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História Desculpa se te chamo de amor - It's you. - Reencontros.


Escrita por: willtraynor

Capítulo 4 - Reencontros.


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor - It's you. - Reencontros.

Ela encarou o hall de entrada do prédio. Não era uma boa ideia, de fato. Mas se não fizesse, não teria outra saída a não ser aceitar que sua mãe, não começaria o tratamento. E Candy  não estava disposta a abrir mão. Ela suspirou fundo. Já estava lá, há quase meia hora, criando coragem do além. Nem parecia a mesma garota que enfrentava tudo tão facilmente.
Bem, ela não era mais uma garota. Tinha tantos problemas na empresa para resolver e agora Sophie. Tudo estava diferente e voltar, parecia que havia desencadeado um sentimento novo.
Não sabia explicar, mas tinha algo no ar que sempre a puxava para frente daquele prédio e era por isso que estava lá. O passado, a perseguia.
Ela desceu do carro decidida. Havia se vestido como a empresária que era. E quando seus saltos finos tocaram o chão daquele lugar, sentiu todos a olharem de por cima dos ombros. Não ficaria mais com medo de encontrá-lo. Se precisasse, podia até sorrir com falsidade.
Não era mais uma menina apaixonada. Não era mais a Caramella. 
Ela era Candy Silverstone.
– Pois não, posso ajudá-la? – indagou a moça que ficava atrás do balcão, em frente ao hall.
Ela sorriu amigavelmente.
– Quero falar com Liam.
– Ahm... – ela olhou algo no computador. – seu nome, por gentileza.
– Srta. Silverstone.
– Desculpe srta, mas não consta nada aqui. – informou ela, sem graça.
– Ah não, ele não está me esperando, mas é muito importante.
– Infelizmente não posso liberá-la.
Ela torceu a boca, olhando para o elevador. Parte de si queria muito desistir e falar para a mãe que tinha dado certo, mas a outra parte, sabia que seria errado mentir. Sophie merecia que ela tentasse.
– Você não consegue falar para ele que estou aqui?
Ela negou com a cabeça.
– Não tenho permissão.
– Ah, por favor, sou eu! – disse apontando para si. – Não se preocupe, não vai ter problemas, eu prometo.
A moça sorriu nervosa a encarando, provavelmente se perguntando quem ela era, sem sequer insinuar que ia se esforçar para levá-la até o treze.
Inferno mesmo.
– Okay, por acaso Luna está aqui hoje?
– Não posso dar esse tipo de informação.
Candy revirou os olhos.
– Pois não? – indagou uma voz feminina atrás dela.
Silverstone se virou para encarar quem quer que fosse.
– Posso ajudá-la? – quis saber a morena, com um tom de voz hostil.
– Quero falar com Liam.
A mesma a encarou de cima a baixo.
– E você é...?
– Uma amiga. – resolveu simplificar.
– Infelizmente, não podemos liberar amigas. – respondeu irônica.
Ah Deus, olhou bem para o rosto da mulher, para não esquecer mais tarde. Ela era muito bonita e tinha o perfil de alguém apaixonada pelo chefe. Era nítida a diferença dela com a outra moça que tinha a tratado um pouco melhor.
– Olha, estou com pressa, é só você ou qualquer pessoa competente avisar que quero falar com ele, que evitamos dor de cabeça.
– O senhor Payne não se encontra. – disse a recepcionista por fim.
– Ótimo, porque não falou isso antes?
– Porque – respondeu a intrometida novamente. – é nossa obrigação barrar pessoas indesejadas.
– Ela não é indesejada por mim. – ouviu alguém falar.
Meu Deus, seu coração bateu tão forte contra o peito que sentiu medo que alguém ouvisse seu desespero interno. Quando olhou por cima dos ombros, encontrará nada mais que Liam Payne. Então sorriu aliviada.
