, esquiar, escalar montanha - Digo levantando e a segurando de em pé - A calça.

 

Ela me olha franzindo o cenho, mas logo entendeu que era para tirar. Com cuidado ela desabotoa e tira até metade das coxas, olho para o lado enquanto sentava ela, e lhe entregava uma almofada, ela põe por cima do colo.

 

Com cuidado, tiro o resto da calça, o corte estava feio na perna na direita, não algo que devesse levar ponto.

 

- É você. - Ela diz sorrindo de lado.

 

- Eu o quê ? - Pergunto passando o algodão forte demais sem querer, e vendo ela apertar a almofada - Desculpa.

 

- Você também me faz sentir adrenalina. - Olho para ela negando enquanto sorria, pego o curativo e enrolo na perna, e botando uma fita para ele ficar no lugar - Que foi, é verdade, que mulher não sentiria o coração acelerar por ter um homem a tocando.

 

- Cala a boca - Digo rindo e sentindo o clima ficar menos pesado e triste. Seco meu rosto pelas lágrimas anteriores.

 

- Vem calar - Ela diz sorrindo de lado - Agora eu posso falar isso, e saber que você não vai vir com uma fita atrás de mim.

 

Sorrio e boto a calça, que eu tinha trago, até metade das coxas, ajudo ela a levantar e percebo que ela já conseguia ficar de pé, ela termina de botar, mas por eu ser mais alto, conseguia ver atrás de suas costas, e mesmo não querendo vi sua bunda, olho imediatamente para o outro lado.

 

- Pronto . - Ela diz. Faço ela se sentar de novo e vou até a cozinha pegar um copo d'água, volto para a sala e lhe dou, junto a um remédio que peguei na bolsa. - Para que é?

 

- Dor corporal. A recepcionista me olhou estranho quando disse que era para minha namorada.

 

Ela engasga com a água, levo um susto e dou leve tapinhas em suas costas.

 

- Nem imagino porque ela te olhou estranho, por acaso era desse jeito - Ele meio que fecha os olhos e sorri de lado.

 

- Era, será que ela achou que eu bati em você? - Ela me olha com uma sobrancelha arqueada. Franzo o cenho, e um pensamento vem a minha cabeça, sinto meu rosto esquentar - Mudando de assunto, você vai mesmo parar de correr?

 

- Irei, já me decidi, sem corridas.

 

- Então se é assim - Olho para cima e ponho as mãos estendidas - Obrigado deuses por perceberem que se ela continuasse fazendo isso, eu teria cabelos brancos antes da idade certa.  - Ela ri, sorrio e me levanto , e me sento ao lado dela, após botar as coisas no chão, a pego e boto de lado do meu colo, e a abraço enquanto a aninhava para que ela ficasse confortável .

 

Ela sorri, o que faz meu coração ficar calmo. Me aproximo e devagar começo um beijo carinhoso. Nos separo e deixo minha testa descansar na sua.

 

- Eu não sei se consigo viver sem você também - Falo sorrindo.

 

- Então, que fiquemos para sempre juntos.

 

Sorrio a abraçando.

 

Assim eu espero, assim eu espero.

 

 

 

*POV Suria*

 

Abro os olhos com dificuldade, eu sentia meu corpo todo doer, e sentia que algo me abraçava, sorri sabendo que era Raj ainda ali comigo, fecho novamente os olhos.

 

- Já são nove horas da manhã, não acha que devemos levantar? - Sua voz estava rouca, e eu acabei me perdendo no tom da voz dele, que levei um tempo para raciocinar o que ele disse.

 

Me viro rápido ficando de frente para sí, me arrependi logo em seguida, porque tudo estava doendo.

 

- E sua prova! - Digo segurando o seu rosto, para que ele visse meu desespero.

 

- Perdi - Ele diz dando de ombro.

 

- Como assim?!  Raj era uma coisa importante para você, e tu perdeu por minha causa.  - Digo ficando de barriga para cima, e pondo o braço acima dos olhos - Eu só estrago sua vida. Primeiro eu te boto em uma briga com um ex namorado, depois te deixo ir me buscar em lugar não muito confiável para famosos, mas antes disso te faço acordar no meio da madrugada e . . .

