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História Desculpas - Chuveiro


Escrita por: proliiixa

Notas do Autor


Minha alma sem paz é a culpada por escrever alguma coisa com Taeyong e Ten juntos, a culpa é toda dessa ordinária. Porém, agora me sinto estranhamente em paz. ENFIM

NCT é um grupo muito amor e quis fazer isso, por isso espero que, caso alguém dê uma passadinha aqui, goste do que ler!

boa leitura~~

Capítulo 1 - Chuveiro


Fanfic / Fanfiction Desculpas - Chuveiro

 

O som da água escorrendo do chuveiro embalava os pensamentos do rapaz para longe, afastando as preocupações do dia a dia e as tarefas dentro da mochila que o esperavam jogadas em algum canto do apartamento. Taeyong não vai gostar de ver aquilo zoado no chão da sala, mas que se foda ele e suas manias. As gotas quentes grudavam em sua pele e desciam, às vezes vagarosas, às vezes ligeiras, enquanto ele somente aproveitava da temperatura e não pensava em nada além do banho caloroso. Por esse motivo, imerso em sentir a água relaxante mantendo seu corpo em estado de torpor, não pôde ouvir o clique eletrônico da porta da casa denunciando uma chegada e muito menos a invasão ao banheiro minúsculo minutos mais tarde.

Quase se assustou ao sentir braços finos e ligeiramente frios aprisionando-se por sua barriga, tal como o peitoral em desenvolvimento que se grudou em suas costas, o queixo pontiagudo em seu ombro e o hálito fresco chocando-se em seu pescoço em um oi mudo. Aquilo era incomum, Ten não podia negar, raridade correspondia ao tanto de vezes em que foi abraçado por Taeyong daquela forma, podia-se contar nos dedos quantas vezes havia apreciado um ato do tipo.

Guardou a sensação gostosa que percorreu sua pele mordendo o lábio com demasiada força, evitando que um sorriso demonstrasse o quanto aquilo era bom. Taeyong manteve a expressão impassível e roçou devagarinho na região do maxilar os lábios frios que Ten sinceramente adorava tê-los colados em sua boca quando existia a chance disso em uma noite de muita sorte. Então os lábios desceram à curvatura sensível do pescoço de Ten e ali aninharam-se num beijo silencioso que demorou a terminar. Um estalo foi ouvido segundos depois, assim que a boca de Taeyong passou a sugar a pele cândida do outro e sua língua, alternadamente, acarinhava o lugar abusado.

Ao fim do beijo molhado, Ten sabia que uma marca arroxeada pintaria sua pele por um par de dias e que teria de usar camisas de gola mais alta para esconder a obra de arte deixada por Taeyong ali. Ele sabia também que aquilo tudo era o modo do outro em pedir desculpas por ter sido um ridículo nos últimos dias ao ignorá-lo sem motivo algum e tratá-lo com indiferença maior do que tinha o costume de fazer.

Taeyong não era bom com palavras, assim como com demonstrações de afeto e sentimentos. Ele era sempre muito reservado, parecia não gostar de aproximações repentinas e que exigissem um contato físico além do necessário, vivia sério e sorrir se mostrava apenas em ocasiões extraordinárias, sem esquecer de suas manias de arrumação e a necessidade de manter tudo organizado que eram um tanto que perturbadoras aos olhos de outrem. Pensavam que ele era problemático, mas Taeyong só era um rapaz tímido e retraído.

Ten não entendia como passara a dividir o apartamento próximo à faculdade com alguém como ele quando era uma bagunça completa e desorganizada da pior maneira possível, o completo oposto de Taeyong em todos os sentidos. O garoto não compreendia nem o motivo de, no passar do tempo de convivência, se achar gostando um tanto inoportunamente do colega. Nem de onde tirara coragem para beijá-lo em certa noite e não ser correspondido como o esperado, mas após algumas semanas de silêncio e frustração, acabar sendo surpreendido ao ganhar de volta um curto beijo de Taeyong que os levava naquilo que estavam até agora.

Saindo com destreza do aperto de Taeyong, Ten virou-se a tempo de ver o outro com os cabelos castanhos escorregando na testa por conta da umidade e do corpo desnudo pedindo por um abraço. Taeyong não gostava de ficar nu quando estivesse por perto de Ten, e passou a trancar a porta do banheiro quando este começou a invadir seus banhos com a intenção de diminuir o gasto de água e assim aproveitar um tempo juntos, mas depois de ficar tanto tempo sem a presença do garoto ao seu lado, dos sorrisos, dos abraços repentinos e a voz tagarela em sua orelha nas manhãs de um domingo de descanso, percebeu que a culpa era sua por tratá-lo mal e por receber na mesma moeda.

Não pensou muito quando chegou em casa e ouviu o chuveiro chiando na denúncia de Ten se encontrar lá. Talvez tenha pensado um pouco sim, já que viu os sapatos desalinhados na porta, a mochila da faculdade de Ten jogada no chão da sala e os materiais de dentro dela espatifados numa bagunça sobre o tapete – garoto bagunceiro; perdeu alguns minutinhos arrumando tudo e tomou rumo ao banheiro, completamente despido, para pedir desculpas.

Aproximou-se de Ten um pouco mais para que sua testa se colasse a dele e sentiu a carne dos lábios alheios com os seus num toque gentil, sem a necessidade de línguas. Em seguida, os braços de Ten rodearam seu pescoço e seu rosto veio a ficar extremamente próximo com o beijo que trocaram. Lábios frios dominando aqueles que estavam quentes de saudades, a água escorrendo solitária no canto oposto enquanto dois corpos se apertavam contra o azulejo esfumaçado do banheiro em uma sincronia perfeita e calma, sem pressa e desespero. Aquilo soava como um dizendo ao outro de forma sincera e profunda que sentiam a falta da companhia alheia.

Arrematando o ato com selinhos que estalejavam alto, Ten acabou sorrindo com os lábios coloridos de vermelho.

– Você está parcialmente desculpado – disse.

Taeyong empurrou a franja negra molhada de Ten para trás com a ponta dos dedos e franziu o cenho, confuso.

– Parcialmente?

Ten aquiesceu. E vendo os olhos de Taeyong pedindo uma explicação, prosseguiu.

– Vou perdoar o resto no quarto, sabe – falou à toa, parecendo despreocupado, rabiscando com os dedos um desenho qualquer no peitoral de Taeyong, este que enrijeceu por alguns segundos, coisa que assustou Ten pensando que iriam ficar de mal de novo, mas que extraordinariamente, de um jeito tímido, um sorriso foi se formando em seus lábios castigados anteriormente pela saudade.

E colando novamente a boca na de Taeyong, desta vez apenas para sentir o sorriso bonito dele irradiando em sua pele ensopada de felicidade, Ten pensou que Taeyong poderia magoá-lo algumas vezes só para que viesse pedir desculpas e terminassem daquela forma.   


Notas Finais


Espero que tenha gostado ♥


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