– Oi Liam. – disse sem graça.
Eles nunca foram tão íntimos, mas devido às proporções, seria Payne a melhor pessoa a se pedir um favor.
– Que bom vê-la por aqui. – disse ele com sinceridade e com a educação que nunca lhe faltou. – Quer subir?
Seria bom, só para se sentir vitoriosa, depois de ser barrada, mas a melhor opção era conversar com ele o quanto antes e ir embora.
– Não, não. Eu vim até aqui, porque queria pedir um favor para você.
– Ah claro. – ele deu alguns passos se afastando do balcão, para que só os dois pudessem conversar em particular. – O que posso fazer, pela senhorita?
Ela suspirou fundo.
– Gostaria de fazer uma visita a Luna. Mas perdi o contato de vocês. – esclareceu. – Então achei mais fácil vir aqui, pedir pra você falar com ela, ou se ela estiver aqui...
Liam assentiu.  
– Ela está em casa, mas vai adorar receber sua visita, com toda certeza.
– Não quero atrapalhar.
Ele balançou a cabeça.
– Candy, ela vai amar ver você. – disse ele com afeição. – Luna sente muito sua falta.
Ela engoliu em seco, se sentindo um pouco envergonhada.
– Eu também sinto, mas tudo está tão corrido ultimamente, vim para Inglaterra, porque minha mãe não está muito bem. Queria dar um oi, antes de voltar para casa.
– Claro, eu entendo. – assentiu ele. – Você abriu uma empresa não abriu?
– Abri. – respondeu sorrindo. – Inicialmente era uma empresa de eventos pequenos, mas acabei fazendo alguns contatos e agora cuido de alguns shows maiores.
– Eu soube alguma coisa. Fico tão feliz por você, sabia que tinha futuro. – Liam apertou o braço dela com carinho e pelo canto dos olhos, viu todos do hall os encarando. – Lembro do dia que fomos viajar para o Brasil e você estava toda nervosa, era só uma garota e agora está tão...
– Adulta?
– É... madura. Já é uma mulher e tanto. Luna com certeza vai pirar quando você ligar pra ela. E vai ficar muito orgulhosa dos seus feitos.
Candy sorriu, não imaginaria em nenhum dos seus sonhos que Payne a trataria daquela maneira. Mas agradeceu internamente, por isso.
– Foi bom vê-lo. – ela deu o celular para que Liam anotasse o número de Luna. – Vou ligar para ela assim que terminar alguns assuntos do trabalho. Será que sua esposa está disponível hoje?
Ele assentiu.
– Ela está redecorando um dos quartos, por puro deleite. Com certeza, vai amar ter você lá, para mostrar cada cantinho que decorou daquela casa.
– Obrigada. – disse pegando o aparelho novamente. – Estou animada. Até mais Liam, obrigada pela ajudinha.
Payne a abraçou por cima dos ombros.
– Até mais Candy. Não suma de novo.
– Pode deixar. Ah, já ia me esquecendo, tem um curso na minha empresa de como os funcionários devem tratar as pessoas, se quiser seria interessante, introduzi-lo na AEDAS.
Ele balançou a cabeça sorrindo e depois piscou.
Ela se afastou, dando alguns passos e depois soltou o ar. Não esperava que fosse tão fácil e rápido. Tudo bem, que não contou a verdade e só estava ali atrás de Luna, porque sua mãe havia pedido. Caso contrário, não faria isso. Mal sabia, como tinha conseguido ter um diálogo com Liam sem passar mal. Seu estômago, estava se revirando dentro dela. Sentia-se nervosa.
O que ia dizer a Aniballe? Fora ela, quem parou de responder as mensagens de Luna. Fora ela, quem tinha escolhido se afastar.
Deus do céu. Esperava que a única amiga que tinha em Londres e toda a Inglaterra, a recebesse da maneira como Payne havia dito. Feliz e entusiasmada, porque ela estava completamente sem graça.