 

Sinto seus lábios nos meus, enquanto uma de suas mãos segurava meu pescoço, ele se separa e fica com seu rosto acima do meu, é então que reparo que ele está sem camisa.

 

- Bom dia pra você também meu amor. - Eu já tinha ficado sem ar por causa da surpresa do beijo, agora ele ainda sorria para mim, com aqueles olhos azuis e dizendo essa frase?

 

- Bom . . . Bom dia.

 

- Sinto muito, mas tudo o que você disse é mentira. Você não acaba com a minha vida, pelo contrário, você, é e está se tornando cada vez mais forte, a minha razão de viver. E se eu não estou preocupado com o resto, você não deveria. Perdi a prova, perdi, fazer o que. Não quero fazer parte da fama de qualquer forma, então irei procurar um emprego ou algo do gênero. Eu não queria fazer faculdade de qualquer forma.

 

- Eu sou sua vida? Então sua vida é uma merda. - Digo sorrindo, ele rola os olhos, e faz menção de ir para cima de mim, mas para no meio do caminho, rolo os olhos, foda-se os machucados, dou um pulinho para o lado, e termino de levar seu corpo para cima do meu.

 

- Suria! Você está com dores que eu sei. Deixa eu sair de cima de você.

 

- Você me chama de “sua vida”, e quer que eu te largue? - Minhas pernas estavam pesadas, mas consegui as ergue e enroscar em sua cintura.

 

Ele sorri, ficando vermelho nas bochechas, e escondendo o rosto em meu pescoço, sem encostar seu corpo ao meu, rolo os olhos, ponho minhas mãos em suas costas e com as pernas em sua cintura, o puxo para baixo.

 

Não doeu tanto quanto eu esperava.

 

- Sua cabeça dura - Ele diz e sinto um beijo em meu pescoço, o que me fez arrepiar. - Agora vamos, que você precisa tomar banho, e eu irei comprar pão, ou algo para comermos. - Ele beija meu nariz e sai de cima de mim, ou tenta, já que eu estava com as pernas em sua cintura ainda .

 

Ele senta por cima das panturrilhas e me olha com uma sobrancelha levantada, sorrio de lado, e o puxo de volta.

 

- Suria!

 

[...]

 

Saio do banho um pouco melhor, tinha tomado o remédio antes de entrar.

 

Já saio de roupa, e felizmente, mesmo devagar consigo secar um pouco meus cabelos.

 

E sorrio ao ouvir a porta da sala abrindo.

 

- Suria?

 

- To aqui no quarto - Falo um pouco alto.

 

- Vem aqui rapidinho, quero ver se vai gostar do que eu trouxe, se não, vou lá e troco.

 

- Se é comida, eu vou gostar, não se preocupe.  - Digo saindo do quarto e vendo ele perto da cozinha, com as mãos nas costas.

 

- Não é bem de comer - Ele diz tirando das costas algo pequeno e peludo.

 

Tapo minha boca surpresa, ando depressa até chegar perto e ver o que realmente era. Um filhote, totalmente branquinho e apertável. Olho para ele, perguntando se podia pega-lo, ele sempre soube que eu queria um cachorro branco, não importasse a raça, será que ele . . .

 

- É seu, eu comprei para você, é um samoieda filhote - Ele me entrega, e o filhote já começa a me cheirar e lamber.

 

Sorrio, e o levanto para ver, era uma pequena fêmea. Olho em seus olhos, e mais pareciam ser duas jabuticabinhas.

 

Riu e sorrio ao mesmo tempo. Eu havia adorado.

 

- Comprei para te fazer companhia, enquanto eu não estivesse, o único problema, é que ela vai crescer, bastante. E a veterinária me disse que era para sempre levar ele para correr em lugares grandes, ou seja, você sempre tem que levar ele para a minha casa, ai você aproveita e vai junto - Ele sorri, como um criança

 

Me estico nas pontas dos pés, e beijo seus lábios.