                                     DSTCDA – Z.

Os dias eram tranqüilos, quando se estava na companhia de Aurora. Era seu ponto de paz e nada no mundo parecia ser mais certo do que ela o chamando de papai a todo instante.
– Papai, nós já chegamos? – indagou entusiasmada para chegar à escola.
– Sim, mas precisamos parar o carro e só depois você tira o cinto.
Ela odiava por cinto e ficar na cadeirinha. Vivia dizendo que já tinha tamanho para sentar na frente, seus pés quase tocavam o chão. Tudo bem que Aurora havia crescido rápido demais, às vezes olhava para ela e ficava bobo, lembrando de quando era apenas um bebê, que tirava o fôlego de todo mundo, com tanta perfeição. Quando a via dormindo, ou nos seus momentos de carinho com o pai, precisava dizer centenas de vezes para si mesmo, que ela era dele. Seu bem mais precioso no mundo.
Era surreal. A obra mais perfeita que criou.
– Seu celular está tocando, posso atender?
Zayn pegou o aparelho na mão, era Emilia.
Tinha a conhecido depois de uma festa no País de Gales. Meredith fora quem os apresentara. A mãe de Aus vivia falando – antes de decair – que ele merecia alguém. E em uma noite qualquer, ela surgira com Emilia ao seu lado.
Eles estavam juntos há quase um ano, mas nada sério; cada um ainda vivia sua vida separada e às vezes acabavam dormindo juntos. Ainda sim sabia o que ela sentia e Zayn também sentia algo, porém o coração de Malik, estava longe.
– Agora não filha. – respondeu, vendo a garotinha fazer bico. – Oi querida.
– Oi senhor Malik. Como foi de viagem? – perguntou ela, com uma voz sexy e ao mesmo tempo doce.
– Cansativo. Vou deixar Aurora na escola, o que vai fazer agora?
– Estava pensando em te fazer uma visita. – respondeu dando uma risadinha ao fundo.
Ele sorriu.
– Já chego.
– Vem que estou com saudade.
Malik sorriu mais ainda. Sabia o que aquilo significava.
– Até daqui há pouco. – se despediu, parando o carro para deixar a filha, que não parecia estar nenhum pouco feliz com ele. – Vamos, pequena?
– U-hum.
Aurora não conhecia Emilia muito bem, mas toda vez que ela estivera presente, sua filha se sentia enciumada, era por isso que não deixara Aus, atender a ligação, até porque, não queria misturar seu relacionamento com a família. Aurora não entenderia e podia ficar confusa com as curtas aparições de Emilia.
Zayn saiu do carro, abrindo a porta do passageiro, ajudando a filha a descer.
– Papai, ta caindo. – falou ela, com doçura, segurando o laço no cabelo.
Ele se abaixou para ficar da altura dela, arrumando seu cabelo loiro igual o da mãe, deixando do jeito que Aurora gostava. Apenas uma mecha puxada para trás, com um laço enorme segurando. Não era porque ela era sua filha, mas Aus era a menina mais linda do universo.
– Romeo! – exclamou ela.
Zayn virou-se encarando o amiguinho da sala dela, ao lado da mãe.
– Tchau papai!
– Hey, espera aí. Cadê meu abraço?
Aus o abraçou e logo se soltou, ansiosa para falar com o tal Romeo.
– Quer ir com seu amiguinho?
Ela passou a mão no cabelo, sorrindo e dando tchau para o pequeno garoto.
– Papai, – disse ela impaciente. – ele é o meu namorado.
Sabia que um dia teria que lidar com essa situação, mas não esperava que Aurora tivesse quatro anos. Seu coração quase parou por uns instantes e sentiu náuseas devida a mudança de humor repentina. 
– Seu o que?  
Deus do céu, ele queria gritar.
– Meu namorado, papai.
Estava incrédulo. Virou-se novamente, encarando o tal Romeo. A criança carregava uma chupeta na mão.
Meu Deus, Aurora não podia estar falando sério.

                                 DSTCDA – C.

 Assim que entrou no carro, fez algumas ligações que precisava, respondeu e-mails e por último com as mãos trêmulas e quase sem coragem, ligou para Luna.
Era muito estranho voltar a falar com alguém que há anos, não trocava sequer uma palavra.
Não sabia se ela realmente aceitaria vê-la, ou faria aquilo por obrigação e educação. Luna era um doce de pessoa e de certa forma, havia ajudado a criar parte da personalidade de Silverstone. A mulher que se inspirou em se tornar, nada mais era do que Aniballe.
Minha nossa, elas tinham passado por tanta coisa em tão pouco tempo. Fora por culpa de Candy – mesmo que indiretamente – que Luna havia descoberto que Liam, fora seu namorado, antes do acidente. Caramba, era fora da realidade à história dos Payne. Se alguém contasse há ela, nunca acreditaria. Bem, também havia passado por poucas e boas.
Quando contou a Harry sobre Douglas e todos os acontecimentos que tivera ao lado dele, seu amigo empalideceu e quase não acreditou, fora só quando mostrou os documentos dos advogados de Malik, que ele percebera que não era brincadeira. Não o culpava. Tinha dias, que ela também não acreditava que havia sido agredida tão brutalmente e ainda estava de pé. Como se nada tivesse acontecido. Mas quem a conhecia, sabia muito bem, todas as dores que já tivera que carregar no peito. E Aniballe, consequentemente era uma delas e quando Luna ouvira sua voz do outro lado da linha, fora como anos atrás. E uma parte do seu coração, que muitas vezes parecia estar congelada, esquentou um pouquinho.
Fora exatamente como Liam lhe dissera, ela surtou. E no mesmo instante fez questão da visita de Candy, nada de deixar para depois, ou marcar para outro dia. Luna queria vê-la agora. E por sorte, Silverstone já tinha tudo planejado, também não queria deixar para depois, já havia colocado ela de lado há muito tempo.
           Luna e Liam não moravam mais no Hyde Park, então ela teria que ir até um condomínio fechado, o que seria bom, já que lá não corria o risco de encontrar ninguém indesejado.
Quando desceu do carro em frente à mansão dos Payne, sentiu as pernas bambas.
– Achei que me daria bolo! – exclamou Luna, esperando na porta, praticamente gritando.
Nossa, ela estava ainda mais linda, do que quando a viu pela última vez. Luna, tinha um brilho no sorriso e na maneira de olhar, que só pertencia há ela.
– Eu tive probleminhas com o GPS, mas cá estou! – respondera animada, porém nervosa.
A família Payne morava, em um condomínio realmente de outro mundo. Candy nunca vira nada como aquilo.
– Até parece que não nasceu em Londres. – brincou Luna a abraçando. – Ah, como é bom ver você! Está tão linda, Candy! Liam me disse que a Mellanie falou para ele, que você estava bochechuda, mas óbvio que não acreditei, você está simplesmente, incrível. Estou sem palavras! Vem, Leonardo está cozinhando algo especialmente para você.
Candy sorriu. No primeiro dia, quem não parava de falar era ela, mas agora...
Ah Deus, não percebera, mas sentiu tanta falta de Luna, que podia chorar ali mesmo.
– Leonardo?
– Nosso cozinheiro.
– Ah é claro. – eles eram podres de ricos.  
Luna sorriu, balançando a cabeça.
– E Sebastian?
– Está na escola. Vem, entre.  
Candy seguiu a dona da casa até a cozinha, sentando em uma cadeira e encostando-se à ilha de mármore. O lugar era incrivelmente lindo. Fora da realidade. Como aquelas casas que ela via em revistas.