 

- Obrigada, eu adorei, e qualquer coisa, eu me mudo - Digo rindo - Né bolinha de pêlo, eu me mudaria por você. - Não tinha percebido, mas ela tinha algo amarrado no pescoço, estava escondido por causa do pelo. A boto no chão, me abaixando junto e com cuidado, tirando a fita que amarrava. - O que tem no pescoço dela? - Falo sorrindo mas não recebo uma resposta.

 

Consigo tirar, e ela logo sai correndo, e cheirando em volta.

 

Comecei a chorar, ao ver o que tinha na fitinha.

 

- Eu achei que estava na hora de a gente tornar isso oficial, não acha? - Olho para ele, com a vista meio embaçada, e o vejo segurando um buquê cheio de begônias vermelhas - A florista disse que simbolizavam o amor, então comprei.

 

Me sentei no chão, segurando as alianças de namoro, e comecei a chorar ainda mais.

 

- Por que está chorando - Ouço ele perguntar, e sorrir, se sentando na minha frente. Me jogo em seus braços, e por sorte ele se segurou e afastou as flores. - Eu acho que se você está chorando, fiz algo de errado.

 

- Não! - Digo o abraçando mais forte - É que, eu não esperava ganhar isso em algum dia da minha vida, e muito menos hoje, isso é a melhor coisa que eu já recebi. - Ouço ele suspirar e rir.

 

Ele me afasta, e com cuidado e carinho, limpa minhas lágrimas. Pega minha mão, a que segurava as alianças, as tira, e depois as tira do laço, pegando a menor, e depois pegando a minha mão.

 

- Não irei perguntar se quer, porque isso eu já perguntei, e espero que ainda continue sendo sim. - Ele ri, e vejo que seus olhos estão embaçados, mas em um tom azul forte, ele estava feliz assim como eu.

 

- Com certeza ainda é sim. - Então ele põe, e depois beija em cima. Rio e seco outra lágrima. Pego a que estava na sua mão, e pego a própria mão, e sorrindo boto no dedo certo.

 

Olho sorrindo para ele, ele também sorria. Boto o buquê do lado, e de novo, me jogo nele, ele ri caindo para trás, levo meu rosto até o seu, beijando-o com alegria.

 

Ambos sabíamos, que, estávamos em um relacionamento.

 

Mas as alianças, eu não sei dizer, me dava a certeza de que a felicidade que ele está me dando, não é brincadeira ou apenas um sonho, ou até mesmo algo passageiro.

 

Nos separo, e sinto as mãos dele em minha cintura, boto a minha uma de cada lado da sua cabeça, e sorrindo em resposta ao seu sorriso, pergunto.

 

- Como sabia o tamanho do meu dedo? - Ele sorri de lado e faz um carinho na minha bochecha.

 

- Porque eu conheço cada detalhe seu, por isso, sei diferenciar você e a Diya.

 

- Estamos oficialmente namorando! - Digo sorrindo, e sinto meu rosto esquentar pelo comentário de antes.

 

- Estamos sim. E aliás, acho que encontrei um emprego, e isso, graças ao eu ter ido comprar o cachorrinho para você. Viu como você é a minha vida. - Escondo meu rosto em seu pescoço.  - Ei, Suria?

 

- O quê? - Digo ainda escondida em seu pescoço.

 

- Eu te amo, e agora sei disso, com cem por cento de certeza.

 

Olho para ele, com surpresa. E ele bota meu cabelo atrás da orelha, em um carinho.

 

- Ótimo, porque descobri que também te amo.

 


Notas Finais


Então?
Confundi vcs de novo com o titulo? kkkkkkk

Quero agradecer ao comentários, logo os respondo prometo
Obrigada tambem aos favoritos, amo vcs meus descendentes de Rabanetes, kkkkkkkk

Comentem o que acharam.
E dicas de nome, Menos bolinha de neve, ou snow kkkkkkk


Bjs e até a proxima


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