– Leonardo, essa é minha amiga que falei. – disse Luna, os apresentando – Estou em débito com ela em uma viagem nossa para o Rio de Janeiro, que a fiz vir para casa antes da hora, por isso, teremos comida brasileira hoje.
Candy sorriu, balançando a cabeça.
– Prazer em conhecê-lo Leonardo.
– Igualmente, senhorita.
 – Ele é brasileiro. Faz maravilhas. Meus pais estão até querendo roubá-lo de nós. – comentou Aniballe, rindo.
Seus pais eram italianos, e um deles, ela não lembrará qual, tinha um restaurante renomado na cidade e o outro era cirurgião plástico.
– Liam não contou que eu fui atrás de você na empresa?
– Não! Certamente quis fazer surpresa, ou esqueceu, ele vive ocupado. – disse, revirando os olhos.
– E como é ter um terço da maior empresa de arquitetura do país?
Aniballe pegou duas taças e enchera uma com vinho branco e outra com água, sentando ao lado de Candy.
– Um pouco estressante, mas vale à pena.  – ela deu a taça com vinho a Silverstone. – É o que eu amo fazer. E trabalhar com meu marido não é a pior coisa do mundo.
– Eu imagino que não. 
– Tem dias que quero enforcá-lo com minhas próprias mãos, mas depois nos beijamos e está tudo bem. – Luna sorriu, lembrando de algo. – Depois que Liam foi atrás de mim em Nova York o perdoei e casamos, então veio à lua de mel e todo aquele amor reprimido. E disso tudo, Sebastian.
– Fico feliz que ele tenha te contado toda a verdade. A história de vocês merecia um filme, porque foi algo que jamais acreditaria se não estivesse bem no meio dela.
Luna sorriu nostálgica.
– É, você sabe de tudo. Foi um ano assustador. Mas valeu a pena viver aquilo.
Candy engoliu em seco. Será que para ela, havia valido a pena? Surpreendentemente a resposta era sim. Nada na sua vida teria acontecido se não fosse pelo o que havia vivido naquele ano assustador, como Luna tinha dito. Ela não teria encontrado sua melhor amiga, não conheceria pessoas incríveis, talvez nunca tivesse a chance de viajar para tão longe, como fora para o Brasil. Sem contar é claro, que jamais descobriria o que era amor de verdade se não tivesse dado seu coração a Malik. E depois, tudo.
Sua vida em Bruxelas, seu trabalho, os amigos verdadeiros que havia feito lá. Simplesmente tudo.
– E então, – começou Luna – me conta tudo. Quero saber tudo o que perdi na sua vida.
Candy sorriu sem graça.
– Bem, não sei se tem muita coisa.
– Como não? Você abriu a Zoet, não abriu?
Ela assentiu em resposta.
– É, tem isso.
– Pelo amor de Deus, é uma grande coisa.
– Ahm... tem algo que queria que você soubesse, que acho que até agora foi meu maior triunfo da vida.
– Você está grávida?
– O que? Não!
– Então fala logo!
– Luna, você era a mais contida de nós, – disse rindo – meu Deus, o que houve?
– Não sei, devem ser os hormônios, me desculpe. – respondeu, dando de ombros e tomando um pouco de água em seguida. – Se não está grávida, o que é tão grandioso?
– Você conhece Ed Sheeran?
– Claro, todo mundo o conhece.
Ela não conseguiu deixar de sorrir, era bom demais contar a alguém do seu passado, sua maior vitória. Principalmente, quando esse alguém, era Luna, sua maior incentivadora.
– Então, agora eu trabalho com ele.
Leonardo, o cozinheiro da família Payne, deixara algumas panelas caírem em cima da pia, se virando desesperadamente, para encará-la, enquanto Luna, a observava com o queixo no chão.
– Sério? – indagou a amiga.
– Uhum. – respondeu, sendo bombardeada em seguida, por inúmeras perguntas do cheff da cozinha de Luna, que era um fã descontroladamente apaixonado por Sheeran.
Fora incrivelmente icônico.

                     
                                     DSTCDA – Z.


– Sinceramente, acho que você deveria colocá-la em uma clínica de reabilitação.
Ele bufou exausto, depois que Emilia fora embora da breve visita, fora desabafar no escritório do amigo, como sempre.
– Também acho, mas Meredith estava melhor esse mês. Não sei o que houve.
– Ela tem depressão, às vezes está bem, às vezes mal.
Zayn assentiu com a cabeça.
– E o aniversário de Aus?
O amigo lhe ofereceu um copo de whisky, parecia o ideal para uma conversa como aquela.
– Meredith e Chiara estavam tomando a frente de tudo. Mas acho que teremos que cancelar se ela continuar desse modo. Como vou falar com as pessoas e as crianças se ela não estiver lá? Você sabe que eles são uns demônios.
Liam concordou rindo.
– Daremos um jeito. – o amigo tomou um gole da sua bebida e depois o encarou por um instante, pensando em como começaria a frase. – Recebi uma visita meio inesperada hoje.
– Quem?
– Candy. – sussurrou.
Nenhuma reação. Ele permaneceu imóvel, encarando Liam.
– Isso é sério?
– Incrivelmente sério.
Zayn segurou a respiração no peito. O que diabos Candy estava fazendo na AEDAS? Será que ela queria provocá-lo?
– O que ela estava fazendo aqui?
– Veio conversar comigo. Queria o contato de Luna. Ela foi vê-la.
Tomou todo o líquido do copo, tentando pensar com clareza.
– Ela não perguntou de mim? Ou, ou disse algo?
Payne balançou a cabeça negativamente.
– Sinto muito cara.
– E como ela está?
– A mesma. Um pouco mais contida, mais adulta, mas a aparência é da mesma menina que vivia aqui.
Ótimo, então ela continuava linda.
Candy Silverstone estivera na AEDAS e ninguém, nenhuma alma viva, tivera a decência ou a compaixão de avisá-lo. Tinha ótimos empregados, devia aumentar o salário de todos, pensou irônico e cheio de raiva.
Liam pigarreou.
– Não fique pensando nela, já disse.
– Como se fosse fácil. – disse ele, com a voz cansada.
– Eu só contei, porque somos amigos, mas se for pra ficar assim, toda vez que ouvir o nome dela, não te conto mais nada.
– Só não consigo acreditar que todo mundo já a viu e eu ainda estou aqui. – disse aflito.
– Então vá falar com ela, simples.
Ele parou por um instante. Não seria nada mal. Mas como faria isso? Era evidente que Silverstone o odiava. Nunca mais ela havia dado sinal de vida, até semanas atrás.
O que ele poderia fazer? Não podia simplesmente ir atrás dela. O que diria?
Eles nunca voltariam a ser o que eram antes.
Inferno, ela fora até a Bélgica apenas para se afastar dele. Era claro como a água que não queria vê-lo. Mas ah, ele por outro lado.
Talvez se conversasse com alguém... talvez se pedisse ajuda a pessoa certa. Tinha que esclarecer algumas coisas e nada melhor do que agora que ela estava no país. Provavelmente não teria outra chance. Candy voltaria para Bruxelas de novo e quem sabe tivesse algum namorado ou noivo lá. Não, não queria pensar isso.
Precisava agir o quanto antes e pensando bem, já sabia como.
– Será que ela está na sua casa? – quis saber.
– Imagino que sim. Luna me mandou uma mensagem agora há pouco.
– Ótimo. – disse se levantando com pressa.
– Hey, hey, o que vai fazer?
– Nada de ruim. Te conto as novidades mais tarde.


                                        DSTCDA ­– C.

Elas estavam sentadas no quarto que Luna estava decorando, depois de horas se atualizando sobre quase tudo o que acontecerá nos últimos cinco anos, e lembrando o passado, dando risada da vez que Candy se vestira como Julia Roberts para ir em uma festa.
 Deus do céu, que vergonha.
– Eu preciso que você me ajude a fazer uma coisa.
– Certamente, não é ajuda para se vestir, é?
– Não, não! – respondeu ainda rindo. – É algo mais sério.
Candy curvou o cenho a encarando. A sra. Payne levantou, indo até o closet do quarto em silêncio, voltando com uma pequena sacola de papel nas mãos.
– Eu estava receosa quanto a isso, porque não é à hora, mas já que você está aqui, talvez me ajude...
– Luna, o que foi?
Ela sorriu, pegando uma caixinha de dentro da sacola.
– É um teste de gravidez.
Candy deixou o queixo cair.
– Você...
– Ainda não sei.
– Ai meu Deus. Liam sabe?
– Não. Eu não queria. Deus me perdoe, mas não queria agora. – ela suspirou fundo. – Sebastian tomou meu tempo durante esses anos, agora queria voltar para o trabalho e... não me ache a pior pessoa do mundo, mas não quero ficar gorda de novo.
– Luna! – vociferou ela.
– Tem uma mulher. Uma arquiteta nova. Ela é mais jovem que eu e é simplesmente linda! Ganhou o concurso mais disputado. Ganhou de mim. E Liam a chamou para trabalhar conosco. – explicou ela. – Desde então, não sei... Me sinto insegura com ele. Nós... ele só fica naquela empresa com ela.
Candy ficou sem reação. Jamais esperava ouvir aquilo de Luna Aniballe. A mulher mais linda que já conhecera. Não era possível, que Payne teria coragem de fazer algo para magoá-la.
– Mas e se você estiver...
– Ele pode me trocar. Eu sei que é horrível, mas já vi tantos casos de maridos que traíram quando as esposas engravidam.
– Ele não faria isso com você.
Ela deu de ombros.
– Faça o exame. Eu vejo pra você, não fique com medo.
Aniballe assentiu, se levantando e caminhando com passos firmes até o banheiro. Era estranho e bom ao mesmo tempo, estar ao lado dela nessa situação. Talvez, Luna estivesse mesmo com medo do resultado e precisasse de uma amiga para partilhar daquela emoção.
Ela já tinha uma criança, sabia como era, mas essa insegurança que estava dizendo sentir a deixava para baixo. E com razão.
Era totalmente compreensível. Mas não ia deixá-la. Ficaria ali, para dar uma boa notícia. Seja qual for. Até porque para Candy, um bebê a caminho, sempre seria a melhor notícia.
 – E então? – indagou ela, vendo a amiga voltar do banheiro.
– Agora é só esperar alguns segundos. Se aparecer dois riscos, estou grávida. – explicou Luna, entregando o exame para Candy, que assentiu ansiosa.
– Quem diria que depois de tanto tempo, estaríamos fazendo isso. – comentou, erguendo o exame na mão.
Luna riu nervosa.
– Se você não estivesse aqui, eu não teria coragem.
– Claro que teria. Você sempre foi mais corajosa que eu.
– O que? Claro que não! Só fiquei com o Liam, porque você quis ficar com o Malik, me senti na obrigação. – disse ela rindo.
Candy balançou a cabeça.
– Mentirosa!
– Ai meu Deus. – murmurou Luna.
– O que foi?
– O exame. Eu estou vendo certo?
Candy encarou o exame na sua mão.
Ai. Meu. Deus.


Estava entusiasmada. Tinha ficado com medo de como seria ver Luna novamente, mas nossa, fora melhor do que tinha imaginado.
Ela desceu do carro arrumando a roupa e correu para casa, queria contar tudo para Sophie. Talvez a mãe gostasse de saber como fora seu reencontro. E da grande novidade. A sra. Silverstone com certeza daria ótimos conselhos para essa nova fase da vida de Aniballe. E agora sua mãe começaria o tratamento. Ela se sentia por fim, muito aliviada. 
Candy abriu a porta e por segundos, seu coração parou de bater, devido ao choque. Tinha uma pequena garota, loira de pele clara e olhos azuis, como ela quando criança, correndo pela sala. Harry estava com os joelhos curvados, fingindo estar ferido, enquanto seus pais estavam sentados no sofá, rindo da encenação.
E de pé, encarando aquela cena com um sorriso leve e bonito nos lábios, nada mais do que ele.
Zayn.

 


Notas Finais


Olá minhas caramella's, me contem o que estão achando dessa nova fase!!!!!!!!!
Obrigada por todo o apoio e por continuarem acompanhando esse casal!
O que será que vai acontecer agora? To nervosa, hahahaha
Beijos, <3


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